Buscar

Aula 02_Lesão_Degeneração_Morte_2019 1

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 3, do total de 77 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 6, do total de 77 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 9, do total de 77 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Prévia do material em texto

LESÃO, DEGENERAÇÃO E MORTE CELULAR
ARACAJU - SE
2019
FACULDADE UNINASSAU
Disciplina: Patologia Geral
PROF. ÍTALO JOSÉ ALVES MOREIRA
LESÃO 
E
MORTE CELULAR
LESÃO E MORTE CELULAR
Mecanismo de ação das lesões celulares
Mecanismo de ação das lesões celulares
Ação Direta
Ação Indireta (maioria)
Mecanismo de ação das lesões celulares
 Ação Direta:
Inibição de enzimas;
Quebra de macromoléculas;
Alteração da conformação espacial;
Ação detergente sobre as membranas.
Mecanismo de ação das lesões celulares
 Ação Indireta (maioria):
Alteração do fornecimento de O2;
Produção/inativação de radicais livres;
Desencadear respostas locais ou sistêmicas capazes
de lesão.
Mecanismos Moleculares e 
Bioquímicos de Lesões Celulares
Mecanismos moleculares e bioquímicos
Mecanismos moleculares e bioquímicos
 Depleção (diminuição) de ATP (↓)
Falha nas bombas de sódio e potássio → Entrada de Na+
e H2O → Edema intracelular.
Início da falência celular, pois todos os mecanismos
dependentes de energia são afetados, podendo ocorrer
morte celular.
Mecanismos moleculares e bioquímicos
 Danos Mitocondriais
Lesões celulares frequentemente são acompanhadas
por alterações morfológicas das mitocôndrias.
Mitocôndrias lesadas → diversos mecanismos podem
levar a morte celular → ↓ ATP.
Mecanismos moleculares e bioquímicos
 Defeitos na permeabilidade das membranas
A perda da permeabilidade seletiva (permitindo a
entrada ou escape de substâncias);
Esta lesão pode ser causada por falta de energia
(isquemia), toxinas, vírus, substâncias químicas, etc.
Mecanismos moleculares e bioquímicos
 Influxo de Cálcio para o Citosol
Perda da homeostase do Cálcio → Influxo e acúmulo
no citoplasma → Ativação de diversas enzimas (ATPases,
fosfolipases, proteases, endonucleases)→ Inativação do ATP,
lise das membranas celulares, lise das proteínas estruturais e
das membranas e fragmentação da cromatina.
Mecanismos moleculares e bioquímicos
 Acúmulo de Radicais Livres derivados do Oxigênio
Metabolismo celular normalmente → formação de
pequena quantidade de radicais livres → potencial lesivo
para as células;
Desequilíbrio (aumento da formação e/ou diminuição
da inativação) → lesões celulares.
Mecanismos moleculares e bioquímicos
 Acúmulo de Radicais Livres derivados do Oxigênio
Mecanismos de defesa que evitam danos por estes
radicais livres (vitamina C, catalase, superóxido-dismutases,
glutationa peroxidase, ferritina, ceruloplasmina).
Agentes Físicos 
como Causadores de Lesão
Agentes Físicos como Causadores de Lesão
 Força Mecânica
- Abrasão; - Laceração (lesão por sangramento);
- Contusão (hemorragia sem dano no epitélio);
- Incisão; - Perfuração
- Fraturas.
Agentes Físicos como Causadores de Lesão
 Variações de Temperatura: Baixa Temperatura (↓)
- Locais: vasoconstricção, lesão endotelial, edema, necrose
das extremidades, congelamento da água: morte celular.
- Sistêmicas: produção inicial de calor, vasoconstricção
periférica, palidez, redução das atividades metabólicas,
falência cardiorrespiratória.
Agentes Físicos como Causadores de Lesão
 Variações de Temperatura: Alta Temperatura (↑)
- Locais: queimadura, vasodilatação, edema e dor, lesão
direta à célula, risco de choque (hipovolêmico) e septicemia.
- Sistêmicas: vasodilatação periférica (desmaio), choque
térmico clássico, sudorese profusa (generalizada), lesão no
SNC por hipóxia, morte.
Agentes Físicos como Causadores de Lesão
 Variações de Pressão Atmosférica
- Condições Hiperbáricas: Síndrome da descompressão,
êmbolos gasosos.
- Condições Hipobáricas: Efeitos das grandes altitudes, ↓PO2
nos alvéolos (hipóxia), vasoconstrição periférica, lesão
vascular – edema, taquipnéia.
Agentes Físicos como Causadores de Lesão
 Eletricidade
- Disfunção elétrica tecidual: altera condutância elétrica dos
órgãos dependentes (coração, cérebro);
- Produção de calor: igual à queimadura
Agentes Físicos como Causadores de Lesão
 Luz Solar
- Lesão aguda: queimadura;
- Lesão crônica: ceratose (potencial maligno);
Agentes Físicos como Causadores de Lesão
 Luz Solar
- Efeitos Locais: lesões agudas, alterações vasculares, úlceras,
xerostomia, dermite;
- Efeitos Sistêmicos: alterações funcionais, câncer,
aceleração do envelhecimento, alteração do
desenvolvimento, aborto.
DEGENERAÇÃO 
Degeneração 
 Degenerações são decorrentes de alterações
bioquímicas que resultam em acúmulo de substâncias
no interior das células. Essas substâncias podem se
acumular no citoplasma ou no núcleo.
 Lesão Celular Reversível.
Degeneração 
 Constituinte celular normal: como água, lipídeos,
proteínas e carboidratos, que se acumula em excesso.
 Substância anormal: seja exógena, como um mineral
ou produtos de agentes infecciosos, ou endógena,
como um produto da síntese do metabolismo anormal.
Degeneração 
Classificação de acordo a substância:
 Água: Degeneração Hidrópica (tumefação turva ou celular,
degeneração vacuolar e edema celular);
 Lipídeos: Degeneração Gordurosa – Lipidoses;
Degeneração 
Classificação de acordo a substância:
 Proteínas: Degeneração Hialina – Hialinoses;
 Carboidratos: Degeneração Glicogênica – Glicogenoses;
 Muco: Degeneração Mucoide – Mucopolissacaridases.
Degeneração Hidrópica
Alteração caracterizada pelo acúmulo de água no
citoplasma, que se torna volumoso e pálido com núcleo
normalmente posicionado.
 Células parenquimatosas, principalmente no RIM, FÍGADO e
CORAÇÃO.
Degeneração Gordurosa
Degeneração gordurosa ou Esteatose, se refere ao
acúmulo anormal de lipídeos no interior de células
parenquimatosas.
 Principalmente no FÍGADO, CORAÇÃO e EPITÉLIO
TUBULAR (RINS).
Degeneração Gordurosa
Causas da Esteatose Hepática:
 Tóxicas e Tóxico-Infecciosas: CCl4, Benzeno, Clorofórmio,
Álcool, Drogas, Ureia, Toxinas Bacterianas;
 Anóxicas: Anemia Crônica, Leucemia, Insuficiência
Cardíaca;
 Dietéticas: Dietas Hipercalóricas, Desnutrição, Diabetes.
Degeneração Hialina
O material acumulado é proteico. É assim chamado
devido ao aspecto vítreo da substância hialina (vidro);
Varias causas: - Acúmulo de Proteínas (Produção excessiva); -
Transporte intracelular e Secreção defeituosa de Proteínas; -
Acúmulo de Proteínas no Citoesqueleto; -Agregação de
proteínas anormais; etc.
Degeneração Hialina - Intracelular
Degeneração Glicogênica
São processos nos quais a glicose é reabsorvida pelas
células dos rins (tubulares renais) e células do fígado
(hepatócitos), sendo armazenada na forma de
glicogênio, conferindo às células tubulares um aspecto
finamente vacuolizado que se assemelha à degeneração
hidrópica.
Degeneração Glicogênica
HEPATÓCITOS NORMAIS 
Degeneração Mucoide
 Material de aspecto mucoide;
 É um processo agudo e reversível, sendo encontrado mais
frequentemente nos ligamentos, tendões, meniscos, dura-
máter espinhal, no hiper e hipotireoidismo e em algumas
imunopatias.
Degeneração Mucoide
LESÃO 
E
MORTE CELULAR
NECROSE 
Necrose
 É a morte celular que ocorre no organismo vivo e é seguida
de Autólise (enzimas próprias) ou Heterólise (fagócitos).
 Funções vitais da célula cessam → os lisossomos perdem a
capacidade de conter as hidrolases → citosol → autólise.
 Diferentemente da Apoptose, resulta em um PROCESSO
INFLAMATÓRIO.
Necrose
 Os lisossomos contem hidrolases capazes de digerir
praticamente todos os substratos celulares;
 É da ação dessas enzimas que vão depender asalterações
morfológicas que ocorrem no tecido após a morte celular;
 É sempre decorrente de um processo PATOLÓGICO (lesão).
Necrose – Estágios 
 Estágio 1: Dilatação RER e discreta condensação cromatina
nuclear, separação de alguns ribossomos do RER, edema
celular (água no citoplasma);
 Estágio 2: Condensação mitocôndrias, aumento edema
celular, tumefações bolhosas irregulares ao longo da
membrana celular;
Necrose – Estágios 
 Estágio 3: Ponto de morte celular – sem retorno – fase de
necrose. Mitocôndrias marcadamente inchadas, aumento
da dispersão dos ribossomos e do edema celular;
 Estágio 4: Degradação por autólise e desnaturação
protéica (irregularidades grosseiras na membrana),
lisossomas primários aumentados e inúmeros lisossomas
secundários;
Necrose – Estágios 
 Estágio 5: Desaparecimento dos lisossomas primários e
secundários, soluções de continuidade da membrana
celular;
 Estágio 6: Estrutura normal da célula está irreconhecível -
restos de membrana (fragmentação e distorção das
organelas), sombras das estruturas celulares.
Necrose – Estágios 
Necrose – Aspectos Morfológicos Micros
 Cariólise (coloração nuclear pálida e fraca. A basofilia da
cromatina vai esmaecer , refletindo a perda de DNA pela
degradação enzimática pelas endonucleases);
 Cariorrexis (o núcleo picnótico ‘cromatina’ em
fragmentação);
 Picnose (condensação e encolhimento nuclear, aumento da
basofilia).
Necrose – Aspectos Morfológicos Micros
Necrose – Aspectos Morfológicos Macroscópicos
 Padrões Morfológicos Teciduais:
NECROSE COAGULATIVA;
NECROSE LIQUEFATIVA;
NECROSE CASEOSA;
NECROSE GORDUROSA;
NECROSE GANGRENOSA.
Necrose Coagulativa
 A necrose coagulativa (por coagulação) é caracterizada
pela persistência do arcabouço celular por um período
relativamente longo.
 Macroscopicamente a área necrosada aparece bem
delimitada, mais pálida e com consistência maior que o
tecido normal.
Necrose Coagulativa
 As células mortas apresentam
citoplasma opaco, acidófilo e pela
desnaturação das enzimas líticas não
ocorre a liquefação dos tecidos.
Infarto Renal (amarelo) 
Necrose Liquefativa
 A necrose liquefativa (por liquefação) se caracteriza pela
consistência mole ou pelo estado líquido do tecido
necrosado.
 Se deve à ação das enzimas liberadas pelo tecido morto,
pelas células inflamatórias ou pelo agente causal, favorecida
pela estrutura e constituição do tecido.
Necrose Liquefativa
 Este tipo de necrose é
característico do SNC que, pela
sua riqueza em lipídios e baixo
conteúdo proteico, apresenta
pequena capacidade
coagulativa, facilitando a
liquefação.
Infarto no cérebro
Necrose Caseosa
 A necrose caseosa (por caseificação) é caracteriza pela
aparência do tecido necrosado semelhante à massa do
queijo (caseum = queijo).
 O tecido morto se apresenta como uma massa amorfa
esbranquiçada ou amarelada, opaca, de consistência
pastosa, friável e seca.
Necrose Caseosa
Pulmão tuberculoso com uma
grande área de necrose caseosa.
Necrose Gordurosa
 A necrose de tecido gorduroso possui uma única
característica especial, é a de envolver tecido adiposo,
causando o desdobramento das gorduras em ácidos graxos
livres e glicerol.
 Apresentam-se como precipitados brancos (manchas em
pingo de vela).
Necrose Gordurosa
 Exemplos de necrose de
tecido gorduroso ocorrem
no tecido adiposo
peripancreático na
pancreatite aguda e na
necrose gordurosa
mamária.
Necrose Gangrenosa
 É uma forma especial de necrose isquêmica em que o tecido
necrótico sofre modificação por agentes externos como ar ou
bactérias.
 A cor escura se deve à desnaturação da hemoglobina,
liberando hematina ou metaheme livre, que tem cor negra.
Necrose Gangrenosa
 No cordão umbilical após o nascimento: fica negro e seco.
 Nas extremidades inferiores, após obstrução vascular por
aterosclerose, especialmente em diabéticos, traumatismos
com lesão de vasos, moldes de gesso excessivamente justos,
congelamento, tromboembolias arteriais, etc.
Necrose Gangrenosa
APOPTOSE 
Apoptose
 A APOPTOSE é uma via de morte celular induzida por um
programa de suicídio estritamente regulado no qual as células
destinadas a morrer ativam enzimas que degradam seu
próprio DNA e as proteínas nucleares e citoplasmáticas.
Apoptose
 As células apoptóticas se quebram em
fragmentos (CORPOS APOPTÓTICOS - citoplasma
e núcleo).
 As membranas plasmáticas permanecem
intactas, mas sua estrutura é alterada de tal
maneira que a célula e seus fragmentos tornam-
se alvos para os fagócitos.
Apoptose
 As células mortas e seus fragmentos são rapidamente
devorados, antes que seus conteúdos extravasem, e desse
modo a morte celular por esta via não inicia uma resposta
inflamatória no hospedeiro.
Causas da Apoptose
 Fisiológicas
Funciona para eliminar células que não são mais
necessárias e para manter, nos tecidos, um número constante
das várias populações celulares.
Causas da Apoptose
 Fisiológicas
Embriogênese e morfogênese;
Involução dependente de hormônios;
Controle da população crescente;
Eliminar linfócitos auto-reativos potencialmente nocivos;
Eliminar células que já cumpriram a suas funções.
Causas da Apoptose
 Patológicas
A apoptose elimina células que são lesadas de modo
irreparável, sem produzir reação do hospedeiro, limitando, assim,
lesão tecidual paralela.
Causas da Apoptose
 Patológicas
 Danos irreparáveis do DNA (radiação, drogas citotóxicas, hipóxia);
 Acúmulo de proteínas anormalmente dobradas (mutações);
 Células infectadas (vírus, bactérias, resposta imune);
 Tumores em fase de regressão;
 Associada à necrose.
Apoptose - Fases
 Retração (Encolhimento) Celular;
 Condensação da Cromatina;
 Formação de Bolhas Citoplasmáticas e Corpos Apoptóticos;
 Fagocitose das Células Apoptóticas e Corpos Apoptóticos
(geralmente por Macrófagos).
 ABBAS, Abul K; FAUSTO, Nelson; KUMAR, Vinay; COTRAN, Ramzi S; ASTER, Jon C;
ROBBINS, Stanley L.: Robbins e Cotran: Patologia - Bases patológicas das
doenças. 8. ed. Rio de Janeiro: Elsevier, 2010. 1458 p.
 MONTENEGRO, Mario R.; BACCHI, Carlos E.; BRITO, Thales. Patologia Processos Gerais.
5. ed. São Paulo: Atheneu, 2010. 331 p.
 BRASILEIRO, Filho G.: Bogliolo: Patologia. 8. ed. Rio de Janeiro. Guanabara Koogan,
2011. 1524 p.
italofarma@yahoo.com.br
Bibliografia

Outros materiais