Buscar

Aula_1_Propriedades físicas e químicas do magma

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 3, do total de 57 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 6, do total de 57 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 9, do total de 57 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Prévia do material em texto

Petrografia de Rochas Ígneas e 
metamórficas 
FACULDADE DE CIÊNCIAS DE TERRA E AMBIENTE 
CURSO DE GEOLOGIA 
Nampula, 2017 Eng. Rui Ilídio Mário 
Parte I: 
Petrografia de Rochas Ígneas 
2º ano/1º semestre_2017 
Tópicos: 
1. Introdução a petrografia ígnea; 
2. Propriedades físicas e químicas do magma; 
3. Modo e forma de ocorrência de rochas ígneas; 
4. Classificação de rochas piroclásticas; 
5. Classificação mineralógica de rochas ígneas; 
6. Classificação geoquímica e rochas ígneas; 
7. Micróscopia de rochas igneas. 
1. Introdução 
 Um ramo de petrologia que se ocupa da descrição e classificação 
de rochas. 
 Baseia-se fortemente em observações feitas com o microscópio 
petrográfico, mas as observação em afloramentos e com a lente 
da mão (lupa) são também importantes. 
 A descrição petrográfica de uma rocha: 
i. Identificação de minerais e, se possível, determinação das suas 
composições; 
ii. Relações texturais entre os grãos. Não só ajudam para 
classificação, mas fornecem evidências dos processos activos 
durante a formação da rocha; 
iii. A rocha é então classificada com base nas percentagens do 
volume de vários minerais formadores de rochas. 
 
 
 
Petrografia 
1. Introdução 
 Existe uma grande variedade de rochas encontradas na natureza, 
mas o número de tipos importantes é surpreendentemente 
pequeno. 
 As rochas são formadas em somente uns poucos ambientes 
tectônicos na terra. 
 A petrografia tem um interesse relevante apenas quando 
considerada como parte da petrologia (o estudo da origem das 
rochas). 
 Fornece a maioria dos dados que a petrologia esforça para 
interpretar e explicar. 
Petrografia 
1. Introdução a petrografia ígnea 
 Entender os processos eruptivos 
 Identificação dos riscos causados pelas erupções vulcânicas nas 
comunidades 
 Investigação da evolução magmática na câmara subvulcânica 
 Documentar a estrutura e formação das crustas continentais e 
oceanicas 
 Inferir os ambientes tectónicos passados (riftes meso-oceanicos, 
arcos de ilha, etc) a partir da composição das rochas ígneas 
antigas 
 
 
 
 
 
 
 
Porque estudar as rochas magmáticas? 
1. Introdução a petrografia ígnea 
 Entender a formação dos depósitos minerais associados 
com rochas ígneas 
 Estabelecer a datação absoluta das sucessões das rochas 
sedimentares e vulcânicas, 
 Investigação da génese dos magmas (a fonte e as 
condições de fusão) 
 Identificar a partir das erupções das rochas magmáticas o 
carácter e distribuição do domínio geoquímico no manto 
e sua evolução no tempo. 
Porque estudar as rochas magmáticas? 
1. Introdução a petrografia ígnea 
As rochas ígneas informam-nos não somente acerca dos processos 
que deram lugar na superfície da terra no presente momento, mas 
também: 
 Acerca dos processos primordiais que deram lugar na história da 
terra e, 
 Acerca dos processos que operaram na terra que não são 
directamente acessíveis por nós ( um vulcão que teve origem 
numa câmara magmática situada a 5km de profundidade e os 
seus produtos eruptivos encontram-se expostos a superfície). 
 O que são rochas ígneas ou magmática? 
 
 
 
 
Porque estudar as rochas magmáticas? 
1. Introdução a petrografia ígnea 
 Magmas – são complexas fusões naturais de rochas no interior da terra, de 
consistência viscosa, com temperaturas que variam entre 1.500°C e 700°C. 
Quando solidificados formam as rochas ígneas. 
 Eles são formados por três fases principais: uma fase líquida composta 
principalmente por silicatos fundidos e iões metálicos), uma fase sólida (os 
cristais) e uma fase gasosa. 
 A fase líquida dos magmas é formada por silicatos fundidos (ainda que há 
outras possibilidades, como é o caso por exemplo dos magmas carbonáticos 
- formados por carbonatos) com proporções variadas de catiões (Si, O, Mg, 
Fe, Ca, Na, K, Ti entre outros) junto com iões metálicos (Fe2+, Fe3+, Mg2+, 
Na+ entre outros). 
 
MAGMA (Conceitos) 
1. Introdução a petrografia ígnea 
 A fase sólida pode ser constituída por cristais que formam-se 
inicialmente a partir do próprio líquido ou serem incorporados no 
magma (xenocristais), junto com fragmentos de rochas (xenólitos) 
incorporados durante a ascensão em direcção as porções superiores 
da Terra. 
 A fase gasosa inclui vapor de água, dióxido de carbono, dióxido de 
enxofre e muitos outros. 
 A parte rochosa da Terra é sólida sob condições normais de 
temperatura e pressão. Vulcanismo é a erupção de rocha fundida ou 
parcialmente fundida (o magma) sobre a crosta terrestre. Assim, o 
primeiro passo para geração de vulcões na superfície é a fusão de 
rochas em profundidades. 
MAGMA (Conceitos) 
1. Introdução a petrografia ígnea 
 Câmara magmática – espaço ocupado pelo magma no interior 
da Terra. 
 Magmatismo 
• Domínio profundo –Plutonismo 
• À superfície -Vulcanismo 
 
 
MAGMA (Conceitos) 
Quando um magma atinge 
a superfície e começa a 
fluir perde os seus 
componentes gasosos e 
transforma-se em lava. 
1. Introdução a petrografia ígnea 
 Magma primário (primitivo ou ortomagma) – magma cuja 
composição não sofreu modificações desde a sua geração. 
• Origem muito profunda (manto superior, cristalização 700ºC a 
1300 ºC, pobres em voláteis) –Magmas basálticos. 
 Magma secundário – magma resultante de diversos processos 
que modificaram a sua composição química original (exs. 
contaminação, cristalização fraccionada, etc). 
• Resultantes da fusão de materiais na base da crosta, 
cristalização 400ºC a 1000 ºC, mais ricos em voláteis) –Grande 
maioria dos magmas graníticos. 
 
 
MAGMA (Conceitos) 
1. Introdução a petrografia ígnea 
 A composição dos magmas é variável. 
 Este facto é evidenciado pela diversidade de rochas ígneas que 
ocorrem na superfície terrestre ou nas zonas mais profundas, e 
pelos diferentes tipos de erupções vulcânicas. 
A composição química do magma depende basicamente de três 
principais factores: 
1. Composição da rocha fonte; 
2. Condições em que ocorreu a fusão e de taxa da fusão; 
3. História evolutiva do magma, desde seu local de geração até 
seu alojamento na crosta 
 
Composição química dos magmas 
1. Introdução a petrografia ígnea 
 Através do estudo químico pormenorizado dos diferentes tipos 
de rochas ígneas, e das suas associações mútuas, os magmas 
são divididos em quatro tipos químicos principais: 
1. Ácidos, 
2. Intermédios, 
3. Básicos e 
4. Ultrabásicos. 
 
 
Composição química dos magmas 
1. Introdução a petrografia ígnea 
 Ácidos: ricos em SiO2, Na2O e K2O. As rochas geradas a partir deste tipo de 
magmas podem ter mais de 77%, em peso, de SiO2. O granito é um exemplo de 
uma rocha ácida, e a maioria dos magmas ácidos são designados por 
“graníticos”. 
 Intermédios: ricos em SiO2, Na2O e K2O, assim como CaO e Al2O3. As rochas 
geradas por este tipo de magmas têm valores de SiO2, em peso, compreendidos 
entre 55 e 65%. 
 Básicos: ricos em CaO, MgO e FeO. As rochas deste tipo têm valores de SiO2, em 
peso, compreendidos entre 45 e 55%. O basalto éum exemplo de uma rocha 
básica, e muito magmas básicos magmas são genericamente como "basálticos". 
 Ultrabásicos: São magmas pobres em SiO2, mas com grande quantidade de FeO 
e MgO. As rochas ultrabásicas podem apresentar valores de SiO2muito baixos, 
inferiores a 38% em peso. 
 
 
 
Composição química dos magmas 
Composição química dos magmas 
Apresentam-se na tabela as composições químicas medias de algumas rochas 
ígneas pertencentes aos quatro tipos referidos 
Tab 1. Composição química média de rochas ígneasComposição química dos magmas 
1. Introdução a petrografia ígnea 
 A maioria dos magmas é gerada por fusão parcial na astenosfera, mas este 
processo também pode ocorrer nos níveis mais superiores do manto ou na 
base da crosta (zonas inferiores da litosfera). 
 Para compreender este processo, e a profundidade a que ele se verifica, 
devem ter-se em consideração três aspectos: 
• (i) que a temperatura necessária para fundir as rochas varia com a 
profundidade–(gradiente geotérmico) 
• (ii) que rochas têm pontos de fusão diferentes 
• (iii) que as temperaturas de fusão das rochas dependem da pressão e do 
seu conteúdo em água -curvas de fusão 
 
Geração dos magmas 
1. Introdução a petrografia ígnea 
 As principais fontes de calor para o processo de fusão parcial são 
o calor residual do núcleo e do manto, a radioactividade 
espontânea e os grandes movimentos tectónicos. 
 A integração de estudos geofísicos, petrológicos (experiencias 
sob condições variadas de P, T, Pf, fO2), geoquímicos e isotópicos 
mostra que as fontes possíveis de magma são o manto superior 
(litosférico e astenosférico) e crosta (continental e oceânica). 
 Após sua geração por fusão parcial, o magma normalmente tem 
uma evolução complexa (cristalização fraccionada, reacção com 
encaixantes, contaminação crustal, dentre outros) até formar as 
rochas como produtos sólidos finais. 
Geração dos magmas 
1. Introdução a petrografia ígnea 
 A temperatura no interior da Terra aumenta de modo relativamente 
regular à medida que aumenta a pressão. Denomina-se como 
gradiente geotérmico a variação da temperatura com a pressão 
num determinado intervalo de tempo geológico. Se uma rocha 
sofrer afundamento profundo começará por sofrer metamorfismo e 
com o aumento da temperatura poderá mesmo entrar em fusão 
(pelo menos alguns dos seus constituintes). 
 Como diferentes minerais têm diferentes pontos de fusão, e porque 
as rochas são associações de minerais, a fusão ocorre num 
determinado domínio de temperaturas. Por esta razão este processo 
é designado por fusão parcial, uma vez que para uma dada 
temperatura só parte da rocha funde 
 
Geração dos magmas 
1. Introdução a petrografia ígnea 
Geração dos magmas 
Isotérmicas na crosta e manto superior 
Riftes Zona de Subducção 
1. Introdução a petrografia ígnea 
 Existe uma estreita relação entre a tectónica de placas e a 
geração de magmas. Os magmas são gerados principalmente 
em dois ambientes geológicos principais: 
1. Limite de placas divergentes e 
2. Limite de placas convergentes 
A maior parte dos vulcões actualmente activos na Terra está 
localizada ao longo dos limites entre placas 
Geração dos magmas 
Distribuição geográfica das placas tectónicas da Terra. Os números representam 
as velocidades em cm/ano entras as placas e as setas os sentidos do movimento. 
Geração dos magmas 
Geração dos magmas 
Seção esquemática da Crosta / Manto (astenosfera / litosfera), indicando a localização dos 
sítios formadores de magmas no modelo da Tectónica de Placas 
Geração dos magmas 
Magmatismo associado a zonas de subducção 
Ao subductar na 
Astenosfera, a 
placa sofre fusão 
originando 
Material 
magmático que, 
por ser menos 
denso, ascende 
podendo atingir 
a superfície 
Geração dos magmas 
Magmatismo associado a plumas e hotspots 
Plumas são “colunas” 
de calor originadas por 
anomalias térmicas 
localizadas na passagem 
manto/núcleo. 
 
Ao atingirem a base da 
Litosfera as plumas 
provocam sua fusão 
parcial, originando 
magma que pode 
ascender e originar 
vulcões 
Geração dos magmas 
Magmatismo associado a plumas e hotspots 
A expressão das 
plumas 
na superfície terrestre 
são os hotspots ou 
pontos Quentes. 
As plumas são 
estacionárias, mas as 
placas são móveis. 
 
Resultado: origem de 
linhas de ilhas 
vulcânicas 
Geração dos magmas 
As linhas contínuas 
representam os 
limites de 
segmentos da 
parte superior 
terrestre incluindo 
as dorsais meso-oceânicas, 
formadas por 
vulcões 
submarinos activos. 
O fluxo de calor 
mais intenso 
(castanho) 
associam-se a 
essas dorsais e as 
partes mais frias 
(branca) 
concentram-se nos 
continentes 
Distribuição Global do Fluxo de Calor na Superfície da 
Terra 
 O aumento da profundidade na crusta e no manto aumenta a 
temperatura. 
 O aumento da pressão eleva o campo da temperatura de fusão (a 
queda na pressão provoca uma diminuição do ponto de fusão das 
rochas). 
 O aumento da temperatura aumenta a proporção de fusão parcial. 
 O aumento do conteúdo de água faz diminuir a temperatura de 
fusão. 
 A composição da rocha afecta a temperatura de fusão (minerais 
félsicos menor temperatura; minerais máficos –maior temperatura) 
 
 
Factores que condicionam as temperaturas de 
fusão das rochas 
1. Introdução a petrografia ígnea 
CONCLUSÃO 
 As rochas ácidas fundem a temperaturas mais baixas quando 
comparadas com as rochas básicas. 
 Um fundido ácido pode ser gerado a profundidades 
relativamente pequenas (35 km), enquanto um magma básico 
é gerado a cerca de 300km de profundidade. 
Geração dos magmas 
1. Introdução a petrografia ígnea 
 Como os magmas têm mobilidade e se encontram a elevada temperatura, o 
que lhes confere menor densidade que rochas sobrejacentes, têm tendência 
para subir para os níveis mais elevados da crosta ou mesmo até à superfície. 
 A ascensão do magma dá-se ao longo de falhas, fracturas ou outras 
descontinuidades, como os planos de estratificação, ou através de um 
processo conhecido como “magmatic stoping” (desmonte magmático), através 
do qual o magma interage com as rochas com as quais contacta, envolvendo-
as e, eventualmente, fundindo-as, no que se designa como assimilação 
magmática. 
 A assimilação conduz à modificação da composição química do fundido e 
conduza à formação de condutas que facilitam o movimento ascensional do 
magma. A densidade e a viscosidade controlam o tipo de deslocação 
magmática. 
 
Ascenção dos magmas 
1. Introdução a petrografia ígnea 
 Os magmas primários podem ter sua composição modificada, gerando uma 
grande variedade de rochas ígneas. Estas modificações podem ser 
realizadas por Diferenciação magmática. 
 Diferenciação magmática – Processo através do qual um magma gera dois 
ou mais “corpos” com composições distintas. Os processos envolvidos na 
diferenciação magmática são: 
• Cristalização fraccionada 
• Assimilação 
• Misturas de magmas 
• Cristalização convectiva e cristalização in situ: 
 
Evolução magmática 
1. Introdução a petrografia ígnea 
 Cristalização fraccionada: os cristais mais densos que o magma têm 
tendência para precipitar na base da câmara magmática (cumulados) e os 
menos densos concentram-se nas partes superiores. Considera-se também 
a possibilidade da existência de filtragem sob pressão (filter pressing) em 
que o fundido é “exprimido” da polpa cristalina. 
 O magma primário pode conter cristais e quando estes possuem uma 
densidade distinta do magma, e em condições favoráveis, pode-se produzir 
a separação desses cristais, por acumulação na porção superior (os 
feldspatos, por exemplo) ou no fundo da câmara magmática (olivinas, 
piroxênas, por exemplo). Isto origina a segregação de determinados 
componentes minerais, variando a composição do magma residual. 
Evolução magmática 
1. Introdução a petrografia ígnea 
 Assimilação: quando o magma envolve e funde as rochas com as quais 
contacta, modificando assim a sua composição química (é contaminado 
pelas rochas encaixantes) 
 A quantidade de material adicionado ao magma original pela fusão parcial 
das encaixantes da câmara magmática vai depender,principalmente, da 
diferença de composição entre o magma e suas encaixantes e da 
quantidade de massa em ascensão. 
 O efeito do processo de contaminação de um magma por suas encaixantes 
é bem mais efectivo, quando o contraste composicional entre ambos é 
maior. Este efeito é, obviamente, mais marcado quando um magma 
mantélico ascende na crosta. 
Evolução magmática 
1. Introdução a petrografia ígnea 
Durante a 
ascensão em 
direcção à 
superfície, o 
magma pode 
fundir porções das 
rochas encaixantes 
e incorporá-las, 
variando assim a 
composição do 
magma original. 
Assimilação magmática 
1. Introdução a petrografia ígnea 
 Mistura de magmas: contaminação de magmas diferentes, que poderão ser 
responsáveis pelo aparecimento de rochas de composição intermédia. 
 Ocorre fundamentalmente durante a residência em câmaras magmáticas, 
como conseqência do aporte de novas pulsos de magmas primários, que 
variam a composição do magma ali acumulado. 
 A presença de xenocristais (cristais estranhos) ou xenólitos (rochas 
estranhas) numa rocha atesta o efeito da acção do processo de “mistura de 
magmas” (Ex: fenocristais de plagioclásio extremamente cálcico em 
andesitos; fenocristais de Kfeldspatos em dioritos; dioritos em granitos). 
Evolução magmática 
1. Introdução a petrografia ígnea 
 Mixing: tipo de mistura completa, onde os pulsos de magmas iniciais 
perdem suas características físicas e químicas, dando origem a um 
terceiro magma; este fenómeno é bastante efectivo quando existem 
células de convecção, os magmas em processo de mistura possuem 
densidade, viscosidade e T semelhantes e a taxa de aporte de novos 
pulso de magma é elevada (ex.: mistura de um magma granodiorítico 
com outro tonalítico). 
 Mingling: magmas com diferentes viscosidade, densidade e T, bem 
como baixa taxa de aporte de novos pulos de magma dificultam a 
reacção mútua e, assim, impedem a mistura completa. Não se forma 
um terceiro magma, os dois magmas originais são perfeitamente 
distinguidos física e quimicamente (ex.: magma basáltico + riolítico). 
Mistura de magmas 
1. Introdução a petrografia ígnea 
A mistura pode ser: 
 Mecânica: cristais e fragmentos de uma magma parcial ou 
totalmente consolidados são forçados mecanicamente a fazerem 
parte de outro magma predominantemente líquido (viscosidade, 
densidade, taxa de fluxo de magma, turbulências na câmara). 
 Química: difusão química e reacção entre componentes dos dois 
magmas, sendo mais efectiva a altas T. 
Mistura de magmas 
 Cristalização convectiva e cristalização in situ: ex. movimentos de 
convecção geram estruturas de fluxo e de arrastamento de cristais. 
1. Introdução a petrografia ígnea 
 As propriedades físicas são relevantes no estudo do 
comportamento deformacional dos materiais, a reologia. 
Os principais factores que afectam o comportamento 
reológico dos magmas incluem: 
• a temperatura, 
• a densidade e 
• a viscosidade. 
Propriedades Físicas do Magma 
1. Introdução a petrografia ígnea 
TEMPERATURA 
 Medições directas das T em lavas podem ser feitas tanto 
utilizando-se uma sonda térmica inserida dentro do fluxo de 
lava (ou de um lago de lava) como utilizando-se um pirómetro 
óptico (especialmente utilizado para medição da T de fontes de 
lava). 
Propriedades Físicas do Magma 
DENSIDADE 
 A densidade é diferente para cada tipo composicional, mas 
mostra uma diminuição na densidade com o aumento da T. 
 A densidade é também dependente da P, aumentando em 
proporção junto com a P confinante. A tabela abaixo mostra 
quatro medições de densidade a diferentes T para três tipos de 
rochas vulcânicas realizadas por Murase & McBirney, 1973 (in 
Cas & Wright, 1988). 
Propriedades Físicas do Magma 
DENSIDADE 
 A densidade dos magmas torna-se um parâmetro importante 
quando é considerada como um comportamento do corpo de 
magma com respeito as rochas fonte e o possível movimento 
dos cristais dentro da câmara magmática. 
 A densidade do magma acompanha o aumento de pressão 
indicando a relativa compressibilidade do líquido magmático. 
 A diferença de densidade entre uma fase sólida qualquer e o 
magma em que ele se encontra é um dos factores principais 
para se determinar a eficiência dos processos de 
diferenciação magmática por afundamento ou flutuação dos 
cristais. 
Propriedades Físicas do Magma 
DENSIDADE 
 No caso, a densidade de óxidos, sulfetos e minerais silicatados 
ferromagnesianos é, de uma maneira geral, bem maior que a de 
qualquer líquido silicatado, fazendo com que esses minerais 
tendam a afundarem para a base da câmara magmática. 
 
Propriedades Físicas do Magma 
Por outro lado a densidade das 
plagioclases gira em torno daquela 
dos magmas basálticos ou 
andesíticos. 
 
Assim, eles devem afundar em 
magmas dessas composições sob 
baixas pressões; porém, sob 
pressões elevadas, podem flutuar. 
 
Densities of common rock-forming 
minerals and rocks at atmospheric P 
and T and melts at 1 atm. Higher 
densities for mafic solid solution 
silicates are Fe-rich end members; 
lower densities are Mg-rich end 
members. Note change in density 
scale in upper left. Experimentally 
measured densities for crystal-free 
melts. (Redrawn from Murase and 
McBirney, 1973.) 
VISCOSIDADE (resistência ao escoamento) 
Viscosidade é a propriedade que todo fluido real oferece ao movimento 
relativo de qualquer de suas partes; também é conhecido por atrito interno 
de um fluido. 
Segundo Williams & McBirney, 1979 (in Middlemost, 1985) a viscosidade é a 
propriedade física mais importante dos magmas. 
Ela é particularmente importante: 
• nos processos que separam os magmas desde as fases que permanecem 
na região fonte; 
• na ascensão e posicionamento dos magmas; 
• na diferenciação magmática; e 
• na difusão dos elementos dentro do magma. 
Propriedades Físicas do Magma 
VISCOSIDADE 
Dados de viscosidade são obtidos em estudo de lavas no campo e 
também em estudos laboratoriais de materiais naturais ou 
sintéticos. 
Estes estudos têm demonstrado que variações na viscosidade dos 
magmas são principalmente derivadas de mudanças na T e P, 
composição química, conteúdo de voláteis, conteúdo de cristais e 
conteúdo de bolhas no magma. 
Magmas ricos em SiO2 (dacitos, riolitos): possuem maior grau de 
polimerização de tetraedros de sílica (SiO4), formando minerais 
com arranjo tridimensional (Quartzo, Feldspatos), provocando 
aumento de viscosidade. 
Propriedades Físicas do Magma 
VISCOSIDADE 
 Magmas pobres em SiO2 (komatitos, basaltos): possuem menor grau 
de polimerização de tetraedros de sílica (SiO4), formando minerais 
com estrutura de nesossilicato (olivina, granada), sorossilicato 
(allanita, epitodo), implicando menor viscosidade. 
 A união de tetraedros de sílica e oxigénio é comummente 
denominada de polimerização. Quanto mais sílica (SiO2) existir na 
composição de um magma, mais polimerizado é este magma, 
consequentemente, também mais viscoso. 
 Estudos têm demonstrado que magmas riolíticos (72-75% de SiO2) 
são mais polimerizados e viscosos que magmas dacíticos (65-71% 
deSiO2) e andesíticos (53-64% de SiO2), e esses são mais 
polimerizados e viscosos que magmas basálticos (45-52% de SiO2). 
Propriedades Físicas do Magma 
VISCOSIDADE 
 Magmas ultramáficos, por exemplo Komatiíticos, contém menos sílica 
(< 45% de SiO2) que os magmas basálticos e, portanto, são menos 
polimerizados e viscosos. 
 A redução de viscosidade associada com variações de densidade e de 
voláteis permitem movimentos de convecção no interior de câmaras 
magmáticas e consequente homogeneização de líquidos. 
Em resumo: 
 Baixa viscosidade: magmas fluidos (derrames de basaltos). 
Alta viscosidade: magmas de difícil escoamento (formam domos ou 
cristalizam em profundidade – riólitos). 
Propriedades Físicas do Magma 
VISCOSIDADE 
 
Propriedades Físicas do Magma 
Relação entre viscosidade e 
temperatura de algumas 
rochas Vulcânicas 
 
Notar a alta viscosidade 
para rochas ácidas (riolito) 
em comparação com as 
básicas (basalto alcalino). 
Quando o magma ascende para níveis menos profundos e começa a 
PERDER CALOR, os minerais começam a CRISTALIZAR. Como a cristalização 
é o processo inverso da fusão, conhecer os mecanismos através dos quais 
as rochas fundem é muito importante para compreender o seu modo de 
formação a partir de um magma. 
No geral, para a mesma composição de magma/rocha, os minerais que são 
mais REFRACTÁRIOS (fundem a maiores temperaturas) são os primeiros a 
cristalizar a partir dos magmas. Alguns minerais, precocemente formados, 
permanecem em contacto com o magma em arrefecimento, reagindo com 
ele e modificando a sua composição. 
Pelo contrário, outros minerais ao serem formados tem tendência para se 
separarem do magma, não reagindo com este, provocando assim uma 
modificação gradual da composição magmática (o magma fica mais pobre 
nos componentes consumidos pelos minerais em cristalização –ex. torna-se 
mais rico em sílica). Ver séries de Reacção de Bowen ! 
 
Formação das rochas ígneas a partir dos magmas? 
Formação das rochas ígneas a partir dos magmas?

Continue navegando