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Banner A construção do masculino (2)

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A INFLUÊNCIA DO DISCURSO MIDIÁTICO NA FORMAÇÃO DA IDENTIDADE MASCULINA
 GRUPOS DE LEITURA SUPERVISIONADA
Autores: Patrícia Mingote, Jéssica Vargas, Robert Eduardo, Lucas Eugênio, Marcos Gonçalves
Instituição: Curso de Direito da Faculdade Doctum de Juiz de Fora
Professor e Orientador: Cláudio Roberto Santos
REFERÊNCIAS:
OLIVEIRA, Francisco de; GHILARDI-LUCENA, Maria Inês (orgs.). Representações do Masculino: mídia, literatura e sociedade. Campinas: Alínea, 2008. Disponível em <https://revistas.ufg.br/fef/article/view/6937/6000
WELZEL-LANG, Daniel. A construção do masculino: dominação das mulheres e homofobia. Estudos feministas. 2001
INTRODUÇÃO: Sempre que questões de gênero são discutidas o assunto discorre sobre mulheres e grupos LGBT, mas questões igualmente importantes ficam de lado neste debate, quase nunca se busca compreender como o masculino se constrói, ele é dado como natural, mas não é, parafraseando Simone de Beauvoir, que disse que não se nasce mulher, se torna; também o menino não nasce homem, ele se torna homem num processo de construção de gênero que é restritivo, violento e muitas vezes cruel dentro e fora da família, desde a mais tenra idade, no grupo de amigos, na educação, no esporte e principalmente no discurso midiático.
PALAVRAS-CHAVE: MASCULINO – IDENTIDADE – FEMINISMO – MÍDIA – CULTURA
PROBLEMA DE PESQUISA: É preciso refletir sobre como o discurso midiático atua na construção do masculino. Este discurso se manifesta impondo ao homem um padrão ideal do que ele deveria ser, o que deveria alcançar para ser perfeito e másculo, o que fazer para ser bem sucedido, um homem de verdade. A mídia tem um poder enorme de incitar comportamentos e atitudes, influenciando as escolhas das pessoas, obrigando-as a perseguir padrões de trato social, perfeição física e sucesso financeiro.
OBJETIVOS: Nas capas das revistas masculinas, nos filmes, séries e novelas, o homem ideal é aquele que ostenta um corpo com músculos definidos, aparência bem cuidada, acessórios caros, roupas da moda, mostra virilidade, excelente desempenho atlético e profissional, grande competência e alcança todo objetivo a que se propõe. É um campeão, dominante, belo, forte, viril, cercado de lindas mulheres, proprietário de um veículo possante.
 
 
No futebol, esporte preferido e paixão nacional, o discurso midiático é de que o menino/homem é heterossexual, nasceu para vencer, e mostrar seu valor. Atletas campeões são convidados para campanhas publicitárias e ganham muito dinheiro fazendo merchandising de cosméticos, acessórios e produtos sofisticados.
MÉTODO: É preciso refletir como esta imposição do discurso midiático afeta o homem médio. É quase impossível pra maioria alcançar este padrão ideal, criando frustações, decepções e baixa autoestima e acarretando todas as consequências causadas por estes males espirituais.
Há uma desconstrução do masculino em curso no discurso midiático atual, hoje é comum a mídia mostrar um pai que conversa e brinca com os filhos, coisa impossível de ver há um tempo atrás ( Vitor Belfot, Luciano Huck), homens que gostam de cozinhar e se sentem felizes participando dos afazeres domésticos (ator Rodrigo Hilbert), pais carinhosos (ex: Kaká e Fábio, goleiro do Cruzeiro).
RESULTADOS ALCANÇADOS: Os padrões de condutas impostas aos homens contemporâneos pela mídia admitem desvios ou saídas, pois assim como a sociedade a cultura também evolui. Vislumbramos sempre no horizonte a possibilidade de se sair desse esquema, dos limites colocados culturalmente, em busca de uma sociedade mais igualitária e com menos exaltação da virilidade. A saída proposta se apoia num desmoronamento do que hoje à luz da contemporaneidade passou a ser antiquado, derrubando o mito de hierarquia entre os sexos e raças e a opressão de gênero.
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