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ESTUDO DE CASO
A comunicação Total é o modelo utilizado desde a década de 60. Este meio de comunicação inclui todas as formas já utilizadas antes pelos indivíduos surdos, tais como: gestos naturais criados pelas crianças, língua de sinais, oralidade, leitura orofacial (LOF), alfabeto manual (datilologia), leitura e escrita.
Atualmente as formas de comunicação mais utilizadas pelo deficiente auditivo são: Língua e Sinais (Libras no Brasil) e Língua Portuguesa (oral e/ou escrita), ou ainda a associação das duas, caracterizando o Bilinguismo.
A Comunicação Total valoriza a comunicação e a interação, e não apenas a língua; seu objetivo não se restringe ao aprendizado de um língua. Outro aspecto bem interessante nesta filosofia é que a família é respeitada e valorizada, além de mostrar o papel da família na hora de compartilhar valores e significados.
Vale salientar que a diferença entre a Comunicação Total e o Bimodalismo é que a Comunicação Total não é uma técnica específica (muitas formas de trabalho podem ser adotadas), mas uma filosofia (um estilo) de trabalho que na concepção original privilegia a criança surda nas suas necessidades e aceita qualquer forma de comunicação da criança. 
 Enquanto o Bimodalismo se refere à forma pela qual a língua é apresentada à criança; é por meio da língua oral acompanhada com sinais que se espera que a criança venha a desenvolver suas habilidades linguísticas, sendo feito todo um trabalho de aproveitamento de restos auditivos e de fala.
 Essa filosofia também foi denominada como Comunicação Bimodal, por causa da utilização da língua de sinais concomitante da língua oral. Quanto a esse aspecto considera-se erroneamente o somatório de língua oral e língua de sinais, por razões linguísticas. Em outras palavras podemos dizer que a língua de sinais se realiza a partir de outros parâmetros linguísticos, como a visão e o movimento; no caso da comunicação bimodal não há consistência ao
status linguístico da língua de sinais.
 A prática bimodal da Comunicação Total acarreta prejuízos, como a dificuldade de estruturar o pensamento, pois na busca constante de ajuste entre a oralidade e os sinais perde-se o fio condutor do assunto, deformando a enunciação, que, na maioria das vezes, baseada na língua oral toma a forma de uma comunicação com roupagem de artificialidade.
 Outro prejuízo da pratica bimodal é a omissão de partes do enunciado, em razão da falta de conhecimento dos sinais pela pessoa que se comunica de maneira bimodal, pois não há isomorfismo de categorias linguísticas, ou seja, cada sinal não corresponde exatamente num signo verbal ou escrito. Um forte apelo da Comunicação Total é assegurar diversas possibilidades caindo no genérico, ou seja, tudo pode e deve ser usado a favor da comunicação. 
Nesse caso, para a transmissão do conteúdo deve-se lançar mão de tudo ao alcance, que para o ensino da língua escrita e oral, na abstração de uma língua compartilhada a língua de sinais recorre-se ao uso de recursos de comunicação como arranjos para suprir a ausência do prioritário a língua em comum língua de sinais.
 Nesse sentido, Botelho (2005) considera a prática do bimodalismo como parte da Comunicação Total como uma pretensão adotada pelo ouvinte que indisposto a aprender uma língua diferente da sua e que não pretende mudar sua perspectiva em relação aos surdos e à surdez permite o uso da língua de sinais, porém lisonjeia a oralidade, como apelo emocional por parte dos oralista.
REFERÊNCIAS:
BIMODALISMO: O QUE É? - Disponível em: < https://www.portaleducacao.com.br/conteudo/artigos/conteudo/bimodalismo/31729> Acesso em: 08/03/2019.
A COMUNICAÇÃO TOTAL PARA DEFICIENTES AUDITIVOS - Disponível em:< https://www.portaleducacao.com.br/conteudo/artigos/fonoaudiologia/a-comunicacao-total-para-deficientes-auditivos/31529> Acesso em: 08/03/2019.
EDUCAÇAO INCLUSVA E LINGUA BRASILEIRA DE SINAIS - Disponível em:< https://www.educacao-inclusva-e-lingua-brasileira-de-sinais/44> Acesso em: 08/03/2019.