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UNIVERSIDADE FEDERAL DA BAHIA INSTITUTO DE FÍSICA FIS 123- Física Geral e Experimental III-E EXPERIMENTO 04 RESISTÊNCIAS NÃO LINEARES POR EFEITO DE TEMPERATURA Bruna Iunes Vinícius Gomes Salvador 2019 I. INTRODUÇÃO Resistores não lineares são dispositivos que não obedecem a lei de Ohm quando submetidos a uma tensão ou corrente. Essa não linearidade pode ser resultante de efeitos da temperatura. Isso é explicado pelo fato de que esses resistores são semicondutores, os quais tem por característica conduzir melhor a corrente elétrica em um estado quente do que em um frio. II. OBJETIVO O experimento tem como objetivo mostrar o efeito da temperatura sobre um resistor metálico (lâmpada incandescente) e um semicondutor termistor (NTC); Levantar a curva característica da lâmpada e do termistor; Interpretar a não linearidade das características. III. PROCEDIMENTO EXPERIMENTAL Lista de Material: - fonte de tensão - medidor multi -escala usado como voltímetro - medidor multi -escala usado como amperímetro - reostato - termistor - (NTC) - lâmpada comum - (piloto) - placa de ligação - chave liga - desliga - fios PARTE 1 Montamos o circuito conforme a figura abaixo: Anotamos os desvios avaliados dos medidores, medimos no voltímetro a diferença de potencial para as correntes 2,5mA, 25mA, 250mA, calculamos o valor de Ra (Resistência do Amperímetro) e seus respectivos desvios. PARTE 2 Montamos o mesmo circuito da primeira parte, mas desta vez com o voltímetro em paralelo com o amperímetro e com a lâmpada, como mostrado abaixo: Colocamos o amperímetro no calibre de 250 mA, e o voltímetro com o fundo de escala de maior sensibilidade ( 2,5 V). Construímos uma tabela de V versus I para diversos valores de corrente até o máximo de 250 mA. E anotamos a corrente em que a lâmpada começa a brilhar. PARTE 3 Substituímos a lâmpada pelo termistor (semicondutor). Colocamos o amperímetro e o voltímetro nas escalas de maior sensibilidade (de acordo com a necessidade de nossa medida). Fizermos 10 medidas a fim de traçamos o Gráfico V(volt) x I(mA ) PARTE 4 Usamos o Amperimetro e voltímetro nas escalas de maiores sensibilidades de acordo a melhor medida necessária, ajustamos a posição do cursor do reostato de maneira a obter no amperímetro uma corrente de aproximadamente 1,5 mA. Aquecemos o termistor segurando-o com o dedo. IV. RESULTADOS E DISCURSSÕES PARTE 1 CORRENTE DE 2,5 mA Desvio avaliado do amperímetro: 0,025 mA Desvio avaliado do voltímetro: 0,005 V Diferencia de potencial (medido): 0,24 V Calculando Ra (Resist. Amperímetro) com o auxilio da Lei de ohm: U=RI Logo Ra= 100Ω Calculando o desvio(ΔRa): ΔRa= x ΔV + x ΔI => ΔRa= (1/2,5)x (2,5x10-3) + (-0,25/2,5x10-3) 2)x 0,025 ΔRa = 2 Ω CORRENTE DE 25 mA Desvio avaliado do amperímetro: 0,25 mA Desvio avaliado do voltímetro: 0,005 v Diferencia de potencial (medido): 0,27 v Calculando Ra (Resist. Amperímetro) com o auxilio da Lei de ohm: Ra=10,8 Ω Calculando o desvio(ΔRa): ΔRa= x ΔV + x ΔI ΔRa = 0,3 Ω CORRENTE DE 250 mA Desvio avaliado do amperímetro: 2,5 mA Desvio avaliado do voltímetro: 0,005 v Diferencia de potencial (medido): 0,35 v Calculando Ra (Resist. Amperímetro) com o auxilio da Lei de ohm: Ra=1,40 Ω Calculando o desvio(ΔRa): ΔRa= x ΔV + x ΔI ΔRa= 0,03 Ω TABELA: I (mA ) V ( volts) Ra (Ω) ΔRa ( Ω) 0,25 0,25 100 2 2,5 0,27 10,8 0,3 250 0,35 1,4 0,03 PARTE 2 Tabela de V e I medidos V ( volts) I ( mA) 0 0 0,14 25 0,30 50 0,75 75 1,50 100 3,20 150 4,80 200 7,40 250 Contudo, a diferença de potencial apresentada acima é a medida pelo voltímetro entre os pontos a’ e b, mas como este está em paralelo com o amperímetro e a lâmpada ( que estão ligados em série), o valor da tensão sobre a lâmpada é diferente dada a resistência interna do amperímetro, a qual faz com que haja uma queda de tensão. Logo: VLAMP = Va’b - Vamp VLAMP = Va’b - Ra.I V ( volts) I ( mA) VLAMP( volts) 0 0 0 0,14 25 0,11 0,30 50 0,23 0,75 75 0,65 1,50 100 1,36 3,20 150 2,99 4,80 200 4,52 7,40 250 7,05 Cálculo da Resistência Estática da lâmpada: 𝑅 𝑒 = 𝑉𝐿𝑎𝑚𝑝 𝐼 Valores de Re: Re(Ω) I ( mA) 0 0 4,40 25 4,60 50 8,67 75 13,60 100 19,93 150 22,60 200 28,20 250 GRÁFICO VLAMP, RESTÁTICA versus I(ma) : Observamos que o brilho da lâmpada apareceu em 90 mA. A partir do momento em que a lâmpada começou a brilhar foi observado que a resistência estática crescia quase linearmente ( pontos próximo da linha de tendência) com o aumento da temperatura. Indicando que com o aumento da temperatura, devido ao brilho da lâmpada, a resistência aumenta. Re = 0,1136I + 0,6765 -5 0 5 10 15 20 25 30 35 0 50 100 150 200 250 300 V ( volts) Re ( Ω) Linear (V ( volts)) Linear (Re ( Ω)) PARTE 3 A diferença de potencial no termistor é calculada do mesmo modo que na lâmpada. Já que os circuitos são idênticos mudando apenas a lâmpada pelo termistor. Então: Vterm = Va’b - Ra.I V ( volts) I ( mA) Vterm( volts) 4,2 7,5 4,12 7,6 14 7,45 8,6 21 8,37 9,0 30 8,96 9,0 40 8,94 9,0 50 8,93 8,9 60 8,82 8,5 70 8,40 Calculando a resistência estática: 𝑅 𝑒 = 𝑉𝑡𝑒𝑟𝑚 𝐼 Re(Ω) I ( mA) 549,3 7,5 532,1 14 398,6 21 298,7 30 223,5 40 178,6 50 147,0 60 120,0 70 GRÁFICO Vterm, Re em função de I(mA): Quando a corrente é de 0mA, a resistência estática na lâmpada é de 0 ohms, e a resistência estática no termistor é próxima a 600 ohms. Observamos que a na lâmpada, Re é diretamente proporcional a corrente, um fenômeno esperado para os Condutores. E para o Termistor, que é um semicondutor, Re diminui quando a temperatura aumenta. PARTE 4 Usamos o Amperimetro e voltímetro nas escalas de maiores sensibilidades de acordo a melhor medida necessária, ajustamos a posição do cursor do reostato de maneira a obter no amperímetro uma corrente de aproximadamente 1,5 mA. Aquecemos o termistor segurando-o com o dedo. Ao aquecermos o termistor cedemos calor que é transformado de energia térmica em energia potencial, tornando-os eletros livres acontecendo a condução de elétrons livres, devido a diferença de temperatura. Assim observamos que há uma diminuição na Diferença De potencial e um aumento de corrente, pois há movimentação de cargas livres e conseqüentemente a diminuição da resistência Elétrica. 0 100 200 300 400 500 600 0 10 20 30 40 50 60 70 80 Vterm( volts) Re(Ω) Agora variamos à posição do cursor e ajustamos um valor aproximadamente 50 mA no amperímetro e no voltímetro 8,60 v. Segurei com o dedo por alguns segundos o termistor e observamos que acontece exatamente o contrário de antes, ou seja, retiramos calor do termistor, observamos que a corrente diminuiu e a tensão aumentou e consequentemente a resistência estática diminui por se tratar de um semicondutor. POTÊNCIA MÁXIMA Potência máxima dissipada pela lâmpada: = 1,7625 W Potência máximadissipada pelo termistor: = 0,588 W V. CONCLUSÃO A partir do experimento conseguimos observar a influência da temperatura na resistência de condutores e semicondutores. Na lâmpada foi observado que a resistência da mesma aumenta com o crescimento da corrente. Devido ao efeito Joule o calor é dissipado no condutor, aumentando a agitação dos elétrons e com isso a passagem da corrente fica mais difícil, caracterizando um aumento da resistência do condutor. No termistor observamos que a resistência diminuía com o aumento da corrente. A potência máxima dissipada pelo termistor foi maior que a dissipada pela lâmpada. Essa diferença é por que a resistência no termistor (quando a corrente é máxima) é muito maior do que a resistência da lâmpada.
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