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Geologia Econômica I Aulas 5, 6 e 7: Processos de Formação de Minérios: UNIVERSIDADE FEDERAL DE UBERLÂNDIA INSTITUTO DE GEOGRAFIA ✓ Magmatismo. Hidrotermalismo. Metamorfismo. Sedimentação. Supergênico. OBS: Vistos conjuntamente Item 5 - Tipos de Corpos Mineralizados: Geometria e dimensões. Associação, paragênese e sucessão mineral. Substituição, preenchimento, zoneamento e recorrência. Item 6 - Tectônica de Placas e Depósitos Minerais: Ambientes geotectônicos. Dorsais meso-oceânicas. Zonas de subducção. Riffts continentais. Associações cratônicas Modelos de depósitos minerais Cox D.P. & Singer D.A. 1992. Mineral Deposit Models. USGS Bull. 1693, 379 pp. Magmatismo e Metalogênese Tectônicas de Placas e Bens Minerais Cox D.P. & Singer D.A. 1992. Mineral Deposit Models. USGS Bull. 1693, 379 pp. Cristalização Fracionada Depósitos Minerais Hidrotermais Solução aquosa quente ( ̴ 50 OC a > 600 OC), contendo solutos (Na+ e Cl-), que são comumente precipitados à medida que suas propriedades mudam no tempo e espaço FLUIDO = H2O + sais + voláteis (CO2, CH4, N2, H2S, etc.) = SOLUÇÃO AQUOSA Depósitos hidrotermais são aqueles nos quais os minerais de minério são precipitados a partir de SOLUÇÕES FLUIDAS AQUOSAS DE ALTA TEMPERATURA Pirajno, 2009 Robb, 2005 Sistema Hidrotermal: generalidades 1) formados em profundidade: ✓ Diagenéticos; ✓ Fluidos metamórficos; ✓ Magmático-hidrotermais 2) originados em superfície: ✓ Água meteórica; ✓ Água do mar; ✓ Água connata Os fluidos podem ser divididos em aqueles: Robb, 2005 Fluidos nas dorsais e nos arcos vulcânicos Ciclo endógeno e exógeno da água Pirajno (2009) 1) a fonte dos componentes químicos transportados em solução no fluido (s); 2) A completa trajetória ao longo da qual os fluidos hidrotermais migraram através da crosta; 3) Adicionalmente, os processos e eventos (tectônicos, magmáticos, etc); 4) T e P e suas evoluções através do tempo de vida do sistema, também devem ser considerados Ridley, 2013 O sistema hidrotermal compreende saber: Fluidos hidrotermais transportam os metais: complexos iônicos (Au(HS)-2 ; AuCl-2 ) Produtos gerados dos fluxos dos fluidos hidrotermais: ✓ Alteração hidrotermal: ▪ As assembleias minerais hidrotermais geradas nas rochas são geradas pela combinação da T e P; ▪ Composição do fluido; ▪ Composição da rocha hospedeira antes da alteração; ▪ Pela razão fluido/rocha Robb, 2005 ▪ Asrochas hospedeiras geralmente mostram efeitos de reação com os fluidos hidrotermais; ▪ Rocha e fluido procuram atingir o equilíbrio químico; ▪ Resultado é um halo/envelope ou uma zona de alteração; ▪ Concentra-se em regiões da crosta onde ocorrem grandes movimentações de fluidos hidrotermais; ▪ A extensão da alteração pode ser medida em mm’s a km’s ▪ Alteração potássica ▪ Alteração propilítica ▪ Alteração sericítica ▪ Greisen ▪ Sulfetação ▪ Albitização ▪ Cloritização ▪ Carbonatização, dolomitização ▪ Silicificação ▪ Epidotização ▪ Argilização ▪ Turmalinização ▪ Escapolitização ▪ Serpentinização ▪ Formação de óxido de ferro ▪ Sulfetação ✓ Alteração Hidrotermal: Produtos gerados dos fluxos dos fluidos hidrotermais: Tipos de Alteração Hidrotermal: ESTILOS DA ALTERAÇÃO HIDROTERMAL Corriveau (2011)Corriveau (2011) Biotita em fraturas Corriveau (2011)Corriveau (2011) Biotita Corriveau (2011)Corriveau (2011) Biotita-magnetita-escapolita Dissolução-precipitação: porosidade interconectada na fase produto ▪ Dissolução inicial do cristal, em contato com o fluido; ▪ A interface de substituição avança em direção ao centro do cristal. H Scp Ab Escapolitização + Albitização scp 0.7 mm Escapolitização • Escapolita é um mineral comum em rochas metamórficas e metassomatizadas. – Indicador das atividades de voláteis e do conteúdo de Cl • Composição : – Marialita (Na3Al3Si9O24·NaCl) – Fluídos altamente salinos – Meionita (Ca3Al6Si6O24·CaCO3) - Terrenos granulíticos e em xenólitos máficos Alteração propilítica Epidoto-clorita- calcita-albita Clorita e calcita substitui biotita. Mina de Cu-Au de Bingham, Utah. 50X, largura= 2mm Granito Alteração propilítica Sericitização Fraco metassomatismo Na+ Forte metassomatismo K+ Granito Batalha (Província Aurífera do Tapajós - PAT) Juliani et al. (2002) 1. Resulta em pH ácido do fluido 2Ca2+ + Fe3+ + 2Al3+ + 3SiO2 + 7H2O = Ca2FeAl2Si3O12(OH) + 13H + Silicatos fluido epidoto máficas 2. Caráter oxidado reduzido 11Fe2SiO4 + 2SO4 2- + 4H+ = FeS2 + 7Fe3O4 + 11SiO2 + 2H2O Minerais fluido pirita magnetite máficos 3. Metassomatismo = perda de Mg2+ 2NaAlSi3O8 + 5Mg 2+ + 8H2O = Mg5Al2Si3O10(OH)8 + 2Na + + 8H+ + 3SiO2 Albita fluido clorita quartzo ALTERAÇÃO PROPILÍTICA 2NaAlSi3O8 + 5Mg2+ + 8H2O = Mg5Al2Si3O10(OH)8 + 2Na+ + 8H+ + 3SiO2 Albita fluido clorita quartzo Brecha riolitica cloritizada Clorita xistos derivados da alteração de riólitos (Depósito de Cu-Zn Ártico, Alasca) Cloritização (Metassomatismo = perda de Mg2+ do fluido) ALTERAÇÃO SERICÍTICA (HIDROLÍTICA) sericita + quartzo substituição de feldspato, mica e minerais máficos Sericita substitui feldspato. Mina de Silver Bell, Arizona. 25X, largura = 3mm. http://www.mines.utah.edu/~wmep/54598/54598files/Atlas/atlasgif/ 3KAlSi3O8 + 2H + (aq) KAl3Si3O10(OH)2 + 6SiO2 + 2K + (aq) K-feldspato muscovita/sericita quartzo T= 200 - 250°C pH= 4 - 6 ALTERAÇÃO ARGÍLICA AVANÇADA grupo da caolinita + dickita pirofilita [Al2Si4O10(OH)2] diásporo alunita [KAl3(OH)6(SO4)2] andalusita intensa lixiviação de álcalis e Ca2+ por fluidos ácidos 2KAl3Si3O10(OH)2 + 2 H + = 3Al2Si2O5 (OH)4 + 2K + muscovita/sericita caolinita ALTERAÇÃO ARGÍLICA grupo da caolinita dickita [Al4Si4O10(OH)8] montmorillonita illita-smectita alteração de plagioclásio pH= 4 - 5; T< 200 - 250°C Alunita rósea substituindo feldspato potássico Goldfield, Nevada pH< 4 Alteração argílica avançada Fotos: alunita marrom tabular, radiada Goldfield, Nevada Minerais característicos: alunita, caolinita, dickita, diaspóro, pirofilita SULFETAÇÃO Sulfetação em rocha metassedimentar substituição de siderita por pirita relacionada a veios de quartzo discordantes. FeCO3 + 2H2S = FeS2 + CO2 + 2H2O (Xavier et al., 2000) Veios hidrotermais: controle Crescimento unidirecional Bandas paralelas a parede do veio Veios hidrotermais: controle Veios hidrotermais com estrutura paralela ou radial Algumas texturas de veios hidrotermais Cockade Crustiforme Coloforme Múltiplas gerações de veios: sequência de eventos Múltiplas gerações de veios & sequência de eventos de sobreposição Veio de Brecha Sequência de preenchimento sequencial Mina de Estanho de St. Patrick (Austrália) Significado das Texturas de Sobreposição Sobreposição de processos hidrotermais (preenchimento & alteração hidrotermal) podem ocorrer devido à: (a) Evolução estrutural, que se reflete nos estilos de fraturamento e no desenvolvimento dos canais para migração dos fluidos; (b) Mudanças na composição química e evolução do fluido mineralizante, resultando em diferentes minerais de preenchimento e associações de alteração hidrotermal relacionadas; (c) Mudanças de parâmetros físico-químicos dos fluidos mineralizantes, tais como temperatura, pressão (fraturamento hidráulico, brechação hidráulica e boiling), fugacidade de oxigênio e enxofre, pH. Superposição de veios hidrotermais em sistemas do tipo pórfiro: Relações com padrões de alteraçãohidrotermal Superposição de veios hidrotermais: Relações com padrões de alteração hidrotermal Brechas hidrotermais Regimes Tectônicos, Fluxo de Fluidos Hidrotermais e Depósitos Minerais formados na Crosta Terrestre SubducçãoExtensão Expansão Colisão Depósitos Minerais Hidrotermais ▪ Depósitos de Au orogênico ▪ Depósitos de Au-Ag epitermais ▪ Depósitos de Cu-Au (pórfiro, skarns, IOCG) ▪ Depósitos de Cu-Zn-Pb-(Au) (VMS) ▪ Depósitos de Zn-Pb (MVT, SEDEX) ▪ Depósitos de Fe, Sn, W, Mo (skarns, greisens) ▪ Depósitos Minerais Hidrotermais são a classe de depósitos mais importante; ▪ São os depósitos dominantes na formação dos maiores depósitos de interesse econômico-COMMODITES ( Au, Cu, Zn, Pb, Ag, Sn, Mo e U) ÁGUA CONATA ÁGUA METEÓRICA FLUIDOS METAMÓRFICOS FLUIDOS MAGMÁTICOS FLUIDOS METAMÓRFICOS ÁGUA DO MAR SubducçãoExtensão Expansão Colisão Extensão Diferentes fontes de água em diferentes ambientes tectônicos Depósitos hidrotermais formados durante atividade orogênica ▪ Depósitos de Cu-Au (pórfiro, skarns); ▪ Depósitos de Au-Ag (epitermais); ▪ Depósitos de Fe, Sn, W, Mo (skarns, greisens); ▪ Depósitos de Cu-Zn-Pb-(Au) (VMS) Depósitos hidrotermais formados a partir de centros magmáticos Depósitos hidrotermais formados sem relação direta com atividades magmáticas ▪ Depósitos de Au orogênico ▪ Depósitos de Au tipo Carlin; ▪ IOCG ▪ Depósitos de Zn-Pb (MVT, SEDEX) SubducçãoExtensão Expansão Colisão Au mesotermal ou orogenético Cu-Pb-Zn vulcanogênico - VHMS Pb-Zn em rochas sedimentares - SEDEX Au epitermal ▪ Cu-Mo-Au pórfiro • Skarns • Sn greisens Diferentes depósitos minerais hidrotermais formados a partir de diferentes fontes de água Groves & Bierlein (2007) - GEODYNAMIC SETTINGS OF MINERAL DEPOSITS. Journal of the Geological Society, London, Vol. 164, 2007, pp. 19–30. Tectônica de Placas e Depósitos Minerais: Configurações geodinâmicas de depósitos minerais Groves & Bierlein (2007) - GEODYNAMIC SETTINGS OF MINERAL DEPOSITS. Journal of the Geological Society, London, Vol. 164, 2007, pp. 19–30. Tectônica de Placas e Depósitos Minerais: Configurações geodinâmicas de depósitos minerais Tectônica de Placas & Magmatismo: colisional Magmatismo Calcioalcalino Fusão parcial de rochas máficas manto derivadas Magmatismo Calcioalcalino Fusão parcial de rochas máficas manto derivadas + contribuição crustal Tectônica de Placas & Magmatismo: colisional DEPÓSITOS (AMBIENTE COLISIONAL) Mitchell, 1986 Mitchell, 1986 DEPÓSITOS (AMBIENTE COLISIONAL) Tectônica de Placas & Magmatismo: extensional Magmatismo Alcalino Fusão parcial do manto superior e crosta inferior Magmatismo Toleítico Fusão parcial do manto e cristalização fracionada Tectônica de Placas & Magmatismo: extensional DEPÓSITOS (AMBIENTE EXTENSIONAL) Mitchell, 1986 Ambiente Extensional Mitchell, 1986 Depósitos minerais hidrotermais associados ao Sistema Magmático: MINERALIZAÇÃO TIPO PÓRFIRO AMBIENTE TECTÔNICO: SUBDUCÇÃO Richards (2011) Arcos Continentais ANDINOS Arcos Insulares: TIPO JAPÃO SISTEMA HIDROTERMAL PLUTÔNICO RASO Richards et al. 2011. Magmatic to hydrothermal metal fluxes in convergent and collided margins. Ore Geology Reviews 40 (2011) 1–26 Secção esquemática de uma zona de subducção em margem continental ativa, onde se observa desidratação da placa oceânica que mergulha por sob a continental Robb (2005) ▪ São soluções de água e outros componentes químicos voláteis e solúveis que foram dissolvidos no magma e que são exsolvidos para formar uma fase aquosa imiscível de fluidos na descompressão ou na cristalização. ▪ O fluido aquoso dissolvido migra ou "escapa" para a carapaça cristalizada da intrusão e para dentro e através da rocha sobrejacente, por diferença de densidade, chegando, em alguns casos, à atmosfera ou à hidrosfera. Este processo é por vezes conhecido como "desgaseificação magmática". Fluidos magmático-hidrotermais: FLUIDO = H2O + sais + voláteis (CO2, CH4, N2, H2S, etc.) = SOLUÇÃO AQUOSA Saturação por cristalização progressiva (em maiores profundidades, após estágios avançados de cristalização; importante nos pegmatitos) Saturação por diminuição da pressão durante a colocação da intrusão O termo "volátil" = componentes químicos que emanam como vapores ou gases Ridley, 2013 Modelo de Strong em Robb (2005) Tipo S : Derivado de fusão de material crustal, contém maior quantidade de água e cristaliza a maiores profundidades. Saturação em água pode ocorrer por boiling secundário, formando pegmatitos Tipo I : Derivado de fusão de material da crusta inferior, contém menor quantidade de água e será colocado em níveis crustais mais rasos, tornando- se saturado em água antes da completa consolidação (boiling primário) Circulação de fluidos hidrotermais: ▪ Hidrofraturamento, ▪ Brechas hidrotermais, Associação entre conteúdo metalífero e condições de fO2 do magma Epithermal Porphyry Depósitos minerais hidrotermais associados ao Sistema Magmático: MINERALIZAÇÃO TIPO PÓRFIRO ▪ As três commodities mais importantes em valor no mundo nesses depósitos são Cu, Mo e Au. ▪ Eles são a fonte mundial dominante na produção de Cu (> 65%) e Mo (> 95%); ▪ Subprodutos com proporções significativas de produção de Au, Ag e Re; Richards (2011) Depósitos de pórfiro representam um modo repetido e distinto de fuga de fluido hidrotermal de grandes intrusões na crosta São grandes depósitos entre 1 Mt e 10 Gt de minério em rochas pervasivamente alteradas, nos quais minerais de minério são uniformemente disseminados. Teores • inferiores a 1% de Cu em um depósito de cobre; • cerca de 1 ppm de Au, subproduto economicamente importante; • e cerca de 0,1% de Mo em um depósito de pórfiro de molibdênio. Os depósitos de pórfiro são subdivididos com base no conteúdo de metal (Cu-Mo-Au) Depósitos minerais hidrotermais associados ao Sistema Magmático: MINERALIZAÇÃO TIPO PÓRFIRO A mineralização em depósitos de pórfiro é hospedada em diferentes tipos de rochas, mas é preferencialmente encontrada temporalmente relacionada a intrusões de pequeno volume, principalmente de composição intermediária a félica (52-77% em peso de SiO2), calcio-alcalinas a alcalinas e apresentando textura nitidamente porfirítica Os minerais do minério ocorrem em densos stockworks de veios e disseminados na rocha alterada. modificado de Burnham, 1979) Os importantes minerais do minério são o sulfetos de Cu e Cu-Fe (calcopirita, bornita, calcocita) e de Mo (molibdenita), Au nativo e minerais óxidos de W (scheelita, volframita) e de Sn (cassiterita). Relação entre tectônica de placas e sistemas pórfiro Sun et al. (2017) Depósitos minerais hidrotermais associados ao Sistema Magmático: MINERALIZAÇÃO EPITERMAL AMBIENTE TECTÔNICO: SUBDUCÇÃO Arcos continentais e insularesMineralizações epitermais: Au-(Ag-Cu-As) 1) Forma-se em temperaturas entre 200 e 300 oC, com variações para < 150 a > 400 oC) 2) Formam-se em profundidades rasas ou superficiais (pressões baixas), até ~ 2 km; 3) Associam-se a vulcanismo intermediário e félsico e arcos magmáticos continentais e insulares e a bacias de back-arc 4) Associam-se a caldeiras vulcânicas 5) Em menor preservação, também ocorrem associados ao vulcanismo oceânicos, em bacias de retro-arco SISTEMA HIDROTERMAL VULCÂNICO SUBAÉREO High-sulfidation Fluidos ácidos oxidados ricos em SO2 - e HCl e que são absorvidos pelas águas superficiais, fazendo com que haja a desproporcionalização em H2SO4 e H2S, produzidos durante a cristalização de magmas); Esse fluido ácido(pH = 0 a 2) reage extensivamente com as rochas em profundidades baixas e as lixivia intensamente, resultando em alteração: ✓ argílica avançada (caolinita, dickita, pirofilita, diásporo e alunita). ✓ argílica/ argílica intermediária (transição para zona externa); ✓ propilítica (com menor volume de argilas e com aumento proporcional da illita ou da esmectita, passa para zona de albita, calcita, clorita e epidoto. (Sillitoe, 2009) PRINCIPAIS TIPOS DE MINERALIZAÇÕES EPITERMAIS O fluido ácido é progressivamente neutralizado pelas reações com as rochas hospedeiras em condutos e a mineralização ocorre como vênulas de sulfetos no núcleo silicificado ou em sistemas de veios de quartzo microscristalino ou de calcedônia Minérios de alta sulfetação, enargita é o principal mineral portador de arsênico (Cu3AsS4), e tanto a bornita (Cu5FeS4) quanto a covelita (CuS) são tipicamente o principal mineral de minério de Cu. Mineralização associada a forte alteração potássica O boiling é o principal processo de deposição do minério, o que causa a perda do CO2 e do H2S e o consequente incremento do pH. O fluido com alto pH deposita calcita e adulária. Argilas são formadas ao redor do sistemas, com illita (mica) em profundidade (zonas mais quentes) e illita-esmectita interestratificada seguida por esmectita (caulinita) nas partes superiores e frias do sistema. Associam-se zeólitas (em temperaturas baixas) e epidoto (em temperaturas altas), além de biotita e anfibólios, quando a temperatura é maior que 280 oC. 2) Low-sulfidation (fluidos reduzidos, ~ neutros, com grande contribuição de água meteórica e CO2, H2S e NaCl são as espécies químicas principais no fluido. Minérios de baixa-sulfidação, com arsenopirita (FeAsS), calcopirita (CuFeS2) e pirrotita (Fe7S8). Mineralização associada a forte alteração argílica avançada A mineralização ocorre em cavidades em veios, comumente com quartzo arroxeado (ametista) Depósitos minerais hidrotermais associados ao Sistema Magmático: GREISEN A palavra greisen refere-se a uma assembleia de alteração hidrotermal de rocha granítica, especificamente quartzo-muscovita com um ou mais minerais F e B, mais comumente fluorita, topázio ou turmalina. A mineralização está localizada dentro e ao redor de cúpulas nas porções apicais dos plútons graníticos. Representam um estilo de formação de minério hidrotermal-magmático que contrasta com depósitos de pórfiro, tanto em termos de natureza química (tipo I, tipo S) quanto em termos de processo hidrotermal As intrusões hospedeiras dos greisens são granitos equigranulares félsicos, em vez de intrusões menores porfiríticas, e são as zonas superiores de grandes plutões zonados. Poucos quilômetros de profundidade na crosta, a pressões de cerca de 1 kbar 250 a 450 ºCSISTEMA HIDROTERMAL PLUTÔNICO RASO Depósitos minerais hidrotermais associados ao Sistema Magmático: GREISEN O minério mais importante é o Sn do mineral cassiterita (SnO2). É também uma fonte importante de W a partir dos minerais scheelite (CaWO4) e volframite (Fe, Mn) WO4). Os coprodutos e subprodutos de depósitos de greisen podem ser Cu, Zn, Bi e Mo, que estão presentes em sulfeto Os GREISEN profundamente intemperizados são adicionalmente uma importante fonte de caulim de alta qualidade É economicamente menos importante que os depósitos do tipo pórfiro São geralmente granitos leucocráticos fortemente fracionados que se infiltram na crosta continental, constituído por quartzo, K-feldspato, plagioclásio albíticos, biotita e muscovita. Na classificação I e S, as intrusões são do tipo S e são caracteristicamente metaaluminosas para peraluminosas. Causas da precipitação de cassiterita a partir do fluido hidrotermal são, portanto, ou oxidação do fluido ou aumento do pH do fluido, por exemplo, neutralização de um fluido ácido. A neutralização do fluido ocorreria como resultado da hidrólise de feldspatos para formar muscovita, como é característico da alteração no estilo greisen, ou da alteração da muscovita para o topázio (Al2SiO4 (F, OH) 2). Depósitos minerais hidrotermais associados ao Sistema Magmático: SKARN No estudo da petrologia metamórfica, a palavra é usada para descrever quaisquer rochas metassomáticas com minerais calcossilicatos. Na geologia de depósito de minério (geologia econômica) o uso é mais restritivo: um depósito de skarn é um depósito de minério em rochas carbonatadas que foram hidrotermalmente alteradas para conjuntos de minerais de calciossilicática (granada, diopside, wollastonite, etc.) que estão associados a algum minério de sulfeto (calcopirita, molibdenita, etc) e, em alguns casos, minerais de silicato de ganga com magnetite. Os depósitos são caracteristicamente a cerca de 1 quilômetro de distância do contato de uma intrusão ígnea. Minerais minério ocorrem em fraturas ou são disseminados através da rocha alterada. 1) Skarns são formados por metamorfismo de contato e metassomatismo, envolvendo fluidos magmáticos, meteóricos ou marinhos 2) Skarns ocorrem: ▪ bordas de plutons; ▪ sistemas vulcano-plutônicos rasos; ▪ falhas e zonas de cisalhamento nas suas proximidades; ▪ terrenos metamórficos ▪ campos geotermais; ▪ assoalho oceânico e 3) Skarns são definidos pela sua mineralogia e incluem uma grande variedade de rochas calciossilicáticas, geralmente com granada e piroxênio predominantes Depósitos minerais hidrotermais associados ao Sistema Magmático: SKARN Meinert (1983) 4) Exoskarn são formados por protólitos sedimentares 5) Endoskarn são formados por transformações da rocha ígnea intrusiva 6) Hornfels cálciossilicáticos correspondem a um tipo de rocha metamórfica de contato, formado por rochas relativamente finas derivadas de rochas carbonáticas impuras (margas) 7) Reaction skarns são formados por metamorfismo isoquímico de rochas carbonáticas e argilosas Depósitos minerais hidrotermais associados ao Sistema Magmático: SKARN 1) Fe Skarns (podem ter Au) 2) Au Skarns 3) Cu Skarns Porfirítico 4) Zn + Pb Skarns (Au muito subordinado) 5) W Skarns 6) Mo Skarns 7) Sn skarns (Enaudi et al., 1981) Depósitos minerais hidrotermais associados ao Sistema Magmático: SKARN Meinert et al. (2005) • Mármore: rocha constituída principalmente por carbonatos; • Rochas cálcio-silicáticas: Apresentam tipicamente minerais silicáticos de Ca- Mg-Fe-Al, tais como diopsídio, grossulária, Ca-anfibólios, vesuvianita, epidoto, wollastonita, etc. • Skarn: rochas cálcio-silicáticas formadas por metassomatismo entre carbonatos e rochas ricas em sílica ou fluidos. • Ex: Contato entre rochas carbonáticas e intrusões, tais como granito Rochas Metacarbonáticas As texturas são usualmente grossas e não foliadas; As texturas e a composição são muito dependentes da composição do protolito e a formação do minério e do skarn que ocorrem simultaneamente Talco + Dolomita Forsterita Calcita, granada (grossulária), augita Depósitos minerais hidrotermais associados ao Sistema Magmático: SKARN I. DEPÓSITOS DE SULFETOS MACIÇOS VULCANO-EXALATIVOS • Depósitos associados ou hospedados em rochas vulcânicas Volcanogenic massive sulfide ou volcanic-exhalative massive sulfide deposits (VMS) ou volcanic-associated ou volcanic-hosted deposits (VHMS) Fonte de metais base: Cu, Zn, Pb, Ag, Au (Sn, Cd, Sb, Bi) MECANISMO: DESCARGA DE SOLUÇÕES HIDROTERMAIS NO ASSOALHO OCEÂNICO: “black and white smokers” SISTEMA HIDROTERMAL VULCÂNICO SUBMARINO Depósitos minerais hidrotermais associados ao Sistema Magmático: VHMS O minério é interpretado como sendo formado dentro do edifício de um vulcão, predominantemente na interface entre a água do mar que desce pelas rochas vulcânicas e os fluidos ácidos, ricos em gás, que sobem da câmara de magma subjacente. Depósitoocorrem associados intimamente a vulcanismo subaquático e fumarolas submarinas (Black e White smokers); Depósitos minerais hidrotermais associados ao Sistema Magmático: VHMS Huston et al (2010) Econ. Geol. Depósitos VHMS: ambiente tectônico Depósitos VHMS: ambiente tectônico Formation of the BMC in a back-arc continental rift partly filled with a clastic sedimentary syn-rift sequence overlain by interbedded black shale and felsic volcanic rocks that host massive sulphide deposits (from Goodfellow and McCutcheon, 2003). ▪ Recarda da água do mar a partir de falhas e fraturas associa-se à sistema hidrotermal de fundo oceânico; ▪ As rochas vulcânicas são alteradas devido a interações com água do mar, resultando em espilitização (máficas) e keratolifização (ácidas), exalações e precipitados químicos; ▪ Possuem sulfetos variados, principalmente, de Cu (calcopirita), Pb (galena), Zn (esfalerita), entre outros, e apresentam-se, quase sempre anômalos e por concentração econômica, em Au e Ag. Hannington et al. 1996 Fontes de Fe, Zn, Pb e Cu,± Au, Ag, Co, Cd, Se, barita, gipso Halos de Alteração Hidrotermal na Zona de Stockwork SULFETOS MAÇICOS VULCANO-EXALATIVOS Pipe de alteração no footwall - centenas de mts abaixo do depósito Alteração regional propilítica= epidoto-qtz-actinolita alta T (400oC) Modificado de Lydon (1988) São conhecidos mais de 800 depósitos no mundo Rochas hospedeiras: metamórficas Estágios de deformação compressional - transpressional Orógenos acrecionário e colisional Groves et al 1998. Orogenic gold deposits: A proposed classification in the context of their crustal distribution and relationship to other gold deposit types. Ore Geology Reviews 13 1998 7–27 Ž . (Grove, 1998) Depósitos minerais hidrotermais associados a atividade orogênica: AU OROGÊNICO Depósitos minerais hidrotermais associados ao orogênico: AU OROGÊNICO METALOGÊNESE EM ORÓGENOS ▪ Zonas de suturas (falhas de empurrão ou transcorrente) definem limites de terrenos em orógenos acrescionários; ▪ Potencial para hospedar mineralizações que se formam em sistemas hidrotermais profundos (>6 km), nível de crosta intermediária; ▪ depósitos de Au do tipo lode orogenético (DALO). ▪ A atividade fluidal é intensa e gerada durante o metamorfismo dos terrenos sedimentares e vulcânicos acrescidos ao orógeno. Groves et al 1998. Orogenic gold deposits: A proposed classification in the context of their crustal distribution and relationship to other gold deposit types. Ore Geology Reviews 13 1998 7–27 METALOGÊNESE EM ORÓGENOS ACRECIONÁRIOS Iron oxide-copper-gold deposits (IOCG) Depósitos IOCG constituem uma classe variada de depósitos minerais que são fundamentalmente controlados pela química dos fluidos hidrotermais Depósitos minerais hidrotermais associados ao orógeno: IOCG • São depósitos minerais caracterizados por grandes quantidades de óxidos de ferro precipitados hidrotermalmente (magnetita e/ou hematita) com sulfetos de cobre e ouro associados IOCG: o que são? ▪ Óxidos de ferro ( ) hidrotermais, associados com sulfetos; IOCG: o que são? ▪ Possível ▪ (brechas, veios, zonas de substituição) ▪ Baixo conteúdo em enxofre; baixo conteúdo de Ti nos óxidos; e enriquecidos em ▪ Extensivo ▪ Associação (espacial / temporal) ou não; A CLASSE DE DEPÓSITO IOCG • 1975 – Descoberta de Olympic Dam (Austália); • 1980-1991 – descoberta de Starra, Osborno, Ernest Henry (Distrito de Cloncurry; Austália); • 1992 – Hitzman et al., descreve pela primeira vez a classe de depósitos de óxido de ferro (Cu-U-Au-ETR) •. Olympic Dam Skirrow (2006) • Depósito de alto teor; • Associação entre Co, U, ETR, Ba e F • Alteração hidrolítica com hematita- sericita-clorita • Calcocita, bornita, calcopirita (pirita) • Origem rasa com componente de água meteórica • Ocorre em zona de brechação de 7 x 5 km • Brechas formadas a poucas centenas de metros da superfície • Forte controle estrutural • É hospedado por granito tipo A (1588 +4 Ma) •Rocha hospedeira cortada por inúmeros diques ultramáficos, máficos e félsicos Skirrow (2006) Sistema hidrotermal IOCG (IOCG Ore System) • Fonte – Rochas hospedeiras dominantemente oxidadas Hitzman (2005) • Transporte – Fluidos hidrotermais salinos, oxidados. • Energia – Dominantemente proveniente de corpos ígneos, pode ser metamórfica e até associada à evolução bacinal. • Armadilha – Predominantemente química. Mistura de fluidos pode causar precipitação de U, sulfetos de cobre, e ouro Skirrow (2011) Classificação de depósitos IOCG Corriveau (2009) Modelo Teor/Tonelagem (Cobre) Corriveau (2009) Modelo Teor/Tonelagem (Au) Ambiente geotectônico Groves et al. (2010) Extensão em bacia de retro-arco Metassomatismo do manto Groves et al. (2010) Ambiente geotectônico Skirrow (2011) Modelo alternativo: Delaminação do manto litosférico em bacia de retro-arco Ambiente geotectônico Skirrow (2011) Ambiente intracratônico não explica evidências de deformação prévia ou concomitante os episódios de mineralização IOCG; Margem continental (bacia de retro-arco) não seria compatível com granitos tipo A; Delaminação do manto litosférico sub-continental poderia explicar magmatismo associado com a formação dos IOCGs? Skirrow (2011) Sumário das características dos depósitos IOCG Escala Regional • Associação temporal com expressivo magmatismo félsico (granitos tipo I ou A) e máfico; • Associação com limites de domínios crustais (margens cratônicas) • Alteração sódico-cálcica regional em níveis crustais intermediários e ferro-potássica em níveis crustais rasos Skirrow (2011) Sumário das características dos depósitos IOCG Escala de Depósito • Depósitos mais profundos são controlados por zonas de cisalhamento dúcteis e são ricos em magnetita, biotita, anfibólio, Kfs e cpy. • Depósitos rasos são controlados por falhas rúpteis e são ricos em hematita, muscovita, clorita, calcita. O minério é constituído por cpy-bo, calcocita. Características dos IOCG: Alteração hidrotermal Corriveau (2011)Corriveau (2011) Reconhecimento de alteração hidrotermal que oblitera texturas da rocha precursora Substituição de andesitos porfiríticos por minerais hidrotermais (Na-Ca-Fe) G Ab Mt Act + Chl CARAJÁS Alteração Na Alteração Na Mgt Scp Scp Bt+chl Scp Alteração Na Scp Bt Alteração Na Corriveau (2011) Alteração Na-CaAlbita-actinolita-escapolita Corriveau (2011) Alteração Na-Ca . Variação vertical dos padrões de alteração em sistemas IOCG 5 km 1 km Alteração hidrolítica Alteração potássica Alteração sódica Depósito IOCG Depósito de magnetita-apatita Hitzman (2005) Características dos IOCG: Alteração hidrotermal Mark et al. (2006) Ernest Henry - Cloncurry, Austrália Sossego - Carajás, Brasil Skirrow (2006) 2cm Chl + Bt Bt 2cm Kfs Bt 2cm kfs Bacuri - Carajás, Brasil Mark et al. (2006) Monteiro et al. (2008) Alteração K Corriveau (2011)Corriveau (2011) Calibrar tonalidades de rosa/vermelho relativos à alteração com albita e com Kfs com auxílio de coloração seletiva e medidas de radiação gama (variações podem ser sistemáticas) Alteração K Alteração Na Alteração K Alteração Na Mineralização (Cu) IOCG – Alteração hidrotermal Evolução paragenética Fase óxido de ferro (pré-mineralização) Fase sulfeto mineralização Fase tardia Fe Cu-Au Na K Na-Ca K Cloritização Hidrolítica Silicificação(Carajás) Albita, escapolita, magnetita Biotita, K-feldspato, Magnetita/Albita Na-Ca anfibólio, Na-Ca piroxênio, albita, escapolita Sericita, clorita, carbonato, quartzo Alteração sódica regional Magnetita Hematita Veios tardios (calcita- quartzo-clorita- sericita) Característica dos fluidos ▪ Fluidos oxidados; ▪ Moderada a alta temperatura (100-600 oC); ▪ Salinidade: fluidos hipersalinos (>50% NaCl) e de baixa salinidade (< 10 NaCl); ▪ Ricos em H20, voláteis (CO2, CH4, H2S, SO2, HCl, compostos de N, e outros haletos e B) e sais (NaCl, CaCl2, KCl) ▪ Baixo conteúdo em enxofre (S); Natureza dos fluidos Modelo magmático-hidrotermal ▪ Origem dos fluidos magmáticos 1) Liberado de magmas primitivos cálcio-alcalinos de ambiente de arco magmático (Sillitoe 2003); 2) Associados a granitóides tipo I ou tipo A de ambiente intracratônico ou de subducção distal (Meyer 1988a, Pollard et al. 1998, Wyborn 1998); 3) Derivados de magmas carbonatíticos ou altamente alcalinos (Hauck 1990, Groves & Vielreicher 2001, Wu 2008). Natureza dos fluidos Modelo não magmático – metamórfico ▪ Não requer fonte ígnea de calor ▪ Intrusão pode contribuir com calor e componentes p/ o fluido ▪ Salinidade: derivada de metamorfismo de soterramento de evaporitos Barton & Johnson (2004) Corriveau (2009) Principais depósitos IOCG Depósitos hidrotermais formados sem relação direta com atividades magmáticas Um corpo de magma a poucos quilômetros da superfície da Terra atuará como uma fonte de calor localizada e impulsionará a convecção de águas subterrâneas na crosta circundante. ▪ Estas águas podem ser meteóricas, connatas ou, no caso do vulcanismo submarino, águas oceânicas. Convecção de águas “subterrâneas”: II. DEPÓSITOS SEDIMENTARES-EXALATIVOS ou depósitos de sulfetos maciços hospedados em sedimentos (SEDEX) ou CD (Clastic dominated deposits) Fonte de metais base: Zn, Pb (Ag) SEDEX-MVT SISTEMA HIDROTERMAL SEDIMENTAR SUBMARINO Importantes fontes para Zn e Pb 50% e 60%, respectivamente, das reservas mundiais Produção é baixa 31% Zn e 25% Pb da produção mundial Tonelagem média= 15 Mt; 10% dos depósitos contêm > 150 Mt Zn= 5,6%; Pb= 2,8%; Ag=30 g/t Depósitos SEDEX representam os maiores depósitos de metais base do mundo, como: Sullivan (British Columbia); Red Dog (Alaska); Rammelsberg e Meggen (Alemanha); Broken Hill, Mount Isa, McArthur e HYC (Here is Your Chance) na Austrália No Brasil: depósitos de Pb-Zn-Ag de Perau, Canoas, Araçazeiro (PR) (Daitx, 1996; 1998); depósito de Pb-Zn de Boquira (BA) (Misi et al., 1996); depósito de Pb-Zn de Castelão (GO) (Dardenne & Schobbenhaus, 2001) DEPÓSITO DE Zn-Pb (Ag) SEDIMENTAR EXALATIVO - SEDEX Depósitos SEDEX e Ambiente de Margem Passiva Corpos estratiformes, lenticulares ou tabulares ricos em sulfeto intercalados a níveis de sedimentos Rochas hospedeiras são folhelhos, siltito, calcário, dolomito, chert com alta concentração de matéria orgânica Camadas ou lâminas de sulfetos intercaladas com chert, barita, carbonatos e apatita Pirita (dominante), esfalerita e galena; pirrotita e calcopirita em alguns depósitos SEDEX: CARACTERÍSTICAS DA MINERALIZAÇÃO Rochas ígneas com associação espacial ou genética com a mineralização: ausente ou muito subordinada Tonelagem média= 15 Mt; 10% dos depósitos contêm > 150 Mt Zn= 5,6%; Pb= 2,8%; Ag=30 g/t Sulfetos interlaminados (esfalerita, galena e pirrotita) com argilito. Photo by Cominco. Pirita laminada intercalada à argilito. Porfiroblastos de granada manganesífera ocorre associada com a pirita (Lydon et al., 2000a.) SEDEX Lydon and Reardon, 2000. SEDEX Dobras convolutas em minério rico em galena. Zona rica em pirrotita ocorre na parte de baixo da foto Clastos arredondados de pirita, calcita e argilito em matriz constituída por pirrotita (Lydon et al., 2000a) SEDEX DEPÓSITO DE Zn-Pb (Ag) SEDIMENTAR EXALATIVO - SEDEX Pirita finamente laminada em rocha metassedimentar carbonosa. Alaska; 4,8 cm de largura. Zona rica em esfalerita pirita galena. Alaska; 4,8 cm de largura. http://geopubs.wr.usgs.gov/open-file/of98-340/ Esfalerita finamente laminada em rocha metassedimentar carbonosa. Century Mine SEDEX Deposição dos sulfetos: falhas sin-sedimentares associadas a rifteamento permitem a circulação de fluidos bacinais aquecidos e sua ascensão ao assoalho oceânico. Os sulfetos podem ser depositados por rápido resfriamento do fluidos. Alta T e salinidade: alto gradiente térmico em áreas de tectônica extensional (riftes); dissolução de evaporitos na sequência sedimentar sotoposta ao depósito. SEDEX: MODELO GENÉTICO Fonte dos metais: derivados da seqüência sedimentar. Fonte de enxofre: água do mar e sulfatos presentes na água do mar. Em geral o fluido metalífero (T > 250 oC e pH = 5-6) não pode transportar quantidades significativas de enxofre reduzido juntamente com os metais. Pelo menos parte do enxofre reduzido, deve ser transportado por outro fluido ou estar presente no sítio deposicional. Idade da mineralização: tende a ser próxima a da rocha sedimentar hospedeira ou da diagênese; depósitos de substituição (e.g. Century) - 20 Ma após sedimentação Distribuição de depósitos MVT
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