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TEATRO DE FANTOCHES
O teatro de fantoches, de bonecos ou de marionetes é a expressão teatral que caracteriza as encenações realizadas, respectivamente, com fantoches, marionetes ou bonecos. É ainda mais autêntico aquele no qual seus elementos – palco, cenários, cortinas, entre outros – são estritamente criados para determinada representação.
O fantoche remonta aos tempos ancestrais e tem executado um papel significativo na história das civilizações. Ele está especialmente ligado aos primitivos cultos animistas, os quais consideram que tudo no Universo é portador de alma e, por extensão, de sentimentos, desejos e até mesmo de inteligência. Assim, determinados objetos eram considerados sagrados, entre eles as máscaras e os fantoches. 
Este instrumento teatral conferia aos seres que os utilizavam poderes mágicos, caracterizando-os como personas intermediárias entre os povos primitivos e seus deuses. As pessoas conferiam tal sacralidade ao fantoche que ele realmente parecia sustentá-las espiritualmente.
Ao se tornar portador do fantoche, o personagem adquiria poderes que o convertia em um profeta, um ser sagrado, um exorcista. Portanto, somente um iniciado nos conhecimentos sacros poderia usar suas mãos para dar vida ao fantoche, em uma cerimônia especialmente preparada para essa encenação.
Na era clássica os fantoches estavam dispostos principalmente dentro dos templos; eram bonecos de grande porte conduzidos igualmente durante as procissões de iniciação. Eles se desenvolvem particularmente a partir do século VII, com a adoção de estátuas semelhantes ao Homem. Estes fantoches que imitam as feições humanas são então escolhidos cada vez mais para estes eventos religiosos, assumindo um estilo que ainda hoje marca as representações do teatro de fantoches.
Como esta modalidade lembrava demais os antigos ritos animistas, a Igreja começou a proibir as encenações dentro dos templos. Esta atitude deu origem aos teatros itinerantes, os quais reduziram o porte de forma a poder circular aqui e ali com suas representações, especialmente pelas ruas e em festas empreendidas no interior dos palácios.
Ao longo do Renascimento eles são novamente resgatados no seio das Igrejas, apresentando-se também nos pátios residenciais e nas festas realizadas durante as feiras. A plateia se populariza e o teatro de fantoches assume uma postura mais satírica, impregnada de humor. Ele tem um papel importante nesse período, chegando até mesmo a preservar o Teatro Inglês quando este é interditado durante 18 anos.
Seguindo a evolução histórica, os fantoches foram se transmutando conforme as necessidades de cada época, não se atendo jamais ao passado. Assim, eles estão sempre em metamorfose, constantemente assumindo novas formas. Esta modalidade teatral preserva sempre, porém, seu caráter ambulante, ao encenar seus espetáculos não só nos teatros convencionais, mas também nas ruas, nas praias, nos espaços ao ar livre diante das Igrejas.
Na América, o surgimento do Teatro de Bonecos aconteceu por volta do século XVI, época dos grandes descobrimentos, o que contribuiu muito para sua divulgação no mundo inteiro. Confeccionado muitas vezes, semelhante à nossa imagem, o boneco se torna um ser misterioso em torno do qual podemos construir um mundo.
 No palco toma vida própria através das mãos do manipulador, conta história e transforma a vida numa magia que muitas vezes nos faz sair da realidade pelo seu grande poder de sugestão. Toda a sua expressão se concentra no movimento.
      Este instrumento teatral conferia aos seres que os utilizavam poderes mágicos, caracterizando-os como personas intermediárias entre os povos primitivos e seus deuses. As pessoas conferiam tal sacralidade ao fantoche que ele realmente parecia sustentá-las espiritualmente.
      Ao se tornar portador do fantoche, o personagem adquiria poderes que o convertia em um profeta, um ser sagrado, um exorcista. Portanto, somente um iniciado nos conhecimentos sacros poderia usar suas mãos para dar vida ao fantoche, em uma cerimônia especialmente preparada para essa encenação.
      Na era clássica os fantoches estavam dispostos principalmente dentro dos templos; eram bonecos de grande porte conduzidos igualmente durante as procissões de iniciação. Eles se desenvolvem particularmente a partir do século VII, com a adoção de estátuas semelhantes ao Homem. Estes fantoches que imitam as feições humanas são então escolhidos cada vez mais para estes eventos religiosos, assumindo um estilo que ainda hoje marca as representações do teatro de fantoches.
      Como esta modalidade lembrava demais os antigos ritos animistas, a Igreja começou a proibir as encenações dentro dos templos. Esta atitude deu origem aos teatros itinerantes, os quais reduziram o porte de forma a poder circular aqui e ali com suas representações, especialmente pelas ruas e em festas empreendidas no interior dos palácios.
  Ao longo do Renascimento eles são novamente resgatados no seio das Igrejas, apresentando-se também nos pátios residenciais e nas festas realizadas durante as feiras. A platéia se populariza e o teatro de fantoches assume uma postura mais satírica, impregnada de humor. Ele tem um papel importante nesse período, chegando até mesmo a preservar o Teatro Inglês quando este é interditado durante 18 anos.
      Seguindo a evolução histórica, os fantoches foram se transmutando conforme as necessidades de cada época, não se atendo jamais ao passado. Assim, eles estão sempre em metamorfose, constantemente assumindo novas formas. Esta modalidade teatral preserva sempre, porém, seu caráter ambulante, ao encenar seus espetáculos não só nos teatros convencionais, mas também nas ruas, nas praias, nos espaços ao ar livre diante das Igrejas.
 
•TIPOS-DE-BONECOS
Existem muitos tipos de bonecos. Cada tipo tem suas características específicas, e exige sua linguagem dramática especial. Certos tipos só se desenvolvem sob determinadas condições culturais e geográficas. Os tipos mais importantes são assim classificados:
FANTOCHES - bonecos de mão ou de luva
Esse tipo possui corpo de tecido, vazio, que o manipulador veste na mão; ele encaixa os dedos na cabeça e nos braços para movimentá-los. A figura é vista só da cintura para cima e geralmente não tem pernas. A cabeça pode ser feita de madeira, papier-maché, ou borracha, as mãos são de madeira ou de feltro. O modo de operação mais comum é usar o dedo indicador para a cabeça, e o polegar e o dedo máximo para os braços. Esse é o típico show de fantoches apresentado ao ar livre por toda a Europa. A vantagem do fantoche ou boneco de mão é a sua agilidade e rapidez; a limitação é seu tamanho reduzido e os movimentos de braços pouco eficientes.
BONECOS-DE--VARA
São figuras também manipuladas por baixo, mas de tamanho grande, sustentadas por uma vara que atravessa todo o corpo, até a cabeça. Outras varas mais finas podem ser usadas para movimentar as mãos e, se necessário, as pernas. Esse tipo de figura é tradicional nas ilhas indonésias de Java e Bali, onde são chamadas de wayang golek.  Em geral, o boneco de vara é adequado a peças de ritmo lento e solene, mas são muitas as suas potencialidades e grande a sua variedade. Porém é muito exigente quanto ao número de manipulares, exigindo sempre uma pessoa por boneco, e às vezes duas ou três para uma única figura.
MARIONETES-OU-BONECOS-DE-FI
São figuras grandes controladas por cima. Normalmente são movimentadas por cordões ou fios que vão dos membros para uma cruzeta de controle na mão do manipulador. O movimento é feito por meio da inclinação ou oscilação da cruzeta de controle, mas os fios são também puxados um a um quando se deseja um determinado movimento. Uma marionete simples pode chegar a ter nove fios: um em cada perna, um em cada mão, um em cada ombro, um em cada orelha (para mexer a cabeça) e um na base da coluna, para fazer o boneco se inclinar. Efeitos mais detalhados podem exigir o dobro ou o triplo desse número. A manipulação de uma marionete de muitos fios é umaoperação complexa que exige grande treinamento. 
TEATRO-DE-SOMBRAS
Trata-se de um tipo especial de figura plana, utilizada para projetar sombras em um telão semitransparente. Podem ser recortadas em couro ou qualquer outro material opaco, como nos teatros tradicionais de Java, Bali e da Tailândia, além do tradicional "sombras chinesas" da Europa do século XVIII; nos teatros tradicionais da China, Índia, Turquia e Grécia, e em diversos grupos modernos da Europa, as figuras podem ser recortadas também em couro de peixe ou em outros materiais transparentes.       Elas podem ser operadas por baixo, com varas, como no teatro javanês; com varas que ficam em ângulo reto com a tela, como nos teatros chinês e grego; ou por meio de cordões escondidos atrás dos bonecos como nas sombras chinesas. O teatro de sombras não precisa se limitar a figuras planas. Ele pode lançar mão também de figuras tridimensionais.
A PEÇA
TEATRO DE FANTOCHE – O Riozinho e seu amigo Pinhão
Narrador------------------------------
PERSONAGENS-------------------------- 
Cuca----------------------------------------
Rio----------------------------------------
Joãozinho-------------------------------
Maria--------------------------------
Pinhão----------------------------
                               
NARRADOR: Em uma mata muito linda, bem próxima da nossa Mata Atlântica, cheia de pinheiros, moravam pássaros como (quem conhece os passarinhos de nossa mata?) e animais como (quem conhece os animais da floresta?). Vocês conseguem ouvi-los? Lá, passando todo charmoso, um pequeno riozinho corria toda floresta. E seu melhor amiguinho era o Serelepe, um esquilinho muito inteligente chamado Pinhão.
1º ATO:
NARRADOR: Riozinho (que às vezes se transformava em fada do rio e podia sair voando para onde quisesse) ficou sabendo pela bruxa da floresta, a Cuca, que o seu fim seria arrasador. Ela mostrou sua vida quando ele chegasse até a cidade ...
CUCA: Riozinho, todos dizem que eu sou a bruxa malvada, mas hoje, em meu caldeirão mágico, vi  que não sou eu a malvada. Vou te levar para a cidade, para você ver o que estão fazendo com você.
RIO: Mas ... mas ... por que?
CUCA: Veja!
RIO: Quem são eles?
CUCA: O bicho homem.
RIO: Ai, estão jogando as coisas em mim. Ai! Ai! Ai! E agora esta coisa fedida. Ui! Que nojo!!!
NARRADOR: E começou a ouvir e ver o que eles faziam. Enquanto isto, na beira do rio, duas crianças estavam conversando. Uma era a inteligente MARIA e o pequeno JOÃOZINHO.
MARIA:  Por que você está jogando esta garrafa aí, Joãozinho?
JOÃOZINHO: Por que não quero mais.
MARIA: Mas você não ouviu a professora dizer que o lixo vai para o lixo e não no Rio?
JOÃOZINHO: Ah! Mas aqui é mais fácil.
MARIA: É, isto porque você não ouviu o que eu ouvi, a Professora me contou. Quer escutar?
JOÃOZINHO: Quero
NARRADOR: Joãozinho e Maria sentaram então embaixo de uma árvore frondosa na beira do rio e Maria começou a contar o que a Professora Maricota tinha lhe explicado:
2º ATO
NARRADOR : Em uma mata muito linda, bem próxima da nossa Mata Atlântica, cheia de pinheiros, moravam pássaros como (quem conhece os passarinhos de nossa mata?)e animais como (quem conhece os animais da floresta?). Bem, isto vocês já ouviram ... vamos à historinha. O dia acordou agitado, com um rio muito chorão:
RIO: Ah! Que nojo! Ah! Cof! Cof! Cof!
PINHÃO: Ooooo que que Fo-fo-foi, Rio?
NARRADOR: Bastante assustado o Pinhão foi buscar um xarope de ervas que ele tinha aprendido a fazer com os índios para dar ao Rio.
RIO: Não, obrigada, xarope não vai curar minha doença.
NARRADOR: Pinhão, já meio bravo pelo escândalo que o Riozinho estava fazendo, perguntou aborrecido:
PINHÃO: O que te cura então chorão?
RIO: Cof! Cof! Agrh! As pessoas, só as pessoas.
PINHÃO: Por que as pessoas?
RIO: Cof! Cof! Agrh! Porque eles são os culpados “oras bolas caçarolas” . Veja só, a Cuca me levou para o lugar onde passarei quando crescer. É a cidade, onde as pessoas vivem. E sabe o que vi?
PINHÃO: O que?
RIO: Cof! Cof! Agrh! Que nojo! Além de jogarem lixo nas minhas águas ...
NARRADOR: Sabem o que é lixo? Tudo o que a gente não precisa ou não quer mais, certo?
RIO: Ah! Seu chato! Não me interrompa. Bem, além de jogarem lixo nas minhas águas, estão matando meus peixinhos (matando mesmo, sabe o que eles estavam jogando? Veneno, eu vi, uma lata cheia de veneno). Sem contar outras coisas como móveis, garrafas de refrigerante, sacos de salgadinhos, esgoto das casas e das fábricas. E, para completar, eles cortaram todas as árvores em volta de mim. Estas que sempre me protegeram. Aí começou a encher de terra meu leito, mas não era uma terra comum, era uma terra cheia de veneno que vinha da lavoura deles.
PINHÃO: Nossa, Rio! Que experiência, hem?
RIO: Não terminou. O ar de lá, por causa das fábricas e dos carros, era todo poluído, tinha uma fumaça preta. Sabe que esta fumaça está acabando com o pulmão de muitas crianças e adultos, né?
PINHÃO: É Rio, você tem razão, as pessoas são culpadas. O remédio para a natureza são as pessoas terem mais amor e respeito pela mãe natureza.
RIO: Pinhão! Você sabia que o Brasil produz um moooonte de lixo? E Campo Magro também? Um mooonte assim (Rio mostra com os bracinhos o moooonte de lixo que está no chão)
PINHÃO: Sério? E onde elas jogam tudo isto?
RIO: Além de jogar em mim? Bem, você sabe que alguns destes lixos demoram um tempão para a Mãe Natureza decompor. E estes lixos são um problemão.
NARRADOR: Pinhão, que era o bichinho mais inteligente da mata e sabia tudo, disse:
PINHÃO: Mas, Rio, acho que temos uma solução: a RECICLAGEM. Sabe o que é?
RIO: Não, o que?
PINHÃO: É reutilizar o lixo para fazer outro objeto novinho. E sabe o que é o melhor disto? É que, reciclando, ninguém precisa explorar e destruir a natureza, seja cortando árvores para fazer papel ou contaminando os rios em busca de minérios para fazer latinhas.
RIO: Legal! Reciclar é uma boa idéia. Como podemos fazer?
PINHÃO: A gente separa o lixo de acordo com os materiais.
NARRADOR: Alguém aqui pode ajudar o Rio e o Pinhão para separar o lixo? (enquanto isto, as crianças pegam o que foi jogado e coloca em lixos adequados que estará ali na sala). Fiquem ligados nas cores de cada lixo e no que significa cada símbolo. Se na sua rua não passa o lixo que não é lixo, falem para seus pais e vizinhos cobrarem da Prefeitura. E você poderá ensiná-los a separar o lixo e quando seu pai fritar batatinhas para você, não esqueça, peça para ele jogar o óleo na garrafa pet para você poder trazer aqui na escola. A escola sabe onde reciclar e nós sabemos que não pode ser no buraco da pia, não é? Não queremos o nosso riozinho mais triste ainda.
NARRADOR: Maria termina se despedindo de Joãozinho. No outro dia ...
3º ATO
NARRADOR: Maria passa na casa de Joãozinho para irem juntos à escola.
MARIA: Joãozinhoooooo, vamos! Estamos atrasados.
JOÃOZINHO: Eu estava ajudando meu pai a limpar a casa e arrumar tudo.
NARRADOR: Quem de vocês ajuda o papai e a mamãe em casa?
MARIA: Consertaram o vazamento?
JOÃOZINHO: Que vazamento?
MARIA: Este que fez sua calçada ficar molhada. Lá em casa isto acontece quando tem vazamento.
JOÃOZINHO: Hahaha, não é vazamento sua boba, meu pai lavou a calçada com a mangueira e sabão e deixamos bem limpinha.
MARIA: O que? Vocês usaram água tratada, boa para beber, para lavar a calçada? Que horror!!! Você não viu que estava faltando água na semana passada?
JOÃOZINHO: Sniff! Sniff! Eu não sabia, vou falar para o papai usar a água da roupa que ele lavou. Aí pode?
MARIA: Ah! Joãozinho! Está enfim aprendendo. Aí pode, com certeza.
JOÃOZINHO: Maria! Nunca mais vou jogar lixo no chão e muito menos perto de um rio. Já aprendi que é preciso separar o lixo, não é? Já estou explicando para minha família e vizinhos. Agora estão todos separando direitinho.
NARRADOR: A Cuca, feliz por ver que as crianças tinham aprendido, resolveu levá-los para a floresta para conhecer de perto o pequeno Riozinho e o seu inteligente amigo Pinhão.Lá eles puderam entender melhor o que a Mãe Natureza quer que eles façam. Sabem o que é? Conscientizar os homens para que protejam a Natureza.

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