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AÇÃO CAUTELAR DE AFASTAMENTO DE SOCIO

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EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR JUIZ DE DIREITO DA VARA CIVIEL DA COMARCA DE GOIANIA, ESTADO DE GOIÁS.
LUCIENE FERREIRA PIMENTEL, brasileira, solteira, empresária, portadora da Cédula de Identidade n. e do CPF n. 602.790.601-49, com endereço na Rua Cuatá, Qd. 202, Lt. 004, Parque Amazônia, CEP 74.835-360, Goiânia Goiás, via do procurador e Advogado que esta subscreve, vem perante Vossa Excelência propor AÇÃO CAUTELAR INOMINADA C/C REITEGRAÇÃO DE POSSE E EXCLUSÃO DOS ATUAIS ADMINISTRADORES, contra FAUSTO AUGUSTOS BOMTEMPO, brasileiro, solteiro, portador do CPF n. 755.264.416-87, com endereço na Rua Cuatá, Qd. 202, Lt. 02, Parque Amazônia CEP. 74.835-360, Goiânia Goiás, pelas razões a seguir expostas:
DOS FATOS
A promovente e o primeiro promovido são sócios proprietários da empresa L& F COMERCIO E INDUSTRIA DE PRODUTOS ALIMENTICIOS LTDA, CNPJ n. 18.734.977/0001-06, com endereço na Rua Senador Rodrigues de Moraes Neto, n. 46, Qd. 198, Lt. 02, Parque Amazônia CEP 74.835-520, Goiânia Goiás.
De acordo com o constante no espelho contratual promovente e promovido tinham responsabilidades solidarias, pela administração e gerenciamento da referida empresa, cada um, com 50% de capital subscrito e integralizado, conforme se mostra anexo.
 Em que pese a solidariedade no quadrante contratual, as atividades dos sócios (promovente e promovido) eram divididas da seguinte forma: a promovente sempre atuou junto aos serviços internos, auxiliando os funcionários, atendimento de balcão, limpeza e a manutenção da empresa, enquanto que o promovido, cuidava do fluxo e controle de caixa, serviços bancários, pagamento e prestações de contas, aquisição de produtos e acerto com funcionários e fornecedores, encargos tributários.
Em outubro de 2018, o promovido procurou a promovente e sinalizou que que a empresa não estava dando lucro; que existiam muitas dívidas entre outros. Passados alguns dias, a promovente procura o promovido para dar explicações sobre o que estava acontecendo, no entanto, não obteve a resposta a contento.
No início de novembro de 2018, o promovido avisou a promovente que havia vendido a empresa para um amigo e que dentro de 90 dias, tudo estaria resolvido.
Preocupada com a situação e não se convencendo dos argumentos tecidos pelo promovido, a promovente, resolveu fazer um levantamento prévio da situação, ocasião que identificou junto à Secretaria da Fazenda Nacional, Receita Federal, Secretaria da Fazenda Estadual, CEL, SANEAGO, débitos de grande monta.
Ao aprofundar na investida, deparou-se com vários protestos em Cartório por débitos, ações e Execuções trabalhistas contra a empresa, nos termos dos demonstrativos anexos.
Neste caso ficou evidente que o promovido, enquanto controlador e gestor da empresa, não honrou com os encargos sociais, subsídios e tributos. Além disso, o promovido não prestou contas da empresa com regularidade, causando um alijamento contra a promovente, que apesar de ser sócia solidaria, não teve a oportunidade de acompanhar a movimentação financeira desta, por imposição do promovido. 
Como se não bastasse, após insistente e incisivos questionamentos, o promovido resolveu informar, que na verdade, havia passado a empresa para um amigo administrar e pagar as dívidas. Contudo, não apresentou nenhum contrato ou compromisso que pudesse assegurar um negócio jurídico lícito e mais, a suposta transação foi feita, às escondidas, na calada da noite e sem a anuência da promovente.
Demonstrativos de débitos, por informações e certidões:
Simples Nacional R$ 26.,61
Impostos no âmbito Federal R$ 10.935,82
Impostos no âmbito Estadual R$ 34.132,36
Impostos Municipais R$ 1.200,00
Rescisões contratuais R$ 29.843,34
Salario atrasados de funcionários R$ 5.481,29
Multas rescisórias R$ 14.789,30
Fundo de Garantia por Tempo de Serviço R$ 1.527,10
INSS R$ 114.524,14
Serviços Contábeis R$ 8.804,12
Total: R$ 248.137,08
Hoje, em decorrência da conduta irresponsável do promovido, o nome da promovente está inserido numa lista de 17 (dezessete) situações negativadas junto ao SERASA; 07 (sete) registros nos Cartórios de protesto desta Capital; 06 (seis) processos na Justiça do Trabalho 18º Região, todas contra a empresa L& F Comercio e Industria de produtos Alimentícios Ltda.
O veículo tipo CHEVE/SPIN 1.8L AT LT ADV ano 2014, placa: PAZ 0789 Chassi: 9BGJR75Z0EB246448, adquirido pela promovente e promovido, para que pudesse trabalhar, desde a aquisição ficou com o promovido, que desde então nunca pagou os encargos como IPVA Licenciamento, Seguro e multas, que somados se reaproximam a R$ 13.000,00 (treze mil) reais, conforme os demonstrativos anexos. 
Como se não bastasse, em decorrência da promovente não possuir nenhuma fonte de renda e ter que tomar dinheiro emprestado, inclusive da sua genitora e de amigos, no dia 21 de maio do ano em curso, a promovente teve que dispor do seu único bem que possuía, o veículo acima, na condição do comprador se responsabilizou pelos débitos do veículos, mais os serviços de mecânica, lanternagem e pinturas, visto que o promovido, além de não pagar os encargos, ainda bateu o referido veículo, causando um prejuízo de aproximadamente R$ 16.000,00 ( dezesseis mil ) reais, conforme de vê o Instrumento de Procuração Pública anexa.
Objetivando a solução adequada sobre os fatos e já escaldada das manobras até agora descobertas e com pavor de outros percalços advirem, a promovente decidiu propor a presente ação, perseguindo o direito de gerencia da sua empresa, uma vez que diante dos fatos, corre sérios riscos de se ver processar em todos encargos alegados e sem as condições mínimas de arcar com quaisquer ônus financeiro. 
DOS FUNDAMENTOS DO PEDIDO
Se o contrato social diz que cabe a ambos os sócios, de comum acordo, a administração da sociedade empresarial, é impossível reconhecer a validade de negócio jurídico formalizado por apenas um deles. O argumento levou a 6ª Câmara Cível Tribunal de Justiça do Rio Grande do Sul a confirmar sentença que anulou contrato de cessão de marcas comerciais em favor de terceiro, assinado por apenas um dos sócios da parte cedente. O acórdão foi lavrado na sessão de 8 de maio.
Ora, a partir da convolação da sociedade, onde se figuram partes com capital subscrito e integralizado é evidente que um dos sócios não detém a totalidade do capital social para transferir o patrimônio da empresa a terceiros.
Da Medida Cautelar
Pois bem, o novo diploma processual, em seu artigo 300, trata de unificar os requisitos para a concessão da tutela de urgência, seja ela cautelar ou antecipada, nos seguintes termos:
Art. 300.
A tutela de urgência será concedida quando houver elementos que evidenciem a probabilidade do direito e o perigo de dano ou o risco ao resultado útil do processo.
§ 1º Para a concessão da tutela de urgência, o juiz pode, conforme o caso, exigir caução real ou fidejussória idônea para ressarcir os danos que a outra parte possa vir a sofrer, podendo a caução ser dispensada se a parte economicamente hipossuficiente não puder oferecê-la.
§ 2º A tutela de urgência pode ser concedida liminarmente ou após justificação prévia.
Veja que na primeira hipótese, a lei autoriza a antecipação da tutela em face do periculum in mora, segundo expressa disposição do CPC. Esse perigo, como requisito exigido, é o mesmo elemento de risco que era exigido no sistema do anterior diploma, datado de 1973. 
Também é preciso que a parte comprove a existência da plausibilidade do direito por ela afirmado (fummus boni iuris). Notadamente, como no caso em tela, tais requisitos estão presentes e que autoriza a cautelar de urgência, a decisão favorável é medida que se impõe.
DO PEDIDO
Pelo exposto, demonstrado o preenchimento dos requisitos legais aplicáveis à matéria, a promovente requer se digne Vossa Excelência a:
O reconhecimento da pertinência dos pleitos inaugurais, com a consequente concessão da tutela almejada;
A determinação de afastamento da administração da sociedade, quanto ao réu, sócio requerido, com aconsequente nomeação de administrador-judicial para gerir provisoriamente a empresa até a final liquidação das quotas do autor; 
b) A antecipação dos haveres, com o estabelecimento em juízo de um valor mensal fixo para ser depositado judicialmente, sem prejuízo de sua alteração quando da juntada das demonstrações contábeis ou da realização da perícia judicial; 
A intimação do promovido, ...
Designar dia e hora para a realização da audiência de conciliação, com fundamento no art. 334 da lei processual, determinando o aperfeiçoamento da citação dos réus, nos endereços anteriormente fornecidos, para que, querendo, contestem a ação no prazo legal, sob pena de revelia.
Que os promovidos desocupem o estabelecimento comercial L&F Comercio e Industria Ltda, no prazo de 24 hs a partir do recebimento da decisão judicial sob pena de multa diária de R$ 1.000,00 (hum) mil reais;
Protesta provar o alegado por todos os meios de prova em direito admitidos, tais como a juntada de novos documentos, a tomada do depoimento pessoal dos réus, sob pena de confesso, e a oitiva de testemunhas.
Dá à causa o valor de R$ xxxx,xx (por extenso reais).
Nestes termos.
Pede deferimento.
Goiânia, de 2019.
Assinatura do advogado

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