Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
Vibrações Mecânicas Universidade Federal de São João Del Rei Departamento de engenharia mecânica Vibrações Mecânicas Prof. : Fabiano Bianchini Batista Revisão de Dinâmica e EDO Massa: é uma medida quantitativa da resistência de um corpo (ou partícula) a uma mudança (variação) na sua aceleração. Momento de inércia: é uma medida da resistência de um corpo a uma mudança em sua aceleração angular, ou seja, expressa a dificuldade em se alterar o estado de movimento de um corpo em rotação. 1. Momento de inércia (de massa) Considerando o fato que um corpo possui dimensões e formas definidas, ao serConsiderando o fato que um corpo possui dimensões e formas definidas, ao ser submetido a um sistema de forças ele poderá: sofrer deformação ou modificar o estado de repouso ou de movimento (variar a velocidade do seu movimento). Dentre os movimentos possíveis tem-se: translação, rotação e movimento plano geral (translação + rotação). Pela Segunda Lei de Newton, as equações de movimento são: R m=F a onde FR é a força resultante, m é a massa e a é a aceleração. R I=M α onde MR é o momento resultante, I é momento de inércia (de massa) e α é a aceleração angular. Define-se matematicamente “momento de inércia”, I ou J, como sendo a integral do segundo momento em relação a um eixo z de todos elementos de massa dm que compõem o corpo rígido: 2 2 [kg.m no SI]z m I r dm= ∫ r é a distância perpendicular (“braço do momento”) do elemento de massa arbitrário dm até o eixo z. O momento de inércia é sempre uma quantidade positiva (devido a r2). Na cinemática plana, quando o eixo escolhido passa pelo centro de massa, CG ou G, o momento de inércia é representado como: I = IG. Este eixo é sempre perpendicular ao plano de movimento. Comentários Para uma partícula de massa em movimento circular em torno de um eixo perpendicular ao plano passando pelo ponto , tem-se: ( é o somatório das forças na direção tangencial para esta partícula t t t m O F ma F= e é aceleração tangencial). Assim, ( ) ( ) t t t a F r ma r=at ( ) ( ) ( ) 2 1 1 1 1 Para um sistema de -partículas (que compõem um corpo rígido), tem-se: (momento result N N N N R t i i t i i i i i ii i i i i i R N M F r m a r m r r m r M α α = = = = = = = = ∑ ∑ ∑ ∑ 2 1 2 ante) onde representa o momento de inércia do corpo rígido. Fazendo , o somatório passa a ser uma integral: N i i i i m r I I m dm I r dm α α = = = → = ∑ ∫ at O volante no motor deste trator tem um momento de inércia muito grande, de forma que quando posto em movimento, será difícil pará-lo. Evita-se assim paradas repentinas do motor mantendo-o em uma potência mais constante. Considerando-se um corpo cujo material apresenta uma densidade variável, ρ = ρ(x,y,z), o elemento de massa, dm, do corpo pode ser escrito em termos de sua densidade e volume, V, como: dm dm dV dV ρ ρ= ⇒ = Assim, a expressão para o momento de inércia torna-se: 2I r dVρ= ∫Assim, a expressão para o momento de inércia torna-se: VI r dVρ= ∫ Se a densidade é constante, tem-se: 2 V I r dVρ= ∫ Quando o elemento de volume escolhido apresentar dimensões infinitesimais nas três direções, ou seja, dV=dxdydz, a expressão do momento de inércia será dado por uma integral tripla. Em muitos casos de simetria, o processo de integração pode ser simplificado para uma única integração. Isso será possível quando o elemento de volume escolhido possuir uma dimensão ou espessura infinitesimal em apenas uma direção. Exemplo 1 Determine o momento de inércia em torno do eixo y da barra delgada de densidade constante ρ, área de seção transversal A e massa m. 2 m I r dm= ∫ ( )2 2 3 0 1 3 l y m I x dm x Adx Alρ ρ= = =∫ ∫ Sabendo-se que a massa total é: 0 l m V m dm dV Adx Alρ ρ ρ= = = =∫ ∫ ∫ 21 3y z I I ml= =Logo: dx x Exemplo 2 Determine o momento de inércia em torno do eixo z do cilindro de densidade constante ρ, raio R e massa m. Sabendo-se que o elemento de massa é: ( )2 dm dV rh drρ ρ pi= = 2 m I r dm= ∫ ( )2 dm dV rh drρ ρ pi= = 21 2z I mR=Logo: Substituindo na expressão do momento de inércia: [ ]2 3 4 0 0 2 2 2 R R zI r rh dr h r dr hR ρpiρ pi ρ pi= = =∫ ∫ 2 0 2 R m dm h rdr hRρ pi ρpi= = =∫ ∫ Amassa total será: Exemplo 3 Determine o momento de inércia em torno do eixo z do anel de densidade constante ρ, área de seção transversal A e massa m. ( )22 2 32zI R dm R A Rd ARpi ρ θ piρ = = = ∫ ∫ ( )0 2z mI R dm R A Rd ARρ θ piρ = = = ∫ ∫ ( )2 0 2m A Rd AR pi ρ θ piρ= =∫ 2 zI mR= Exemplo 4 Determine o momento de inércia em torno do eixo y da barra delgada de densidade constante ρ, área de seção transversal A e massa m. 'z z 2 m I r dm= ∫ 'x x≡ 'y y z / 2L / 2L G• ( ) 3 3/22 2 /2 /2/2 | 3 12 L L y z L m L x LI I r dm x Adx A Aρ ρ ρ − − = = = = =∫ ∫ 2 21 12 12y z G LI I I L A mLρ= = = =Logo: m∫ /2 /2 L L m dm Adx ALρ ρ − = = =∫ ∫ y’ r r’ y’ dm o momento de inércia em relação a qualquer outro eixo paralelo pode ser determinado utilizando um teorema conhecido por Teorema dos Eixos Paralelos. 1.1 Teorema dos eixos paralelos Considerando que o momento de inércia do corpo em relação a um eixo que passa pelo centro de massa, G, é conhecido, então x’ z’z r r’ y’ x’d GA Por Pitágoras, tem-se: ( )22 2' 'r d x y= + + ( ) ( )22 2 2 2 2' ' 2 ' ' 'z m m m I r dm d x y dm d dx x y dm = = + + = + + + ∫ ∫ ∫Logo: ( ) ( )2 2 2' ' 2 'z m m m I x y dm d x dm d dm= + + +∫ ∫ ∫ ( ) ( )2 2 2' ' 2 'z m m m I x y dm d x dm d dm= + + +∫ ∫ ∫ Representa o momento de inércia IG É nulo pois ( )' ' m x dm x m=∫ Representa a massa total m ( )2 2 2+ = ( )' 'm x dm x m=∫ E como z’ passa por G, ' 0x = Assim, pode-se expressar o momento de inércia do corpo em relação a um eixo qualquer z paralelo a z’ como: 2 z GI I md= + ( )2 2 2' ' 'x y r+ = y m ym r dm= ∫ rx e ry: são as distâncias do elemento de massa dm em relação à origem O de um sistema referencial medidas nas direções x e y, respectivamente. ͞x e ͞y: são as distâncias do centro de massa do corpo G em relação à origem O de um sistema referencial x m xm r dm= ∫ Comentários dm ry rx y medidas nas direções x e y, respectivamente. m: é a massa total do corpo; Se a origem O do sistema de referência está localizada no centro de massa do corpo G, então: 0ym r dm y m = = ∫0xm r dm x m = = ∫ ( )' ' m x dm x m=∫ E é isso que ocorre quando z’ passa por G, conforme foi demonstrado anteriormente, onde: ' 0x = G O ry ͞y ͞x x É uma forma descrita em manuais para descrever o momento de inércia em relação a um eixo especificado. Quando ele e a massa do corpo são conhecidos, o momento de inércia é determinado pela seguinte equação: 1.2 Raio de giração 2I mk= onde k é o raio de giração. Se um corpo consiste de certo número de formas simples, como discos, esferas e barras, o momento de inércia do corpo em relação a um eixo qualquer pode ser determinado somando algebricamente os momentos de inércia de todas as formas que o compõem calculados em relação ao eixo. 1.3 Corpos compostos ( )2 1 i N G i i i I I m d = = +∑ i refere-se a uma forma do corpototal e N é o número total de formas. Exemplo 5 Determine o momento de inércia em torno do eixo y da barra delgada de densidade constante ρ, área de seção transversal A e massa m, utilizando o Teorema dos eixos paralelos. 2 z GI I md= + dx x 21 12G I ml= Como foi demonstrado no exemplo4. 22 2 2 2 2 12 2 12 4 3z y G ml l ml ml mlI I I md m = = + = + = + = Logo, pelo Teorema tem-se Exemplo 6 Determine o momento de inércia em torno de um eixo perpendicular ao plano do disco passando pelo ponto O sabendo-se que a densidade do material é 8000kg/m3 e a espessura é 10 mm. 21 2G I mr= (momento de inércia de um disco em relação ao eixo central perpendicular ao plano do disco) ( ) ( )28000 0,25 0,01 15,71 kgdisco disco discom Vρ pi = = = ( ) ( )( ) ( )( )2 22 2 21 1 15,71 0,25 15,71 0,25 1,473 kg.m 2 2disco disco disco discoO I m r m d= + = + = Para o disco Para o furo (supor que seja um disco com massa)Para o furo (supor que seja um disco com massa) ( ) ( )28000 0,125 0,01 3,927 kgfuro furo furom Vρ pi = = = ( ) ( )( ) ( )( )2 22 2 21 1 3,927 0,125 3,927 0,25 0,276 kg.m2 2furo furo furo furoOI m r m d= + = + = Assim, o momento de inércia será: ( ) ( ) 21,473 - 0,276 1,20 kg.mO disco furoO OI I I= − = = Ou, de outra maneira: ( ) ( ) ( )2 2 2 21 1 12 2 2G disco furo disco disco furo furo disco disco furo furoG GI I I m r m r m r m r= − = − = − ( )2 2 21 15,71.0, 25 3,927.0,125 0,46 kg.m2GI = − =2 Pelo Teorema dos eixos paralelos, tem-se: ( )2 2 2. 0, 46 (15,71 3,927)(0,25)O G G disco furoI I m d I m m d= + = + − = + − 21,20 kg.mOI = Exemplo 7 Determine o momento de inércia em torno de um eixo perpendicular ao plano passando pelo ponto O sabendo-se que L = 0,75m, a massa do disco é 6 kg, o raio do disco é 0,2 m, e que as barras possuem 2 kg/m. ( ) ( ) ( )O disco AB CDo o oI I I I= + + ( ) ( ) ( )2 2 2disco AB CDO G disco disco G AB AB G CD CDoo oI I m d I m d I m d= + + + + + 2 2 2 2 2 21 1 1 2 12 12O disco disco disco disco AB AB AB AB CD CD CD CDo o o I m r m d m l m d m l m d = + + + + + 2 2 2 2 2 21 1 1 2 12 12O disco disco disco disco AB AB AB AB CD CD CD CDo o o I m r m d m l m d m l m d = + + + + + ( )( ) ( )( ) ( )( )( ) ( )( )( ) ( )( )( ) ( )( )( )2 2 2 2 2 2 21 1 16 0,2 6 1 2 1,3 1,3 2 1,3 0,15 2 0,75 0,75 2 0,75 0,5 6,99 kg.m 2 12 12O I = + + + + + = 0,8 0,2 1 mdiscod = + = ( )( )2 kg/m 0,75 mCDm =0,5 mCDd = 1,3 mABl = ( )( )2 kg/m 1,3 mABm = ( )0,8 1,3 / 2 0,15 mABd = − = Exemplo 8 O pêndulo consiste de uma barra delgada de 3kg e de uma placa fina de 5kg. Determine a localização do centro de massa G do conjunto e calcule o momento de inércia desse corpo em relação a um eixo que é perpendicular à página e passa por G. Cálculo do centro de massa (origem do sistema de referência está em O): 1(3) 2,25(5) 1,78m 3 5 i i i y my m Σ + = = = Σ + referência está em O): 0x = 1,78m 21 12 I ml= 2 21 ( ) 12 I m a b= + Barra delgada: Placa fina: ( )2G G iI I md= Σ + 2 2 2 2 2 2 1 1(3)(2) 3(1,78 1) (5)(0,5 1 ) 5(2,25 1,78) 12 12 4,45kg.m G G I I = + − + + + − = Cálculo do momento de inércia: 2. Equações da dinâmica do movimento plano Translação retilínea: 2.1 Equação do movimento de translação (α = 0). ΣF = m aG ΣFx = m (aG)x ΣFy = m (aG)y ΣMG = 0 (centro de massa) ΣMA = (m.aG) d (para um ponto qualquer) ΣMG = IG α A soma dos torques de todas as forças externas em relação ao centro de massa G é igual ao produto do momento de inércia do corpo pela aceleração angular. Translação curvilínea: ΣFn = m(aG)n ΣFt = m(aG)t ΣMG = 0 (centro de massa) ΣMB = e[m(aG)t] - h[m(aG)n] Exemplo 9 A viga horizontal BD é sustentada por duas barras de massas desprezíveis. Determine a força gerada em cada barra no instante em que θ = 30º e ω = 6 rad/s. ( ) 981cos30 100( )n G n B D G nF m a T T N aΣ = ∴ + − = A aceleração normal em G: 2 2 2( ) (6rad/s) (0,5m) 18m/sG na rω= = = 981/9,81 100kgm = = ( ) 981sen30 100( )ot G t G tF m a aΣ = ∴ = 0 ( cos30)(0,4m) ( cos30)(0,4m) 0G B DM T TΣ = ∴− + = Solucionando o sistema (3 incógnitas, e 3 equações): 1,32kNB DT T= = 2( ) 4,90m/sG ta = + ( ) 981cos30 100(18)n G n B DF m a T T NΣ = ∴ + − = Logo: É determinada calculando-se os momentos de todos os pontos do corpo em relação ao eixo. Quando o eixo passa pelo centro de massa, o resultado se torna: ΣM = I α 2.2 Equação do movimento de rotação em torno de um eixo fixo. ΣMG = IG α É possível deslocar o momento para qualquer ponto da reta definidora de sua direção, desde que calculados os vetores deslizantes: m(aG)x em(aG)y ΣFn = m(aG)n= m ω2 rGΣFn = m(aG)n= m ω rG ΣFt = m(aG)t= m α rG ΣMG = IG α (centro de massa) ΣMO = IO α (ponto O) Pelo Teorema dos eixos paralelos: IO= IG + md2= IG + m(rG)2 Ou ΣMO = Σ(Mk)O : Indica que quando os momentos das forças externas são somados em relação a um ponto qualquer O, eles são equivalentes à soma dos “momentos cinéticos’ Σ(Mk)O das componentes de m(aG) em relação a O mais o momento de inércia de IGα. Assim: ΣMO = Σ(Mk)O = IG α +[m(aG)t]rG= IG α +[m α rG]rG= [IG + m(rG)2] α Teorema dos eixos paralelos Exemplo 10 O tambor mostrado tem massa de 60kg e um raio de giração k = 0,25. Uma corda de massa desprezível está enrolada em sua periferia e presa em um bloco de massa 20kg. Determine a aceleração angular adquirida pelo bloco quando ele for solto. O momento de inércia do tambor é: Equações de movimento para o tambor e o bloco: 2(0, 4) (3,75kg.m )O oM I Tα αΣ = ∴ = 2 2 260(0,25) 3,75kg.moI mk= = = Equações cinemática: . (0, 4)a r aα α= ∴ = 2 2 106N 4,52m/s 11,3rad/s T a α = = = aTamF yGy 20)81,9(20)( −=+−∴=Σ+↑ O o Resolvendo as 3 equações: � Solução alternativa: 2 ( ) 20(9,81)(0, 4) 3, 75( ) [20(0, 4 )](0, 4) 11, 3rad/s O k OM M α α α Σ = Σ = + = 2.2 Equação do movimento plano geral Equações de movimento aplicadas no centro ΣFx = m(aG)x ΣFy = m(aG)y ΣMG = IGα Equações de movimento aplicadas no centro de massa (G): Equações de movimento em relação a um ponto qualquer P diferente de G: ΣFx = m(aG)x ΣFy = m(aG)y ΣMP = Σ(Mk)P = -y’m(aG)x+x’m(aG)y+ IGα y x y’ x’ P Indica que quando os momentos das forças externas são somados em relação a um ponto qualquer P, eles são equivalentes à soma dos “momentos cinéticos’ Σ(Mk)P das componentes de m(aG) em relação a P mais o momento de inércia de IGα. Ou seja, quando os momentos cinéticos, Σ(Mk)P , são calculados, os vetores m(aG)x e m(aG)y são tratados como vetores deslizantes (aqueles que podem atuar em qualquer ponto ao longo de sua linha de ação). xP Rolamento Nos problemas de rolamentos, que estão associados a corpos como rodas, cilindros, discos, ou formas semelhantes, que rolam, giram, sobre uma superfície plana e áspera (com atrito), devido aos carregamentos aplicados, haverá duas possibilidades de movimentos: 1 – o corpo rola sem escorregar; 2 – o corpo escorrega enquanto rola; Diante disso, podemos não saber a princípio em qual desses dois movimentos o corpo se enquadra.Diante disso, podemos não saber a princípio em qual desses dois movimentos o corpo se enquadra. Por exemplo, na figura acima, supondo a hipótese do corpo se mover para direita, ele deverá girar no sentido horário. A força de atrito deverá apontar para esquerda, sentido oposto ao movimento e ao sentido do escorregamento para a direita. Então: →ΣFx = m(aG)x P - F = maG (1) ↑ΣFy = m(aG)y N – mg = 0 (2) ΣMG = IGα Fr = IG α (3) 4 incógnitas: F, N, α e aG 3 equações: precisa-se de mais 1 equação � Rolamento sem escorregamento (com atrito estático): � Rolamento com escorregamento (com atrito dinâmico): - Se a força de atrito F for suficientemente intensa para garantir que o disco role sem escorregar, então aG estará relacionada com α pela equação cinemática: aG = αr (4) - Hipótese deve ser verificada: - Se há escorregamentoα e aG são independentes. Responsável pela adesão!eF Nµ≤ OBS: No exemplo mostrado, no caso de não haver escorregamento, a aceleração aG deverá apontar para a direita quando α indicar rotação no sentido horário, e vice-versa, como é exigido pelo rolamento. Se há escorregamento, para o caso onde existe uma força puxando o corpo e atuando em G, F deverá apontar para a esquerda, opondo-se ao sentido do escorregamento para a direita. Por outro lado se as equações aG = αr ou F = µcN não forem usadas, pode-se supor qualquer sentido para esses vetores e os valores numéricos calculados para essas quantidades determinará os seus verdadeiros sentidos. - Se há escorregamento α e aG são independentes. - Nesse caso, a força de atrito relaciona-se com a força normal de contato: F = µcN (4) O rolo compactador apresenta movimento plano geral durante o avanço da máquina. A soma dos momentos em relação a G é: ΣMG = IG.α A soma dos momentos em relação ao ponto A é: ΣMA = IG.α+(maG)r Exemplo: sem escorregamento OBS: se existir somente um momento de A G P Gx Gy NA fA A G r maG IG α Sem escorregamento: aG = αr Ou, pelo Teorema dos eixos paralelos: ΣMA = IA.α IA = IG + m.r2 OBS: se existir somente um momento de binário M na roda no sentido anti-horário, a força de atrito estará para esquerda, mesmo sentido do movimento. . A G P NA fA M Exemplo 11 A bobina tem massa de 100kg e raio de giração k = 0,3m. Se os coeficientes de atrito em A são iguais a 0,2 (estático) e 0,15 (cinético), determine a aceleração angular da bobina se P=50N. O momento de inércia é: ( )2 2 2100 (0,3) 9kg.mGI mk= = = Equações de movimento: aFamF 10050)( =+∴=Σ→ + 100(9,81)N Para que não haja escorregamento: aG= 0,4α Resolvendo temos: 2 2 1,3rad/s 0,52m/s 981N 2NG A Aa N F α = = ∴ = ∴ = αα 9)4,0()25,0(50 =−∴=Σ AGG FIM 0)81,9(100)( =−∴=Σ+↑ AyGy NamF GAxGx aFamF 10050)( =+∴=Σ→ P = 50N NA 0,25m 0,4m FA G max( ) 0,2(981) 196,2N 2N _ A e A F N F OK µ< = = > 3. Energia 3.1 Energia Cinética 2 21 1 2 2G G T mv I ω= +A fórmula geral para a energia cinética é: Translação. A energia cinética de rotação é nula, ω = 0: 2 2 1 GmvT = Rotação em torno de um ponto fixo. Considera-se a energia cinética de translação e rotação: 2 21 1 2 2G G T mv I ω= + Teorema dos eixos paralelos (Io) G Gv r ω= 2 21 ( ) 2 G G T mr I ω= + (Io) O termo entre parênteses representa o momento de inércia IO do corpo em relação a um eixo perpendicular ao plano do movimento que passa por O, assim: 2 2 1 ωOIT = Se a rotação ocorre em torno de G, o momento de inércia IG do corpo em relação a um eixo perpendicular ao plano do movimento que passa por G será: 21 2 G T I ω= Movimento Plano Geral. Considera-se o movimento de translação e rotação, isto é: 22 2 1 2 1 ωGG ImvT += 22 A energia cinética do trator: energia cinética de translação mais a energia de translação e rotação do rolo e das rodas em seu movimento plano geral. Potencial gravitacional ( Vg): será positiva se o centro de massa estiver posicionado acima da linha de referência. Gg yWV .±= 3.1 Energia Potencial Potencial elástica (Ve): será sempre positiva, independente da posição da mola. Gg yWV .±= 2 2 1 ksVe += W é o peso:W = mg Exemplo 12 O sistema de três elementos consiste em um bloco B de 6kg, um disco D de 10kg e um cilindro C de 12kg. Se não há escorregamento, determine a energia cinética total do sistema na situação mostrada. B D CT T T T= + +Para este sistema a energia cinética total será: Onde: cilindro E – movimento plano geral: Bloco B – translação: 2 1 2B B B T m v= 2 2 21 1 1; 2 2 2C C G G C G C C T m v I I m rω= + = Para calcular a energia cinética do disco e do cilindro é necessário determinar: ωD, ωC e vG. 0,8m/s (0,1m) 8rad/sB D D D D Dv v r ω ω ω= = ⇒ = ∴ = vE = vD. Como o cilindro E rola sem escorregar, o centro instantâneo de velocidade nula (CI) está no ponto de contato com o solo, logo: / 0,8m/s (0, 2m) 4rad/sE E CI C c cv r ω ω ω= ∴ = ∴ = / (0,1m)(4rad/s) 0,4m/sG G CI C Gv r vω= ∴ = = disco D – rotação em torno de um eixo fixo: 2 2 21 1 1 2 2 2D D D D D D T I m rω ω = = 2 Bloco: Disco: 2 21 1 (6kg)(0,8m/s) 1,92 2 2B B B T m v J= = = 2 2 21 1 1 1,60 2 2 2D D D D D D T I m r Jω ω = = = Cilindro: 2 2 2 2 2 21 1 1; 1, 44 2 2 2C C G G C G c C C T m v I I m r T Jω= + = ⇒ = 4,96B D CT T T T J= + + =Assim: Ou, diretamente pelo Teorema dos eixos paralelos: ( )2 2 2 21 1 1; 1, 442 2 2C CI C G c C C G c C CT I I m r I m r T Jω ω= = + = ⇒ = 4. EDO (equações diferenciais ordinárias) Uma Equação Diferencial Ordinária (EDO) é uma equação da forma: ( ) ( ) ( ) ( ) ( ) ( ) ( ) ( ) ( )( )22, , , ,..., , , , ,..., 0n nnd d dF t y t y t y t y t F t y t y t y t y tdt dt dt ′ ′′= = onde envolve uma função incógnita, y(t), e suas derivadas. Aqui, t é a variável independente, y é a variável dependente e n representa a ordem da equação diferencial (é a ordem mais alta da equação). Define-se grau o valor do expoente para a derivada mais alta da equação quando a equação tem a forma de uma polinômio na função incógnita, y(t), e suas derivadas. Ex: ( ) ( ) ( )3 103 6y y y tg t′′ ′+ + = Esta EDO tem ordem 2 e grau 3 Para um sistema linear (equações com grau até 1), de parâmetros concentrados, invariantes no tempo e em tempo contínuo, o modelo matemático é descrito na forma da equação diferencial ordinária do tipo: Solução total: resposta natural do sistema Depende da função do outro lado da igualdade. Em vibrações, esta solução inclui a excitação, ou seja, representará a resposta forçada do sistema. Pode-se dizer que esta solução apresenta a mesma “forma” da função de excitação. solução homogênea solução particular + A equação diferencial homogênea é satisfeita por: Assim, suas derivadas são: Substituindo na equação diferencial homogênea encontra-se o polinômio característico de n raízes: É esperado que a solução homogênea seja do tipo: Onde ri são as n raízes do polinômio característico. 1. Calcular as n raízes do polinômio característico, ri, i=1,...,n; 2. Para cada raiz distinta r, um termo Aert aparece na solução; 3. Para cada par de raízes complexas conjugadas α ± βj, os termos eαtcos(βt) e eαtsen(βt) aparecem na solução multiplicados por coeficientes constantes; Determinação da solução homogênea: e sen(βt) aparecem na solução multiplicados por coeficientes constantes; 4. Para cada raiz real r de multiplicidade m os termos ert, tert, t2ert,...,tm-1ert aparecem na solução multiplicados por coeficientes constantes; 5. Para cada par de raízes complexas conjugadas α±βj de multiplicidade m, os termos eαtcos(βt), eαtsen(βt), teαtcos(βt), teαtsen(βt), t2eαtcos(βt), t2eαtsen(βt),..., tm-1eαtcos(βt), tm-1eαtsen(βt), aparecem na solução multiplicados por coeficientes constantes; Solução completa: solução homogênea + particular. As constantes são encontradas pelas condições de contorno (ou iniciais, marginais, limite). Bibliografia consultada: Dinâmica, RC Hibbeler, Prentice Hall, 10ª edição, 2005. Apostila do prof. Serpa da UnicampApostila do prof. Serpa da Unicamp
Compartilhar