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O niilismo ético de Friedrich Nietzsche

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O niilismo ético de Friedrich Nietzsche 
Grupo:Evanderson, Fabricio e Pablo. 
Aqui será apresentado um breve resumo sobre Nietzsche e seu niilismo ético, e no fim, 
haverá algumas indicações de textos e vídeos para serem visto, como complemento para 
tema. 
O niilismo do latim nihil (nada), é uma corrente filosófica que, em princípio, concebe a 
existência humana como desprovida de qualquer sentido. Tendo sido popularizada 
primeiramente na Rússia do século XIX 
Há um equívoco comum de que o filósofo alemão Friedrich Nietzsche era um niilista. Você 
pode encontrar essa afirmação na literatura popular e acadêmica, ainda que tão 
generalizada quanto é, não é realmente um retrato preciso de seu trabalho. Nietzsche 
escreveu muito sobre o niilismo, é verdade, mas foi porque ele estava preocupado com os 
efeitos do niilismo sobre a sociedade e a cultura, não porque ele defendeu o niilismo. 
Ele poderia ser categorizado como um niilista no sentido descritivo porque ele acreditava 
que não havia mais nenhuma substância real para os valores tradicionais sociais, 
políticos, morais e religiosos. Ele negou que esses valores tivessem alguma validade 
objetiva ou que nos impusessem obrigações vinculativas. Na verdade, ele mesmo 
argumentou que esses poderiam às vezes ter consequências negativas para nós. 
Pode se falar em um niilista descritivo, porque ele considerava a “morte de Deus” como 
sendo, em última instância, uma coisa boa para a sociedade. O cristianismo é tratado pelo 
filósofo como doença, o principal sintoma do niilismo.Nietzsche acreditava que os valores 
morais tradicionais, e em particular aqueles que decorrem do cristianismo tradicional, 
eram prejudiciais para a humanidade. Assim, a remoção de seu principal suporte (Deus) 
deve levar a sua queda.Outros niilistas observam a morte de Deus e concluem que, sem 
qualquer fonte perfeita de valores absolutos, universais e transcendentes, não pode haver 
valores reais. No entanto o filosofo em questão afirmava que a falta de tais valores 
absolutos não implica a ausência de qualquer valor. 
Os tipos de niilismo falados por ele são: O niilismo negativo, no qual a vida perfeita será 
no mundo superior, daqueles que acreditam que a vida perfeita será em outra esfera 
(vinculado à religião, ao ascetismo) aqui você não vive, não age como a contingência que 
a vida exige.No niilismo passivo, temos aqueles que diante da vida se percebem: que o 
mundo está passando, que não existe uma perspectiva e que não há um prêmio a se 
alcançar. Para que buscar os bens? Para que buscar a justiça? Se comemos e bebemos 
e no final da vida seremos aniquilados. 
Para o niilista ativo é necessário viver a vida de tal maneira que ele tenha coragem e faça, 
viva de maneira intensa, o mundo é um ciclo ininterrupto. É um Eterno Devir (pensamento 
dos pré-socráticos). Ele (o niilista ativo) tem que viver intensamente hoje, se não o fizer 
estará negando o mundo. Por isso, Nietzsche abomina os covardes, pois os que adotam o 
niilismo, que não seja este niilismo ativo, estão sendo covardes diante da vida. Nietzsche 
transforma o homem em um ser capaz de transmutar valores, aqui surge o tão falado 
Super-Homem, o bem em tudo que intensifica no homem o sentimento de poder, a 
vontade de poder; o mal seria tudo que vem da fraqueza. 
Vários filósofos vão utilizar e fazer uma releitura a respeito das obras de Nietzsche como 
por exemplo o francês Gilles Deleuze, Albert Camus e tantos outros. Num trecho do autor 
Hélder Ribeiro, extraído de sua obra: “Do absurdo à solidariedade: A visão de mundo de 
Albert Camus”, Ele cita “O niilismo de Nietzsche, procedendo de uma experiência extrema 
do desespero, quebrando todos os ídolos do progresso com o mesmo cuidado com que 
recusava a sombra de Deus, chega, no entanto, a um consentimento radioso, dionisíaco, 
ao Todo do ser real do mundo, na sua totalidade e em cada realidade particular. O 
consentimento que dorme na revolta de Camus e lhe dá um sentido, esse “amor fati” que 
no sim à vida inclui a própria morte, de modo que chega a chamá-la de “morte feliz”, 
provém em parte de Nietzsche…”(Lisboa: Editorial Estampa, 1996. Pg. 89-90). 
 
Abaixo seguem algumas indicações de vídeos e matérias: 
<https://www.youtube.com/watch?v=M0cbn_WeOCk>.–(entenda porque Deus está morto) 
<http://www.ambito-juridico.com.br/site/?n_link=revista_artigos_leitura&artigo_id=12698>. 
Nietzsche e o niilismo. Uma experiência possível? (Artigo em pdf, por Adilson 
FelicioFeiler) 
<http://www.gen.fflch.usp.br/sites/gen.fflch.usp.br/files/upload/cn_05_05%20Araldi.pdf>.

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