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COMPACTAÇÃO DE SOLO PALMAS – TO 2015 10 JOSE LUIZ DA CUNHA NETO THAIS FERREIRA DE OLIVEIRA COMPACTAÇÃO DE SOLO Trabalho apresentado como requisito parcial da disciplina de Mecânica dos Solos – 2015/1,do curso de Engenharia Civil,orientada pela ProfessoraJacqueline Henrique. PALMAS – TO 2015 SUMÁRIO INTRODUÇÃO Pelo processo de compactação, a diminuição dos vazios do solo se dá por expulsão doar contido em seus vazios, de forma diferente do processo de adensamento, onde ocorre expulsão de água dos interstícios do solo. Os fundamentos da compactação de solos são relativamente novos e foram desenvolvidos por Ralph Proctor, que, na década de 20, postulou ser a compactação umafunção de quatro variáveis: a) Peso específico seco, b) Umidade, c) Energia de compactação e e) Tipo de solo (solos grossos, solos finos, etc.). A compactação dos solos tem uma grandeimportância para as obras geotécnicas, já que através do processo de compactação consegue−sepromover no solo um aumento de sua resistência estável e uma diminuição da suacompressibilidade e permeabilidade. Em diversas obras, dentre elas os aterros rodoviários e as barragens de terra, o solo é o próprio material resistente ou de construção. Em vista disto, alguns métodos de estabilizaçãoou de melhoria das características de resistência, deformabilidade e permeabilidade dos solos foram desenvolvidos, e a compactação é um desses métodos. O objetivo principal da compactação é obter um solo, de tal maneira estruturado, quepossua e mantenha um comportamento mecânico adequado ao longo de toda a vida útil daobra. OBJETIVOS Estes ensaios foram realizados com o objetivo de determinar o comportamento do solo presente em uma amostra, pelos métodos do Proctor Normal, a fim de aplicar os conhecimentos teóricos adquiridosanteriormente. EQUIPAMENTOS E MATERIAIS Almofariz e mão com borracha; Peneira n°.4 (4,8mm); Balança; Molde cilíndrico de 2076 cm³, com base e colarinho; Soquete cilíndrico; Extrator de amostras; Cápsulas para determinação de umidade; Estufa. METODOLOGIA Preparo das amostras Toma-se certa quantidade de material seco ao ar e faz-se o destorroamento até que não haja torrões maiores que 4,8mm. Posteriormente peneira-se a amostra na peneira n°.4 (4,8mm) e em seguida determina-se sua umidade higroscópica. Procedimento Adiciona-se água à amostra até se verificar certa consistência e atenta-se para uma perfeita homogeneização da amostra. Compacta-se a amostra no molde cilíndrico em 3 camadas iguais (cada uma cobrindo aproximadamente um terço do molde), aplicando-se em cada uma delas 25 golpes distribuídos uniformemente sobre a superfície da camada, com o soquete caindo de 0,305m. Remove-se o colarinho e a base, aplaina-se a superfície do material à altura do molde e pesa-se o conjunto cilindro + solo úmido compactado. Então retira-se a amostra do molde com auxílio do extrator, e partindo-a ao meio, coleta-se uma pequena quantidade para a determinação da umidade. Observando-se que ao adicionar-se água às amostras normalmente acrescenta-se água numa quantidade da ordem de 2% da massa original de solo, em peso. Repete-se o processo por mais quatro vezes. RESULTADOS E DISCUSSÃO Abaixo tabela com os resultados e dados coletados. Teor de umidade N° Cápsula 01 02 03 04 05 C+S+A (g) 99,1 94,6 85,8 88,1 86,6 C+S (g) 94,5 90,9 79,9 80,6 78,0 C – Cápsula (g) 16,7 15,0 17,3 16,8 17,3 A – Água (g) 4,6 5,5 5,9 7,5 8,6 S – Solo (C) 77,8 75,9 62,6 61,8 60,7 W – Umidade (%) 5,9 7,2 9,4 12,1 14,2 Umidade Média (%) 9,8 Dados de Compactação dos Corpos de Prova Água adicionada (g) 280 379 477 576 674 % Água adicionada (%) 5,7 7,7 9,7 11,7 13,7 Umidade Calculada (%) 5,9 7,2 9,4 12,1 14,2 N° do molde 25 25 25 25 25 M+S+A (g) 9350 9540 9850 9930 9870 M – Molde (g) 5324 5324 5324 5324 5324 S+A (g) 4026 4216 4526 4606 4546 Y úmida (g/cm³) 1,93 2,02 2,17 2,20 2,18 Y seca (g/cm³) 1,82 1,88 1,98 1,96 1,91 A umidade ótima é aquela em que o solo atinge a maior massa específica aparente seca máxima eé o fator que determina a deformação do solo. Nesse caso, os resultados obtidos foram de umidade ótima igual a 9,4% e massa especifica seca máxima corresponde a 1,98 g/cm³. Com a umidade e massa especifica foi traçada a curva de compactação e determinado o tipo de solo. Pelo tipo de abertura da curva pode-se classificar o solo como argilo-arenoso. Conforme figura abaixo. CONCLUSÃO A compactação é um método que se dá por meio de transferência de energia mecânica à estabilização dos solos. Pode-se concluir que os ensaios de compactação realizados em laboratório geram resultados eficazes e muito precisos. Podemos concluir que, com a experiência prática de Proctor, a adição de água a um solo seco facilita a sua compactação, ou seja, cada vez que se adiciona água a esse solo pouco úmido, a densidade do material compactado irá aumentar, o acréscimo de água tem um efeito benéfico enquanto não se alcança certo teor de umidade, que é a umidade ótima. Quando a adição de água conduz a umidades superiores a ótima passa-se a verificar o processo inverso. E os resultados foram satisfatórios. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS CANCIAN, M. A. Influência do Teor de Umidade, Porosidade e do Tempo de Aplicação na Mistura Solo-Cimento para Pavimento Rodoviário de um Solo da Bacia do Paraná. Universidade Estadual de Londrina-PR, 2013. MASSAD, Faiçal. Obras de terra: Curso Básico de Geotecnia. São Paulo: Oficina de Textos, 2003. SCHMITZ, C. S. Mecânica dos Solos. Curso Técnico de Edificações. Centro Federal de Educação Tecnológica de Pelotas – RS, 2005. SOUSA PINTO, C. Curso básico de mecânica dos solos. São Paulo, SP, Brasil. 2000. GRECO, J. A. S.Solos – Conceitos e Ensaios da Mecânica dos Solos Classificação dos Solos para Fins Rodoviários, disponível em: http://etg.ufmg.br/~jisela/pagina/Notas%20de%20aula%20solos.pdfacessado em 02/06/2015. Apostila de Solos- IFRN, disponível em: http://docente.ifrn.edu.br/johngurgel/disciplinas/2.2051.1v-mecanica-dos-solos-1/apostila%20de%20solos.pdf, acessado em 15/05/2015. 4
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