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ENTRETENIMENTO X SAÚDE COM USO DE ANIMAIS

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Faculdade Anclivepa
Danielle Rodrigues Barbosa
Giovanna C. Santalucia de Souza
Josienne Passos Coqueiro
Nábilla S. de Andrade Silva
Victor Rodrigues Barbosa
Educação e Saúde Ambiental
A Ética na Utilização de Animais Para Benefício Humano
São Paulo/SP
2019
Introdução:
Desde os primórdios, o homem primitivo já convivia com animais. Os lobos e cães foram os primeiros animais a serem domesticados. Eram utilizados nas caçadas e também ofereciam segurança e proteção territorial. Os equinos serviam como meio de transporte e posteriormente também participavam das batalhas da época.
Ao longo dos anos, a convivência e interação entre humanos e animais vem sofrendo adaptações e sendo redesenhadas através de sólidas alianças entre estas espécies que podem ser observadas por diversos ângulos: lazer, companhia, esportes, entre outros. E o que se pode afirmar é que o vínculo afetivo e o apego entre eles vêm aumentando incessantemente, a ponto de considerarem seus pets como membros da família.
Porém, toda essa mudança e evolução no relacionamento entre animais e pessoas fez-se notar diversas formas de utilizá-los para benefício humano que vão desde entretenimento até o uso dos mesmos em função de melhorar a nossa saúde. Mas a questão é: enquanto somos amplamente beneficiados por diversas espécies, quais as consequências disso na vida destes seres?
Constantemente são noticiados casos de maus tratos de animais que passaram a vida sendo explorados como forma de diversão. Como exemplo destas práticas ilegais, podemos citar o uso dos mesmos como atração turística, circos, zoológicos, aquários, touradas, rodeios, domesticação de animais silvestres, entre outros.
Em todos estes meios de distração, são evidentes os maus tratos que os animais sofrem mesmo que possuam uma boa infraestrutura local e acompanhamento diário, visto que são condenados a passar a vida enjaulados e presos em espaços muito menores que seu habitat e, também, com hábitos e rotinas que não são parte de sua essência natural, mas adquiridos através de treinamentos obrigatórios em que os mesmos não optaram por vivenciar.
Por outro lado, o convívio com animais acarreta muitos benefícios em nossas vidas e, através de diversas análises sobre essa relação humano-animal, foram descobertos inúmeros benefícios para a saúde física e mental das pessoas já que este convívio gera inúmeras vantagens, tais como: alívio em situações de tensão, disponibilidade ininterrupta de afeto, maior tendência a sorrir, companhia constante, amizade incondicional, contato físico, proteção e segurança, fazendo a pessoa ter o que fazer e no que pensar.
Os animais têm características que ainda precisam ser amplamente estudadas. Eles podem captar nossos sentimentos, expectativas e intenções, além de serem capazes de reconhecer nossa linguagem corporal e por meio dela captar nosso estado de espírito. Também por meio das alterações químicas que ocorrem em nosso organismo podem identificar como está nosso humor, nossa saúde e nosso estado geral, uma vez que possuem o olfato mais apurado que o nosso, além de captar frequências sonoras não detectáveis para nós, seres humanos. (Dukes, 1996).
Estudos comprovaram também, que pessoas que interagem com animais constantemente tendem a apresentar níveis controlados de estresse e de pressão arterial, além de estar menos propensos a desenvolver problemas cardíacos. (Vicária, 2003). Além disso, foi constatado que a presença de animais em ambiente hospitalar reduz o tempo de internação, interferindo, inclusive, no humor das equipes médicas.
Atualmente este recurso denominado zooterapia, a qual utiliza o animal como instrumento para promover o bem-estar e saúde do homem, se encontra em expansão sendo alvo de pesquisas em todo o mundo, esse tipo de terapia é uma realidade ao longo da história da sociedade, embora seja ainda relativamente pouco estudada. Diversas técnicas de zooterapia têm sido desenvolvidas e aplicadas no tratamento de diferentes enfermidades, envolvendo principalmente a Cinoterapia (cães), a Equoterapia (cavalos) e a Delfinoterapia (golfinhos). (Silva, 2011).
A Terapia Assistida por Animais (TAA) não substitui tratamentos convencionais e deve ser associada a outras terapêuticas para promover a saúde física através de três mecanismos básicos que incluem a redução da solidão e da depressão; diminuindo a ansiedade, os efeitos do sistema nervoso simpático e aumentando o estímulo para prática de exercícios. Pode ser aplicada em áreas relacionadas ao desenvolvimento psicomotor e sensorial, no tratamento de distúrbios físicos, mentais e emocionais, em programas voltados para a melhora da capacidade de socialização ou recuperação de autoestima. E é indispensável o acompanhamento de uma equipe multidisciplinar preparada para determinar o método mais adequado a ser aplicado, de forma a garantir o bem-estar dos pacientes e também dos animais envolvidos.
Ao nos aprofundarmos nos aspectos relacionados a zooterapia, constatamos que, com raras exceções, a grande maioria dos animais que participam destes tratamentos também são favorecidos através de acompanhamento diário, troca de carinho constante, boa alimentação e uma vida saudável.
Com base em nossas pesquisas, nossa intenção é demonstrar que o uso de animais para benefício humanos deve ser feito com ética e consciência, de forma a anular o sofrimento dos mesmos e fazendo também com que estes benefícios sejam feitos reciprocamente. Utilizaremos a TAA como uma sugestão favorável também aos animais e comprovaremos o quanto o uso dos mesmos para entretenimento é, quase sempre, cruel e exploratório.
DESENVOLVIMENTO:
Os benefícios do convívio homem X animal são indiscutíveis e podemos até considera-los óbvios pois são facilmente constatados no nosso dia-a-dia. 
Porém, ao contrário do que muitos pensam, animais não devem ser vistos como fonte de divertimento pois os mesmos são submetidos a intensos sofrimentos que podem inclusive leva-los a morte, como veremos em alguns casos no decorrer deste trabalho.
Mas, ainda objetivando o benefício humano através deles, abordaremos a zooterapia como uma forma de utiliza-los de maneira ética, saudável e gerando uma troca de “favores”.
De acordo com a Dra. Lisandra (psicóloga) a zooterapia consiste na presença de um animal terapeuta, este que deve ser devidamente adestrado tendo a parceria de veterinários e um auxiliar psicólogo. Como futuros veterinários devemos observar o bem-estar desses animais. 
O USO DE ANIMAIS PARA NOSSO ENTRETENIMENTO
O uso de animais para entretenimento humano é uma prática muito comum em vários países, e pode ser justificado por muitos devido a rentabilidade econômica gerada e pelo direito garantido ao povo à livre manifestação cultural e ao lazer. Entretanto, por trás dos benefícios aparentes, fica camuflado todo o sofrimento vivenciado pelos animais que são os protagonistas deste espetáculo cruel e irresponsável. 
Uso de Animais em Espetáculos e Como Atrações Turísticas
Existem diversas atrações turísticas que envolvem animais como protagonistas e a realidade deste cenário é bem diferente daquela vivenciada no momento de diversão.
O exemplo mais conhecido de shows com animais sendo a principal atração é o parque temático SeaWorld localizado em Orlando, Flórida (EUA). A clássica apresentação que encanta gerações há tantos anos esconde uma realidade triste e cruel, a qual a maioria das pessoas não consegue identificar por falta de conhecimento e informações.
No parque, os animais ficam confinados em tanques extremamente pequenos que lhes permite somente nadar em círculos ou flutuar inertemente. Além disso, o som emitido por seus sonares bate nas paredes dos tanques e volta, levando os pobrezinhos a imenso estresse e até mesmo enlouquecendo-os. Comparando com a vida em seu habitat natural, em mar aberto as orcas podem nadar até 160 quilômetros por dia e os golfinhos até 96 quilômetros.
Essa condição de confinamentointerfere diretamente na qualidade de vida e comportamento destes animais. As orcas tornam-se agressiva. Enquanto no mar nunca houve nenhum relato de ataques a seres humanos, em cativeiro no SeaWorld, já são mais de cem episódios.
Além disso, o tempo médio estimado de vida das orcas no mar é de 30 a 50 anos, sendo o máximo de 60 a 70 anos para machos e de 80 a mais de 100 anos para fêmeas. No parque em questão, o tempo médio de vida é de 13 anos.
Existem inúmeras declarações de treinadores que vivenciaram a rotina destes animais no parque e os mesmos garantem que não chega nem perto do ideal as condições de vida oferecidas aos mesmos. Problemas que vão desde queimaduras solares geradas devido ao fato de os bichinhos serem forçados a ficar sobre a superfície dos tanques rasos, até prolapso de nadadeiras dorsais provenientes de ferimentos que não ocorrem em ambiente natural.
Outro problema é que, em consequência do estresse, ansiedade e tédio, as orcas em cativeiro roem as barras de ferro e as laterais de concreto dos tanques, ocasionando a quebra de seus dentes, o que pode levar a infecção. Assim, quando isso acontece, as orcas são condenadas a passar diariamente por um processo doloroso para desinfetar a área, sem ao menos receber sedação.
Existem inúmeros outros exemplos em que os animais são utilizados como protagonistas de shows e eventos e entre eles, podemos citar os circos, que capturam animais de diferentes espécies, que possuem necessidades individuais e que obviamente não são atendidas, levando-os assim a um sofrimento desnecessários e intenso com o único objetivo de obter lucro através de suas apresentações.
Em 42 países, a exploração de animais pelos circos já foi proibida e no Brasil, somente em alguns estados como Goiás, Alagoas, Espírito Santo, Mato Grosso do Sul, Minas Gerais, Paraíba, Paraná, Pernambuco, Rio de Janeiro, Rio Grande do Sul e São Paulo.
De acordo com nossas pesquisas, para atender este “divertimento”, os animais são verdadeiramente maltratados, torturados e posteriormente abandonados, forçando assim, que o Ibama tenha que agir emergencialmente para resgatá-los.
 
Exposição de Animais em Zoológicos
Segundo a lei 7.173 de 1.983: jardim zoológico é qualquer coleção de animais silvestres mantidos vivos em cativeiros ou em semiliberdade, expostos a visitação pública cuja proposta é atender a necessidades socioculturais e objetivos científicos.
Podemos afirmar que os zoológicos são necessários e importantes para a conservação das espécies, educação ambiental e também para a realização de pesquisas. Neles, podemos encontrar abrigadas, cerca de 15% dos animais ameaçados de extinção e estas deveriam ser as únicas finalidades destes ambientes, considerando que muitos animais estão ameaçados de extinção e precisam urgentemente de nossa colaboração para que não haja exterminação dos mesmos.
Nos zoológicos que desenvolvem seu papel com excelência, o principal foco está na reprodução assistida destes animais para viabilizar a existência das espécies ameaçadas e garantir a continuação de cada uma. Porém, para obter resultados positivos, são necessários programas de enriquecimento ambiental, alimentação adequada e recintos que produzam condições semelhantes às naturais que são de importância fundamental para evitar impacto no comportamento e saúde dos bichos.
Cabe a nossa sociedade a função de cobrar e fiscalizar a gestão destas instituições para verificar a maneira em que seu papel vem sendo desempenhado. Assim, tais questões devem ser abordadas entre a população que desfruta do entretenimento e dos serviços, o poder público que deve garantir através da legislação o bem estar de pessoas e animais e também as empresas que podem contribuir financeiramente com pesquisas e investimentos em educação ambiental.
Diversas notícias já foram divulgadas comprovando a falta de ética e irresponsabilidade no cuidado com estes animais, como por exemplo o gorila Harambe de dezessete anos que foi abatido na frente de todos os visitantes do zoológico de Cincinnati (EUA), após um garoto de quatro anos cair dentro de seu cativeiro e ficar junto ao animal por mais ou menos dez minutos.
 Há também o caso do urso polar Arturo que ficou conhecido como “o mais triste do mundo” após ter entrado em depressão com a morte de sua companheira de jaula e ter tido sua situação agravada dia após dia devido as más condições em que vivia, devido ao fato de ter vivido durante vinte e dois anos em um zoológico em Mendoza, na Argentina, onde as temperaturas podem chegar a 40ºC. O animal sofreu muito durante o decorrer de sua vida e chegou a um estado tão crítico, que passava o dia desenvolvendo movimentos repetitivos, que demonstravam sua situação gravíssima de estresse emocional. 
O propósito dos zoológicos se perdeu e atualmente podemos encontrar inclusive instituições que são acusadas de sedar os animais diariamente para que os mesmos fiquem imóveis satisfazendo assim, a expectativa das pessoas de tirar fotos ao lado deles. Apesar de não ser comprovado, como explicar o fato de poder entrar em jaulas com tigres, leões e outros animais selvagens para tirar fotos? O caso é vinculado ao Zoo Lujan, na Argentina.
Rodeios, Touradas e Vaquejadas
Domesticação de Animais Silvestres
Existem inúmeras pessoas que sonham em tirar fotos com tigres, nadar com golfinhos e montar elefantes, por exemplo e não tem consciência de todo o abuso que ocorre por trás dessas atrações.
Em muitos casos, os animais passam por grande sofrimento e dor, já que são treinados desde pequenos para agradar os turistas, são criados em cativeiros que na maioria das vezes não possuem condições adequadas para garantir o bem-estar destes bichos.
Vamos fazer um breve detalhamento sobre algumas atrações que envolvem o uso de animais silvestres:
Passeios em elefantes: os filhotes são tirados de suas mães visando a submissão dos mesmos e são mantidos em uma jaula pequena ou presos com cordas e correntes evitando assim sua movimentação. O animal passa a ser dominado através do uso de ganchos pontiagudos de metal ou ripas de madeira. Estes, devido ao comportamento, não costumam receber com frequência o atendimento veterinário, o que facilita assim a incidência de doenças.
Fotos com tigres: os animais são mantidos em pequenas jaulas com piso de concreto, sob forte estresse. Muitos apresentam problemas comportamentais como agressividade excessiva e movimentos repetitivos. Vale ressaltar que quando estes animais não desempenham corretamente seu papel em suas atrações, recebem punições como limitação de alimento. Os filhotes são expostos aos turistas, para que os mesmos tirem suas fotos e abracem os animais.
Fotos com leões: com 30 dias de vida, os leõezinhos são retirados de suas mães e passam a viver em cativeiro para promover também o entretenimento turístico. Desta forma, também são submetidos a grandíssimo estresse psicológico.
Visitação a parques de ursos: estes animais são treinados para realizar truques de circo como andar de bicicleta ou balançar em uma bola. Estes são mantidos em “poços” superlotados que lhes causa alto estresse e infecções geradas por brigas entre os demais ursos.
Segurar Tartarugas Marinhas: com comportamento naturalmente tímido, uma vez manuseada, essa espécie automaticamente entra em pânico e começa a bater intensamente as nadadeiras, podendo inclusive causar fraturas e consequências piores, caso, ao se assustar, o turista acabe derrubando-a. O estresse causado pela manipulação das tartarugas pode enfraquecer seu sistema imunológico e as deixar mais suscetíveis a doenças.
Apresentação de Golfinhos: os animais muitas vezes são vítimas de crueldades e abuso nos treinamentos das apresentações iniciando pelo fato de que os mesmos são obrigados a viver confinados em ambientes pequenos demais.
O USO DE ANIMAIS PARA NOSSA SAÚDE (ZOOTERAPIA)
Cinoterapia (zooterapia com cães):
A ligação de cachorros entre seres humanos é tão positiva que eles passaram a ser também utilizados em tratamentos de zooterapia,pois cachorros são ótimos co- terapeutas, podendo ser utilizados para ajudar a hiperatividade infantil, problemas cardíacos, depressão entre outros. De acordo com a revista médica online Scientific Reports, proprietários de cachorros têm um risco menor de acidentes cardiovasculares e de morte prematura. Na Europa e no Estados Unidos, ONGS e associações levam Cães às casas de repousos ou asilos, com o intuito de encorajar os idosos a saírem de sua rotina. Cães, como outros animais evidentemente exercem uma atuação sobre a moral dos pacientes e também sobre o estado geral da saúde deles (capa saúde - 247).
Algumas raças de cachorros, são consideradas mais dóceis e fácil de serem adestradas (como Labrador, Golden Retriever, Beagle etc) desta forma são bastante utilizados na Terapia Assistida com animais. Por serem cães de raças possuem grande procura por parte dos humanos, o que influência a venda ilegal desses animais em canis clandestinos onde ficam sujeitos a diversos tipos de maus-tratos. Deve haver a instrução por parte dos veterinários a aqueles que planejam comprar os cães com intuito de serem animais terapeutas (ou não) para garantir que o animal não sofra por nenhum trauma desde o início da sua vida. 
Equoterapia (zooterapia com equinos): 
Os equinos também são bastante utilizados na TAA, para tratamento com pessoas que possuem ansiedade, síndrome de down, crianças com necessidades especiais, problemas no equilíbrio estático (indivíduos de terceira idade) ou paraplégicos. A Equoterapia é um recurso terapêutico e educacional que utiliza o cavalo dentro de uma abordagem interdisciplinar nas áreas de saúde, educação e equitação, visando a maior participação e integração dos pacientes. Durantes as sessões é importante a presença de um terapeuta, que pode ser um fisioterapeuta especializado, psicomotricista ou fonoaudiólogo. A hipoterapia gera diversos benefícios aos pacientes como, desenvolvimento de afeto, estimulação da sensibilidade tátil, melhora da postura e do equilíbrio, aumento de auto-estima, auto-confiança, melhora o tônus muscular e permite a coordenação motora.
O Papel do veterinário na Equoterapia é garantir a saúde do animal e a do paciente na prevenção de zoonoses. Os cavalos geralmente ficam em pastos ou ambientes que possuem muito mato, sendo necessário um tratamento de prevenção a parasitas, por exemplo o carrapato, uma vez que pode passar do cavalo para o ser humano. Deve também seguir o código CFMV “Identificar, caracterizar e diagnosticar casos de crueldade, abuso e maus-tratos em animais, considerando que os animais devem ser tratados observando-se os princípios de ética e bem-estar animal’’
Delfinoterapia (terapia com golfinhos):
A Delfinoterapia é uma técnica que consiste na interação do ser humano com o golfinho. A sua intenção é melhorar a qualidade de vida de crianças, adultos e idosos com problemas de saúde, enfermidades crônicas e de ordem psicológica.
Anos atrás, especialistas ingleses observaram que as crianças com autismo ou paralisia cerebral que nadavam e conviviam com golfinhos apresentavam uma melhoria em seus estados de ânimo, relaxavam com maior facilidade e tinham mais tolerância ao contato físico. 
Hoje, tem se observado que as ondas cerebrais dos pacientes na presença dos golfinhos produzem uma harmonização entre os hemisférios esquerdo e direito do cérebro que proporcionam um estado de paz e relaxamento tal como realizar uma meditação.
Benefícios da delfinoterapia:
As ondas ultrassônicas que os golfinhos emitem geram endorfinas e outras substancias que ajudam a melhorar a conexão entre os neurônios e também incentivam o funcionamento de ambos hemisférios cerebrais. Alem de ser um tratamento complementar e efetivo de crianças com Déficit de atenção e hiperatividade.
A terapia com golfinhos mostra resultados positivos em crianças com síndrome de Down, em jovens com autismo podendo auxiliar na melhora da atenção e compreensão, assim otimizando os processos de ensino, colabora no tratamento de pessoas com epilepsia, melhora as condições de pessoas com problemas motores, auditivos e de linguagem etc. 
As sessões de delfinoterapia podem ser realizadas através de nados de contato, mediante exercícios, jogos e carícias entre o animal e o paciente. Através destes contatos se incrementa o otimismo, o paciente se tranquiliza, aumentando sua confiança e sua capacidade de comunicação. Os efeitos obtidos se percebem desde o primeiro dia e se mantém por até seis meses depois da terapia, a é feita geralmente em seis sessões de 15 minutos, uma vez na semana. Nas sessões trabalham em conjunto: o golfinho, o terapeuta e o paciente.
Preços:
Os preços podem variar de 1790,00 EUR até 4.000 EUR.
(5 dias de delfinoterapia no Therapy Center in Marmaris)
Zooterapia: 
A Entidade protetora dos animais gera alguns conflitos com as técnicas de zooterapia, acusando os responsáveis de estarem se aproveitando dos animais. Mas em estudo ainda não foi comprovado se os animais são afetados emocionante ou não, durante as sessões. Alguns deles dizem que esses processos podem atrapalhar o bem-estar e a vida dos animais, porém a maioria indica que só melhora e traz benefícios para ambos.
Alguns trabalhos podem aparentar desagrado aos animais, por exemplo o relatado pela Ylinise que disse a globo, que em umas das aulas eles davam presilhas as crianças e elas prendiam nos animais, o que poderia gerar dor.
Existem diversos institutos de caráter social e cultural, com o objetivo de ter efetiva participação no resgate da cidadania das pessoas com deficiência e em sua real integração social, sem fins lucrativos como o IAD (Instituto Anjos de Deus) e o ARCV (Associação de Reabilitação Coração Valente). Ocorre também uma grande movimentação de voluntários que levam seus cães a hospitais e asilos. Infelizmente o que ocorre é a má divulgação, principalmente a população desprovida de condições sócio econômicas que precisam de tratamento. 
Conclusão: 
Diante dos fatos mencionados, percebe-se a extrema importância dos animais na promoção de melhorias na saúde física, social, emocional e cognitiva dos assistidos e/ou pacientes, e assim, trazendo melhorias para seu desenvolvimento.
No entanto, o antropocentrismo nos leva a buscar constantemente saciar os nossos desejos humanos individuais, sem considerar a conseqüência que esta escolha vai produzir no mundo em que vivemos. É preciso ter ética para trabalhar com os animais, visto promover um melhoramento, não somente para nós humanos, sendo totalmente necessário uma rigorosa fiscalização aqueles que usam proveito de todo o projeto para vantagem própria, sem respeitar os limites dos animais, assim como a comercialização e a restrição da liberdade de seus habitats naturais. 
Existem diversas ONG's e empresas que fornecem a TAA gratuitamente, porem na maioria das vezes com cães, já com outras espécies, por ser um custo de manejo mais elevado, não são terapias muito acessíveis para todos.
É importante ressaltar que ainda encontramos grandes obstáculos pela falta de informação dentre esses projetos gratuitos fornecidos por instituições, à vista disse é necessário maiores divulgações para uma grande melhoria tanto nos preconceitos ainda existente, quanto para o desenvolvimento mais produtivo do programa.
Podemos observar que o papel de um MV é muito amplo. Diz respeito do mesmo o cuidado com a saúde e bem estar do animal e dos ser humano; a divulgação e principalmente, a conscientização de todos, pois por se tratar de animais no meio hospitalar, podem existir seus prós e contras. Na fiscalização das entidades que trabalham com terapias envolvendo animais, entre outras.
Referencias: 
Silva,J.M. Terapia Assistida por Animais. (Revisão de Literatura). 2011. 39p. Monografia (Conclusão do curso de Medicina Veterinária) – Universidade Federal de Campina Grande – UFCG. Patos, 2011
Almeida, M.L., Almeida, L.P. & Braga, P.F.S. (2009). Aspectos psicológicos na interação homem-animalde estimação. IX encontro interno & XII Seminário de Iniciação Científica. Recuperado em Novembro de 2015, de https://ssl4799.websiteseguro.com/swge5/seg/cd2009/PDF/IC2009-0113.pdf.
Dukes, H.H., 1996, “Fisiologia dos Animais Domésticos”, 11. Ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 840 p.
Vicária, L.A., 2003, “Cura pelo bico”. Revista Época, n.272, p.83-91 http://revistaepoca.globo.com/Revista/Epoca/0,,EDR59207-6014,00.html

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