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AULA_21_ADM I

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FUNDAÇÃO EDSON QUEIROZ
UNIVERSIDADE DE FORTALEZA
Vice-Reitoria de Ensino de Graduação – VREGRAD 
 Divisão de Assuntos Pedagógicos – DAP 
	
	Código Nome da Disciplina J589 – DIREITO ADMINISTRATIVO I
	Créditos Teórico / Prático 4,0
	
	
	Curso DIREITO
	Centro CCJ
	Segundas e Quartas
19h00min – 20h40min
21h00min – 22h40min
 
	Professor: João Marcelo Rego Magalhães
	Aula 21
	UNIDADE V – ORGANIZAÇÃO ADMINISTRATIVA
ORGANIZAÇÃO ADMINISTRATIVA
Administração Pública 
Atividade administrativa
Órgãos públicos
Agentes públicos
Administração Indireta
Entidades paraestatais
A administração atual e as modernas técnicas de gestão pública
5. Administração Indireta
5.3. Empresas Públicas e Sociedades de Economia Mista
Empresas públicas são pessoas jurídicas de direito privado, integrantes da Administração indireta, criadas por autorização legal, constituída sob qualquer forma admitida em Direito, cujo capital seja formada unicamente por recursos de pessoa jurídica de direito público interno ou de pessoas de sua administração indireta. São exemplos de empresas públicas a Caixa Econômica Federal e os Correios. 
Sociedade de economia mista é a pessoa jurídica de direito privado, criada por autorização legal, constituída sob a forma de sociedade anônima, cujas ações com direito à voto devem pertencer em sua maioria ao respectivo ente federativo ou pessoa de sua administração indireta, sobre remanescente de propriedade particular. São exemplos de sociedades de economia mista o Banco do Brasil e a Petrobrás.
As empresas públicas e as sociedades de economia mista são criadas para a prestação de serviços públicos ou para a exploração de atividade econômica. Normalmente, as empresas públicas são criadas para a prestação de serviços públicos de grande relevância, enquanto as sociedades de economia mista são criadas para a exploração de atividades econômicas, o que, contudo, não pode ser considerado uma regra.
Assim, com base na finalidade com que são criadas, as empresas públicas e as sociedades de economia mista podem ser classificadas em 2 tipos:
 a) empresas públicas e sociedades de economia mista prestadoras de serviço público;
b) empresas públicas e sociedades de economia mista exploradoras de atividade econômica.
As empresas públicas e as sociedades de economia mista que exploram atividades econômicas receberam um especial regramento constitucional. Assim dispõe o art. 173:
Art. 173. Ressalvados os casos previstos nesta Constituição, a exploração direta de atividade econômica pelo Estado só será permitida quando necessária aos imperativos da segurança nacional ou a relevante interesse coletivo, conforme definidos em lei.
§ 1º A lei estabelecerá o estatuto jurídico da empresa pública, da sociedade de economia mista e de suas subsidiárias que explorem atividade econômica de produção ou comercialização de bens ou de prestação de serviços, dispondo sobre: 
I -... 
II - a sujeição ao regime jurídico próprio das empresas privadas, inclusive quanto aos direitos e obrigações civis, comerciais, trabalhistas e tributários; III - licitação e contratação de obras, serviços, compras e alienações, observados os princípios da administração pública; 
IV - ... 
V - ...
§ 2º - As empresas públicas e as sociedades de economia mista não poderão gozar de privilégios fiscais não extensivos às do setor privado.
§ 3º - A lei regulamentará as relações da empresa pública com o Estado e a sociedade.
§ 4º - A lei reprimirá o abuso do poder econômico que vise à dominação dos mercados, à eliminação da concorrência e ao aumento arbitrário dos lucros.
§ 5º - A lei, sem prejuízo da responsabilidade individual dos dirigentes da pessoa jurídica, estabelecerá a responsabilidade desta, sujeitando-a às punições compatíveis com sua natureza, nos atos praticados contra a ordem econômica e financeira e contra a economia popular.
Cabe salientar que as empresas públicas e as sociedades de economia mista – prestadoras de serviço público ou exploradoras de atividade econômica – possuem, de fato, um regime especial, com diversas exceções ao regime próprio das empresas tipicamente privadas (apesar do que dispõe expressamente o inciso II do § 1º acerca das exploradoras de atividade econômica).
Vejamos as principais derrogações do regime privatista, ou melhor dizendo, as hipóteses em que as empresas públicas e as sociedades de economia mista se orientam pelo regime de direito público, tal como a Administração Direta ou tal como uma autarquia:
	
Exceções ao regime jurídico próprio das empresas privadas
	
Empresas Públicas
	
Sociedades de Economia Mista
	Criação autorizada por lei
	Admissão por concurso público (afastável em certas hipóteses no caso de exploradora de atividade econômica)
	Procedimento licitatório para as atividades-meio quando se tratar de exploradora de atividade econômica e procedimento licitatório para todas as atividades quando se tratar de prestadora de serviço público
	Não se sujeita à falência
	Os bens necessários à prestação de serviços públicos têm regime semelhante aos bens públicos em virtude do princípio da continuidade do serviço público
	Controle dos atos através de Ação Popular ou Mandado de Segurança
	Patrimônio pode ser protegido por Ação Civil Pública
	Proibição de acumulação remunerada de cargos
	Fiscalização feita pelo Congresso e pelo TCU 
	Rubrica na lei orçamentária anual
	Responsabilidade nos moldes do art. 37, § 6º da Constituição (quando se tratar de prestadora de serviço público)
No RE 407.099, de 06/08/2004, o STF asseverou que o art. 173 da CF não se aplica às empresas públicas e sociedades de economia mista prestadoras de serviço público em regime de monopólio, aplicando-se-lhes o tratamento de Fazenda Pública. 
No RE 262.651, o STF decidiu que a responsabilidade das empresas públicas prestadoras de serviço se limita aos usuários do serviço.
Destaque-se ainda que as empresas públicas federais têm foro na Justiça Federal, conforme art. 109, I, da CF. As sociedades de economia mista – mesmo as federais – litigam na Justiça comum estadual.
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