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Embriologia: 3° à 8° semana Francisco Mônico Moreira -Período embrionário (organogênese) cada um dos folhetos embrionários origina tecidos e órgãos específicos. Ectoderme: -Ao início da terceira semana: o folheto assume forma de disco, mais alargado na região cefálica (embrião periforme); -A notocorda e a mesoderme precordal induz o espessamento da ectoderme sobrejacente e a formação da placa neural. Vista dorsal de um embrião pré-somítico Vista dorsal do embrião pré-somítico tardio -Neurulação: Processo de formação do Tubo Neural, pela Placa Neural. Evento principal: alongamento da Placa Neural e do eixo do corpo, pela extensão convergente (movimento lateral para medial no plano da ectoderme e mesoderme). Conforme a Placa é alongada suas extremidades laterais se elevam para formar as Pregas Neurais, e sua região média deprimida forma o sulco neural gradativamente as pregas se aproximam entre si na linha média, ocorrendo sua fusão e, por fim, a formação do tubo. -Células da Crista Neural (“quarto folheto”): Contribuem para a formação do esqueleto craniofacial (ossos da face e crânio), órgãos, tecidos, etc; As células da crista se formam nas extremidades das pregas neurais e não migram para fora dessa região até que o fechamento do tubo neural se complete. Região cefálica mais alargada Mesoderme: Mesoderma paraxial: -Formação: As células do tecido formam uma fina lâmina ligada fracamente de cada lado da linha média; Por volta do 17° dia, as células próximas da linha média formam uma placa espessa de tecido mesoderma paraxial. -Somitos: No início da terceira semana o tecido se organiza em somitômeros, os quais aparecem primeiro na região cefálica, visto que sua formação é cefalocaudal; Somitômeros células mesodérmicas organizadas em espirais ao redor do centro da unidade; Neurômeros: formados na região da cabeça pelos somitômeros, em associação à segmentação da placa neural forma o mesênquima da cabeça; Somitos: surgem na região/segmento occipital e caudal, pela organização dos somitômeros; O primeiro par de somito se origina no 20° dia aproximadamente. -Diferenciação somítica: Quando os somitos de formam a partir do mesoderma pré-somítico, eles são como esferas de células mesodérmicas tais células sofrem epitelização e se organizam em formato circular (semelhante a uma rosca) ao redor de um lúmen (buraco central). No início da 4° semana as células centrais (ventrais) e mediais perdem suas características epiteliais e se tornam mesenquimais novamente (desorganizadas), mudando de posição cercam o tudo neural e a notocorda esse conjunto de células que rodeia tais estruturas é denominado de esclerótomo (se diferenciará em vertebras e costelas); A lâmina mesodérmica dá origem ao mesoderma paraxial (futuros somitos), ao mesoderma intermediário (futuras unidades excretórias) e à placa ou ao mesoderma lateral, que se divide nas camadas mesodérmicas parietal e visceral, recobrindo a cavidade intraembrionária. As células dorsomediais e ventrolaterais formam o miótomo, enquanto aquelas entre essas regiões formam o dermátomo; Mesoderma lateral: -Na região mais lateral da mesoderme paraxial o tecido permanece fino, formando a mesoderme lateral; -Esse tecido se divide em duas camadas: Mesoderme parietal (somática): camada contínua que reveste a cavidade intraembrionária (recobre o âmnio); Mesoderme esplâncnica (visceral): camada contínua que recobre os órgãos e a vesícula vitelínica. -Mesoderme parietal: Em conjunto com a ectoderme sobrejacente, forma as pregas da parede corporal lateral, as quais junto com as dobraduras cefálica e caudal, fecham a parede corporal ventral; Origina: derme na parede corporal e nos membros, ossos, tecido conjuntivo dos membros e o esterno. -Mesoderme esplâncnica: Em conjunto com a endoderme embrionária, forma a parede do tubo intestinal; Suas células formam uma membrana serosa fina ao redor de cada órgão. Mesoderme intermediário: -Conecta temporariamente ambos mesodermas acima; -Darão origem as estruturas urogenitais. Endoderme: -Com o crescimento do embrião o disco embrionário plano passa a ficar saliente na cavidade amniótica. Assim, o alongamento do tudo neural resulta na curvatura ventral do embrião, na proporção que as regiões apical e caudal se movimentam nesse sentido. -Concomitantemente, duas dobraduras são formadas na parede lateral do corpo, que se movem ventralmente, fechando a parede corporal ventral. -Assim, conforme a cabeça, a cauda e as duas dobraduras se movem ventralmente, o âmnio é puxado para baixo com elas, fazendo com que o embrião fique dentro (circundado) pela cavidade amniótica toda a parede corporal ventral se fecha ao final do processo, exceto a região umbilical. Cada somito forma seu próprio esclerótomo, miótomo e dermátomo. Corte sagital: Corte transversal: Referência: SADLER, T.W. Langman Embriologia Médica. 13ª Ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2016. Resumo: Como resultado da formação dos sistemas orgânicos e do crescimento rápido do sistema nervoso central, o disco embrionário inicialmente plano começa a se alongar e a formar regiões caudal e cranial (dobraduras) que fazem com que o embrião se curve na posição fetal. O embrião também forma duas dobraduras nas paredes corporais laterais que crescem ventralmente e fecham a parede corporal ventral. Como resultado do crescimento e da dobradura, o âmnio é tracionado ventralmente, e o embrião se localiza na cavidade amniótica
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