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Inclusão de alunos com deficiência auditiva na escola

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INCLUSÃO DO ALUNO COM DEFICIÊNCIA AUDITIVA NA ESCOLA
Jéssica Maria Gonçalves Ramos Moreira
Curso de Pós-Graduação em Educação Especial e Inclusiva
Polo de Sete Lagoas
Resumo
O presente trabalho de pesquisa, intitulado: INCLUSÃO DO ALUNO COM DEFICIÊNCIA AUDITIVA NA ESCOLA, tem como objetivo analisar as possibilidades e os desafios que o professor encontra no processo de inclusão de crianças com deficiência auditiva. Os estudos se iniciaram com uma fundamentação bibliográfica de alguns teóricos como; Damázio (2007), Gesser (2009), Mantoan (2006), Sampaio (2009), Schimiedt (2006), Asfora (2012) entre outros. Depois de dados estudados e observados, tive como conclusão que o desafio maior do professor é a defasagem de preparo, ou seja a falta de preparo para trabalhar com crianças com essa deficiência. Contudo, acreditam que uma das possibilidades de enfrentar esse grande desafio é aprender a Língua Brasileira de Sinais para se comunicarem. 
Palavras-chave: Inclusão, Língua Brasileira de Sinais, Desafios, Possibilidades. 
 
INTRODUÇÃO
Este artigo tem como tema A inclusão do aluno com deficiência auditiva na escola, professores enfrentam diversas barreiras para incluí-los.
A problemática desse tema foi proposta a fim de pesquisar se crianças na educação infantil que tenham deficiência auditiva, verificando o processo de ensino e aprendizagem e se o professor sabe trabalhar com essas crianças. Como ele ministra sua aula e como o aluno aprende? Como ele se socializa com as outras crianças? A escola está pedagogicamente preparada para enfrentar os obstáculos e desafios, oriundos da diversidade de alunos em sala de aula com deficiência auditiva?
Diante disso, o tema proposto tem como objetivo observar a vivência dessas crianças na Educação Infantil que têm deficiência auditiva, dentro do processo de ensino e aprendizagem nas escolas, como também analisar o comportamento dos professores perante este aluno, verificar como é a socialização do deficiente com as crianças da escola regular e se as mesmas estão adequadas para atender essas crianças.
É notório que as escolas não estão preparadas para dar o suporte necessário às crianças com deficiência auditiva, pois não apresentam conhecimentos suficientes para identificar, encaminhar e dar a assistência para desenvolver o potencial dessas crianças. Por ser difícil dar o suporte adequado para o desenvolvimento das potencialidades dos alunos com deficiência auditiva, as escolas devem ter profissionais capacitados para intermediar as ações pedagógicas voltadas especificamente para eles, para garantir uma educação de qualidade.
Compreendemos que um dos primeiros passos para a criança ser integrada socialmente, começa na escola, pois não é ensinado apenas conteúdos, mas também como viver em harmonia dentro e fora do estabelecimento escolar.
Por meio da escola que a sociedade fundamenta, adquire e modifica conceitos de colaboração, adaptação e participação. Entretanto outras instituições como a igreja ou a família tenham papéis importantes, é da escola a parcela maior.
Na escola a questão de inclusão deve ser trabalhada de maneira positiva, pois tem uma grande importância na vida escolar dessa criança, para que seja garantido o direito de ser respeitado e sobretudo o direito a igualdade dos direitos.
            Esse estudo tem como finalidade de pesquisar as possibilidades e os desafios que os professores que possuem alunos com deficiência auditiva possam incluí-los em sua turma de maneira participativa.
             De maneira, baseados nos teóricos citados abaixo para fundamentar esta pesquisa e que teve grande importância para sanar de alguma maneira os questionamentos e dúvidas.
             Autores como; Damázio (2007), Gesser (2009), Mantoan (2006), Sampaio (2009), Schimiedt (2006), Asfora (2012), foram alguns que auxiliaram como um suporte para compreender sobre esta área da educação inclusiva. Tenho que ressaltar que documentos do Ministério da Educação – MEC também teve uma grande importância neste trabalho, pois os mesmos norteiam as políticas públicas do governo propostas.
No primeiro capítulo apresentamos um breve histórico sobre a educação para pessoas com deficiência auditiva, logo após as definições e diferença do termo pesquisado.
Em seguida, dissertamos o tema inclusão no contexto escolar, a metodologia dando resposta ao problema central: quais as possibilidades e os desafios enfrentados pelos professores com esses alunos portadores de deficiência auditiva.
Que este trabalho possa contribuir para uma reflexão dos educadores, e sua prática pedagógica, para que assim busque sempre oferecer uma educação inclusiva de qualidade para todos, sendo alunos deficientes ou não.
DESENVOLVIMENTO
Deficiência auditiva (também conhecida como hipoacusia ou surdez) é a perda parcial ou total de audição. Essa perda pode ser causada por inúmeros fatores como: genética e/ou hereditariedade, envelhecimento(presbiacusia), exposição a ruído (perda auditiva induzida pelo ruído – PAIR), infecções (as do complexo TORCH[1]), complicações perinatais, traumas físicos, medicamentos e agentes ototóxicos. Crianças com deficiência auditiva, congênita ou adquirida, podem apresentar dificuldades com a aquisição e desenvolvimento da linguagem oral caso não ocorra o processo de intervenção e reabilitação auditiva. Através da intervenção precoce e da reabilitação, têm-se como objetivo minimizar as dificuldades de aquisição promovendo o desenvolvimento da linguagem oral por meio da audição.
 Desde muito tempo, a sociedade exclui-os e os condenavam a viverem isolados por serem considerados pessoas irracionais, não cidadãos, privadas de serem alfabetizadas, hoje, alguns direitos seus são assegurados.
No período do império romano sociólogos como Aristóteles escreveram como pessoas com deficiência eram tratados. Essas pessoas eram declaradas como seres que não pensavam, já que não falavam. No decorrer de alguns anos, já na idade média, os surdos eram vistos como seres não humanos para a igreja católica, já que não falavam os dogmas e nem se redimirem do pecado, pois não conseguiam confessar, por causa de sua deficiência.
No final da Idade Média surge uma primeira experiência de educação para o surdo. ensinar-lhes a se comunicar para isso, um professor auxiliava-o, segundo Moura; Lodi; Harrison, (2005.p.20)”ensiná-lo a falar, ler e escrever para que ele pudesse ter o direito de herdar os títulos e os bens familiares.”
Foi a partir deste interesse em dar direitos de herança aos surdos, que começaram a surgir oportunidades para educa-los, sendo a primeira responsável iniciativa da família de nobres.
Quanto a isso, vale lembrar que o surgimento da surdez em um ser pode se associar também com outras deficiências, como por exemplo, surdo-cego.
Para John Wallis conhecido como fundador do oralismo na Inglaterra, abandonou a abordagem de ensinar os surdos a falarem e o método de usarem sinais, se destacava cada vez mais,”[...], pois os considerava [sic] importantes para ensinar os surdos.” (MOURA, LODI, HARRINSON, 2005 p.21).
Não existem relatos sobre a origem de uma Língua de Sinais, porém, destaca-se o começo de seu uso no ano de 1760 na cidade de Paris, na França, onde o abade L’Epée fundou a primeira escola pública para os surdos. Charles Michel de L’Epée, o predecessor de uma nova etapa, utilizou a Língua de Sinais e com ela ensinou os surdos, uma vez que sentia uma preocupação em ensiná-los a religião.
Góes (1989), explica que até o momento à inserção do aluno surdo na escola regular, tal como está organizada, acentuadiscrepâncias de oportunidades entre as diferentes crianças, ressalta também que se os caminhos oferecidos são iguais, impede-se o alcance de metas iguais, invertendo assim a tese de metas comuns e caminhos diferentes de acordo com as individualidades de cada criança.
 A sociedade tomou consciência da necessidade de prestarapoio as pessoas diferentes no final do século XX, com caráter assistencial, oferecendo abrigo, alimento, medicamentos e alguma atividade para se ocuparem, com o passar do tempo isso mudou, surge então um novo olhar para a inclusão amparado por novas leis.
 Para que haja inclusão de todas as pessoas, a sociedade deve ser modificada a partir do entendimento de que ela é que precisa ser capaz de atender às necessidades de seus membros, pois todos merecem ser tratados de maneira igualitária. O desenvolvimento das pessoas com deficiência deve ocorrer dentro do processo de inclusão e não como pré-requisito para estas pessoas poderem fazer parte da sociedade, como se elas precisassem pagar para integrar a comunidade. (SASSAKI, 1997, p. 41).
A declaração da Salamanca na Espanha, entre 7 e 10 de Junho de 1994, foi elaborada em decorrência da Conferência Mundial sobre Necessidades Educacionais Especiais, reuniu delegados de 92 países e 25 organizações internacionais, cujo objetivo foi orientar organizações e governos para que todas as crianças sejam acolhidas nas diversas práticas educativas, independentemente de suas condições físicas, emocionais, intelectuais, sociais ou quaisquer outras. Dessa forma, a Declaração da Salamanca tem a perspectiva de um mundo inclusivo, onde todos tenham direito à participação na sociedade em busca do mais alto nível de democracia.
 A declaração de Salamanca é considerada um dos principais documentos mundiais que visam a inclusão , ao lado da Convenção de Direitos da Criança em 1988 e da Declaração sobre Educação para Todos em 1990.
 Ela é resultado de uma tendência mundial que consolidou a educação inclusiva, ampliou o conceito de necessidades educacionais especiais, incluindo todas as crianças com necessidades especiais ou temporárias, com problemas de aprendizado diversos, tornando o assunto importante e parte essencial das rotinas escolares. Tomando um caminho para elucidar as dificuldades, multiplicar as especificidades necessárias ao atendimento e acolhimento de todos no ambiente escolar.
A escola deve oferecer qualidade na sua ação pedagógica, sem considerar a educação especial como uma parte separada da educação.
Segundo Mantoan (1997), é preciso respeitar os educandos em sua individualidade, isso depende da fusão do ensino regular com o especial, pois fundir significa incorporar elementos distintos para se criar uma nova estrutura. Devido à precariedade de estimulação nos primeiros anos de vida, a criança com deficiência auditiva não tem um ritmo natural do processo evolutivo infantil, ficando assim distante dos padrões de desenvolvimento psicomotor, sócio afetivo, cognitivo e da linguagem. Quanto maior o tempo sem a estimulação, a mesma terá uma tendência maior a desenvolver deficiências e a probabilidade de intensificá-las.
No Brasil a Língua Brasileira de Sinais, ganhou espaço a partir de 1857, quando o francês Eduard Huet, veio ao Brasil e fundou a primeira escola para meninos surdos, no início conhecida como Imperial Instituto de Surdos Mudos e hoje INES (Instituto Nacional de Educação de Surdos), no Rio de Janeiro.
Essa nova educação para os surdos se distanciava do sistema oral e que o fundamental era que eles aprendessem a escrita e a serem independentes.
A comunidade surda sofria muito e tinha que suportar proibições por mais algum tempo, após terem uma educação, sua língua natural chegava a ser proibida nas escolas, sendo castigados fisicamente, caso não obedecessem, afirma Padden & Humphries (2009,p.25 apud GESSER), “[...] proibiam o uso da língua de sinais para a comunicação entre os surdos, forçando-os a falar e a fazer leitura labial.[...] tinham as mãos amarradas dentro das salas de aula.”
Atualmente já foi adquirido por eles o direito de entrarem na escola e usufruírem de seus direitos educacionais como qualquer outro aluno, recentemente no Brasil, a Língua Brasileira de Sinais – LIBRAS foi reconhecida como a Língua para a comunicação entre os surdos. A partir da Lei nº10.436, de 24 de abril de 2002 sancionada pelo Presidente da República Fernando Henrique Cardoso que em seu parágrafo único explica:
Parágrafo único. Entende-se como Língua Brasileira de Sinais – LIBRAS a forma de comunicação e expressão, em que o sistema linguístico de natureza visual-motora, com estrutura gramatical própria, constituem um sistema linguístico de transmissão de ideais e fatos, oriundos de comunidades de pessoas surdas do Brasil. (BRASIL, 2002).
É com essa lei em vigor que algumas oportunidades surgiram, mas ainda existem desafios.
Com o surgimento da LIBRAS, a vida do surdo teve uma grande e positiva mudança, pois novas propostas de trabalho foram surgindo no mercado, uma delas é a do profissional habilitado atender este público, Intérprete/Tradutor da LIBRAS, também sendo reconhecido na Lei nº 12.319, de 1º de setembro de 2010.
Pensar em inclusão é inserir um desafio pedagógico na rotina de profissionais escolares e toda a organização do espaço escolar. Esse espaço denominado sala de aula que abriga um universo heterogêneo, plural e em movimento constante derrubou algumas barreiras nesse processo de inclusão educacional, porque ter um aluno especial em sala já é um progresso, visto que a caminhada de aceitação através da história nem sempre se mostrou justa ou acolhedora, é dever do professor ser esse mediador de aceitação, mostrando que os alunos com deficiência são capazes de realizar tarefas e aprender o que lhe é ensinado, deste que o professor esteja preparado para sanar as dificuldades que vão vir pela frente. Entre as principais causas das deficiências auditivas estão às anomalias hereditárias, rubéola materna, nascimento prematuro, incompatibilidade sanguínea, entre mãe e criança, otite e meningite. Entretanto, a maior implicação de um problema auditivo de qualquer grau, nos primeiros três anos de vida de uma criança é a dificuldade na aquisição da linguagem oral. Um problema sensorial como a surdez traz consequências, irreversíveis muitas vezes.
  A surdez pode ser definida segundo três pontos de vista: ponto de vista médico, educacional ou cultural. Em termos médicos, a surdez é categorizada em níveis de perda de audição que vão do leve ao profundo. É também classificada de deficiência auditiva, ou hipoacúsia. Os tipos de surdez quanto ao grau de perda auditiva são:
Perda auditiva leve: Não tem efeito significativo no desenvolvimento desde que não progrida, geralmente não é necessário uso de aparelho auditivo.
Perda auditiva moderada: Pode interferir no desenvolvimento da fala e linguagem, mas não chega a impedir que o individuo fale.
Perda auditiva severa: Interfere no desenvolvimento da fala e linguagem, mas com o uso de aparelho auditivo poderá receber informações utilizando a audição para o desenvolvimento da fala e linguagem.
Perda auditiva profunda: Sem intervenção, a fala e a linguagem dificilmente irá ocorrer.
No que se refere ao ponto de vista educacional, surdez refere-se à incapacidade da criança aprender a linguagem por via auditiva e ter um desempenho acadêmico. A partir da Lei 10.436, o governo brasileiro reconhece a Libras, como língua oficial da comunidade surda, e os surdos tem o direito que nas instituições educacionais as aulas sejam ministradas em Libras ou pelo menos que contenha a presença de um interprete de língua de sinais de modo a facilitar o entendimento quanto ao conteúdo apresentado em sala. Isso se dá pois acredita-se que a surdez não interfere no desenvolvimento cognitivo e portanto o surdo tem capacidade de aprendizagem tanto como um ouvinte, o que o diferencia é que o surdo deverá absorver o conteúdo em Libras e o ouvinte em Português.
O atendimento educacional especializado é realizado mediante a atuação de profissionais com conhecimentos específicos no ensino da Língua Brasileira de Sinais. Para a inclusão dos alunos surdos, nas escolas comuns, a educação bilíngue - Língua Portuguesa/Libras, desenvolve o ensino escolar na Língua Portuguesa e na língua de sinais.É importante ressaltar que o ensino da Língua Portuguesa deve ser feito como segunda língua e na modalidade escrita para alunos surdos. Além disso, os serviços de tradutor/intérprete de Libras/Língua Portuguesa/Libras são indispensáveis pois facilitará o entendimento do do aluno surdo. É importante também desenvolver curso de ensino básico da Libras para os demais alunos da escola, deste modo facilitará o processo de socialização dos alunos surdos junto aos ouvintes e contribuirá para que os alunos ouvintes tenham respeito pala deficiência do colega. Tal atendimento educacional especializado é ofertado, tanto na modalidade oral e escrita, quanto na língua de sinais. Devido à diferença linguística, na medida do possível, o aluno surdo deve estar com outros pares surdos em turmas comuns na escola regular par evitar distorções de uso de ambas as línguas.
A língua brasileira de sinais (LIBRAS) é a língua de sinais (língua gestual) usada pela maioria dos surdos dos centros urbanos brasileiros e reconhecida pela Lei 10.436/2002. É derivada da língua gestual francesa, deste modo torna-se semelhante a outras línguas de sinais da Europa e da América. A LIBRAS não é a simples gestualização da língua portuguesa, e sim uma língua à parte. Assim como as diversas línguas naturais e humanas existentes, ela é composta por níveis linguísticos como: fonologia, morfologia, sintaxe e semântica. Comemora-se no dia 26 de Setembro o Dia Nacional do Surdo, esta data marca a luta histórica da comunidade surda por melhores condições de vida, trabalho, educação, saúde, dignidade e cidadania. Data escolhida em referência à criação da primeira escola para surdos no Brasil: o Instituto dos Surdos-Mudos do Rio de Janeiro, inaugurado em 26 de Setembro de 1857, pelo professor Francês Ernet Hwet, que veio para o Brasil a convite do Imperador D. Pedro II para trabalhar na educação.
Da mesma forma que nas línguas orais-auditivas existem palavras, nas línguas de sinais também existem itens lexicais, que recebem o nome de sinais. A diferença é sua modalidade de articulação, a saber, visual-espacial, ou cinésico-visual, para outros. Assim sendo, para se comunicar em Libras, não basta apenas conhecer sinais. É necessário conhecer a sua gramática para combinar as frases, estabelecendo comunicação. Os sinais surgem da combinação de configurações de mão, movimentos e de pontos de articulação — locais no espaço ou no corpo onde os sinais são feitos, os quais, juntos compõem as unidades básicas dessa Língua. Assim, a Libras se apresenta como um sistema linguístico de transmissão de ideias e fatos, oriundos de comunidades de pessoas surdas do Brasil.
Precisamos de uma escola que não tenha medo de apostar, tanto para criar quanto para questionar o que está estabelecido, como também saber aceitar criticas e a sempre buscar novas aprendizagens.
 Enquanto o professor não dominar LIBRAS a escola deve organizar-se de modo que professores e alunos desenvolvam um tipo de dinâmica em sala de aula no qual o conhecimento seja de fato compartilhado entre todos.
O principal desafio da educação inclusiva é estimular o sucesso de todos os alunos, sem exceção e para que isso ocorra, os educadores têm que transformar suas aulas em espaços prazerosos, onde tanto eles como os alunos sejam cúmplices na aprendizagem, um aprendendo com o outro. A criatividade do professor, não deve ter limites, certamente enfrentarão juntos os obstáculos que tantos alunos têm enfrentado no processo de aprendizagem.
A instituição que irá receber o aluno portador de necessidade auditiva precisa ter garantia de complementação curricular em sala de recursos com professores itinerantes ou intérpretes de LIBRAS, de forma que a classe não tenha mais que vinte e cinco alunos e sua idade cronológica sejam compatíveis com a média do grupo da classe.
CONCLUSÃO
Apesar de a legislação nacional assegurar a obrigatoriedade do ensino da Libras nos cursos de licenciatura, poucos são os casos de professores que conhecem e dominam a língua de sinais. Assim, a comunicação direta entre o professor regente e o aluno surdo torna-se impossível, sendo indispensável o trabalho realizado pelo intérprete de língua de sinais em todas as salas de aula em que houver um surdo.
Acredito que aos poucos vamos conseguir transformar a educação, capacitando os profissionais para que juntos possam oferecer uma educação de qualidade para qualquer aluno com deficiência, é preciso buscarmos conhecimento para que assim a inclusão se torne algo respeitado, livre de preconceitos.
Todos merecemos respeito e é claro a escola é uma grande colaboradora nesse momento.
É preciso que autoridades e educadores acreditem no potencial e no desenvolvimento cognitivo, emocional e social das pessoas surdas no Brasil e no mundo. O professor, apesar das dificuldades econômicas, políticas e sociais e da inexistência, ainda, de alguns sinais para abordar todas as áreas da ciência, é capaz de aproximar o deficiente auditivo de grandes realizações na sua vida pessoal e profissional.
Referencias
BARBOSA, S.T.; AMORIM, K.S. Revisão da literatura sobre a educação de deficientes auditivos e surdos: o antagonismo de perspectivas/práticas persiste. In: Almeida, M.A.; Mendes, E.G.; Hayashi, M.C.P.I. (Org.) Temas em educação especial: deficiências sensoriais e deficiência mental. Araraquara: Junqueira & Marin, 2008.
BRASIL. Constituição da República Federativa do Brasil de 1988 - Presidência da República – Casa Civil - Subchefia para Assuntos Jurídicos. Brasília, DF. Disponível em: Acesso em: 02 mai. 2013.
BRASIL, Ministério da Educação, Secretaria da Educação Especial – EDUCAÇÃO INFANTIL – Saberes e Práticas da Inclusão – Dificuldades de comunicação e sinalização – Surdez. Portal MEC, Brasília, 2006 - Disponível em: . Acesso em: 20 mar. 2013.
RINALDI, G. et. al.(Org.); BRASIL. Deficiência Auditiva. Brasília: Secretaria de Educação Especial. SEESP, 1997
BRASIL. Estatuto da Criança e do Adolescente. Lei 8.069/90, de 13 de julho de 1990. Presidência da República – Casa Civil - Subchefia para Assuntos Jurídicos. Brasília, DF. Disponível em: Acesso em: 11 mar. 2013
BRASIL. Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional nº 9.394 de 20 de dezembro de 1996 – Presidência da República – Casa Civil - Subchefia para Assuntos Jurídicos. Brasília, DF. Disponível em: Acesso em: 12 mar. 2013
BRASIL. Ministério da Educação, Secretaria da Educação Especial. Marcos Político-Legal da Educação Especial na Perspectiva da Educação Inclusiva. Brasília: Secretaria de Educação Especial, 2010, 72 p.
BRASIL. Ministério da Educação e Desporto, Secretaria da Educação Fundamental. Referencial Curricular Nacional para a Educação Infantil. Brasília: MEC/SEF, 1998.
DECLARAÇÃO DE SALAMANCA. Sobre Princípios, Políticas e Práticas na Área das Necessidades Educativas Especiais, Portal MEC, Brasília, 1994 Disponível em: Acesso em: 11 mar. 2013.
GOÉS, M. C. R. Linguagem, surdez e educação. Campinas: Autores Associados, 1996
MAZZOTA, M. J. S. Educação especial no Brasil: histórias e políticas públicas. 5 ed. São Paulo: Cortez, 2005. MITTLER, P. Educação inclusiva: contextos sociais. Porto Alegre: Artmed, 51 2003.

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