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Estruturas de Lewis Cada átomo em uma molécula poliatômica completa se octeto (ou dupleto, no caso do hidrogênio) pelo compartilhamento de pares de elétrons com os átomos vizinhos mais próximos. As estruturas de Lewis não retratam a forma das moléculas, elas simplesmente indicam quais átomos se ligam e os pares isolados de elétrons em cada átomo. O modelo RPECV (VESPR) O modelo da repulsão dos pares de elétrons da camada de valência para a estrutura molecular é uma simples extensão das ideias de Lewis, sendo surpreendentemente eficiente na previsão das formas das moléculas poliatômicas. No modelo RPECV as regiões de maior densidade eletrônica (ligações e pares isolados de elétrons) ao redor do átomo central, tomam posições mais afastadas possíveis, e a forma da molécula é nomeada identificando-se as posições dos átomos na estrutura. O modelo baseia-se na ideia de que, como os átomos se repelem, os pares de elétrons de ligação tendem a se afastar o máximo possível. Especificamente: Regra 1: as regiões de altas concentrações de elétrons (ligações e pares de elétrons isolados do átomo central) se repelem e, para reduzir essa repulsão, elas tendem a de afastar o máximo possível, mantendo a mesma distância do átomo central. A segunda regra do modelo RPECV diz respeito ao tratamento de ligações múltiplas Regra 2: não existe discrição entre ligações simples ou múltiplas: uma ligação múltipla é tratada como uma só região de alta concentração de elétrons. A terceira e quarta regra dizem respeito a moléculas com pares de elétrons isolados: Regra 3: todas as regiões de densidade eletrônica elevada, pares de elétrons isolados ou ligantes, são incluídas na descrição do arranjo de elétrons. Todavia, somente as posições dos átomos são consideradas quando descrevemos a forma de uma molécula. Regra 4: a repulsão é exercida na ordem: par isolado-par isolado > par isolado-átomo > átomo-átomo. Portanto, a estrutura que corresponde a moléculas com pares isolados de elétrons é aquela na qual os pares de elétrons isolados se encontram o mais distante possível. Tabela 1 Arranjos básicos das regiões de densidade eletrônica, de acordo com o modelo RPECV Número de regiões de densidade eletrônica Arranjo das regiões de densidade eletrônica Número de Regiões de densidade eletrônica Arranjo das regiões de densidade eletrônica 2 Linear 5 Bipirâmide de base trigonal 3 Triângulo planar 6 Octaedro 4 Tetraedro 7 Bipirâmide de base pentagonal Como usar o modelo RPECV 1. Determine quantos átomos e pares de elétrons e pares isolados estão presentes no átomo central escrevendo a estrutura de Lewis da molécula. 2. Identifique o arranjo de elétrons, incluindo pares isolados e átomos e tratando uma ligação múltipla como se fosse uma ligação simples. 3. Localize os átomos e identifique a forma molecular (de acordo cm a figura 2). A forma molecular descreve apenas as posições dos átomos e não os pares isolados. 4. Permita que a molécula se distorça até que os pares isolados fiquem o mais distantes possível uns dos outros e dos pares ligantes. A repulsão segue a seguinte ordem: par isolado-par isolado > par isolado-átomo > átomo-átomo Ressonância Algumas moléculas não são representadas adequadamente por uma única estrutura de Lewis. Vejamos o íon nitrato, NO3 -. As três estruturas de Lewis mostradas diferem apenas na posição da ligação dupla. Elas são igualmente válidas e têm exatamente a mesma energia. Se uma delas fosse a correta e as outras não, deveríamos esperar duas ligações simples, mais longas, e uma ligação dupla mais curta, porque uma ligação dupla entre átomos é mais curta que uma ligação simples. Entretanto, as evidências experimentais mostram que todas as ligações tem o mesmo comprimento. A distância é de 124 pm. A distância de uma ligação simples entre N e O é de 140 pm e a distância de uma ligação dupla entre N e O é de 120 pm, ou seja, a distância das ligações no íons nitrato é um valor intermediário entre esses sois tipos de ligação. Um ponto importante a ser esclarecido quanto à ressonância é que a estrutura do íon nitrato é uma fusão das estruturas de ressonância, e a estrutura resultante é um híbrido de ressonância. A molécula não oscila entre as três estruturas de Lewis diferentes. Um híbrido de ressonância é uma fusão de estruturas. Os seguintes pontos ajudarão a descrever estruturas de ressonância apropriadas e a decidir quais são as mais importantes: Em cada estrutura que contribui, os núcleos permanecem nas mesmas posições; só as posições dos pares de elétrons isolados e ligados mudam. Estruturas de mesma energia (chamadas de “estruturas equivalentes”) contribuem igualmente para a ressonância; Estruturas de energias mais baixas contribuem mais para a ressonância do que as estruturas de energia mais alta. Carga formal As estruturas de Lewis não equivalentes – estruturas que não correspondem à mesma energia – em geral não contribuem igualmente para o híbrido de ressonância um modo de decidir que estruturas contribuem mais efetivamente é comparar o número de elétrons de valência distribuídos por cada átomo da estrutura com o número de elétrons do átomo livre. Quanto menor for a diferença, maior é a contribuição da estrutura para o híbrido de ressonância. Uma estrutura de Lewis em que ás cargas formais dos átomos individuais estão mais próximas de zero representa, em geral, o arranjo de menor energia dos átomos e elementos. É importante não confundir carga formal com número de oxidação: A carga formal exagera o caráter covalente das ligações quando supõe que todos os elétrons são compartilhados igualmente. O número de oxidação exagera o caráter iônico das ligações. Ele representa os átomos como íons e todos os elétrons de uma ligação são atribuídos ao átomo com energia de ionização mais baixa. Como assinalar cargas formais para determinar a estrutura de Lewis mais provável Etapa 1: encontre o número de elétrons de valência de cada átomo livre, localizando o número de deu grupo na tabela periódica. Etapa 2: desenhe as estruturas de Lewis. Etapa 3: para cada átomo ligado, conte cada elétron que está como par isolado e adicione um elétron de cada uma das ligações que ele forma. Etapa 4: para cada átomo ligado, subtraia o número de elétrons que ele “possui” e subtraia do número de elétrons de valência.
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