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Dobramentos do embrião Nas terceiras e quarta semanas ocorre, concomitantemente à gastrulação e posteriormente neurulação, os dobramentos do embrião. Esses dobramentos servem para fechar a região cefálica, caudal e a parede ventrolateral do corpo do embrião, revestindo o corpo inteiro do embrião de ectoderma de revestimento. Os dobramentos são gerados pelo crescimento diferencial das estruturas embrionárias, com um crescimento acentuado da placa neural no sentido craniocaudal, e um menor crescimento no sentido latero-lateral. Dobramento longitudinal O dobramento longitudinal é o que ocorre no eixo longitudinal do embrião, aquele que é visualizado desde o princípio nas representações. As principais mudanças que o dobramento longitudinal gera são: Ventralização de vários componentes que anteriormente estavam voltados para o dorso do embrião; O pedículo de conexão (futuro cordão umbilical) passa a ficar localizando cranialmente em relação à membrana cloacal (futuro ânus); É formado o intestino primitivo, com eliminação de grande parte do saco vitelínico (entre a quinta e a sétima semana); Aumento expressivo da cavidade amniótica. O dobramento longitudinal é proporcionado pelo processo de fechamento de crescimento do tubo neural e seu fechamento concomitante. Dobramento lateral O dobramento lateral é o responsável pelo fechamento da parede ventral do embrião, pela formação dos celomas e o responsável por fazer com que o embrião não tenha mais o formato discoide, e sim cilíndrico. Antes do início do dobramento, o corte transversal do embrião destaca as seguintes estruturas: Mesoderma lateral é dividido em dois, pelo celoma extraembrionário. O mesoderma lateral que tem contato com o endoderma (saco vitelino) é chamado visceral, enquanto o mesoderma lateral próximo ao ectoderma é chamado parietal. As aortas dorsais localizadas entre endoderma e mesodermas diferenciados; Tubo neural fechado, cristas neurais e a parede dorsal fechada pelo ectoderma de revestimento. Pregas laterais vão em direção a outra, aumentando o celoma intraembrionário O dobramento lateral se inicia com a formação de pregas laterais, extensões da cavidade amniótica para baixo, afinando a parte medial do embrião. O dobramento das pregas neurais forma então uma constrição na região do saco vitelino, dividindo-o em duas regiões – o saco vitelino secundário e o intestino primitivo, conectados por essa constrição chamada de ducto vitelínico. As aortas dorsais se fundem em uma única aorta dorsal, e o celoma extraembrionário cresce cada vez mais. O ducto vitelino é rompido, e o embrião assume uma forma cilíndrica A constrição é enfim, rompida, e as pregas laterais se unem. Dessa maneira, a camada âmnio-mesoderma extraembrionário dos dois se une, bem como o ectoderma de revestimento reveste todo o embrião (fechamento da parede ventral e lateral). O celoma intraembrionário se mantém dentro do embrião, e a região de endoderma restante forma o intestino primitivo e as regiões de mesentério explicadas a seguir.
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