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direito penal II; segundo bimestre prof. guilherme andrade estrutura da tipicidade ativa culposa só se fala em crime culposo se a lei assim expressa. o elemento “culpa” é sempre explícito. ex: art 121; homicídio culposo ❏ § 3º se o homicídio é culposo: ❏ pena - detenção, de um a três anos. culpa é violação de um dever objetivo de cuidado, que é manifestado em uma conduta que produz um resultado que não foi desejado nem consentido pelo agente. art. 18 - diz-se o crime: crime culposo; II - culposo, quando o agente deu causa ao resultado por imprudência, negligência ou imperícia. três modalidades de culpa: imprudência (culpa ativa); fazer mais do que aquilo que a lei permite ou fazer o que a lei não permite. É um agir com excesso. ex: motorista acima da velocidade permitida. negligência (culpa omissiva); fazer menos daquilo que era devido ou não fazer algo que era obrigatório. é uma insuficiência. inobservância do dever. ex: médico que esquece bisturi dentro de paciente. imperícia; falta de técnica necessária para realizar determinada atividade. ex: engenheiro elétrico que assina um projeto de construção de um grande edifício. tal profissional não tem conhecimento técnico para o fazer; o profissional habilitado é o engenheiro civil. ❏ o sujeito que cumpriu todos os deveres de cuidado não assume responsabilidade penal culposa ❏ pode haver uma lei (em sentido amplo) que expressamente diz qual é o dever de cuidado (exemplo: código de trânsito), mas também pode haver um dever implícito, que é um dever geral de cuidado. sempre que há uma conduta que gera algum risco, o cuidado deverá ser tomado para evitar esse resultado. ❏ só haverá culpa relevante para o direito se essa conduta produzir um resultado. E tal resultado tem que ser punível penalmente ❏ resultados imprevisíveis não geram responsabilidade penal culposa tipicidade legal não existem elementos subjetivos. não se pergunta se o sujeito queria, sabia ou aceitou. elementos; cinco elementos sempre presentes. crimes culposos são materiais. . produção de um resultado; nem toda violação de cuidado é punida penalmente. só as que produzem resultado. É o resultado que vai selecionar as violações no dever de cuidado. . nexo de causalidade; o vínculo entre a conduta do agente e o resultado ilicito. . violação de um dever objetivo de cuidado; elemento central. É a culpa propriamente dita. Quando o dever é implícito é difícil identificar se o sujeito cumpriu ou não. Doutrina estabelece parâmetros para identificação da violação do dever em casos concretos; . relação de determinabilidade; relação entre a violação de dever de cuidado e resultado. existe relação de determinabilidade quando, no caso concreto, a violação do dever de cuidado foi determinante para a ocorrência do resultado. quando o resultado não é determinado pela violação não é possível responsabilizar culposamente o agente. . previsibilidade objetiva; Se a conduta do sujeito produz um resultado mas este era imprevisível, não é possível a atribuição de responsabilidade penal culposa. só somos capaz de prevenir o que somos capazes de prevermos. observação: a culpa pode receber uma classificação de culpa consciente ou inconsciente. nas duas existe previsibilidade objetiva. ● culpa consciente: é quando o sujeito previu. se difere do dolo eventual pois na culpa consciente não há consentimento com a previsão. ● culpa inconsciente: em algumas situações do crime culposo o resultado é previsível mas o sujeito, por alguma razão, não previu aquilo. nessas situações isso se chama culpa inconsciente. OMISSÃO; é descumprir a norma impositiva que manda alguém fazer algo. Descumprir a norma é não fazer tal coisa. Omissão própria; somente omissão de dever de agir. Crimes que não exigem nenhum resultado. Nesse quesito quem vai ser punido é a própria omissão. Omissão imprópria; dever de agir para evitar resultado concreto. Exige presença do nexo entre o nexo causal entre conduta omitida e o resultado. exemplo: Os pais(garantes) devem agir para evitar que seus filhos morram. Aquele que tinha o dever de agir para evitar a ocorrência de um resultado mas se omite e permite que ele se produza será punido como se tivesse ativamente o causado. pune-se pelo resultado, e só a quem tem dever especial de evitar o resultado. Estrutura da tipicidade omissiva; Tipicidade legal
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