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FICHAMENTO ESTRADAS E PAVIMENTAÇÃO

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UNIAGES
CENTRO ACADÊMICO 
BACHARELADO DE ENGENHARIA CIVIL
CHARLES BATISTA DE ANDRADE
MANUAL DE PROJETO GEOMÉTRICO DE RODOVIAS RURAIS.
Fichamento apresentado ao curso de Engenharia Civil da UniAGES como um dos pré-requisitos para a obtenção da nota parcial da disciplina de Estradas e Pavimentação aplicada no 7º período, sob orientação do professor Raphael Sapucaia dos Santos.
Paripiranga
Fevereiro de 2019
Referência:
BRASIL. Departamento Nacional de Estradas de Rodagem. Manual de projeto geométrico de rodovias rurais. Rio de Janeiro, 1999. 195 p.
Citações:
Somente em 1975, com a publicação das "Normas para o Projeto Geométrico de Estradas de Rodagem", e em 1979, com as "Instruções para Projeto Geométrico de Rodovias Rurais" e "Instruções para Superelevação e Super-largura dos Projetos", foram apresentadas soluções para complementar o quadro normativo existente, já então com uma experiência acumulada ao longo de quase vinte anos. (p. 01).
“A classificação de rodovias por diferentes critérios tem-se revelado necessária para atender a enfoques e objetivos diversos de natureza técnica, administrativa e de interesse dos usuários das vias em geral.” (p. 11).
Observa-se que cada um dos estágios de uma viagem típica é atendido por uma via com características específicas para sua função. Pela hierarquia dos movimentos os volumes de tráfego nas rodovias rurais crescem das Vias Locais para as Arteriais, prevendo-se que os projetos correspondentes atendam às exigências de capacidade de cada estágio. (p. 13).
Projetar uma rodovia em condições ideais consiste em planejá-la com características para atender à máxima demanda horária prevista para o ano de projeto, geralmente considerado como décimo ano após a conclusão das obras programadas. Em tal situação, em nenhuma hora do ano ocorreria congestionamento. Em contrapartida, o empreendimento seria antieconômico, pois a rodovia ficaria superdimensionada durante as demais horas do ano. (p. 31).
A velocidade é um dos principais elementos a condicionar o projeto rodoviário. Traduz a intensidade do deslocamento dos veículos - elemento dinâmico, cujo atendimento constitui a finalidade precípua da rodovia - elemento estático. A velocidade tem participação na determinação da maioria das características técnicas da rodovia. (p. 41).
 Parecer crítico:
O livro aborda sobre a constituição das normas técnicas para construção de rodovias tanto urbanas quanto rurais e o desenvolvimento das normas exclusivas para rodovias rurais, trazendo termos técnicos com definições exatas, a forma de classificação das rodovias com diferentes critérios, analisando os tipos de veículos que farão uso dessas vias, o volume de tráfego das mesmas, a influência da velocidade dos veículos apara construção das vias e como deve ser construído seu traçado em situações diversas.
O sistema administrativo das rodovias brasileiras tendo como base central a Comissão de Estradas de Rodagem, para a construção das rodovias Rio-São Paulo e Rio-Petrópolis e depois de alguns anos a criação do Departamento Nacional de Estradas e Rodagem (DNER), sendo publicados anos depois as Normas para Projeto Geométrico de Estradas de Rodagem complementando normas já existentes.
Juntas das normas, o DNER produziu também definições precisas para algumas expressões a serem utilizadas nos projetos de rodovias, afim da melhor elaboração e produção dos projetos e evitar entendimentos diferentes em relação a esses termos.
No manual do DNER propõe a classificação das rodovias de formas diferentes de acordo com natureza técnica e o interesse para os usuários, sendo levado isso para execução dos projetos. Sendo as rodovias dimensionadas de acordo com a qualidade dos serviços a que as mesmas se propõem a prestar. Tendo como objetivo o atendimento do volume de tráfego previsto com segurança e qualidade.
Analisando o sistema da malha rodoviária e possível ver a diferença entre as rodovias de acordo com seu tráfego e nível de serviço assim como a mudança em suas dimensões para proporcionar maior conforto e segurança para seus usuários. As rodovias são classificadas hierarquicamente de acordo com sua função. 
As dimensões e das estradas se amplia de acordo com sua utilização. Hierarquicamente o sistema da malha começa com as vias locais que crescem para as rodovias rurais, jogando esse tráfego para as rodovias coletoras, sub-arteriais e por último em maior fluxo de veículos as arteriais. Essa forma de ligação das rodovias liga as cidades e povoados de pequeno porte até as cidades de grande porte que tem as melhores estradas de serviço.
Ao se projetar uma via ela deveria atender ao tráfego que irá passa por ela numa projeção de 10 anos, porém as vias se fossem projetadas para atender o período de tráfego mais volumoso, durante outros períodos de tempo do ano a via estaria superdimensionada com baixa quantidade de veículos e seria também uma obra muito cara. Esses dados para o dimensionamento são obtidos através de sistemas de contagem manual onde se consegue o Volume Médio Diário (VMD) que ajuda no cálculo dos níveis de serviço para a rodovia. Os níveis de serviço correspondem à capacidade de tráfego de acordo com o horário, indo do trânsito fluente até sua capacidade máxima, com os veículos transitando em velocidade reduzida, mas ainda sem congestionamento. Para fins de redução de custos e evitar o superdimensionamento são calculados os períodos de horas de congestionamento aceitáveis, sem gerar grandes transtornos.
Além do volume de tráfego a velocidade é um dos principais fatores para a confecção do projeto rodoviário, incidindo sobre a velocidade em determinados pontos do tráfego, curvas, dentre outros aspectos. Outro ponto importante para o dimensionamento das estradas é definir o tipo de tráfego que ocorre na rodovia e assim determina o veículo de projeto, sendo o veículo com dimensões que será utilizado para a os espaçamentos das vias e curvas, atendendo com conforto e segurança a maior parte dos veículos que pela a rodovia irá passar, mas sem impedir que um veículo com dimensões maiores também possa trafegar nessa pista, porém com mais restrições.
O manual ainda trata do sistema de curva para as rodovias onde indica o projeto com grandes raios circulares de pequenas tangentes, por ser mais adequado ao traçado, tratando do alinhamento horizontal e a altimetria das estradas em seu alinhamento vertical. E trata também de dados de segurança para o condutor como distância de visibilidade de parada, acostamentos dentre outros.
Diante do exposto, e dentro da engenharia, é de extrema importância o conhecimento de todos os fatores que determinam o correto dimensionamento das rodovias para sua concepção, observando os níveis de serviço, velocidade desde a de projeto até a de uso da pista, dentre outro fatores. Se mostrando complexo o processo de construção das mesmas desde seu projeto, com análise de grande quantidade de dados para poder ser executada e fornecer conforto, qualidade e segurança aos motoristas.

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