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LINFOMAS E LEUCEMIAS LINFOMAS HISTOLOGIA Folículos linfóides primários: →Distribuem-se pelos órgãos linfóides periféricos- zona cortical do linfonodo, placas de Peyer do TGI, polpa branca do baço, anel de Waldeyer →Nódulos arredondados →População homogênea de linfócitos B inativos, pequenos e fortemente corados →Tornam-se secundários após estímulo antigênico Folículos linfóides secundários: →Centro germinativo →Zona do manto →Zona marginal INTRODUÇÃO Tecido linfóide: muito suscetível a artefatos Neoplasias: necessidade de estudo IHQ→possibilita identificar as diferentes subpopulações de linfócitos, permitindo saber de qual célula a neoplasia linfóide se originou Importância prognóstica e para o tratamento Métodos para obtenção do tecido linfóide: ◦ PAAF:analisa aspectos citológicos; linfadenopatias reacionais ou infecciosas, pacientes com neoplasias malignas para se pesquisar metástases, estadiamento ◦ Biópsia excisional:é o método de escolha para avaliação anatomopatológica→ fornece maior quantidade de material, permite avaliação arquitetural LINFONODOMEGALIA DEFINIÇÃO É uma neoplasia maligna que ocorre em linfonodo, podendo comprometer órgãos linfóides e não linfóides e levar o indivíduo ao óbito NEOPLASIAS LINFOIDES Duas entidades distintas: ANATOMIA PATOLÓGICA Linfonodos aumentados de volume, de consistência firme-elástica, apresentando, ao corte, coloração branco-acinzentada Os linfonodos de uma cadeia podem coalescer LINFOMA DE HODGKIN 1/3 dos linfomas O linfoma de Hodgkin tem a característica de se espalhar de forma ordenada, de um grupo de linfonodos para outro grupo, por meio dos vasos linfáticos (=disseminação por contiguidade)→ linfonodos cervicais, supraclaviculares e mediastino A doença surge quando um linfócito (célula de defesa do corpo), mais frequentemente um do tipo B, se transforma em uma célula maligna, capaz de multiplicar-se descontroladamente e disseminar-se A célula maligna começa a produzir, nos linfonodos, cópias idênticas, também chamadas de clones Com o passar do tempo, essas células malignas podem se disseminar para tecidos próximos, e, se não tratadas, podem atingir outras partes do corpo A doença origina-se com maior frequência na região do pescoço e na região do tórax denominada mediastino LINFOMA DE HODGKIN Curva bimodal de incidência: adultos jovens e idosos; também pode ser visto em crianças (em países em desenvolvimento) Associação com infecção pelo vírus, Epstein-Barr(EBV) →especialmente na população pediátrica e em imunossuprimidos Caracterizada pela proliferação de células atípicas denominadas células de Reed- Sternberg(RS) ou suas variantes, imersas em substrato celular característico, de aspecto inflamatório CÉLULA DE HODGKIN: células mononucleadas com nucléolos evidente CELULA DE REED STERNBERG: célula binucleada com nucléolos grandes e eosinófilos, dando o clássico aspecto em olho de coruja Célula de Hodgkin Células de Reed Sternberg LINFOMA DE HODGKIN Invasão de cápsula, apagamento da arquitetura ganglionar, podendo, de acordo com o tipo apresentar eosinófilos, plasmócitos além de áreas extensas de fibrose Mitoses atípicas EOSINÓFILOS PREVENÇÃO Não há uma forma efetiva de prevenção para o linfoma de Hodgkin DIAGNÓSTICO Já o diagnóstico precoce desse tipo de câncer possibilita melhores resultados em seu tratamento e deve ser buscado com a investigação de sinais e sintomas como: →Aparecimento de um ou mais caroços (ínguas) sob a pele, geralmente indolor, principalmente no pescoço, virilha ou axilas →Febre e suores noturnos →Cansaço e perda de peso sem motivo aparente →Coceira na pele →Erupção cutânea avermelhada, disseminada pelo corpo →Tosse e dificuldade para respirar ou desconforto no peito, causados por um gânglio linfático grandemente aumentado nessa região →Aumento do fígado ou do baço TRATAMENTO A maioria dos pacientes com linfoma de Hodgkin pode ser curada com o tratamento disponível atualmente LEUCEMIAS MEDULA ÓSSEA A medula óssea é o local de fabricação das células sanguíneas e ocupa a cavidade dos ossos Nela são encontradas as células que dão origem aos glóbulos brancos (leucócitos), aos glóbulos vermelhos (hemácias ou eritrócitos) e às plaquetas DEFINIÇÃO São neoplasias linfóides que apresentam comprometimento difuso de medula óssea com a presença de células neoplásicas no sangue circulante Em muitos casos é difícil separar as manifestações das Leucemias de Linfomas linfocíticos pois seus limites, freqüentemente, são indistintos DEFINIÇÃO Existem mais de 12 tipos de leucemia Na leucemia, uma célula sanguínea que ainda não atingiu a maturidade sofre uma mutação genética que a transforma em uma célula cancerosa Essa célula anormal não funciona de forma adequada, multiplica-se mais rápido e morre menos do que as células normais Dessa forma, as células sanguíneas saudáveis da medula óssea vão sendo substituídas por células anormais cancerosas CLASSIFICAÇÃO LEUCEMIAS AGUDAS Leucemia linfoblástica aguda (LLA) Leucemia mieloblástica aguda (LMA) LEUCEMIAS CRÔNICAS Leucemia linfocítica crônica (LLC) Leucemia mieloide crônica (LMC) INCIDÊNCIA Leucemia linfoblástica aguda (LLA)→ Dos 3 aos 5 anos de idade podendo ocorrer na adolescência, sendo rara em adultos. Leucemia mieloblástica aguda (LMA)→ É mais comum em adultos. Pode ocorrer como neoplasia secundária após quimioterapia. Leucemia linfocítica crônica (LLC)→ Pessoas idosas, idade média de 60 anos. O sexo masculino é o mais afetado 2:1. Leucemia mieloide crônica (LMC)→ Em qualquer idade sendo rara antes dos 10 anos (média 45 a) sem predomínio de sexo. DIAGNÓSTICO A confirmação diagnóstica é feita com o exame da medula óssea →MIELOGRAMA Nesse exame, retira-se uma pequena quantidade de sangue, proveniente do material esponjoso de dentro do osso, para análise citológica (avaliação da forma das células), citogenética (avaliação dos cromossomos das células), molecular (avaliação de mutações genéticas) e imunofenotípica (avaliação do fenótipo das células) Algumas vezes pode ser necessária a realização da biópsia da medula óssea. Nesse caso, um pequeno pedaço do osso da bacia é enviado para análise por um patologista ANATOMIA PATOLÓGICA Medula Óssea → Coloração de marrom-avermelhado à branco- acinzentado Baço →Aumentado de volume. Parênquima firme e coloração turva. Podem ocorrer infartos Gânglios → Aumentados de tamanho e cor branco-acinzentado Fígado → Aumentado de volume Gengiva → Tumefação e hipertrofia dos bordos gengivais podendo ocorrer infecções secundárias. Ulcerações na mucosa bucal Mucosa bucal Mucosa bucal ANATOMIA PATOLÓGICA LEUCEMIAS AGUDAS Presença de células imaturas. Existe um bloqueio na diferenciação das células primordiais leucêmicas sendo que os blastos apresentam tempo de geração prolongado em vez de encurtado Acumulam-se na medula óssea, substituem as células hematopoiéticas normais e disseminam-se para qualquer órgão sob a forma de células redondas, indiferenciadas ANATOMIA PATOLÓGICA LEUCEMIAS CRÔNICAS Caracterizadas pelo aparecimento de linfócitos maduros no sangue, medula e órgãos linfóides CLÍNICA LEUCEMIAS AGUDAS Tem instalação rápida. As características clínicas principais estão relacionadas à depressão da atividade da medula óssea normal: PALIDEZ FADIGA → decorrente da anemia FEBRE → refletindo um processo infeccioso SANGRAMENTOS → secundários à trombocitopenia (hematomas, petéquias) LINFOADENOPATIA, HEPATO E ESPLENOMEGALIA S.N.C. → cefaléia, náuseasvômitos, paralisia de nervos cranianos podendo ocorrer convulsão e coma OSSOS E ARTICULAÇÕES → dor CLÍNICA LEUCEMIAS CRÔNICAS Algumas vezes o diagnóstico é feito durante um hemograma de rotina Alguns pacientes podem apresentar fadiga, fraqueza, febre, perda de peso e sudorese noturna Pode haver hepatoesplenomegalia e linfoadenopatia FIM
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