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CST em Gestão Ambiental Controle Químico Analítico Professores: Ana Luiza Baddini Ademário Íris da Silva Júnior Cromatografia Líquida de Gel Filtração Turma: GAM341 Alunos: Fabiana Rodrigues Philippe Araújo Roberto Ricardo Rangel Tamires Rodrigues 1. INTRODUÇÃO A cromatografia liquida de gel filtração ou de exclusão molecular é um importante método para realizarmos purificação e análise de macromoléculas, podendo determinar a massa molecular e a forma das mesmas. Esta técnica possui propriedades desejáveis como: simplicidade técnica, insensibilidade a solventes e temperatura, condições amenas e versatilidade, pois possibilita a separação de substâncias com massas moleculares variáveis, mudando - se a matriz. A propriedade que difere a cromatografia de gel filtração, introduzida mais ou menos em 1960, das demais cromatografias é que o recheio ou gel é formado de macromoléculas que têm ligações cruzadas, com afinidade pelos solventes, mas que neles não são solúveis. As partículas estacionárias compõem um gel, não carregado, inchado com o mesmo liquido que carrega as substâncias a serem separadas. O espaçamento das partículas é preenchido pelo liquido que flui pelo material levando, ou não, as substancias a serem separadas. O caráter da fase estacionaria controla o movimento das substâncias, variando suas velocidades e assim promove a separação. Nesta cromatografia as moléculas maiores tendem a migrar mais rapidamente que as menores, pois elas não conseguem penetrar no interior dos poros da resina, sendo assim elui diretamente pela coluna. Já as menores moléculas levam mais tempo para serem eluídas, pois percorrem o interior dos poros. Outra característica, que deve ser considerada neste método é que nela ocorre a diluição da amostra, pois requer um fluxo constante de solvente. Contudo, esta técnica possui características importantes na purificação e determinação de massa molecular, além de ser um método rápido de dessalinização de soluções. 2. PROCEDIMENTO Preparou-se para carregar a amostra na coluna (usando Sephadex como fase estacionária). Esperou-se até que a extremidade do menisco do tampão toque a superfície da resina, fechou-se a torneira e carregou-se a coluna, bem próximo à cama, com uma mistura de 30 µL de Vermelho de Fenol e 30 µL de Azul de Dextran. Após, abriu-se a torneira da coluna e esperou-se até que a amostra penetrasse na resina completamente. Figura 1 ― Vermelho de Fenol (PM = 300) Figura 2 ― Azul de Dextran (PM = 2.000.000) Aplicou-se aos poucos a fase móvel PBS (tampão fosfato salino) até a penetração total da amostra. Após, manteve-se um fluxo contínuo da fase móvel até o final da eluição. Imediatamente após a aplicação da amostra na coluna, iniciou-se a coleta das frações em provetas de 10 mL. Colheu-se 13 alíquotas de 2 mL e transferiu-se para 13 tubos de ensaio devidamente rotulados. Figura 3 ― Representação Esquemática da Vidraria Utilizada Repetiu-se a operação ate que não se observasse mais vestígio dos corantes e a cada rodada as provetas eram rinsadas com água destilada. As frações recolhidas foram lidas no espectrofotômetro com varredura e posteriormente foram selecionados três comprimentos de onda que melhor representassem o experimento, aproximadamente: 440, 560 e 625 nm. 3. RESULTADOS Realizamos a separação física dos dois corantes através da técnica da cromatografia líquida de gel filtração (ou exclusão molecular) ler as absorbâncias. Na tabela 1 e na figura 3 temos representados os resultados obtidos nos experimentos. Tabela 1 ― Absorbâncias X Cubetas Nº da Cubeta Absorbância por λ 440 nm 560 nm 625 nm 1 -0,174 -0,125 -0,002 2 -0,062 -0,036 0,000 3 -0,048 -0,020 0,124 4 -0,081 -0,035 0,115 5 -0,004 0,053 0,053 6 0,135 0,224 0,013 7 0,268 0,398 -0,019 8 0,206 0,307 -0,013 9 0,011 0,073 -0,027 10 -0,002 0,062 -0,049 11 -0,017 0,057 -0,021 12 -0,036 -0,015 -0,031 13 -0,011 -0,004 -0,105 Figura 4 ― Absorbâncias X Cubetas O primeiro a eluir é o azul de dextran, pois sendo uma molécula grande não consegue penetrar nos poros da resina. Posteriormente abandonamos a leitura em 440 nm, pois tivemos maiores absorbâncias em 560 nm para o vermelho de fenol. 1ª 2 ª 3ª 4ª 5ª 6ª 7ª 8ª 9ª 10ª 11ª 12ª 13ª 4. TAREFAS 4.a. Construa o cromatograma com as absorbâncias lidas para cada corante e seus volumes de eluição, determinado o volume inicial e final das colunas. Como o volume recolhido em cada cubeta foi 2 mL e temos um total de 13 cubetas, temos que o volume total para a eluição na coluna é de 26 mL. Seguindo este raciocínio temos para cada corante: − Azul de dextran: volume inicial = 2 mL e volume final = 10 mL; − Vermelho de fenol: volume inicial = 12 mL e volume final = 20 mL. 4.b. O que aconteceu com o volume de amostra recolhido em relação ao que foi aplicado e por quê? O volume final da amostra aumentou em muitas vezes em relação ao volume inicial. Isso ocorreu pela diluição ocorrida durante o processo de separação na fase estacionária e a constante adição de fase móvel. 4.c. Como você procederia caso desejasse trabalhar com maior volume de amostra? Para se trabalhar com volume maior de amostra, seria necessária uma coluna cromatográfica maior, para que possa suportar maior volume de fase estacionária. Isto provocaria uma maior eficiência de separação 4.d. Duas moléculas de mesmo peso molecular obtiveram diferentes tempos de retenção. Explique. Apesar de terem o mesmo PM, a geometria ou tamanho diferente dessas moléculas influenciará se elas passarão ou não pelos poros da resina, ou seja, qual será o seu tempo de eluição pela coluna. 4.e. Você está utilizando uma Sephacryl 5-500 HR. Entretanto, a eluição está demorando excessivamente o que fazer? Como a resina Sephacryl é um gel mais rígido, mais viscoso que a Sephadex, ou seja, é mais resistente a passagem da fase móvel, apresentando assim maior tempo de corrida. Para resolver essa situação pode aumentar a pressão da fase móvel, para assim aumentar a velocidade de eluição. 4.f. O que fazer quando a única chance de separação de duas substâncias é através do aumento do “mesh” da resina e da implantação do números de pratos teóricos? O grau de reticulações, ligações cruzadas entre as cadeias, determinam o mesh de uma resina. Quanto menor o número de ligações cruzadas entre as cadeias, maior será o tamanho dos poros (maior o mesh). Então para aumentar o mesh de uma resina basta utilizar uma com menor grau de reticulação. Porém este aumento do diâmetro da partícula, piora a separação, tal fato pode ser compreendido pela Equação de Van Deemter, uma vez que aumenta a altura dos pratos teóricos, diminuindo o número total dos mesmos. Uma forma de diminuir esse problema gerado pelo aumento dos poros da resina é aumentar a velocidade da fase móvel através do aumento de pressão. Esse aumento tem que ser controlado, pois se não pode danificar a integridade física da resina. 4.g. Como você calibraria a sua coluna? Para calibrar a coluna, utilizaríamos padrões conhecidos de um determinado analito, anotando seu tempo de retenção, as condições do meio, altura e tipo da fase estacionária, além da fase móvel utilizada. Uma vez que, o mesmo analito apresenta o mesmo tempo de retenção caso todas as condições da eluição. 5. CONCLUSÃO A cromatografia líquida clássica se mostrou uma boa técnica para separação de corantes, com um alto tempo de análise. 6. BIBLIOGRAFIA − COLLINS C. H.; BRAGA G. L; BONATO P. S. org. Fundamentos de Cromatografia. Campinas − SP. Unicamp, 2009. − de Química Analítica, Editora Thomson, tradução da 8ª edição, 2006. − POP 009e1r3 – Cromatografia Líquida de Gel Filtração. IFRJ, 2008. − The Merck Index Thirteenth Edition on CD-ROM,2011. Merck & Co., Inc., Whitehouse Station, New Jersey, USA.
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