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Citologia mamaria normal e maligna

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CITOLOGIA MAMÁRIA 
 
 
 
 
 
PARNAÍBA - PI 
2019.1 
SUMÁRIO
1. INTRODUÇÃO....................................................................................................................1
2.ANATOMIA E HISOTOLOGIA DA MAMA......................... ...........................................2
3.CITOLOGIA NORMAL.......................................................................................................7
4.CITOLOGIA MALIGNA......................................................................................................9
5.REFERÊNCIAS...................................................................................................................14
1. INTRODUÇÃO 
 O câncer de mama é o segundo tipo de doença mais comum entre as mulheres, atrás apenas do câncer de pele não melanoma, com 30% de casos novos sendo registrados a cada ano no mundo e 29% no Brasil. (INCA 2018). As mamas são glândulas cuja principal função é a produção do leite, que se forma nos lóbulos e é conduzido até os mamilos por pequenos canais chamados ductos. O entendimento das doenças mamárias depende do reconhecimento anatômico e histológico das células epiteliais (luminal, mioepitelial) e dos tipos de estroma (interlobular e intralobular), nos quais podem ser acometidos por lesões benignas ou malignas. Alterações genéticas podem ocasionar a divisão desordenada das células mamárias, acarretando na instauração de um tumor maligno, principalmente nos ductos e, mais raramente, nos lóbulos (CASTANHEL et al., 2018). 
 Os tumores podem ser diagnosticados em diferentes fases de desenvolvimento (estadiamento). De forma geral, são classificados em in situ, quando suas células estão precisamente localizadas e infiltrantes, quando as células invadem áreas vizinhas e têm potencial para atingir linfonodos e outros órgãos, em um processo chamado metástase. Quanto mais localizado a doença, melhor é a possibilidade de tratamento. Os sintomas mais comuns relatados em doença mamária são: o nódulo mamário endurecido, fixo e geralmente indolor, e a massa palpável “encaroçamento”. Outros sinais são: mudança de pele (retração ou aparência de “casca de laranja”) saída espontânea de liquido do mamilo e nódulo no pescoço ou axilas (ROCHA et al., 2015). 
 Os recentes avanços em biologia molecular expandiram o entendimento do processo da carcinogênese e sua inter-relação com fatores ambientais e genéticos. A prevenção é a principal arma para interferir neste complexo fenômeno e impedir o aparecimento do tumor. Cerca de metade dos tumores de mama podem ser explicados por fatores de risco conhecidos, como: menarca precoce, menopausa tardia, idade avançada da primeira gestação e doenças proliferativas da mama. O padrão ouro para o diagnóstico das lesões mamárias é a análise histopatológica, associada à uma biopsia tecidual (NETO, 2019). 
Na tabela abaixo, podemos ver as principais características que distinguem os tumores benignos dos malignos.
Tabela 1. Característica dos tumores mamários benignos e malignos
	Características 
	Benigno 
	Maligno 
	Celularidade 
	Esparsa 
	Celular 
	Coesividade celular 
	Coesiva 
	Perda de coesão 
	Tamanho do núcleo 
	Igual diâmetro de eritrócito 
	Usualmente maior 
	Uniformidade celular 
	Monomórfica 
	Pleomórfica 
	Nucléolo 
	Pequeno ou invisível 
	No geral anormal 
	Limite nuclear 
	Liso 
	Irregular 
	Padrão de cromatina 
	Vesicular 
	Anormal 
	Mitoses 
	Raras, mas normais 
	Anormais 
	Necrose 
	Ausente 
	Pode estar presente 
	Células mioepiteliais 
	Muitas 
	Raras 
	Células apócrinas 
	Muitas 
	Raras 
	Macrófagos esponjosos 
	Comuns 
	Podem estar presentes 
	Inclusão intracelular 
	Rara 
	Pode está presente 
	Cálcio 
	Não comum 
	Pode está presente 
 
2. ANATOMIA E HISTOLOGIA MAMÁRIA 
 A glândula mamária é um órgão par, presente em ambos os sexos, localizada na parede anterior do tórax sobreposta aos músculos peitorais (Figura 1), apresentando-se mais desenvolvida na mulher (KUMAR, ABBAS, ASTER, 2016).
Figura 1. Posicionamento anatômico da mama no homem e na mulher
 Na mulher adulta, a mama tem característica arredondada ou cônica, encontra-se apoiada no músculo peitoral maior (figura 2) e é suportada por ligamentos do esterno, os ligamentos suspensores de Cooper (figura 3). Possui um sistema de 6 a 12 ductos que se originam no mamilo e 15 a 20 lobos cobertos por uma quantidade considerável de tecido adiposo. 
 O mamilo está localizado na região central da aréola, composto por glândulas sudoríparas e sebáceas e é recoberto por um epitélio estratificado pavimentoso queratinizado. O eixo central é formado por um tecido conjuntivo denso rico em fibras elásticas e circundado por inúmeras fibras lisas. Possui um orifício onde os sistemas de ductos se encontram denominado de ductos lactíferos e as ramificações dos ductos levam a unidades glandulares acinares denominadas de lóbulos. 
Figura 2 . Músculo Peitoral Maior
Figura 3 . Ligamentos de cooper
 Normalmente os ductos e lóbulos são formados por dois tipos celulares, na parte mais inferior células contráteis contendo miofilamentos que se localizam sobre a membrana basal (células mioepiteliais) com a função de ajudar na ejeção do leite durante a lactação e manter as estruturas/funções normais dos ductos e dos lóbulos da mama. Na camada de revestimento dos ductos encontra-se células luminais ou glandulares. O estroma da mama consiste de um tecido fibroso denso e um tecido adiposo que juntos formam o estroma interlobular ( figura 4 ) .
 Na mama feminina pré-puberal e na mama masculina os ductos terminam em pequenos agrupamentos de lóbulos indefinidos. A partir da menarca os ductos terminais dão origem aos lóbulos e o estroma interlobular ganha volume, podendo variar em cada ciclo menstrual. A mama adquire seu padrão morfológico e funcional completo apenas no período gestacional onde ocorre um aumento de tamanho e volume dos lóbulos e diminuição do estroma adjacente para que ocorra a produção de leite. Após o parto ocorre a produção de colostro (leite rico em proteína) que se transforma para o leite rico em gordura e carboidratos capaz de transmitir anticorpos que auxiliam na defesa dos recém-nascidos. 
 Ao fim da lactação, as células epiteliais entram em apoptose e observa-se uma regressão dos lóbulos. Entretanto, não há uma atrofia completa e, como resultado, uma outra gravidez acarretará um aumento permanente no tamanho e número dos lóbulos (KUMAR, ABBAS, ASTER, 2016). Na idade avançada os conjuntos de lóbulos começam a desaparecer sendo a mama composta quase toda por células ductais , lembrando um padrão morfológico da mama masculina .
Figura 4 . Estroma interlobular composto por tecido fibroso denso e tecido adiposo
Figura 5. Ducto mamário revestido por epitélio simples cúbico ( camada interna ) e células mioepiteliais ( camada externa ) . Lóbulo mamário , unidade secretora da mama com contorno circular , circundado por estroma interlobular .
Figura 6 . Unidade secretora da mama , estruturas de contorno mais ou menos circular , circundado por estroma interlobular ( tecido fibroso denso ) 
Figura 7 . Células mioepiteliais , células contráteis que ajudam na ejeção do leite durante o período de lactação . 
Figura 8 . Glândula mamária feminina adulta jovem normal, fora da gravidez 
 
3. CITOLOGIA NORMAL 
 A área da citologia é muito útil para observar a morfologia das células, ou seja, detectar se há ocorrência de alguma alteração na mesma. O estudo citológico de alterações mamárias é bastante útil para selecionar e classificar os casos suspeitos de malignidade. A seguir, podemos observar como é constituída a citologia do órgão mamário normal. 
 
 
CÉLULAS 
 
DUCTIAIS
 
 
Figura 9 e 10. Células epiteliais ductiais. Agrupamento de células de forma cubóides, pouco citoplasma cianofílicoou basofílico, núcleos esféricos ou ovais. 
 
 
 
Figura 11 e 12. Células apócrinas. Grupamento de células apócrinas com citoplasma abundante e finamente granular, núcleo volumoso com nucléolo proeminente. 
 
 
 
 
 
Figur
a 13 e 14 
 Células espumosas ou esponjosas. 
 São macrófagos grandes com citoplasma 
abundante e vacuolizado, núcleo excêntrico e irregular.
 
 
 
 
Figura 16
. Células mioepiteliais de mama normal.
 
Essas células
 
localizam
-
se abaixo do 
epitélio ductial e se destacam pelo citoplasma ser mais claro. A função das células mioepiteliais 
é contrair
-
se, promovendo a extrusão do leite secretado.
 
15
Figura 
mioepiteliais 
Células 
. 
vermelho).
retângulo 
(
 
de 
Camada 
com 
núcleo 
células 
mioepiteliais 
condensado e hipercromático, citoplasma 
escasso.
 
4. CITOLOGIA MALIGNA 
 Os tumores malignos de mama são classificados conforme as características de suas células e relação com os tecidos ao seu redor. No geral, os tumores malignos têm como características uma celularidade abundante, perda de coesão em sua estrutura, anisonucleose, cromatina grumosa, irregularidade na membrana nuclear. 
 
 
 
 
Figura17
 . 
C
arcinoma ductial invasivo (maligno).
 
Observar hipercelularidade, núcleos com 
tamanhos variados, perda de coesividade do tecido.
 
 
Figura 18. Carcinoma lobular mamário (maligno). Hipercelularidade, metástase, tamanhos de núcleos diferentes, perda de coesividade. 	 
 
 
 
Figura 19
. Adenocarcinoma ductial invasivo. 
Células neoplásicas arranjadas em ácinos
 
glandulares crescendo em meio ás fibras de colágeno. Nessa figura podemos observar o que é 
chamado de reação desmoplástica. Ainda, observa
-
se que as células perdem a arquitetura 
glandular entre as fibras de colágeno (aspecto em fila indiana).
 
 
 
Figura 20. Adenocarcinoma mamário. Nesta figura podemos observar infiltração no tecido adiposo por células individuais ou em grupos. Ainda, está imagem ilustra o tumor penetrando em pequenas veias e vasos linfáticos, propiciando a disseminação á distância. 
 
 
Figura 21 e 22 . Êmbolos venosos em Adenocarcinoma. Podemos observar nessas imagens, pequenas veias sendo preenchidas por células neoplásicas. A propagação por veias maiores levará por a disseminação por via hematogênica a outros órgãos como pulmão, fígado, ossos, sistema nervoso central por exemplo. 
 
 
 
 
Figura 23 e 24 	. Êmbolos linfáticos em Adenocarcinoma. O tumor também penetra vasos linfáticos, assim, nas imagens podemos observar a formação de embôlos linfáticos. 
 
 
 
 A seguir segue a ilustração (Figura 17) de como ocorre a progressão tumoral em câncer de mama. De início podemos observar o ducto normal, seguido de cacinoma in situ seguindo para um carcinoma invasivo (maligno). 
Figura 25
.
 
Progressão tumoral mamário
.
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
5. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS 
CASTANHEL, F.D. et al. Mindfulness-Based Stress Reduction on breast cancer symptoms: systematic review and meta-analysis. Einstein, v.14, n.4, 2019. 
ROCHA, R.D. et al. Axillary ultrasound and fine-needle aspiration in preoperative staging of axillary lymph nodes in patients with invasive breast câncer. Revista Radiologia Brasileira, v.48, n.6, 2015. 
NETO, J.C.S. Citologia Clínica da Mama: Bases Citomorfológicas. Rio de Janeiro: Thieme Revinter Publicações, 2019. 
RIBEIRO, Joana Inácio. Carcinoma da Mama:Estado-da-arte. 2014. Mestrado (Mestre em Ciências Farmaceuticas) - UNIVERSIDADE LUSÓFONA de Humanidades e Tecnologias, Lisboa, 2014.
KUMAR, V., ABBAS, A.K., ASTER, J.C. Patologia – Bases patológicas das doenças. Rio de Janeiro, Elsevier.

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