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ATIVIDADE INTEGRADORA I DISCIPLINAS História da Educação, Prática Textual da Língua Portuguesa Formação Docente para a Diversidade Filosofia da Educação Língua Brasileira de Sinais – Libras Sociologia da Educação Psicologia da Educação Educação Ambiental e Cidadania Antropologia da Educação Didática Políticas Educacionais e Organização da Educação Básica NOME DO ALUNO: EVELINE VITORIANO DA SILVA REIS OBJETIVO: Sistematizar conhecimentos adquiridos durante o desenvolvimento do curso oferendo vivência prática – profissional mediante de aplicação de conhecimento de situações reais. ATIVIDADE I: Uma Escola pública de Ensino Fundamental recebe no inicio do ano letivo, pela primeira vez, um aluno de nove anos, com deficiência auditiva. Tendo em vista a importância de a escola ser um espaço de formação para a diversidade, que inclua a todos, se fez necessário uma mobilização para receber o aluno considerando contexto familiar e social que ele está inserido. Caso Você fosse o/a Diretor/a desta escola quais ações iria propor para garantir a inclusão desse aluno? 1. LEIS PARA EDUCAÇÃO ESPECIAL. A Legislação Federal garante à pessoa com deficiência o direito ao acesso à educação pública e gratuita e, preferencialmente, na rede regular de ensino, e, ainda, se for o caso, à educação adaptada às suas necessidades educacionais especiais. Como exemplo, posso citar Lei 8069 / 90 do Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA) e a Lei n° 9394 da Lei de Diretrizes e Bases (1996). A escola tem a responsabilidade de promover a inclusão. Para tanto, deve se adequar para receber alunos com deficiências, para garantir o direito à igualdade presente na Constituição Federal (BRASIL, 1988), existem leis específicas como a Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional, LDB 9394/96 (BRASIL, 1996), o Decreto lei nº 5296/2004 (BRASIL, 2004), como forma de se fazer cumprir a igualdade e garantir a inclusão de todos. Conforme a Lei nº 13.146/15, Art. 28, o aluno surdo possui como garantia a oferta de educação bilíngue em Libras como primeira língua e na modalidade escrita da língua portuguesa como segunda língua, em escolas e classes bilíngues e em escolas inclusivas. As leis determinam como devemos resolver questões em nosso cotidiano, mas, quando se trata de educação pública sabemos que é bastante difícil colocá-las em prática, devido ao sistema vigente que nos oprime todos os dias com a falta de recursos ocasionada pelo descaso do poder público. Porém, não podemos sucumbir e desistir. É dever da da comunidade escolar como um todo (direção, equipe técnica, professores e famílias desses alunos) lutar pelos direitos dos surdos, por melhores condições de vida e de ensino nas escolas regulares. 1.1 Ações: Norteada pela legislação educacional e pelo princípio de um a educação inclusiva, sendo diretora de uma escola de Ensino Fundamental que recebe pela primeira vez um aluno surdo, minha primeira ação seria realizara anamnese desse aluno para conhecer o contexto familiar/social em que ele está inserido e assim promover uma melhor acolhida para ele e para a família, levando em conta que a cooperação entre a família e escola é fundamental para o desenvolvimento discente. Qualquer escola que tiver alunos com deficiência auditiva nas classes regulares tem o direito a um intérprete de Libras. Caso você tenha apenas um aluno surdo matriculado, procure outras escolas da região e monte um pequeno grupo de estudantes que possam receber o atendimento de um profissional no contraturno. Isso facilita o trabalho das Secretarias de Educação, que cadastram intérpretes anualmente, mas ainda não conseguem atender à procura das instituições de ensino. Profissional importante nesse processo é o instrutor surdo – um profissional com deficiência auditiva que atua na escola e ensina a língua de sinais para os alunos surdos e, eventualmente, para os ouvintes também. Buscaria também, junto à Secretaria de Educação apoio da Secretaria de saúde, para acolhimento desse aluno em suas necessidades de atendimento de outros profissionais (caso haja), como fonoaudiólogo ou psicólogo, por exemplo. 1.2 Como é o processo de alfabetização de um deficiente auditivo? No caso do deficiente auditivo, a alfabetização deve ser de forma mais visual possível, com o uso da linguagem de LIBRAS (Língua Brasileira de Sinais) e com o acompanhamento de professores especializados. Dependendo do caso, um aparelho auditivo também pode fazer toda diferença nos resultados obtidos. A presença da linguagem em LIBRAS na alfabetização do deficiente auditivo se assemelha muito ao processo de aprendizagem dos demais alunos. Ou seja, nessa forma de linguagem, também é aplicada a memorização, o letramento, a aprendizagem do fonema/grafema, leitura e escrita. A criança com deficiência auditiva deve ter acesso a esse aprendizado por meio de métodos adaptados à sua necessidade. Através do PDDE, solicitaria a aprovação do Conselho Escolar para adquirir recursos pedagógicos voltados para o apoio do aprendizado do aluno em questão. Solicitaria também, junto a instituições competentes, formação para o professor regente da classe. Paralelamente, junto à Equipe Diretiva e Pedagógica, criaria um projeto para sensibilização da comunidade escolar sobre inclusão da pessoa surda, buscando a parceria da sociedade (voluntário, ONGs ou empresas que possam fornecer gratuitamente) aulas de LIBRAS para a família do educando, para os alunos da classe em que o aluno surdo está matriculado e, sendo possível, também para os funcionários da Unidade Escolar. 1.3 As aulas • Apresentar ao aluno uma síntese provisória da aula por escrito; • Dirigir-se sempre ao aluno para localizá-lo sobre o tema que está sendo falado em sala (falar perto, devagar e olhando para o aluno); • Orientar a respeito de termos da área, indicando onde se pode, ou não, utilizar sinônimos; • Oferecer questões indicativas para estudo individual dos conteúdos fundamentais da disciplina, especialmente nos textos mais extensos; • Cuidar que os vídeos utilizados tenham legenda; • Quando necessário estabelecer o sistema de monitoria para estudos; • Fixar em murais recados e avisos sobre trabalhos, provas, aulas práticas, laboratoriais, mudanças de horários de atividades programadas, para garantir que o aluno surdo tenha acesso a todas as informações que os outros alunos estão recebendo; • Ao serem apresentados seminários pelos outros alunos, considere-se a presença do aluno com deficiência auditiva – inclusive este é um espaço significativo para uma aprendizagem diferenciada; • Indicar o tema da aula seguinte, no sentido de possibilitar ao aluno a leitura antecipada do conteúdo proposto. 2. ADAPTAÇÕES PARA O ATENDIMENTO A ALUNOS ESPECIAIS. O aspecto mais importante para o atendimento aos alunos especiais é a integração no sistema regular. Isso exige mudanças na realidade escolar, tanto no âmbito social quanto no educacional e no físico. O atendimento educacional especializado (AEE) é oferecido nas escolas públicas e privadas de Ensino Básico, em salas de recursos multifuncionais, que devem ser atendidas por um professor regente com formação continuada em Educação Especial. É necessário que a sala ofereça mobiliário adequado, materiais didáticos específicos, recursos pedagógicos de acessibilidade e equipamentos destinados ao atendimento dos alunos com deficiência,o AEE deve estar preparado para acolher os diferentes alunos matriculados nas escolas que atendem ou não da proximidade. Vejamos alguns tipos de atendimento oferecidos. Assim, são os gestores municipais e as escolas os responsáveis por solicitar aos órgãos competentes intérpretes e materiais para que o aluno surdo tenha condições iguais e necessárias para aprender e se desenvolver garantindo sua inclusão social,e não ampliando a desigualdade. 2.1 Atendimento escolar especializado • Ensino de atendimento em braille • Estratégias para autonomia no ambiente escolar • Ensino do uso de recurso óptico e não e não ópticos • Estratégias para o desenvolvimento de processos mentais • Técnica de orientação e mobilidade • Ensino de Língua Brasileira e Sinais (Libras) • Estratégicas para enriquecimento curricular • Ensino do uso soroban • Ensino de usabilidade e das funcionalidade da informática acessível • Ensino de Língua Portuguesa na modalidade escrita 2.2 As principais adaptações são: • Observar o nível de ruído no local; • Identificar os sinais sonoros existentes no ambiente de trabalho, para que sejam acompanhados por sinais luminosos; • Implantar sistema Intranet para comunicação; • Utilizar Pager e celulares, com possibilidade de recebimento e envio de mensagens escritas, também auxiliará a pessoa surda. De modo geral, pode-se falar em dois tipos de adaptações curriculares, as chamadas adaptações de acessibilidade ao currículo e as adaptações pedagógicas. 3. DEFICIÊNCIA AUDITIVO / SURDEZ: A deficiência auditiva é a incapacidade de ouvir, e ela pode se apresentar em graus diferentes, leve, moderada e surdez, que é a inexistência da audição. A deficiência auditiva, em alguns casos, pode ser resolvida com aparelhos ou intervenções cirúrgicas, mas nos casos congênitos e irreversíveis o indivíduo deve buscar outros meios de se comunicar. Nesse caso, foi criado a Língua Brasileira de Sinais (LIBRAS). LIBRAS, “é uma língua de modalidade gestual-visual, reconhecida como língua natural dos surdos e constitui o “símbolo da surdez”. Hoje consideramos que a Língua de Sinais é o único meio efetivo de comunicação entre os surdos, possibilitando-lhes se desenvolver linguístico-cognitivamente. Deficiência auditiva pode ser definida como: “a diminuição da capacidade de percepção normal dos sons, sendo considerado surdo aquele cuja audição não é funcional com ou sem prótese auditiva”. O índice de nascimento de crianças com surdez profunda é uma em cada mil; muitas desenvolvem algum problema auditivo no decorrer de sua vida. Os principais tipos de deficiência auditiva podem ser assim relacionados: uma afeta o ouvido externo ou médio, podendo ser tratada e mesmo extinta; a outra afeta o ouvido interno ou o nervo auditivo, de forma permanente e inalterável, na maioria dos casos. A audição é usualmente medida em decibéis (dB), unidade sonora que mede a intensidade ou volume dos sons, e em Hertz (Hz), unidade que determina o comprimento da onda sonora. A capacidade auditiva é classificada como: normal (entre 10 e 26 decibéis); leve (entre 20 e 40 decibéis); moderada entre (40 e 70 decibéis); severa entre (70 a 90 decibéis) e profunda (superior a 90 decibéis). A criança surda pode ter as mesmas condições intelectuais e habilidades psicomotoras do aparelho fonoarticulatório de uma criança sem deficiência, porém não poderá reproduzir sons que não ouve. A deficiência auditiva pode, também, ser congênita ou adquirida. As principais causas da deficiência congênita são: hereditariedade, viroses maternas (rubéola, sarampo, doenças tóxicas da gestante, como sífilis, citomegalovírus e toxoplasmose), ingestão de medicamentos ototóxicos (que lesam o nervo auditivo durante a gravidez). Essa deficiência pode ser adquirida quando existe uma predisposição genética no indivíduo, a otoclesrose; bem como quando ocorre meningite, ingestão de remédios ototóxicos, exposição a sons impactantes (explosão) e viroses, ao longo do desenvolvimento ontogenético da pessoa. A educação de uma criança com deficiência auditiva/surdez deve ser feita de forma diferenciada, utilizando diversos recursos comunicativos, adaptados a suas possibilidades e de modo a contribuir para sua participação social, sem que se deixe, portanto, essa criança à margem das apropriações e objetivações culturais do gênero humano. No aspecto cognitivo, sabe-se que a inteligência da criança surda não é limitada em relação à criança ouvinte, ambas diferindo apenas na limitação vocal. Todavia, em decorrência das dificuldades de apropriação linguística, algumas dificuldades podem se tornar evidentes. As primeiras limitações na evolução intelectual das crianças surdas manifestam-se em suas expressões simbólicas, não somente na aquisição do código linguístico oral, mas também em outras formas como o jogo simbólico. Muitas dessas dificuldades se explicam devido ao fato de que criança que apresenta a deficiência supracitada não consegue captar informações transmitidas, sobretudo, em nossa sociedade, de forma oral. Tal situação coloca alguns obstáculos ao desenvolvimento psicolinguístico dos sujeitos nessa condição ontogenética. Contudo, essas limitações não querem dizer que, intelectualmente, as crianças surdas são inferiores em relação às demais. Elas apenas apresentam outro curso de desenvolvimento ontogenético, descrevendo uma trajetória singular. Um fator importante a ser considerado é a forma de comunicação que elas recebem em casa, especialmente quando os pais não são surdos também. Para a pessoa com deficiência auditiva/surdez e seus familiares, da aquisição da Língua Brasileira de Sinais (LIBRAS), como forma de possibilitar a comunicação entre ouvintes e não ouvintes. Quanto à interação da criança surda com a ouvinte, esta pode ocorrer de forma mais lenta em relação à comunicação estabelecida entre duas crianças ouvintes ou, ainda, entre duas surdas. Isso se dá pelo fato da primeira não utilizar a comunicação oral, ao passo que a segunda, a ouvinte, raramente conhece e domina a língua de sinais. As relações que a criança surda estabelece com seus colegas dependem tanto do seu nível linguístico como dos códigos que podem ser empregados na comunicação. A maior parte dos estudos indica que as relações que a criança surda estabelece são pouco estruturadas e flexíveis, manifestando mais dificuldades, quando são baseadas na interação verbal e exigem uma constante atenção mútua. A criança surda não tem habilidades sociais suficientes para iniciar normalmente, as interações, para controlar o desenvolvimento das mesmas e satisfazer as demandas de seus interlocutores. Por essas dificuldades, os surdos unem-se em grupos ou associações por interesses comuns, para evitar problemas e incompreensões na interação social. Outra causa da associação dos surdos é a pouca importância das informações não verbais para o mundo dos ouvintes, caracterizado pela prevalência da linguagem oral, nas relações interpessoais. Assim,a maior dificuldade em incluir crianças surdas e ouvintes em uma mesma sala refere-se à questão da comunicação, pois a barreira linguística existente nesse caso dificulta a interação entre os alunos. 4. CONCLUSÃO Hoje, no meio em que vivemos, com a diversidade que temos, acreditamos que toda criança especial tem seu direito garantido na educação. Mas não é bem assim, na realidade nossas escolas vivem um período de adaptação e escolha, com precárias instalações para receber indivíduos diversos. Muitos profissionais, mesmo que a escola não esteja adaptada para receber o deficiente auditivo, eles adaptam suas aulas e atividades, para que o aluno seja incluído numa turma regular. A escola não pode só integrar a criança, para que a mesma se esforce para ser participativa. A escola deve ser inclusiva, aceitar a criança com suas especificações e necessidades, é preciso adaptar-se a cada indivíduo como único, e lhes dá autonomia dentro de sala de aula com todo apoio que precisa. O sentido da escola inclusiva é promover educação a todos com qualidade e dignidade. Nesse sentido o professor tem importância, pois ele irá intermediar a comunidade escolar com os alunos, promovendo encontros entre pais e mestrespara que juntos encontrem uma solução para um problema coletivo. A idéia é que sejamos diferentes para alcançar nosso potencial perante as diversidades da sociedade. Um bom plano de inclusão entre todos que trabalham na instituição de ensino pode fazer uma grande diferença da recepção da criança com especificações especiais, seja qual for, com uma equipe bem estruturada e receptiva a criança irá se sentir membro daquela escola como qualquer outra. Atualmente percebe-se um grande impasse por parte da criança surda ao ingressar na escola, principalmente no processo inicial decorrente de diversos fatores como: limitações pessoais, o conhecimento parcial da língua pela qual se comunica. É necessário equipar as escolas com materiais e profissionais habilitados para dar condições de realmente promover a inclusão com qualidade nas escolas. Mediante os resultados das pesquisas bibliográficas e de estudo de caso, este realizado com o objetivo precípuo de saber quais as dificuldades encontradas por esse aluno no dia -a -dia escolar, busca-se compreender como ocorre a interação desse aluno com os professores e demais colegas na sala de aula comum, visando à caracterização das formas de atendimento pedagógico que a ele têm sido disponibilizadas. O estudo se justifica na medida em que se torna necessário conhecer quais as metodologias já utilizadas para o ensino de pessoas nessa condição ontogenética. Desse modo, será possível avançar na compreensão dos atuais processos e práticas educacionais considerados inclusivos. 1. APRESENTAÇÃO Na primeira etapa da educação básica encontram-se crianças surdas com dificuldades, principalmente no processo de alfabetização. De acordo com o censo de 2010, realizado pelo IBGE – Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística, cerca de 1 milhão de crianças e jovens até 19 anos possuem deficiência auditiva. Acredita-se que hoje, 9 anos depois, esse número tenha aumentado, o que se leva a repensar sobre o aspecto inclusivo dessas pessoas no âmbito social, principalmente no escolar. A inclusão de crianças surdas na sala de aula é de suma importância para uma aprendizagem eficaz. Analisa-se que, atualmente, muitos alunos surdos enfrentam dificuldades ao ingressarem numa instituição de ensino, devido à falta de infraestrutura e preparação dos profissionais do local. Quando se trata da questão da alfabetização para o grupo citado, encontra-se uma defasagem ainda maior, visto que é a partir dessa etapa que se desenvolvem as habilidades fundamentais de escrita e leitura, as quais são levadas por toda vida. A alfabetização é uma das etapas mais importantes na vida das crianças cujo processo consiste no ingresso em uma nova etapa da vida. Nessa fase, faz-se necessário uma atenção redobrada aos estudantes para que o aprendizado seja eficaz. Contudo, por muitas escolas não possuírem projetos de inclusão para surdos, estes acabam por recebendo um ensino “superficial”, já que suas dificuldades muitas vezes passam por despercebido. Com o intuito de atrair atenção para o tema, o trabalho trouxe à tona os principais desafios enfrentados no processo de alfabetização das crianças surdas e as possíveis soluções para tais. Tendo em vista as informações levantadas e a discussão proposta, a relevância científica deste estudo foi pautada na ideia de servir como mais um instrumento que permite a divulgação de informações a respeito do tema, servindo como base para profissionais da área, como professores e pedagogos. Atualmente percebe-se um grande impasse por parte da criança surda ao ingressar na escola, principalmente no processo inicial decorrente de diversos fatores como: limitações pessoais, o conhecimento parcial da língua pela qual se comunica (LIBRAS - Língua Brasileira de Sinais), o preparo não adequado dos professores e profissionais envolvidos, defasagem na infraestrutura escolar, entre outros. É de extrema importância a reflexão acerca da situação da alfabetização dos surdos no Brasil, visto os desafios enfrentados por esses em relação ao aprendizado. O presente trabalho pretende discorrer sobre educação inclusiva voltada para crianças surdas no processo de alfabetização. Dessa forma, com o intuito de destacar a importância da temática proposta, este estudo trouxe como problemática: 2. HISTÓRIA DA EDUCAÇÃO DO SURDO A concepção histórico-cultural da educação, na premissa de Vygostsky, as crianças mesmas que são produtos das condições específicas do desenvolvimento social, conforme o autor apresenta: “Uso de signos conduz os seres humanos a uma estrutura específica de comportamento, que se destaca do desenvolvimento biológico e cria novas formas de processos psicológicos enraizados na cultura”. A história os surdos desde de a antiguidade é marcada por superação pois estes foram considerados sujeitos miserável, imbecis, anormais, incompetentes, de acordo com Capovilla e Raphael (2008). Havia o pensamento de que a linguagem falada seria a única maneira possível para o desenvolvimento da aprendizagem, portanto necessário a audição. Nesta época as pessoas surdas foram discriminadas e segregadas sob várias formas, vistas como pessoas de segunda classe, mesmo assim elas sobreviveram com sua língua, sua cultura e identidade, mostrando sua competência e capacidade para decidir a maneira melhor de educação que atendesse suas necessidades. Aprofundando-se na história da educação de Surdos, destaca-se o L’Epée, francês que criou a primeira escola para Surdos na cidade de Paris, no ano de 1760, a qual se tornou modelo que impulsionou a criação de várias escolas também em outros países, conforme Barros (2011). O ano de 1857 pode ser considerado como divisor de águas na Educação de Surdos com métodos de comunicação para e diversas tentativas subsequentes, principalmente por meio dos sinais, Conforme Nerly & Ricardo (2005). No Brasil, o professor Surdo francês Hernest Huet, fundou a primeira Escola para Surdos, a convite de D. Pedro II, o Imperial Instituto dos Surdos-Mudos, baseado no método combinado. Outro fato marcante, agora de forma negativa, foi por meio do Congresso de Milão - realizado no ano de 1880, no qual havia somente a presença de 3 professores surdos, onde determinaram que a Língua de Sinais seria retirada da Educação de Surdos, persistindo o uso da Língua Oral, segundo as autoras, Perlin e Strobel (2006). Com este veredito podemos considerar um atraso significativo para a inclusão dos alunos surdos no processo de ensino aprendizagem, pois os mesmos foram proibidos de praticarem sua Língua e se viram afastados de sua própria cultura em torno de um século. Considera-se tais fatos de grande significância dentro da análise do contexto histórico da inclusão dos alunos surdos no processo de ensino aprendizagem, conforme destaca Duboc: Desta forma, verifica-se que os Surdos eram ainda considerados pela maioria da sociedade uma deficiência de maior cuidado clínico. A autora declara que apenas nas últimas décadas este cenário está sendo mudado pelo crescimento da ciência e por visões mais progressistas, como também projetos políticos e educacionais que deram rumo a novas trajetórias da história da inclusão dos alunos surdos. 3. NOVAS TRAJETÓRIAS NO ENSINO E A DECLARAÇÃO DE SALAMANCA Na história da inclusão dos alunos surdos no processo de ensino aprendizagem algumas mudanças como quebras de antigos paradigmas ocorreram, onde até a década de 60 no ensino para os alunos surdos vigorou o método chamado “oralismo puro”, que se viu ultrapassado por uma nova estratégia de ensino. Segundo Soares (2010), somente a partir de 1960 e início da década de 70 que apareceu uma nova concepção de educar os surdos em substituição a metodologia citada, denominado pela a autora de “comunicação total”, onde o método oral começa a perder sua magnitude, passandoa ser visto como método tradicional de ensino. A comunicação total, para a autora, foi um passo para emergir a partir da década de 1990 a luta pelo Bilinguismo, abrindo um novo horizonte para as mudanças no ensino dos alunos surdos. De acordo com Araújo (2015), o bilinguismo passa a ser a bandeira de luta dos surdos, como própria de sua cultura, desde a Conferência Mundial de Educação para Todos, realizado no ano 1990 em Jomtien, Tailândia. Nesta declaração os países relembram que “a educação é um direito fundamental de todos, onde a Inclusão e a democratização passaram a ser pautas primordiais. Dentro deste processo histórico aconteceu um novo marco: o surgimento da Declaração de Salamanca. Em 1994, em Salamanca - na Espanha, constrói-se um documento oficial que legaliza todas as Instituições educacionais a incluírem os alunos surdos nas salas regulares, com acompanhamento especializado e direito de ser respeitado na sua língua – a língua de sinais. Esse documento ficou conhecido mundialmente como “A Declaração de Salamanca”, a qual proclama que: Cada criança tem o direito fundamental à educação e deve ter a oportunidade de conseguir e manter um nível aceitável de aprendizagem. Cada criança tem características, interesses, capacidades e necessidades de aprendizagem que lhe são próprias. Os sistemas de educação devem ser planeados e os programas educativos implementados tendo em vista a vasta diversidade destas características e necessidades. (DECLARAÇÃO DE SALAMANCA, 1994). Com o surgimento desta declaração, percebe se que no Brasil houve uma mudança significativa no que diz respeito à inserção e valorização do bilinguismo. No Brasil, além da influência legal da Declaração de Salamanca, foi construído uma seção na Lei de Diretrizes e Base da Educação Nacional‐ LDBEN 9394/96 que destaca normas para o funcionamento da educação especial e para os profissionais que atuarão com essa clientela. Os alunos, antes denominados como “deficientes”, passam a ser tratados como “alunos com necessidades educativas especiais”. Outro avanço na educação especial que ganhou destaque na educação de surdos ocorreu com a promulgação da Lei Nº10.436 de 24 de abril de 2002 que diz: Art. 1º. É reconhecida como meio legal de comunicação e expressão a Língua Brasileira de Sinais ‐ LIBRAS e outros recursos de expressão a ela associados. Parágrafo único. Entende‐se como Língua Brasileira de Sinais LIBRAS a forma de comunicação e expressão, em que o sistema linguístico de natureza visual‐motora, com estrutura gramatical própria, constitui um sistema linguístico de transmissão de ideias e fatos, oriundos de comunidades de pessoas surdas do Brasil. (LEI Nº10. 436 DE 24 DE ABRIL DE 2002). Esta lei que reconhece a LIBRAS como primeira língua da comunidade de surdos foi também de grande importância na conquista dos direitos dos surdos dentro do contexto social, profissional e educacional. Havendo uma mudança de sua realidade, uma vez que é garantido por lei ser educado em sua própria língua. Seguindo esta ordem, afirma Araújo (2015), que o fato de ter um decreto que legaliza a LIBRAS como sistema linguístico viso‐motora no Brasil, este documento instaura na educação especial educação bilíngue. Da mesma forma Fernandes (1998), afirma que apesar da supremacia autocentrada dos ouvintes, a população surda continua sua luta, a qual vem promovendo maior organização a nível mundial em defesa de uma língua e cultura própria, no intuito de protagonizar a sua história. Conforme os autores acima citados, pode-se dizer que no Brasil, em relação à introdução da lei de LIBRAS, obteve-se a valorização do bilinguismo. Toda esta transformação vem sendo implementada nas escolas ao longo do tempo por meio de novos métodos de ensino, os quais têm proporcionado ao surdo uma realidade diferente da do passado. Porém, considera-se um progresso educacional para os alunos surdos no processo de ensino aprendizagem em sua língua natural. No próximo capítulo, serão abordadas as questões relativas à inclusão dos alunos surdos dentro contexto escolar no processo de ensino aprendizagem. 4. O DESAFIO DAS CRIANÇAS SURDAS De acordo com o censo de 2010, realizado pelo IBGE – Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística, cerca de 3.5 milhões apresentam deficiência auditiva severa, sendo 1 milhão de crianças e jovens até 19 anos, mais precisamente cerca de 592.879 mil são crianças surdas com idade até 14 anos com necessidades educacionais especiais. É no ambiente familiar que a criança encontra suas primeiras dificuldades e desafios pois sua presença faz com que os integrantes principalmente os pais de uma criança surda entram em contato com sentimentos de negação, dor, medo e preocupação em relação a surdez e desdobramentos futuros conforme relata Buscaglia: Dessa maneira, exercer a função de pais de uma criança com deficiência se apresenta como um papel novo e complexo, sendo imprescindível que se proporcione um diagnóstico médico compreensível; conforto no que se refere a sentimento de culpa, medo e incerteza; alguma ideia de futuro para pais e filhos; e muita esperança e encorajamento (BUSCAGLIA, 2002, p.120). Nos primeiros meses de vida a surdez praticamente não é percebida e muitas vezes os pais demoram a identifica-la. Conforme Souza (2014), quando nasce um bebê com alguma malformação ou síndrome congênita, as deficiências e deformidades logo são visualizadas, havendo o impacto e o choque inicial por parte dos familiares e da equipe médica, mas no caso da surdez se configura como uma deficiência silenciosa e por essa razão há a demora no diagnóstico precoce. Um outro desafio tem direta implicação na aprendizagem infantil é que notasse que em alguns casos uma deficiência auditiva vem acompanhada de outras disfunções, como deficiência intelectual, TEA, TDAH, lesões neurológicas ou distúrbios de linguagem. Para Capovilla (2005) tais condições podem ser mais excludentes, dificultando o processamento de informações auditivas. O processo de desenvolvimento da comunicação oral e linguagem entre as pessoas é facilitado por meio da audição, muitas crianças não conseguem utilizar adequadamente este caminho para aprender porque apresentam ou déficits parciais ou déficits totais (surdez) de percepção auditiva, obviamente limitadas as criança surdas não desenvolvem a língua oral-auditiva, conforme Silva (2005), justamente por não estarem em contato com ela naturalmente, por causa da surdez as crianças surdas de deparam com mais um desafio o de criar alguma forma de linguagem e procuram manifestar uma maneira de gesticulação manual , de acordo com Damázio (2007), mesmo quando não tenham contato com a língua de sinais. É por meio da linguagem que o homem organiza seu pensamento e se comunica com as pessoas, utiliza-se de verbalização e não verbalização, Brasil (2006). O entendimento da importância da idade para a inclusão em relação ao fator idade Lenneberg afirma que: “[...] entre dois e três anos de idade, a linguagem emerge por meio da interação entre maturação e aprendizado pré-programado. Entre os três anos de idade e a adolescência, a possibilidade de aquisição primária da linguagem continua a ser boa; o indivíduo parece ser mais sensível a estímulos durante este período e preservar uma certa flexibilidade inata para depois da puberdade, a capacidade de auto- organização e ajuste às habilidades primárias e básicas não adquiridas até então geralmente permanecem deficientes até o fim da vida”. (LENNEBERG, 1987. P 67) As crianças surdas encontram outro desafio no sistema educacional pois as escolas não possibilitam as mesmas condições pedagógicas de alfabetização para alunos surdos comparadas a alunos ouvintes, visto que não falam a mesma língua. Segundo Araújo (2015) de forma errônea, a língua de sinais é utilizadaem termos como meio para ensino da leitura e escrita, não considerando o verdadeiro direito da criança surda de usar sua própria língua. Ainda a autora afirma que a língua visual- espacial é executada como apenas um método adicional e não considerando devidamente eu sua totalidade linguística. Mediante esta situação a exclusão do surdo se agrava ainda mais, podendo ser tratado como desqualificados a compreender a língua portuguesa em sua organização. Os estudos científicos na prática pedagógica de crianças surdas apontam que o ambiente adequado a suas necessidades proporciona um progresso no processo educacional. Para desenvolver a linguagem oral é necessário que o convívio com ouvinte, mesmo sem problemas fonológicos de outra forma a criança não aprendera a linguagem oral, de acordo com, Honora (2015). A audição de qualidade é um diferencial significativo para o processo de aprendizagem na aquisição de informação e forma sequencial, conforme conceitua Vygotsky: Nesse convívio, os surdos autoproduzem significados que lhes permitem entender de que é diferente. Essa diferença, contraditoriamente, só pode ser afirmada e vivida como tal, ao supor igualdade e reciprocidade. Daí a importância de preservar o direito da pessoa surda de se desenvolver, através de sua inserção em experiências condizentes com a heterogeneidade dos processos humanos. (VYGOTSKY 1993, p. 33). Neste contexto vimos inúmeros desafios e dificuldades para criança surda no processo de alfabetização, que significa a aquisição do sistema convencional de escrita e o letramento possibilita o cidadão a construir, em si próprio, o sentido da escrita para sua vida cotidiana 5. O DESAFIO DOS PROFESSORES A inclusão da criança é uma questão delicada para a escola, pois é necessária uma melhor organização da estrutura escolar, todo um aparato pedagógico, e um corpo docente capacitado para atender essa demanda, a fim de cumprir sua função de integração social, conforme: declara Nogueira: As políticas para a inclusão devem ser concretizadas na forma de programas de capacitação e acompanhamento contínuo, que orientem o trabalho docente na perspectiva da diminuição gradativa 25 da exclusão escolar, o que visa a beneficiar não apenas os alunos com necessidades especiais, mas, de uma forma geral, a educação escolar como um todo. (NOGUEIRA, 2002, p.77) Trazendo o entendimento que o professor deve servir como meio de ligação entre o indivíduo que participa e se adapta com o mundo. Neste processo de alfabetização pode ser melhorado se a escola por meio da descoberta, e da investigação buscar desenvolver o potencial criativo e inventivo aprimorando o modo da criança aprender, assim Diniz ressalta que “[...] o princípio fundamental da Educação Inclusiva consiste em que todas as crianças devem aprender juntas, onde quer que isso seja possível, não importando quais dificuldades ou diferenças elas possam ter”. (DINIZ 2012, p. 33) A escola tem como premissa o desenvolvimento educacional dos alunos, sem acepções e isolamento de minorias, norteando o caminho para a vida e sociedade, incluindo os alunos surdos por meio de métodos que proporcione esta inserção em um mesmo ambiente, Diniz (2012, p. 65) confirma essa questão ao afirmar que “[...] a escola precisa preparar a criança surda para a vida em sociedade, oferecendo-lhe condições para aprender um código de comunicação que permita sua participação na sociedade”, ou seja, a escola deve subsidiar um ambiente mais seguro, constituindo-se a base solida para na qual os alunos se referenciam. No contexto educacional, são visíveis as dificuldades dos professores na alfabetização de crianças surdas e suas necessidades educativas, isso por vezes mediante a um despreparo em sua formação como docente facilitador da inclusão, este problema encontrado em sala de aula por vezes tendo um potencial para atingir a classe toda e não só o aluno surdo, segundo Guijaro (1997) existe uma urgência em repensar a escola, afim de melhor capacitar o professor a atender a demanda da inclusão. Onde o autor realizou um referente trabalho em Cuba através de pratica diferentes métodos de atendimento as necessidades Educativas Especiais. Assim motivando o professor a se apropriar de técnicas especificas para abordagem de crianças surdas, a encarar seu papel como alfabetizador um objetivo que deve ser concluída e medida por resultados na evolução do aluno o surdo em relação aos demais alunos ouvintes, que em tese deve ser equiparado se aplicados todos recursos educativos adequados. É um desafio para um professor, que traz como método principal de ensino aos alunos a verbalização de conteúdo, alguém que provavelmente não tenha experiência com alunos surdos, trazendo para o ambiente educacional uma insegurança e falta de manejo com as necessidades do aluno surdo, tendo em si limitação de procedimento adequados para alfabetização deste aluno. Este autor argumenta: Então, como é difícil para o professor do ensino regular, pela forma como tem sido construída a ação educativa na escola, produzir práticas de ensino que atendam a presença de um aluno surdo, é difícil, também, para o professor especializado contribuir com a construção de práticas pedagógicas que atendam alunos surdos e ouvintes (SOARES, 2005, p.39). O surdo traz consigo uma linguagem própria e maneiras variadas de aprendizagem, proporcionando um desconforto para muitos professores mediante a não saberem se comunicar na primeira língua deles, a língua de sinais. As crianças surdas mesmo com seu nível cognitivo preservado, logo que ingressam na escola apresentam em sua maioria um atraso em relação a outras crianças, isto tem um potencial para afasta-la do convívio por dificuldades de interação com as crianças da mesma idade que em tese outros profissionais psicólogo, fonoaudiólogo e psicopedagogo deveriam assisti-la em suas necessidades. Mas é no papel do professor a responsabilidade como mediador e facilitador principalmente na alfabetização quando aprendera a língua portuguesa, temos como base a teoria de Vygotsky (1993) que enfatiza que o professor deve estar capacitado sustentar o desenvolvimento dos alunos, entender as limitações e cadencia de aprendizagem individuais e ter um bom entendimento de suas responsabilidades como professor. A Libras é um mecanismo ideal para que a aquisição de uma nova língua proceda de maneira eficaz, pois é a língua que proporcionara o alicerce necessário, uma vez que estará usando tua língua materna conforme afirma Michels (2011). No tocante a importância e carência, cabe o incentivo a esta formação qualitativa para que o docente se torne competente ao ponto de transformar a realidade no contexto educacional, transpondo as barreiras do bilinguismo, da simples transmissão de conhecimento e que prima em formar pessoas para a sociedade [...] sua atuação está comprometida com as condições da escola e com a qualidade de sua formação acadêmica. É ele, o professor, a autoridade responsável pelo processo de ensino aprendizagem se seus alunos conforme Pires (2005, p. 15). Dada tamanha relevância da formação adequada do professor ouvintes em LIBRAS este primeiramente se inclui no mundo da criança surda para depois leva-las a um alfabetismo, desenvolvimento educacional e inclusão, conforme declara Motta e Gediel (2016) possui habilidade de construir metodologias apropriadas para o alcance do propósito de ensino e aprendizagem considerando a diferença cultural entre ouvintes e Surdos no espaço educacional. Nessa perspectiva a atuação do professor para a educação de surdos, em relação a uma escola inclusiva, deve levar em consideração uma formação mais eficiente para professores como um curso de LIBRAS – Língua Brasileira de Sinais. 6. CONSIDERAÇÕES FINAIS A Educação Inclusiva que envolve o processo de alfabetização de crianças surdastem como premissa assegurar as mesmas oportunidades a todos alunos. Por meio deste estudo objetivou-se entender “a importância da educação inclusiva voltada para os desafios das crianças surdas no processo de alfabetização”, a partir do qual concluiu-se que historicamente é possível afirmar que houve avanços nesse aspecto, dentre eles o reconhecimento da LIBRAS como língua materna dos surdos e a implantação de diversas leis que valorizam e amparam a educação do surdo. Entretanto, os dias atuais revelam um longo caminho ainda a se trilhar em relação ao processo de alfabetização das crianças surdas, mediantes aos desafios encontrados pelas estas e pelos professores no ambiente escolar. O desafio das crianças surdas inicia-se no meio familiar pela falha no amparo e na falta de conhecimento sobre a questão. Este amplia-se ao deparar-se com um ambiente escolar carente de recursos que atendam às necessidades educativas especiais do grupo, pois apesar do sistema escolar possuir uma responsabilidade de inclusão instituída por lei, na prática, requer equiparação ao ensino dado aos alunos ouvintes e maior desempenho para reverter este quadro. No tocante ao desfio encontrado pelos professores na alfabetização de crianças surdas é de significativa relevância a falta de preparo e a formação desses profissionais para lidar com a demanda de inclusão, uma vez que cabe ao educador oferecer condições igualitárias a todos alunos. Tratando do processo de alfabetização de um aluno surdo, exige-se uma formação do docente em LIBRAS, bem como a habilidade no uso de recursos pedagógicos específicos, facilitando, dessa forma, a aprendizagem em na língua materna e o desenvolvimento da criança. Por fim, afirma-se que os objetivos propostos para este estudo foram alcançados, de maneira que com intuito de destacar a importância da temática proposta o estudo pretendeu contextualizar a inclusão dos alunos surdos no processo de ensino aprendizagem, apresentar quais são os desafios das crianças surdas no processo de alfabetização e averiguar o preparo dos professores. Tendo em vista as informações levantadas e a discussão proposta, a relevância científica deste estudo está pautadas na ideia de servir como mais um instrumento que permite a divulgação de informações a respeito do tema, servindo como base para profissionais da área, como professores e pedagogos.