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ARGUMENTAÇÃO E LEITURA Uma questão importante na teoria da compreensão de texto é a noção de língua que se adota. A língua é variável, heterogênea e sempre situada em contextos de uso. Justamente por se valorizar a fala é que a língua permite a polissemia. Segundo Ducrot (apud Guimarães, 1989:38): “a língua, vista como um conjunto de frases semanticamente descritas, determina, parcialmente pelo menos, as argumentações e valores argumentativos apresentados no discurso. Esta é a tese fundamental da teoria da argumentação da língua”. A atividade de compreensão de texto é sempre uma atividade de co-autoria, pois os sentidos são parcialmente produzidos pelo texto/emissor e parcialmente completados pelo leitor. O texto não é algo pronto, fechado e acabado; ele é um processo. Esse processo completa-se com a interação do leitor junto ao texto. Ao leitor cabe o papel de buscar as pistas fornecidas pelo autor no texto, utilizando todo o conhecimento prévio que tem armazenado na memória. Deve ler as entrelinhas (as informações não-visuais) para chegar à compreensão do texto, mas também deve estar atento às marcas lingüísticas, aos mecanismos responsáveis pela argumentação como os operadores argumentativos, os marcadores de pressuposição, os modalizadores, a linguagem figurada, a seleção lexical, a repetição, a topicalização etc., assim como aos recursos gráficos: tipo e tamanho de letra, uso de itálico, negrito, travessões, aspas, reticências. Van Dijk e Kintsch (1983, apud Koch, 2004:26) citam, como principais estratégias de processamento cognitivo, as estratégias proposicionais, as de coerência local, as macroestratégias e as estratégias esquemáticas ou superestruturais, além das estilísticas, retóricas, não-verbais e conversacionais. Ao utilizar o processo cognitivo, o leitor estará realmente realizando uma atividade de produção de sentidos – será um leitor maduro realizando uma atividade criativa. E para transformar o aluno num leitor maduro e autônomo, é essencial que todos os gêneros textuais figurem em sala de aula, garantindo, assim, que o aluno seja submetido a textos publicitários, poéticos, narrativos, informativos, prescritivos etc. O professor deve partir do princípio de que a compreensão depende das relações que o leitor estabelece com o texto durante a sua leitura, partilhando com os alunos que todo texto é argumentativo, por isso é necessária uma análise dos mecanismos persuasivos utilizados para a sua construção. 1.1 ARGUMENTAÇÃO A segunda metade do século XX presencia um verdadeiro processo de revalorização da Retórica, marcado pelos estudos de diferentes campos: a Análise do Discurso, a Pragmática, a Teoria dos Atos de Fala, a Semântica Argumentativa, entre outros. Chaim Perelman e Lucie Olbrechts-Tyteca postularam, na obra Traité de l´argumentation (1958), uma volta à retórica aristotélica, procurando desvendar, na linguagem, os elementos de persuasão capazes de ganhar a adesão do interlocutor a uma tese proposta, sem fazer uso de uma argumentação constrangedora e forçosa. Assim, o conceito de argumentação passa a ser um levar a crer, um ato persuasivo com a utilização de técnicas próprias engendradas no discurso, induzindo, de forma sutil, o argumento que vai provocar a adesão do interlocutor, pois muitos fatores contribuem para a eficácia da argumentação: a intertextualidade, a sinonímia, as figuras de retórica, as máximas e slogans, as formas gramaticais etc. Percorrendo a trajetória da argumentação, a Linguística – cujo objeto de estudo era restrito à língua (langue) – desloca sua visão para a fala (parole), relacionando o discurso e a língua ao homem e à sociedade. Surge, então, a Teoria da Enunciação, que teve como precursor o linguista francês Émile Benveniste (1902-1976). Se antes o sujeito do discurso era visto como passivo, Benveniste se propôs a desenvolver uma teoria na qual incluía a (inter) subjetividade na linguagem, evidenciando, dessa forma, a relação interativa entre os interlocutores do discurso. Para Castro (1996:31), “a intersubjetividade é o estado resultante do ato comunicativo. Ela representa a transcendência do mundo privado de cada um dos participantes no diálogo: fala- se a partir das ‘premissas do ouvinte’ e ouve-se a partir das ‘premissas do falante’. Há, pois, uma condição para o sucesso do ‘estado intersubjetivo’: é preciso tomar o papel do outro”. A Linguística da Enunciação, concebendo a linguagem como produção, objetiva captar a multiplicidade dos fenômenos instaurados na língua e a partir da língua. Na década de 80, a argumentação ganhou terreno nos estudos linguísticos, propiciando o surgimento da Semântica Argumentativa. Koch (2002a: 10) defende a proposta de que o ato linguístico fundamental é o ato de argumentar. Para a autora, “o ato de argumentar é visto como o ato de persuadir que procura atingir a vontade, envolvendo a subjetividade, os sentimentos, a temporalidade, buscando adesão e não criando certezas”. Desta forma, ainda segundo Koch (idem; p.15), “a linguagem passa a ser encarada como forma de ação, ação sobre o mundo dotada de intencionalidade, veiculadora de ideologia, caracterizando-se, portanto, pela argumentatividade”. Argumentar é levar a crer, é a arte de convencer e persuadir. Segundo Abreu (2003:25), “convencer é saber gerenciar informação, é falar à razão do outro, demonstrando, provando... persuadir é saber gerenciar relação, é falar à emoção do outro”. São nas marcas, nos indícios, nos sentidos periféricos, não vistos, num primeiro momento, por quem procura uma ideia central do texto, que se revelam as contradições do discurso. “O jogo ideológico está na dissimulação dos efeitos de sentido sob a forma de informação, de um sentido único, e na ilusão discursiva dos sujeitos de serem a origem de seus próprios discursos”. (Orlandi, 1987:32) Para Mello (2002: 451-2), “a argumentação é um instrumento eficaz para a leitura e interpretação de textos, capaz de levar o leitor a exercer, conscientemente, o seu sentido crítico e o seu juízo. (...) O discurso persuasivo destina-se a agir sobre os outros por meios afetivos e racionais, pois, em retórica, razão e sentimento são inseparáveis”. Com a mesma linha de pensamento, Perelman e Olbrechts-Tyteca, no livro traduzido Tratado da Argumentação (1996), descrevem a argumentação como uma ação de um indivíduo (locutor) sobre outro indivíduo (auditório), com o objetivo de desencadear outra ação (adesão). A argumentatividade, para eles, é uma característica inerente a todo discurso. Osakabe (1999:186), analisando os estudos realizados pelos autores acima, comenta sobre a importância da retórica para os estudos da linguagem. “A Retórica não abrange somente gêneros específicos, mas também todo domínio discursivo que tenha como finalidade a adesão”. A atividade de compreensão acontece a partir da identificação de marcas da intenção do autor, produzidas por meio de operações de linguagem presentes no discurso. A leitura é um fenômeno complexo que exige do leitor a ativação de diferentes competências. É essa atuação que permite ao homem não apenas comunicar-se, mas, essencialmente, agir através da linguagem. “A linguagem é uma dialogia, ou melhor, uma ‘argumentalogia’; não falamos para trocar informações sobre o mundo, mas para convencer o outro a entrar no nosso jogo discursivo, para convencê-lo de nossa verdade”. (Oliveira; 2001:28) 1.2 LEITURA E CONHECIMENTO PRÉVIO A leitura não pode ser concebida única e exclusivamente como um processo de decodificação. Embora haja decodificação, não é o suficiente para que a leitura se concretize. Segundo Scott (1983), “a leitura não é a habilidade de decodificar palavras, mas simde se extrair o significado, o implícito e explícito do texto escrito. É um processo seletivo e ao mesmo tempo, um jogo de adivinhação psico-lingüístico que envolve uma interação entre pensamento e linguagem”. O texto, neste sentido, faz a mediação para a comunicação ou interação entre dois contextos: o do autor e o do leitor. É neste sentido que autor e leitor interagem atribuindo significados ao texto. Como afirma Koch (2002a:160): “a atividade de interpretação do texto deve sempre fundar-se na suposição de que o produtor tem determinadas intenções e de que uma compreensão adequada exige, justamente, a captação dessas intenções por parte de quem lê: é preciso compreender-se o querer dizer como um querer fazer.” Dessa forma, a leitura é um processo cognitivo que depende da participação do leitor, o qual atua dotado de sua própria “bagagem” cultural, participando também da construção do significado. E nessa relação com o texto, em busca das intenções do autor, o leitor torna-se participante da interação comunicativa. E essa interação comunicativa ocorre porque “a leitura não se configura como um processo passivo (...). Por exigir descoberta e recriação, a leitura coloca-se como produção e sempre supõe trabalho do sujeito-leitor (...), então o leitor, além de partilhar e recriar referenciais de mundo, transforma-se num produtor de acontecimentos, em função do aguçamento da compreensão e de sua consciência crítica”. (Silva, 1991:25) O processo de leitura é considerado ativo porque inclui predição, elaboração de hipóteses, previsões a respeito do texto e o leitor observa os recursos visuais, gráficos e sonoros (título, ilustração, gráfico, silhueta, tipo de letra etc) e levanta uma série de hipóteses e começa a testá-las. Como afirma Leffa (1996:14), “a qualidade do ato da leitura não é medida pela qualidade intrínseca do texto, mas pela qualidade da reação do leitor”. Para Kleiman (1989:27), “(...) leitura implica uma atividade de procura pelo leitor, no seu passado de lembranças e conhecimentos, daqueles que são relevantes à compreensão de um texto, que fornece pistas e sugere caminhos, mas que certamente não explicita tudo o que seria possível explicitar”. Para a referida autora, a leitura é um processo interativo, pois resulta da interação de diversos níveis de conhecimento. A organização de um texto dissertativo- argumentativo contempla quatro etapas básicas: 1. Contextualização do tema: é a abertura do texto. Aqui você vai falar da questão a ser tratada, apontar a problemática, fazer uma conjuntura histórica (se for preciso) e preparar o leitor para o seu posicionamento. Tente não escrever demais nessa etapa. 2. Apresentar o posicionamento: é aqui que seu poder de articulação começa a ser testado. Você vai apresentar, de forma muito clara, o que pensa a respeito do tema. Não se esqueça de que os vestibulares exigem que os candidatos respeitem os Direitos Humanos e jamais usem palavras de baixo calão. 3. Argumentação: nesse ponto você vai explicar em detalhes o porquê do seu posicionamento e a razão de ter escolhido esta ou aquela solução para a situação-problema. Sua meta é fundamentar o pensamento para convencer o leitor daquilo que você está expondo. Apresente provas e argumentos que confirmem a sua ideia. 4. Conclusão: é o encerramento do texto, em que o autor irá sintetizar sua exposição ao leitor. Fique atento para não haver discrepâncias entre o pensamento no início e no fim da dissertação. ESTRUTURA DO TEXTO DISSERTATIVO Introdução -Abordagem – Falar sobre o assunto do tema; -Tese – Dar o ponto de vista a ser defendido. Ou -Tese – dar o ponto de vista a ser defendido; -Argumentos – apresentar dois ou três argumentos que serão defendidos ao longo do desenvolvimento. Desenvolvimento -Apresentar a defesa principal; -Explicá-la por meio de dados, raciocínio lógico, exposições, exemplificações, etc. -Concluir o parágrafo com a consequência do que foi dito acima. Conclusão -Retomar a tese de uma forma diferenciada nas palavras; -Sintetizar todas as ideias do texto; -Desfecho criativo (frase de efeito). Ou -Caso haja possibilidade, mostrar soluções para o problema levantado. Roteiro de Estrutura do texto dissertativo 1º Parágrafo INTRODUÇÂO Frase Inicial + Tese. Conectivo + 1º Argumento + 2º Argumento. Introdução (± 5 linhas) 2º Parágrafo DESENVOLVIMENTO Frase inicial + TÓPICO FRASAL (retomar o 1º argumento de uma forma diferenciada nas palavras). Verbos de Ação + exemplificação. Desenvolvimento Conectivo (±18 linhas) conclusivo + conclusão. 3º Parágrafo DESENVOLVIMENTO Frase inicial + TÓPICO FRASAL (retomar o 2º argumento de uma forma diferenciada nas palavras). Verbos de Ação + exemplificação. Conectivo conclusivo + conclusão. 4º Parágrafo CONCLUSÃO GERAL DO TEXTO Conectivo de Conclusão (± 5 linhas) Conclusão + Retomada da tese de uma forma diferenciada nas palavras. Cenectivo + Sintetizaçao de todas as ideias do texto. Cenectivo + desfecho criativo (frase de efeito). Expressões usadas no inicio do parágrafo de Introdução: 1. Afirma que/ É de suma importância... 2. Sabe-se que... 3. Comenta-se que um dos maiores problemas... 4. Observa-se que... 5. Tem sido generalizada a opinião de que... 6. Tornou-se comum a afirmação que... 7. É consenso que... 8. Na atual conjuntura não difícil perceber que... 9. É preciso, inicialmente observar que... 10. Deve-se analisar, antes de tudo, que... 11. Apesar de contrariedades é urgente que... 12. É alarmente... 13. É urgente que... 14. É compreensível que... 15. Com o advento da globalização... 16. No decorrer da história 17. Falar em... 18. Retroceder na história... 19. Foi somente com o inicio do... 20. No Brasil, regra geral, pouco sabemos de... 21. Viver numa sociedade globalizada requer domínio de veiculação das informações 22. Forçoso é reconhecer que... ELEMENTOS DE COESÃO USADOS ENTRE A TESE E OS ARGUMENTOS: 1. Dentre tantos aspectos importantes a serem apontados, destacam-se; 2. Dentre tantos pontos importantes a serem citados, temos; 3. Dentre tantas qualidades importantes a serem lembradas, podemos citar; 4. Dos diversos motivos relevantes a serem lembrados, destacamos; 5. Dos inúmeros efeitos negativos causados por essa conduta, podemos citar; 6. Das inúmeras vantagens a serem observadas, podemos citar; 7. Dentre tantos fatores relevantes, temos (2º frase); 8. Entre tantos motivos relevantes, temos (2º frase); 9. De acordo com o problema mencionado (2º frase); 10. Essa é uma questão que deve ser avaliada (2º frase) Expressões usadas no inicio do parágrafo de desenvolvimento: 1. Vale ressaltar... 2. É preciso frisar... 3. É necessário lembrar... 4. Cabe salientar... 5. Não podemos esquecer que... 6. É necessário frisar, por outro lado, que... 7. Ainda podemos analisar que... 8. Ainda convém lembrar que... 9. Pelo simples fato... 10. Ademais... 11. Nessas condições... 12. O respeito à diversidade, essência humana, é a melhor forma de celebrar os direitos de todas as pessoas... Há de se entender tal(is) perspectivas(s)... 13. Há de se considerar também que... 14. Ao examinarmos algumas causas... 15. Podemos mencionar, por exemplo, que... 16. Outro fator indispensável... 17. Por outro lado... 18. Alem disso... 19. Finalmente... 20. Não obstante os aspectos positivos... Expressões usadas para iniciar a exemplificação nos parágrafos de desenvolvimento: Obs: Verbos de ação elevam o padrão e elaboram melhor as marcasde autoria do autor do texto no momento de efetuar a exemplificação enumerativa. Vericamos ou Verifica-se Notamos ou Nota-se Constatamos ou Constata-se Observamos ou Observa-se Expressões usadas para finalizar os parágrafos de desenvolvimento: 1. Dessa forma 2. Portanto 3. Decorrente de tais considerações 4. Sendo assim 5. Por tudo isso 6. Por conseguinte Expressões usadas no inicio do parágrafo de Conclusão: 1. Diante disso 2. Desse modo 3. Em suma 4. Como se vê 5. Dessa forma 6. Portanto 7. Decorrente de tais considerações 8. Sendo assim 9. Por tudo isso 10. Por conseguinte Observação final: É de suma importância atentar desde já para qual pessoa discursiva se usa no desenvolvimento do texto dissertativo argumentativo. Os Concursos admitem a primeira pessoa do plural (nós), sendo inadimissível o uso da primeira pessoa no singular (eu), e também a terceira pessoa (ele, ela, eles e elas). Desde que não haja aglutinação de ambas no mesmo texto, alternancia dentre elas de nenhuma espécie. GRAMÁTICA TEXTUAL 1. NOÇÕES ORTOGRAFIA Homônimos - são palavras que têm a mesma pronúncia, e, às vezes, a mesma grafia, mas sentidos diferentes. Ex: O aço custa caro. / Eu asso o frango neste fogão. Ex: O governo reduziu o IPI. / Eu governo para os pobres. Parônimos - são palavras parecidas na escrita e na pronúncia. Ex: A cesta está cheia de roupas. / Após a sesta, os operários retornaram ao trabalho. EXERCÍCIO 1. POR QUE/ POR QUÊ/ PORQUE/ PORQUÊ Funciona como advérbio interrogativo, nas frases interrogativas diretas ou indiretas: Por que discordas de mim? (interrogativa direta) Gostaria de saber por que discordas de mim. (interrogativa indireta) Por que há tanta celeuma? (interrogativa direta) Dize-me por que há tanta celeuma. (interrogativa indireta) Pode ser, ainda, a preposição por e o pronome relativo que. Ora, se pode ser pronome precedido de preposição, à semelhança de a que, de que, em que etc., está errado quem diz que se usa por que somente nas perguntas: A causa por que lutamos vencerá. Os caminhos por que andamos são tortuosos. Comprova-se, na prática, o uso de por que (preposição e pronome separados), substituindo-os pela expressão PELO QUAL (PELOS QUAIS, PELA QUAL, PELAS QUAIS): A causa pela qual lutamos vencerá. Os caminhos pelos quais andamos são tortuosos. Embora não seja necessário, porque as frases interrogativas são fáceis de reconhecer, artifício semelhante pode ser aplicado ao advérbio interrogativo: Por qual razão há tanta celeuma? Dize-me a razão pela qual há tanta celeuma. Resumindo, usa-se por que, sempre que for possível substituí-lo por uma expressão onde apareça QUAL ou QUAIS. POR QUÊ Só pode ser advérbio interrogativo: Vieste tão tarde, por quê ? Podes sair, mas quero saber por quê. Por quê, afinal ? O acento se justifica pelo fato de o quê haver adquirido tonicidade, o que acontece quando for insulado ou está em final de frase. Pelos exemplos, observa-se que é muito freqüente nos diálogos das narrativas. Seu reconhecimento, na prática, faz-se pelo mesmo artifício do anterior. Receberá o acento, se bater num sinal de pontuação. PORQUE É sempre conjunção. Em geral, é substituível por POIS e nunca é 2. o seu filho vai? 3. MAIS/ MAS 1. O fiscal fez exigências. 2. Ela está tranquila agora. 3. O Flamengo jogou mal, venceu o jogo. 4. MAL/ MAU 1. O meu pai é . 2. Ontem, o Flamengo jogou _ . 5. HÁ/ A 1. Ele mudou-se daqui dois meses. 2. Daqui dois meses ele irá para a França. 6. CESSÃO/ SESSÃO/ SEÇÃO 1. O juiz iniciará uma nova às 13h. 2. Lemos a notícia na _ de esportes. 3. A do terreno para a construção do estádio agradou aos torcedores. 4. Lúcia trabalha na de roupas infantis. 7. ABSOLVER/ ABSORVER 1. Com um forte argumento, o advogado conseguiu substituível por uma expressão em que aparece QUAL ou QUAIS: o seu cliente. Trabalha, porque o trabalho enobrece. Há pessoas que não se abatem, porque possuem muita força de vontade. Na prática, se não for substituível por POIS, reconhece-se pela exclusão de POR QUE e POR QUÊ: Neste capítulo, há muitos porquês, mas é porque ele versa sobre eles e não porque o autor seja maníaco 2. Marta queria o ar puro do campo. 8. ARREAR/ ARRIAR 1. Se o entregador a caixa perto da rampa, ele facilitará a nossa vida. PORQUÊ(S) Trata-se de uma substantivação. Como ocorre com os substantivos em geral, admite ser pluralizado, ao contrário dos casos anteriores em que temos palavras invariáveis: 2. Gilmar mandou o fazendeiro rapidamente para que ele pudesse sair com segurança. 9. COMPRIMENTO/ CUMPRIMENTO o cavalo Não é fácil compreender o porquê desse comportamento. Eram tantos os porquês, que começamos a duvidar. Se o pomos ou podemos pô-lo no plural, usemos PORQUÊS ou PORQUÊ. 1. você chegou agora? 2. Queremos saber você chegou atrasado. 3. Não desista da vida, ela é bela. 4. Não compreendemos o da briga. 5. Este é o caminho eu passei ontem. 6. Você chegou atrasado ? 2. ONDE /AONDE 1. o seu filho está? 1. A aniversariante recebeu os durante a cerimônia. 2. O engenheiro entregou o _ do terreno ao mestre de obras. 10. DEFERIR/ DIFERIR 1. A secretária o requerimento na mesma hora e entregou-o ao requerente. 2. A sua opinião sempre da nossa. 3. Os alunos não conseguem o significado desta palavra. 11. DELATAR/ DILATAR 1. O aço vai se por causa do forte calor. 2. Querem para a polícia o esquema de desvio de dinheiro que existe na empresa. 12. DESCRIÇÃO/ DISCRIÇÃO 1. O funcionário sempre saía com para não ser visto pelo chefe. 2. Com medo, ninguém queria fazer a do assassino. 13. DESCRIMINAR/ DISCRIMINAR 1. Depois de analisar com muita calma a gravação, o juiz decidiu o réu. 2. O gerente irá _ o preço dos produtos na nota fiscal. 14. DESPENSA/ DISPENSA 1. Na , não havia mais lugar para guardar o arroz e o açúcar. 2. O chefe sempre o funcionário que fica doente. 15. EMINENTE/ IMINENTE 1. Esta aluna tem uma inteligência . 2. “O desabamento da casa está ”, avisou a Defesa Civil aos moradores. 16. ESBAFORIDO/ ESPAVORIDO 1. Os moradores estavam por causa dos tiros. 2. Os rapazes chegaram ao topo do monte. 17. INFLAÇÃO/ INFRAÇÃO 1. Com a , alguns produtos ficarão inacessíveis. 2. Este tipo de provoca apreensão da carteira de habilitação. 18. INFRINGIR/ INFLIGIR 1. A sonegação de impostos _ as leis brasileiras. 2. Após analisar todas as acusações, o juiz a sentença. 19. MANDATO/ MANDADO 1. Sem o , o policial não poderá prender a mulher. 2. O do presidente terminará em dezembro. 20. RETIFICAR/ RATIFICAR 1. Como a informação estava incorreta, o professor a . 2. O presidente só a contratação do jogador após efetuar o pagamento. 21. TRÁFICO/ TRÁFEGO 1. O está lento na Avenida Brasil porque houve um acidente grave. 2. Após uma denuncia anônima, a polícia conseguiu combater o na Rocinha. 22. VULTOSO/ VULTUOSO 1. Dois funcionários desviaram uma quantidade de dólares. 2. Cristina estava com os olhos devido a uma pequena lesão. 23. ASSENTO/ ACENTO 1. O professor tirou um ponto do aluno porque ele não pôs o na palavra. 2. Como o metrô estava vazio, havia vários disponíveis. 24. CAÇAR/CASSAR 1. O vereador está envolvido num esquema de corrupção, por isso irão o seu mandato. 2. Os jovens queriam aves numa área protegida pelo Exército. 25. ESPERTO/ EXPERTO 1. Aquele homem é em crimes passionais. 2. Aquele menino sempre vencia a corrida. 26. ESTÁTICO/ EXTÁTICO 1. Olhamos a menina durante cinco minutos e percebemos que ela estava imóvel, isto é, ela estava . 2. O namorado da Luciana fez uma declaração de amor tão bela que a deixou admirada, isto é, ele a deixou . 27. ESTRATO/ EXTRATO 1. O professor foi ao banco para retirar um de sua conta corrente. 2. Alguns da sociedade não são privilegiados no nosso país. 28. INSIPIENTE/ INCIPIENTE 1. Antônio não tem muita prática ainda porque ele é . 2. Ele tem um jeito rude de falar, por isso todos o acham . 29. TAXA/ TACHA 1. O trabalhador brasileiro terá mais uma para pagar. 2. Compramos muitas para prender os avisos no mural. 30. SELA/ CELA 1. Da , os presos faziam bastantes reivindicações. 2. O menino pôs a no cavalo rapidamente. 31. ASCENDER/ ACENDER 1. Se ele mantiver este ritmo, irá ao cargo de gerente rapidamente. 2. Menino, pegue o fósforo para o fogo! 32. CONSERTO/ CONCERTO 1. Haverá vários espetáculos musicais no Teatro Municipal, inclusive um internacional. 2. O prédio está velho, por isso precisa de um urgentemente. 33. TENÇÃO / TENSÃO 1. Havia muita nos alunos quando chegou o momento de conferir o gabarito. 2. É da nova diretoria rubro-negra cortar gastos, por isso haverá muitas demissões. EXERCÍCIO Em relação à grafia das palavras, assinale o parêntese que completa corretamente a lacuna nas frases. 1. O terminou mais cedo hoje. ( ) expediente ( ) espediente 2. Não houve nenhum para o jovem fazer a matrícula. ( ) empecilho ( ) impecilho 3. Aquela senhora é uma mulher . ( ) decente ( ) descente 4. A de Cristo foi um fato marcante. ( ) ressurreisção ( ) ressurreição 5. Essas ideias já estão na mente dela. ( ) enraizadas ( )enrraizadas 6. Ele sempre quer assuntos antigos. ( ) ressuscitar ( ) ressucitar 7. Morgana não queria o chão. ( ) enchugar ( ) enxugar 8. Caro cliente, o prazo para pôr créditos no seu aparelho celular na próxima semana. ( ) espirará ( )expirará 9. Haverá no fornecimento de água a partir das 22h. ( ) interrupção ( ) enterrupção 10. Vossa deseja alguma coisa? ( ) Majestade ( ) Magestade 13. O voo bastante. ( ) atrazou ( ) atrasou 14. O da igreja pediu ajuda aos moradores. ( ) emissário ( ) emisário 15. Luana, vá o cabelo! ( ) pentiar ( ) pentear 16. Viviane mandou à professora. ( ) avizo ( ) aviso 17. O diretor não aceitou o pedido de da secretária. ( ) demisão ( ) demissão 18. Ele tem pelo . ( ) obsessão – sucesso ( ) obsesão - sussesso 19. O emprego da palavra é pouco utilizado. ( ) absoleto ( ) obsoleto 20. Aquela empregada doméstica não faz na feira. ( ) pechincha ( ) pexinxa 21. Após a briga, o rapaz ficou . ( ) posesso ( ) possesso 22. A nova diretoria do Flamengo quer um novo perfil para a equipe. ( ) traçar ( ) trassar 23. O presidente o nosso projeto. ( ) implementará ( ) emplementará 24. Durante o ,da concentração para o estádio, houve muito . ( ) trajeto – xingamento ( ) trageto – chingamento 25. O reclamou muito do barulho. ( ) visinho ( ) vizinho 26. O avião vindo da França irá no Rio de Janeiro às 8h. ( ) aterrissar ( ) aterrisar 11. As obras para a Copa do Mundo estão consumindo uma quantidade de dinheiro. ( ) vultosa ( )vultuosa 12. A demorou a chegar. ( ) intrega ( ) entrega 27. Esta regra é . ( ) excessão ( ) exceção 28. Angelina tinha um ciúme _ . ( ) excessivo ( ) excesivo 29. Não quero desse louco amor. 44. O soldado tem vários neste setor. ( ) fugir ( ) fujir 30. Murilo tentou o muro, mas foi pelo morador da casa. ( ) pichar – surpreendido ( ) pixar – surprendido 31. Na matrícula, o aluno pagará um valor , ou seja, um valor simbólico. ( ) irizório ( ) irrisório 32. Luís foi ao banco e pegou um . ( ) privilégios ( ) previlégios 45. Após ser no exame, a do nadador doeu bastante. ( ) flagrado – consciência ( ) fragrado – conciência 46. Para obtermos uma vida alimentar saudável, devemos evitar os . ( ) excessos ( ) exsessos 47. O do ônibus mudou durante o carnaval. ( ) empréstimo ( ) impréstimo 33. O casal fez uma bela pela Europa. ( ) excursão ( ) escurssão 34. Houve ao tráfico de drogas no Acari. ( ) represão ( ) repressão 35. A ideia de contratar aquele jogador no Flamengo. ( ) ressurgiu ( ) resurgiu 36. “Não vamos água.” ( ) desperdiçar ( ) disperdiçar 37. O zagueiro levou automática. ( ) suspenção ( ) suspensão 38. A derivação é um processo de formação de palavras muito simples. ( ) regressiva ( ) regresiva 39. É a atitude daquele homem diante dos fatos expostos. ( ) plausível ( ) plauzível 40. A deste estacionamento gerará lucros imediatos. ( ) expansão ( ) espansão ( ) expanção 41. Na última eleição, houve muita . ( ) abstenção ( ) obstenção 42. O estava estampado na cara dos alunos. ( ) cançaso ( ) cansaço ( ) canssaço 43. A maioria dos alunos não estudar durante o carnaval. ( ) quis ( ) quiz ( ) itinerário ( ) intinerário 48. Devemos os nossos direitos sempre. ( ) reinvindicar ( ) reivindicar 49. O delegado está de pistas que incriminem o vereador. ( ) atraz ( ) atrás 50. O professor sempre bastantes exemplos chatos. ( ) traz ( ) tras 51. Não entendi a do aluno no questionamento feito. ( )intenção ( ) intensão Exercícios objetivos 1) Marque a alternativa cuja expressão “ao invés de” esteja aplicada de maneira equivocada para o contexto: a) Por que você não vem me ajudar ao invés de ficar aí parado? b) Pensei se, ao invés de ficar calado, não seria melhor manifestar meu ponto de vista. c) Ao invés de sorrir, eu chorei. d) Ao invés de ir à feira, vou ao supermercado. 2) Assinale a alternativa em que o período está de acordo com a norma culta. a) Estou a cerca de dois metros de você. b) Já lhe falei a cerca de política. c) Pulei acerca de arame. d) Há acerca de dois anos, eu me formei. 3) Marque a frase em que o "porquê" foi empregado de forma errada: a) Por que você está me olhando com essa cara? b) Não adianta me olhar assim, por que não vou mudar de ideia. c) O porquê da nossa viagem vocês saberão em breve. d) Não sei por que você quer terminar o namoro comigo. 4) Marque a alternativa em que o par de palavras parônimas, apresentado entre aspas, foi empregado de forma incorreta: a) Ao motorista que "infringir" a chamada Lei Seca, as autoridades terão que lhe "infligir" rigorosas punições. b) Um "iminente" senador americano foi alertado sobre um "eminente" atentado à sua vida por causa do seu trabalho de combate ao racismo nos EUA. c) O pintor teve sua "broxa" danificada por causa de uma "brocha" enferrujada que estava na parede. d) O antigo "Xá" da Pérsia adorava tomar "chá" de jasmim. 5) Complete as lacunas, usando adequadamente mas/mais/mal/mau: Pedro e João, -------entraram em casa, perceberam que ascoisas não estavam bem, pois sua irmã caçula escolhera um momento -- ----- para comunicar aos pais que iria viajar nas férias; ------------- -seus dois irmãos deixaram os pais ------- sossegados quando disseram que a jovem iria com as primas e a tia. a) mau – mal – mais – mas b) mal – mal – mais – mais c) mal – mau – mas – mais d) mal – mau – mas – mas 6) Assinale a sequência que completa corretamente o seguinte período: “A casa de tersa fica seis quilômetros. seis meses não a vejo, mas dizem que ela voltará daqui um ano. a) há, há, a b) a, há, a c) há, a, há d) há, a, a 7) Assinale a sentença correta. a) Gabriela está aonde deveria estar. b) Ana Beatriz vai onde eu for. c) A casa aonde morei é linda. d) A professora me perguntou ontem: Aonde você vai com tanta pressa? 8) As meninas estão sabendo detalhes . Vamos ser _ discretos, teremos que mudar o nosso plano. Considerando a normal culta de nossa língua, as lacunas serão corretamente preenchidas por: a) demais – mas – se não b) de mais – mais – senão c) de mais – mas – senão d) demais – mais – senão 9) Durante o , os namorados admiravam a _ flautista com a de _ a paixão. A alternativa que melhor completa o período é: a) conserto, insipiente, tensão, ascender. b) concerto, incipiente, tensão, ascender. c) conserto, incipiente, tenção, ascender. d) concerto, incipiente, tenção, acender. 10) Qual alternativa completa correta e respectivamente as lacunas em: Este fato nem é para sua na carreira. a) sequer, impecilho, ascenção b) sequer, empecilho, ascensão c) siquer, empecilho, ascensão d) siquer, impecilho, ascenção Regras de Acentuação Gráfica De acordo com o Novo Acordo Ortográfico, em vigor desde 2009, temos a seguir as regras de acentuação gráfica. Monossílabas tônicas Acentuamos todas as palavras monossílabas tônicas terminadas em a(s), e(s), o(s). Pá, pós, já, pés. Os ditongos monossilábicos abertos éi(s), éu(s), ói(s) também são acentuados. Céu, véu, dói, réis. Palavras oxítonas Acentuamos as oxítonas terminadas em a(s), e(s), o(s), em/ens. Amapá, compôs, reféns, bambolê. Nas palavras oxítonas, os ditongos abertos éi(s), éu(s), ói(s) também são acentuados. Herói, troféus, papéis. Oxítonas terminadas em i(s) e u(s) também são acentuadas. Piauí, tuiuiú. Palavras paroxítonas Acentuamos as paroxítonas terminadas em l, n, r, x, i(s), u(s), ps, ã(s), ão(s), um(uns). Lavável, pólen, repórter, tórax, lápis, bônus, bíceps, ímãs, sótão, álbum. Paroxítonas terminadas em ditongos orais (seguidos ou não de s) também são acentuadas. Vácuo, insônia, subúrbio. Atenção! Ditongos abertos éi(s), ói(s), éu(s) não são mais acentuados nas palavras paroxítonas. Ideia, apoia, colmeia. Atenção! Não utilizamos mais acentos no i e no u quando, nas palavras paroxítonas, estas letras vierem depois de um ditongo. Feiura, baiuca, bocaiuva. Palavras proparoxítonas Todas as proparoxítonas são acentuadas. Matemática, trânsito, farmacêutico, estético. Letras I e U na segunda vogal do hiato Estas letras receberão acento se estiverem sozinhas na sílaba, na segunda vogal do hiato e sem nh após estas letras. Caída, traíram, faísca, carnaúba. Atenção! É preciso, no entanto, ficar atento às regras de I e U para as oxítonas e paroxítonas antes de acentuar palavras que se encaixem nesta regra. Verbos ter e vir Na terceira pessoa do plural destes verbos, estas palavras serão acentuadas. Eles têm, eles vêm. Nos derivados de ter e vir (manter, intervir, convir, etc) a terceira pessoa do singular terá acento agudo e a terceira pessoa do plural terá acento circunflexo. Ele mantém, eles intervêm. Acentos diferenciais Os acentos diferenciais serão obrigatórios nas palavras pôr (verbo) e pôde (passado do verbo poder). O acento diferencial é opcional somente em dêmos/demos (presente subjuntivo do verbo dar) e fôrma/forma (recipiente). Palavras com as repetições oo, ee Não são acentuadas. Pontuação A vírgula Emprega-se a vírgula nos seguintes casos: 1) separando termos assindéticos compostos: Era uma rapariga bonita, corada, forte. Dispensava festas, visitas, passeios e bailes. Ana, Andrea e Adriana foram estudar. Observação: normalmente, não se separam palavras ligadas com as conjunções e, nem e ou: Tragam cadernos, lápis e borracha. Não trouxeram caderno nem borracha. Tragam lápis ou caneta. 2) separando aposto explicativo: Nós, brasileiros, consideramo-nos espertos. 3) separando vocativo: Roda, meu carro, que é curto o caminho. 4) separando palavras ou expressões explicativas, conclusivas, retificativas, repetidas... Joguei futebol, isto é, completei o time. As meninas, aliás, não gostavam de sair. Portanto, tudo tem seus limites. O mar estava calmo, calmo. 5) separando locuções adverbiais antepostas ao verbo: No aeroporto, esperavam-se as autoridades. O povo, no ano passado, elegeu seus deputados. Observações: A vírgula será facultativa: a) se a locução estiver posposta ao verbo: O povo elegeu(,) no ano passado(,) seus deputados. b) em relação aos advérbios: Amanhã(,) visitaremos várias comunidades. Visitaremos(,) amanhã(,) várias comunidades. 6) separando termos antepostos desde que repetidos (pleonásticos): Os alunos, elogio-os sempre que mereçam. Aos amigos, ofereci-lhes meu endereço. Poderoso, há muito já não o é mais. 7) separando conjunções deslocadas: Aluguei o carro; viajei, todavia, de ônibus. Ele é o chefe; obedeça, pois, suas ordens. 8) separando o predicativo do sujeito: Carlos, entusiasmado, corria e gritava... 9) separando datas: Brasília, 31 de maio de 2003. A Lei 314, de 18 de maio de 1987. 10) indicando zeugma (do verbo): A vida é efêmera; o amor, fugaz. 11) separando as antíteses dos provérbios: Pai ganhador, filho gastador. 12) separando orações coordenadas assindéticas e sindéticas, exceto as aditivas ligadas pela conjunção “e”: Estudas muito, logo tua aprovação é certa. Estava perplexo, ora mexia-se na cadeira, ora olhava para a janela. O dia estava quente e fora muito cansativo. Observações: Usa-se a vírgula com a conjunção e: a) em orações com sujeitos diferentes: Chegaram os livros, e me senti melhor. Veio o verão, e as chuvas minguaram. b) com conjunção adversativa (e = mas): Comprou passagens, e desistiu da viagem. c) no polissíndeto: Passaram os anos, e os amores, e a vida, e a felicidade... d) para dar realce estilístico: Procurou emprego, trabalho, e o achou. 13) separando orações adverbiais a) obrigatoriamente, quando deslocadas: Quando os tiranos caem, os povos se levantam. Os povos, quando os tiranos caem, se levantam. b) facultativamente, para dar ênfase, quando pospostas: Farei meu trabalho(,) conforme prometi. 14) separando orações interferentes: Ideias, como dizia Silveira Martins, não são metais que se fundem. 15) separando orações adjetivas explicativas: Os Lusíadas, que é um poema épico, narra as grandes navegações portuguesas. 16) separando orações adverbiais reduzidas: Pegados pela chuva, corremos para casa. Os erros de pontuação (“os sete pecados capitais”) 1) separar sujeito e verbo: Os deputados amanhã votarão o projeto. Convém que se confie nas pessoas de bem. Observação: Uma vírgula separa; vírgulas intercalam: Os deputados, amanhã, votarão o projeto. 2) separar verbo e objeto direto: Alguns analistas não conferiram todos os dados. Os brasileiros esperam que a vida melhore. 3) separar verbo e objeto indireto:Os eleitores já desconfiam de tantas promessas. Eles desconfiam de que foram enganados. 4) separar verbo e agente da passiva: Os animais foram afugentados pelo vento. A ópera fora composta por quem já esteve inspirado. 5) separar verbo de ligação e predicativo: Ninguém mais parece entusiasmado com o jogo. O essencial é que as pessoas tenham emprego. 6) separar nome e adjunto adnominal: A economia brasileira é muito vulnerável. Pedra que muito rola não cria limo. 7) separar nome e complemento nominal: Há os alunos que têm aversão aos estudos. Tenho esperança de que tudo volte ao normal. O ponto-e-vírgula Assinala uma pausa maior que a da vírgula. O seu emprego varia muito de autor para autor. Emprega-se ponto-e-vírgula nos seguintes casos: 1) separar as partes principais de um período, cujas secundárias já tenham vírgula(s): À noite, após o jantar, saímos ambos a caminhar; a lua, quase cheia, iluminava nossos passos. 2) separando os termos de uma enumeração: A gramática da língua portuguesa estuda: a) fonética; b) morfologia; c) sintaxe. 3) separando orações com conjunção deslocada: O jogo terminou; vamos, portanto, sair logo. 4) separando orações com conjunção adversativas subentendida: Há muitos modos de afirmar; há um só de negar. Os dois-pontos Assinalam uma pausa suspensiva para indicar que a frase não está concluída. Empregam-se os dois-pontos nos seguintes casos: 1) antes de citações: Diz um velho provérbio: “A agulha veste os outros, e anda nua”. 2) antes do aposto enumerativo: O homem, para ver a si mesmo, precisa de três coisas: olhos, luz e espelho. 3) explicações com a conjunção subentendida: Você fez tudo errado: gritou quando não podia e calou quando não devia. 4) nas orações apositivas: Só te peço uma coisa: honra tua palavra. EXERCÍCIOS DE FIXAÇÃO 01. Assinale o período de pontuação correta: a) Se alguém vier com perguntas a que você não saiba responder, será mais honesto dizer que vai estudar o assunto. b) Se alguém, vier com perguntas a que você não saiba, responder, será mais honesto dizer que vai estudar o assunto. c) Se alguém vier, com perguntas a que você não saiba responder, será mais honesto, dizer que vai estudar o assunto. d) Se, alguém vier com perguntas, a que você não saiba responder será, mais honesto, dizer que vai estudar o assunto. e) Se alguém vier com perguntas a que, você não saiba responder, será mais honesto dizer, que vai estudar o assunto. 02. Assinale o período de pontuação correta: a) As folhas amarelecidas durante o outono, estão caídas ao pé, da árvore. b) As folhas amarelecidas durante o outono estão caídas ao pé da árvore. c) As folhas, amarelecidas durante o outono estão caídas, ao pé da árvore. d) As folhas amarelecidas durante, o outono estão caídas, ao pé da árvore. e) As folhas, amarelecidas durante, o outono, estão caídas ao pé da árvore. 03. Assinale o período de pontuação correta: a) Não sei odiar os homens por mais que, deles me desiluda. b) Não sei, odiar os homens, por mais que deles, me desiluda. c) Não sei odiar os homens, por mais que deles me desiluda. d) Não sei, odiar os homens por mais que, deles me desiluda. e) Não sei odiar, os homens, por mais que deles, me desiluda. 04. Assinale a opção em que a explicação para o emprego das vírgulas está errada: a) "Zilda, a dona da casa, arrumara a mesa desde cedo." (Isolam aposto) b) "E, para adiantar o expediente, vestira a aniversariante logo depois do almoço." (Destacam oração adverbial) c) "Tratava-se de uma velha grande, magra, imponente e morena." (Separam predicativos) d) "O ponche foi servido, Zilda suava, nenhuma cunhada ajudava propriamente." (Separam orações coordenadas assindéticas) e) "...e de costas para a aniversariante, que não podia comer frituras, eles riam inquietos." (Isolam oração adjetiva explicativa) 05. Indique o período em que as vírgulas não isolam oração subordinada adjetiva: a) "Entre a história romanceada, que teve nova voga entre 1920 e 1940, situa-se parte da obra do escritor." b) "Dentre os numerosos dialetos regionais usados no Sul da França, não há nenhum que, desde o início da Idade Média, tenha adquirido importância decisiva como língua literária." c) "No fim do século XI constitui-se uma língua de civilização, cujo berço é a França Meridional, hoje denominada 'provençal clássico'." d) "Os comediantes italianos, que vinham com freqüência a Paris, representavam a comédia improvisada em torno de um esquema prévio: a 'commedia dell'arte'.' e) "Como conseqüência de tudo isso os gramáticos, que eram senhores absolutos da língua, impunham arbitrariamente regras cerebrinas." 06. Assinale a alternativa correta: a) Ele não virá hoje; não contem, portanto, com ele. b) O reitor daquela famosa universidade italiana, chegará aqui amanhã. c) São José dos Campos 15 de março, de 1985. d) Quero que, assine o contrato. e) Qualquer bebida que, contenha álcool, não deve ser tomada por você. 07. Assinale a pontuação correta. a) José dos Santos paulista, 23 anos vive no Rio. b) José dos Santos paulista 23 anos, vive no Rio. c) José dos Santos, paulista 23 anos, vive no Rio. d) José dos Santos, paulista 23 anos vive, no Rio. e) José dos Santos, paulista, 23 anos, vive no Rio. 08. No texto "Numa Copa do Mundo, que envolve interesses promocionais e comerciais cada vez mais gigantescos, a FIFA fez tudo para que seus árbitros só tenham uma preocupação quando entrarem em campo para apitar o jogo: a correta aplicação das leis". a) a pontuação está correta; b) a pontuação está incorreta; c) a segunda vírgula deve ser omitida; d) os dois-pontos foram empregados incorretamente e) a vírgula depois da palavra preocupação é obrigatória 09. "Uma ordem, um estatuto pairava sobre os destroços..." Empregou-se a vírgula para separar: a) o adjunto adverbial antecipado; b) orações de mesmo valor sintático; c) termos de mesmo valor sintático; d) orações de valor sintático diferente; e) termos de valor sintático diferente. 10. "Estes os meus verdadeiros rendimentos, (1) senhor;(2) salários e dividendos não computados na declaração.(3) Agora estou confortado porque confessei;(4) invente depressa uma rubrica para incluir esses lucros e taxe-me sem piedade.(5) Multe, se for o caso; pagarei feliz. Atenciosas saudações." Estão numerados cinco sinais de pontuação. Assinale a opção contendo o número do sinal que permite, gramaticalmente, sua substituição por dois-pontos: a) (1) b) (2) c) (3) d) (4) e) (5) 11. Assinale a pontuação correta: a) O sinal, estava fechado; os carros, porém não pararam. b) O sinal, estava fechado: os carros porém, não pararam. c) O sinal estava fechado; os carros porém, não pararam. d) O sinal estava fechado: os carros porém não pararam. e) O sinal estava fechado; os carros, porém, não pararam. 12. Assinale o período de pontuação correta: a) De que se queixa, se sua vida parece um mar de rosas? b) De que, se queixa, se sua vida parece um mar de rosas? c) De que se queixa se, sua vida, parece um mar de rosas? d) De que se queixa se sua vida, parece: um mar de rosas! e) De que, se queixa, se sua vida parece, um mar de rosas? 13. Assinale o período de pontuação correta: a) Já se vai embora? perguntou, ele, ao moço, quando o viu tirar, o casaco, do cabide. b) Já? se vai embora? perguntou ele ao moço quando, o viu tirar o casaco do cabide. c) Já se vai embora? perguntou ele ao moço, quando o viu tirar o casaco do cabide. d) Já se vai, embora, perguntou ele? ao moço quando o viu tirar o casaco do cabide. e) Já se vai embora, perguntou ele aomoço? quando o viu tirar o casaco do cabide. 14. Aponte a alternativa pontuada corretamente: a) Como explicar, que as estruturas lógicas se tornam necessárias, num dado nível? b) Como explicar, que as estruturas lógicas se tornam necessárias num dado nível? c) Como explicar, que as estruturas lógicas, se tornam necessárias num dado nível? d) Como explicar que as estruturas lógicas se tornam necessárias num dado nível? e) Como explicar que as estruturas lógicas, se tornam necessárias num dado nível? 15. O fragmento é de Dom Casmurro, de Machado de Assis. Nos locais assinalados por barra o autor fez a pontuação que lhe pareceu adequada. Assinale a alternativa em que os sinais de pontuação estão de acordo com os do autor: "Uma fada invisível desceu ali, e me disse em voz igualmente macia e cálida /'Tu serás feliz / Bentinho / tu vais ser feliz'...- E por que não seria feliz?... a) ponto, vírgula, travessão; b) dois-pontos, ponto, ponto de interrogação; c) dois-pontos, vírgula, ponto-e-virgula; d) ponto de interrogação, vírgula, ponto; e) ponto de exclamação, ponto-e-vírgula, travessão. 16. "Seu comportamento é avaliado em relação a um modelo, que é o comportamento das classes dominantes..." Empregou-se a vírgula para: a) separar oração intercalada; b) separar oração subordinada substantiva apositiva; c) separar oração subordinada adverbial consecutiva; d) separar oração subordinada adjetiva restritiva; e) separar oração subordinada adjetiva explicativa. 17. Assinale o período que está pontuado corretamente: a) Solicitamos aos candidatos que respondam às perguntas a seguir, importantes para efeito de pesquisas relativas aos vestibulares. b) Solicitamos aos candidatos, que respondam, às perguntas a seguir importantes para efeito de pesquisas relativas aos vestibulares. c) Solicitamos aos candidatos, que respondam às perguntas, a seguir importantes para efeito de pesquisas relativas aos vestibulares. d) Solicitamos, aos candidatos que respondam às perguntas a seguir importantes para efeito de pesquisas relativas aos vestibulares. e) Solicitamos aos candidatos, que respondam às perguntas, a seguir, importantes para efeito de pesquisas relativas aos vestibulares. 18. Assinale a alternativa com a pontuação que substitua corretamente os espaços pontilhados em "Quando se trata de trabalho científico (...) duas coisas devem ser consideradas (...) uma é a contribuição teórica que o trabalho oferece (...) a outra é o valor prático que possa ter." a) dois pontos, ponto e vírgula, ponto e vírgula; b) dois pontos, vírgula, ponto e vírgula; c) virgula, dois pontos, ponto e vírgula; d) ponto e vírgula, dois pontos, ponto e vírgula; e) ponto e vírgula, vírgula, vírgula. 19. Assinale o período de pontuação correta: a) Quem foi, que me disse, que o Pedro estava à procura, de uma gramática de alemão? b) Quem foi que, me disse, que o Pedro, estava à procura de uma gramática, de alemão? c) Quem foi que, me disse que o Pedro estava à procura, de uma gramática de alemão? d) Quem foi que me disse que o Pedro estava à procura de uma gramática de alemão? e) Quem foi que me disse que o Pedro, estava à procura de uma gramática, de alemão? 20. Assinale a alternativa com pontuação incorreta. a) “Uns partem tristes, outros chegam alegres.” b) “Afável e comunicativo, o técnico chegou a brincar com os jornalistas que o procuraram.” c) ”A luz jorrou forte e tornou visível os quadros das paredes.” d) “Como eram gostosas as pitombas que eu preferia verdosas porque eram carnudas.” e) “Descubra as reservas de bravura que você há de ter escondidas. 1. a Se alguém vier com perguntas a que você não saiba responder, será mais honesto dizer que vai estudar o assunto.(sep. or. subord. adv. anteposta). Obs.: b) a 1ª sep. suj. e verbo, a 2ª sep. obj. direto; c) a 1ª sep. obj. indireto; a 2ª sep. or. subjetiva; d) a 1ª sep. a conj; a 2ª sep. or. adj. restritiva; e) a 1ª sep. pron. rel.; a 2ª sep. or. obj. direta. 2. b As folhas amarelecidas durante o outono estão caídas ao pé da árvore. 3. c Não sei odiar os homens, por mais que deles me desiluda.(or. subord. adv. posposta: vírgula facultativa). 4. c Tratava-se de uma velha grande, magra, imponente e morena.” (separam predicativos adj. adnominais). 5. b Dentre os numerosos dialetos regionais usados no Sul da França (adj. adv. anteposto), não há nenhum que, desde o início da Idade Média (adj. adv. intercalado), tenha adquirido importância decisiva como língua literária. 6. a Ele não virá hoje; (oração com a conj. intercalada) não contem, portanto, (conj. intercalada) com ele. 7. e José dos Santos, paulista, 23 anos, vive no Rio. (sep. apostos). 8. a Numa Copa do Mundo, que envolve interesses promocionais e comerciais cada vez mais gigantescos, (sep. or. adj. explicativa) a FIFA fez tudo para que seus árbitros só tenham uma preocupação quando entrarem em campo para apitar o jogo: (citação) a correta aplicação das leis. 9. c Uma ordem, um estatuto (núcl. do suj. composto) pairava sobre os destroços... 10. b Estes os meus verdadeiros rendimentos, (I - vocativo) senhor: (II – aposto enumerativo) salários e dividendos não computados na declaração. (III – fim de período) Agora estou confortado porque confessei; (IV – uma das partes principais do período, poderia ser vírgula) invente depressa uma rubrica para incluir esses lucros e taxe-me sem piedade. (V – fim de período) Multe, se for o caso; pagarei feliz. Atenciosas saudações.” 11. e O sinal estava fechado; (oração com a conj. intercalada) os carros, porém, (conj. intercalada) não pararam. 12. a De que se queixa, se sua vida parece um mar de rosas? (vírgula facultativa). 13. c Já se vai embora? perguntou ele ao moço, quando o viu tirar o casaco do cabide. (sep. oração interferente). 14. d Como explicar que as estruturas lógicas se tornam necessárias num dado nível? (período composto por subordinação, com oração substantiva) . 15. c “Uma fada invisível desceu ali, e me disse em voz igualmente macia e cálida : (citação) ‘Tu serás feliz , Bentinho , (vocativo) tu vais ser feliz’... – E por que não seria feliz?...” 16. e Seu comportamento é avaliado em relação a um modelo, que é o comportamento das classes dominantes...”. (que = o qual: or. subord. adj. explicativa). 17. a Solicitamos aos candidatos que respondam às perguntas a seguir, importantes para efeito de pesquisas relativas aos vestibulares. (sep. termo explicativo). 18. c “Quando se trata de trabalho científico , (or. subord. adv. anteposta) duas coisas devem ser consideradas : (citação) uma é a contribuição teórica que o trabalho oferece ; (itens de citação) a outra é o valor prático que possa ter.” 19. d Quem foi que me disse que o Pedro estava à procura de uma gramática de alemão? (período composto por subordinação, com oração substantiva). quanto cada, qual Colocação Pronominal EXIGEM EXEMPLOS palavras ou expressões negativas: não, nunca, nem, Nunca se queixa nem se aborrece. nenhum, ninguém pronomes relativos: quem, qual, que, cujo, onde, São esperanças que morrem, sonhos que se vão. pronomes indefinidos: alguém, quem, algum, qualquer, Pouco se sabe a respeito dos pronomes. conjunções subordinativas: quando, se, como, porque, Não iria, ainda que me convidassem. que, logo que etc. advérbios: talvez, ontem, aqui, ali, agora, de vez em quando – sem pausa indicada por vírgula orações optativas: com sujeito anteposto (= exprimem desejo), interrogativas e exclamativas Aqui se trabalha pela grandeza do Brasil. *Aqui, trabalha-se muito.Bons ventos o levem! Quem se atreveria a isso? Quanto te arriscas com esse procedimento! em + gerúndio Em se tratando de vestibulares, conhecia tudo. futuro do presente Dir-me-á que a preservação ambiental não é importante? futuro do pretérito Se fosse possível, contar-vos-ia o que se passou. início do período (menos verbo no futuro) Vai-se a primeira pomba despertada! gerúndio não antecedido de EM Fugiu da confusão, esgueirando-se entre os presentes. Imperativo Procure seus colegas e convide-os. infinitivo não-flexionado, precedido de preposição a, com oblíquos o, a, os, as Todos corriam a ouvi-lo. Começou a maltratá-la. Os pronomes oblíquos átonos oferecem eventuais dificuldades de colocação na frase. A norma culta, porém, é rígida e é a ela que devemos obedecer. Deve-se, para tanto, considerar a posição do pronome em relação ao verbo, podendo ser colocado: Antes do verbo = próclise O pronome virá antes do verbo em situações bem específicas. Espero que não se aborreça comigo... No meio do verbo = mesóclise “Parte-se” para tanto o verbo, inserindo-se o pronome entre o radical e a(s) desinência(s): Encontrá-lo-emos após o jogo. (encontrar + o + emos) Após o verbo = ênclise Seria a posição “normal” dos pronomes em relação ao verbo, não respeitada nos casos específicos de próclise e mesóclise: Revelaram-me segredos terríveis. Observação: Apesar de haver certo relaxamento quanto ao emprego dos pronomes hoje, em testes e redações deve predominar o padrão culto. LEMBRETES IMPORTANTES a) A próclise predomina sobre a mesóclise e a ênclise. b) Havendo dois elementos que exercem atração, e o segundo sendo o advérbio “não”, pode-se colocar o pronome após o advérbio ou entre ambos: Se não me contarem tudo, não lhes perdoarei. Se me não contarem tudo, não lhes perdoarei. c) A vírgula elimina qualquer atração, favorecendo a ênclise. d) Infinitivo impessoal com a preposição “para” aceita indiferentemente a próclise ou a ênclise, mesmo com advérbio: Corri para defendê-la. Corri para a defender Calei para não lhe bater. Calei para não bater-lhe. e) Jamais inicie período com pronomes oblíquos: é erro grave. Exercícios de Fixação 1. Assinale a frase em que a colocação do pronome oblíquo está errada. a) Em se tratando de ordens, obedeça. b) Como lhe ocorreu isso? c) Se convidarem-nos, iremos. d) Pediu que me esforçasse muito. 2. Assinale a alternativa correta quanto à colocação pronominal, de acordo com a norma culta: a) Por que expulsaram-se os holandeses que vieram ao Brasil? b) Nada compara-se à contribuição de Post à pintura e, principalmente, à arquitetura. c) As colônias da Holanda, o governo não as comandava diretamente. d) A ocupação de Pernambuco, foi o conde Maurício de Nassau que comandou-a. e) Ninguém esqueceu-se do episódio da dominação holandesa. 3. Assinale a alternativa correta quanto à colocação pronominal, de acordo com a norma culta: a) Sempre cumprimentaram-na pelo seu aniversário. b) Poucos se negaram a participar da ação voluntária. c) Este é o autor a que referiu-se o comentarista. d) Me acusaram daquele ato de covardia. e) Nunca diga-lhe que estive aqui. Ê N C L IS E M E S O C L IS E P R Ó C L IS E 4. Assinale a única frase que ficará incorreta se o pronome oblíquo que está entre parênteses for colocado depois da forma verbal destacada: a) Seus argumentos vão convencer facilmente. (me) b) Atualmente, fala muita coisa errada sobre ele. (se) c) A umidade está infiltrando pelas paredes. (se) d) Não houve jeito de localizar no meio da multidão. (te) e) Alguns amigos haviam convidado para uma festa. (nos) 5. Indique a alternativa em que o pronome está empregado de maneira correta. a) Se contentou com um salário regular. b) Dar-me-iam nova oportunidade. c) Farei-lhe o favor de esperar. d) Não mudar-me-á o conceito sobre ela. e) Sempre estive disposto a os receber em minha casa. 6. Indique a opção que preenche de forma correta as lacunas da frase: “Os projetos que estão em ordem; ainda hoje, conforme .” a) enviaram-me/devolvê-los-ei/lhes prometi. b) enviaram-me/ os devolverei/lhes prometi. c) enviaram-me/ os devolverei/prometi-lhes. d) me enviaram/devolvê-los-ei/lhes prometi. e) me enviaram/os devolverei/prometi-lhes. 7. Nas proposições abaixo, a construção que fere a norma gramatical é: a) Efetuem-se sucessivamente as reduções do estimulo fiscal em várias etapas. b) Aplica-se a presente instrução aos desembarques aduaneiros efetivados a partir de 1º de janeiro de 1980. c) Não mais justica-se tanto atraso. d) Tais rendimentos devem sujeitar-se ao imposto de renda. 8. Assinale a frase incorreta quanto à colocação do pronome átono: a) Nunca mais encontrei o colega que me emprestou o livro. b) Retiramo-nos do salão, deixando-os sós. c) Não quero magoar-te; porém não posso deixar de te dizer a verdade. d) Válter apresentou-se ontem a seu novo chefe. e) Faça boa viagem! Deus proteja-te! 9. Imagine o pronome entre parênteses no devido lugar e aponte a opção em que não deve haver próclise: a) Não desobedeças. (me) b) Deus pague. (lhe) c) Caro amigo, dize a verdade. (me) d) A mão que estendemos é amiga. (te) e) Assim que sentiu prejudicado, saiu. (se) 10. O pronome pessoal olbíquo átono está corretamente empregado, exceto em: a) Pretendemos enviá-lo para um estágio no exterior. b) O livro não está aqui: repõe-no antes que o percebam. c) Solicitamos-lhe a remessa imediata do pagamento. d) Não se aplaudirão absurdos nem desacordos. e) Quando me avisaram-me, nada mais pude fazer. SEPARAÇÃO SILÁBICA 1 - A divisão de sílabas se processa pela silabação das palavras, jamais pelos elementos constitutivos de sua formação. Sabemos, por exemplo, que bisavô se forma de bis + avô, mas, na silabação, teremos bi-sa-vô, sendo esta a separação correta. 2 - Toda consoante precedida de vogal forma sílaba com a vogal seguinte: janela ...............ja-ne-la ético ................ é-ti-co desumano ....... de-su-ma-no subumano ....... su-bu-ma-no subabitação ..... su-ba-bi-ta-ção superativo ........ su-pe-ra-ti-vo hiperácido ........ hi-pe-rá-ci-do Observação: Como vimos nos dígrafos, as letras m e n muitas vezes são índices de nasalização da vogal anterior. Para efeitos fônicos, é como se fossem til: transandino, consorte, sentido, bomba, campo, lindo. Por isso, justificam-se por essa mesma regra as separações: tran-san-di-no, tran-sa-ma-zô-ni-co, con-sor-te, sen- ti-do, bom-ba, cam-po, lin-do. 3 - O que se pode e o que não se pode separar: Não se separam: a) os ditongos e os tritongos: lei, fai-xa, a-zei-te, fé-rias, lé-gua, nó-doa, cha-péu, ji-bói-a, mai-o a-ve-ri-güei, quais, pa- ra-guai-a; b) os dígrafos do “h” e do “u”: cha-ve, fi-lho, ne-nhum, a- qui-lo, se-gue, se-quer; c) os encontros consonantais no início de palavras: gno-mo, mne-mô-ni-co, pneu-má-ti-co, psi-có-lo-go; d) em geral, os grupos consonantais em que a segunda letra é “l” ou “r”: a-tle-ta, o-blí-quo, a-tri-to, sa-cro, le-tra, a-dro. Separam-se: a) os hiatos: vô-o, ga-ú-cho, fi-lo-so-fi-a, ca-no-a, a-í, Le-o; b) os dígrafos “rr”, “ss”, “sç”, “sc” e “xc”: bar-ro, os-so, des-ça, nas-ce, ex-ce-to; c) os encontros consonantais pronunciados disjuntamente: ad- vo-ga-do, dig-no, ar-te, per-cus-são, sub-di-re-tor, sub-li-nhar (pronuncia-se como sub-lo-car); d) as consoantes duplas: oc-ci-pi-tal, fric-ção; e) os encontros consonantais (de mais de duas consoantes) em que aparece “s” separam-sedepois do “s”: es-tre-la, des-pres-tí- gio, in-ters-tí-cio, felds-pa-to, pers-cru-tar, ins-tru-ir. 4 - É claro que, se a palavra já for separada por hífen, essa separação será respeitada, e, na passagem de uma linha para a outra (translineação), tal hífen até deve ser repetido: ..................................... ex- -atleta .................................. ................................... disse- -nos ..................................... .................................... obra- -prima .................................. .................................... auto- -retrato ................................ 5 - Na translineação, devem-se evitar separações de que resultem, no fim de uma linha ou no início da outra: a) letras isoladas: ......................................... e- duca................................... ....................................... ba- ú .......................................... b) termos grosseiros: .....................................cus- toso ..................................... ....................................puta-tivo....................................... ................................... após- tolo ...................................... Exercícios de Fixação 1) Analise a classificação incorreta: a) piscina, carro ......... dígrafos b) legião ..................... tritongo c) pessoa .................... hiato d) porém ....................... ditongo decrescente e) farmácia, padaria ..... ditongos crescentes 2) Assinale o único conjunto em que há erro de separação silábica: a) jói-a, co-mé-dia, cres-ce-mos b) de-sa-jus-ta-do, sa-guão, sec-ção c) mne-mô-ni-ca, trans-al-pi-no, ra-i-nha d) su-pers-ti-ção, e-gíp-cio, res-sur-gir e) su-ben-ten-der, gra-tui-to, ab-di-ca-ção 3) A alternativa em que há um erro de divisão silábica, no que se refere à escrita é: a) cai-ar, jói-a, gló-ria b) Sa-a-ra, tê-nue, á-gua c) sé-rie, ma-io, bi-sa-vô d) co-lap-so, par-tiu, fri-ís-si-mo e) sub-le-var, subs-cre-ver, pror-ro-gar 4) Nas palavras AINDA e BEIJÁ-LA há, respectivamente: a) ditongo crescente e ditongo decrescente b) hiato e ditongo crescente c) ditongo crescente e hiato d) hiato e ditongo decrescente e) ditongo decrescente e ditongo crescente 5) O vocábulo “sossegue” tem: a) nove fonemas b) oito fonemas c) sete fonemas d) seis fonemas e) cinco fonemas 6) A alternativa em que há um erro de divisão silábica, no que se refere à língua escrita, é: a) in-te-rur-ba-no, su-bes-ti-mar b) lí-rio, subs-tân-cia, c) a-lhe-io, ex-ce-ção d) du-as, tê-nue e) cor-re-ri-a, só-bria 7) A alternativa em que há um erro de divisão silábica é: a) en-sai-ar, al-ca-téi-a, ví-treo b) an-ta, prê-mio, tá-bua c) lap-so, frei-o, su-pe-ra-ti-vo d) sub-ins-pe-tor, sub-de-le-gar e) re-crei-o, fri-o, áu-rea 8) Assinale a alternativa cujos encontros vocálicos correspondem, na mesma ordem, aos seguintes: JUIZ - QUEIXO - COMPÕE - ÁREA a) vôo - quais - coração - hábeis b) coroa - raio - porém - quase c) mais - queijo - quando - série d) A, B e C correspondem. e) n.d.a. 9) A separação das palavras subinspetor, abscissa, fortuito e sublinhar está correta em: a) sub-ins-pe-tor, abs-cis-sa, for-tui-to, su-bli-nhar b) su-bins-pe-tor, abs-cis-sa, for-tui-to, sub-li-nhar c) sub-ins-pe-tor, ab-scis-sa, for-tui-to, su-bli-nhar d) su-bins-pe-tor, abs-cis-sa, for-tui-to, su-bli-nhar e) su-bins-pe-tor, abs-ci-ssa, for-tu-i-to, sub-li-nhar 10) Quanto à translineação, assinale a alternativa em que há apenas uma palavra que não deve ser separada onde está o hífen: a) i-déia, alegri-a, indis-por b) sub-linhar, intu-ir, auto-controle c) fede-ral, após-tolo, furi-bunda d) de-satenção, con-torcer, cus-tar e) circu-ito, recre-io, feld-spato 11) Indique a alternativa em que há erro de partição silábica: a) a-do-les-cen-te, p-neu-má-ti-co, ab-di-car b) ét-ni-co, ra-iz, ins-cre-ver, c) pers-pi-caz, fri-ís-si-mo, tran-sa-ma-zô-nia d) bis-ne-to, in-te-res-ta-du-al e) rai-as, ar-roi-os, ca-iu 12) No vocábulo preguiçoso, temos: a) dois encontros consonantais b) um encontro consonantal e um dígrafo c) dois dígrafos d) um encontro vocálico e) um ditongo 13) Marque a relação incorreta: a) prosódia - um encontro consonantal e um ditongo b) ruim - hiato c) bênção - ditongo oral d) cachorro - dois dígrafos e) palha - dígrafo 14) Numa das sequências, todas as palavras apresentam hiato: a) leoa, pessoa, fiéis b) coroa, boa, mágoa c) prováveis, razoável, dêem d) violento, suor, pais e) boa, hiato, cooperar 15) Para responder a esta questão, examinar as afirmativas referentes ao valor de letra “x”: I - o “x” representa os fonemas /ks/ na palavra “tóxico”; II - o “x” representa os fonema /ks/ na palavra “intoxicar”; III - o “x” representa o fonema /z/ na palavra “inexaurível”; IV - o “x” representa o fonema /z/ na palavra “exorcismo”; V - o “x” representa o fonema /s/ na palavra “extirpar”. Pelo exame das afirmativas, verifica-se que: a) apenas uma está correta b) apenas duas estão corretas c) três estão corretas d) quatro estão corretas e) todas estão corretas RESPOSTAS 1- E 2- C 3- C 4- D 5- D 6- C 7- D 8- B 9- B 10- D 11- A 12- B 13- C 14- E 15- E PROBLEMAS ORTOGRÁFICOS TERMINAÇÕES 1. Terminações -ez (-eza), -ês (-esa) Observe os exemplos: Grupo 1 Grupo 2 gentil ........ gentileza campo.......camponês, camponesa belo .......... beleza barão........ baronesa mole ......... moleza burgo ........burguês, burguesa fluido ........ fluidez Pequim......pequinês, pequinesa insensato .. insensatez Portugal.....português, portuguesa No Grupo 1, a palavra primitiva é adjetivo, e a derivada, substantivo. No Grupo 2, a palavra primitiva é substantivo, e a derivada, adjetivo. Portanto, usa-se -ez(-eza), quando a palavra deriva de um adjetivo, e -ês(-esa), quando a palavra deriva de um substantivo. 2. Terminação -oso(s), -osa(s) Essa terminação (sufixo) forma muitas palavras adjetivas na Língua Portuguesa. É desnecessário dizer que ela será sempre com “s”: bondoso(s), bondosa(s); gasoso(s), gasosa(s); bilioso(s), biliosa(s); maravilhoso(s), maravilhosa(s). O substantivo gozo(s) e todas as formas do verbo gozar (eu gozo, tu gozas, ele goza etc.) são com z, mas não constituem exceção, porque essas palavras não têm sufixos, isto é, não são derivadas de outra menor. 3. Teminações -izar, -(is)ar Com a terminação izar (sufixo com z), formam-se muitos verbos na Língua Portuguesa: canal ......... canalizar bárbaro ..... barbarizar nacional .... nacionalizar estilo ......... estilizar humano ..... humanizar Observe-se que, realmente, acrescentamos -izar, retirando, quando muito, uma letra da palavra primitiva. Há alguns verbos que, aparentemente, apresentam a terminação -isar (com “s”): análise ...... analisar paralisia .... paralisar pesquisa .... pesquisar friso ............ frisar Observe-se que, nestes exemplos, acrescentamos apenas -ar, pois is já estava na palavra primitiva, o que significa que não existe o sufixo -isar, e sim -ar. - IZAR - quando a palavra primitiva não oferece IS. - ISAR - quando a palavra primitiva oferece IS. Nota: A conjugação desses verbos, bem como as palavras que se formam a partir deles, evidentemente, mantêm o z ou o s, conforme o caso: canalizar - canalização, canalizado, canalizamos etc; paralisar - paralisação, paralisado, paralisaremos, paralisando etc. 4. Terminação -inho Esse sufixo liga-se ao radical por duas maneiras:a) diretamente, eliminando, quando muito, uma vogal da palavra primitiva: curral + inho = curralinho, dent(e) + inho = dentinho, nariz + inho = narizinho, barc(o) + inho = barquinho, cant(o) + inho = cantinho, lag(o) + inho = laguinho. As consoantes finais do radical l, z, t, c, (transformada em qu) e g (transformada em gu)] permitem que esta ligação direta aconteça. Isso igualmente acontece, quando a consoante final da palavra primitiva, tomada no singular, for o “s”. Por isso, temos: país + inho = paisinho, mes(a) + inha = mesinha, pes(o) + inho = pesinho, Luís(a) + inha = Luisinha. Nestes exemplos, seria tão absurdo substituir o s por outra letra (z), como seria absurdo substituir as consoantes dos exemplos anteriores. b) Entretanto, se o radical não oferecer uma consoante que permita essa ligação espontânea, natural, será preciso recorrer a uma, que se acrescenta; e essa consoante deverá ser o z, e apenas o z: pai + z + inho = paizinho, mãe + z + inha = mãezinha, guri + z + inho = gurizinho, árvore + z + inha = arvorezinha. - (S) INHO- quando o radical oferecer S. - ZINHO- quando o radical não oferecer S ou outra consoante. Observação: As palavras formadas com sufixos como -ito, -al, -ão, arão, -arrão obedecem à mesma norma ortográfica: piá + z + ito = piazito, pai + z + ão = paizão, capim + z + al = capinzal, homem + z + arrão = homenzarrão; lápis + ito = lapisito, Luís + ão = Luisão, cas(a) + arão = casarão. 5. Terminações -agem, -igem, -ugem Eis terminações que geralmente se grafam com g: garagem, a viagem, fuligem, ferrugem, vertigem. Todavia, os verbos em -ajar, -ijar e -ujar (viajar, alijar, enferrujar etc.) mantêm, na conjugação, o j. Por isso, temos: que eles viajem, que eles alijem, que eles enferrujem etc. Nota: As pessoas mais desavisadas têm certa dificuldade em distinguir, na frase, o substantivo viagem (com g) do verbo viajem (com j). A elas basta que se diga que o substantivo admite o plural viagens e que o verbo pode mudar para qualquer outra pessoa (viaje, viajemos etc.); Que viajem! Na próxima vez, viajem vocês. (Que viagens! Na próxima vez, viaje você.) 6. Terminações -ear, -iar Muitos são os verbos terminados em -ear e -iar. Eis alguns: campear passear financiar veranear acarear aviar estrear negociar amaciar recear acariciar copiar Como evitar trocas entre e e i na hora de empregar essas formas infinitivas? Conjugando o verbo na primeira pessoa do presente do indicativo: se esta terminar em -eio, o infinitivo será com -ear; se terminar em -io, o infinitivo será com –iar: eu campeio eu passeio eu financio eu veraneio eu acareio eu avio eu estréio eu negocio eu amacio eu receio eu acaricio eu copio Observação: Apenas cinco verbos fazem “eu -eio”, apresentando, contudo, o infinitivo com -iar. São os da “Regra do MÁRIO”: mediar, ansiar, remediar, incendiar e odiar. 7. Terminações -(e)eiro -(e)eira, -(i)eiro, -(i)eira Às vezes, surgem dúvidas entre o emprego de e ou i antes das terminações -eiro, -eira. A dúvida desaparece, se atentarmos para a origem da palavra formada com essas terminações, pois a letra da dúvida (e ou i) será a mesma que estiver na palavra primitiva: cume ....... cumeeira estância .... estancieiro lume ........ lumeeiro espécie ..... especieiro candeia...... candeeiro frio ........... Frieira areia .......... areeiro 8. Terminações -am, -ão Nas formas verbais, a terminação será -am (e não -ão), se a sílaba tônica for a penúltima (paroxítona): captaram, fizeram, comeram, realizaram. Se a sílaba tônica for a última (oxítona), a terminação será -ão: cantarão, venderão, farão, comerão. LETRAS 1. X a) Jamais use ch em vez de x, se houver ditongo antes: caixa, faixa, peixe, ameixa, frouxo. b) Em geral, depois de me e mi iniciais: mexer, mexerica, mixuruca. Exceção: a mecha. c) Em geral, depois de en. enxada, enxergar, enxurrada, enxame. Observação: Se a palavra derivar de uma que tem ch, este se mantém: enchavear (en+chave+ar) 2. Correlação nd x ns Escreva ns e não nc, se houver outra da família com nd: compreensão (compreender), extensão (estender). 3. Correlação c x z Na dúvida entre z ou s em certos vocábulos, basta ver se há uma família que se escreve com c: atroz, (atrocidade), falaz (falácia), vizinho (vicinal). 4. Correlação t x c(ç) Outra correlação entre palavras da mesma família que soluciona muitas dúvidas: exceção (exceto), torcer, torção (torto). 5. Correlações ced x cess, prim x press, gred x gress, tir x ssão concessão (conceder), excesso (exceder), agressão (agredir), progressivo (progredir), opressivo (oprimir), impressão (imprimir), discussão (discutir), repercussão (repercutir). 6. “H” mudo no meio só na bahia dos baianos desonesto, desonra, subumano. 7. K, W, Y São usadas apenas em abreviaturas (W.C. - “water-closet”), símbolos (kg - quilograma) e nomes próprios (Kant, Byron) ou palavras derivadas deles (kantismo, byroniano). 8. S e NÃO Z a) Depois de ditongo, usa-se sempre s: lousa, maisena, Sousa, náusea, Neusa. b) Se a palavra não for oxítona, jamais use z no fim: ourives, lápis, ônibus, Álvares, Ramires, Rodrigues. PALAVRAS E EXPRESSÕES 1. JEITO é com “j”, porque não tem outro jeito. E assim seus derivados: jeitinho, jeitoso, ajeitar, rejeitar etc. 2. REIvindicar - REI, depois “vindicar”. 3. Se laranja é com j, laranjeira também será. Se cume é com e, cumeeira manterá o e. Se candeia tem e depois do d, candeeiro manterá o e. E, assim, a grafia correta de muitas palavras depende apenas de observação inteligente. 4. A FIM DE - Se há DE separado, separe o A. AFIM (junto) significa afinidade e, geralmente, é usado no plural: Nós temos idéias afins. 5. QUIS (com S) e FIZ (com Z). Por quê? Ligue-se no infinito, no nome do verbo. Se este contiver Z, está na cara que ele não deve ser trocado por S na conjugação. Se o infinitivo não contiver Z, então, na conjunção, devemos usar S: FAZER (com Z) - fiz, fizemos, fizeste etc. DIZER (com Z) - diz, dizemos etc. APRAZER (com Z) - apraz, aprazia etc. Mas: QUERER (sem Z) - quis, quiseste, quisera etc. PÔR (certo) - pus, pôs, pusemos, pusera etc. 6. EXPECTATIVA (com X), que significa espera. ESPECTADOR, o que assiste a um espetáculo, é que é com S. 7. Os verbos terminados em uir mantêm o i na 3ª pessoa do singular: possui, constitui, constrói, anui, rui, flui. 8. PRIVILÉGIO (com i) vem de PRIVADO (com i). 9. CONSCIÊNCIA todo mundo sabe que é com sc; logo, os derivados serão com sc: conscientizar, inconsciência, conscientização etc. 10. ATRASADO, segundo o Prof. Édison de Oliveira, é quem escreve atrasado com z. 11. EXCESSO - Não confundir com exceção. 12. A PAR x AO PAR - A expressão de uso comum é a par. Ao par usa-se no mundo financeiro para indicar equivalência de moedas e títulos. A par de (=ao lado de) é sinônimo de de par com: A par da (ou De par com a) beleza, devemos ressaltar sua inteligência. 13. AFORA Andava pelo mundo afora. Afora o líder, todos riram. Existem de fora, por fora, em fora; mas não existe à fora. É, pois, erro grosseiro escrever: “Andava pelo mundo à fora”. 14. TAMPOUCO x TÃO POUCO - Tampouco significa também não: Não fuma, tampouco bebe. Tão pouco traz a idéia de muito pouco: Ele estuda tão pouco, que não passará. 15. TÃO-SÓ e TÃO-SOMENTE - São expressões que tão-somente servem para reforçar somente. Empregam-se com hífen. 16. ACERCA DE x HÁ CERCA DE x A CERCA DE - As três expressões são usadas: a primeira significa
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