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LIVROS EMPRESARIAIS

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OBCURSOS PODIVM 
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 1
LIVROS EMPRESARIAIS/ ESCRITURAÇÃO 
MERCANTIL (Ponto 4) 
Prof. João Glicério de Oliveira Filho 
 
I. Obrigações comuns a todos os empresários 
 
- Registrar-se – conseqüência pelo descumprimento: Irregularidade. 
 
- Manter escrituração regular 
 
 * Microempresário e Empresa de pequeno porte – escrituração simplificada, mas não 
dispensada – Caixa e Registro de Inventário. 
 
- Levantar balanços periodicamente 
 
II. Noções gerais 
 
- Exposição de motivos do Código de Napoleão – “a consciência do comerciante está 
escrita nos seus livros”. 
 
- Necessidade de um contador – empregado ou profissional autônomo. 
 
- Livro (gênero), pode ser substituído por: 
 
 * conjunto de fichas ou folhas soltas. 
 
 * conjunto de folhas contínuas. 
 
 * microfichas geradas pelo computador. 
 
- Classificação dos livros: 
 
 * Contábeis – legislação comercial (livros mercantis) ou tributária (livros fiscais), 
idêntico regime jurídico. 
 
 * Simplesmente memoriais – legislação mercantil ou trabalhista (registro de 
empregados e Inspeção do Trabalho). 
 
a) Há memoriais específicos de determinados ramos empresariais. (v.g. registro 
de entrada e saída e registro de uso de placas de experiência, que o Código de 
Trânsito impõe aos empresários do ramo automotivo). 
 
- Funções da escrituração: 
 
 * gerencial – desde a Idade Média que os comerciantes perceberam a necessidade de 
escriturar o seu negócio para avaliar seus resultados, auxiliando a tomada de decisões – 
modelo próprio do comerciante. 
 
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 * documental – necessidade de informar a terceiro a suas atividades, como sócios, 
por exemplo – modelo padrão de cada região. 
 
a) Itália, séculos XIV e XV – modelo das “partidas dobradas” – cada operação 
era lançada duas vezes (crédito/débito). 
 
b) Nasce a contabilidade. (Trajano de Miranda Valverde – Força probante dos 
livros comerciais). 
 
 * fiscal – necessidade de controle da incidência e pagamento de tributos. 
 
a) Já existia na Babilônia. (Paulo Sandroni – Dicionário de Economia). 
 
b) Revolução Industrial – começo da normatização dos registros das operações 
mercantis. 
 
c) Ordenança sobre o câmbio, Rei da França – Francisco I – primeira norma a 
tornar obrigatória a escrituração mercantil para os operadores de câmbio. 
 
d) Em 1673, a obrigatoriedade foi estendida a todos. (Georges Ripert e René 
Roblot – Traité de droit commercial). 
 
III. Espécies de livros empresariais 
 
- Obrigatórios – são impostos ao empresário. Sua falta implica sanção. 
 
 * Comuns – são impostos a todos os comerciantes. 
 
a) Diário - Lançamento de atos que modificam o patrimônio e operações 
mercantis. 
 
Ø Em 1850, era obrigatório junto com o copiador de cartas, mas este foi 
abolido em 1969. 
 
Ø Pode ser substituído por fichas no caso de escrituração mecanizada ou 
eletrônica (art. 1180 do CC/2002). 
 
Ø Em 1984, o 1º Estatuto da Microempresa dispensou-a da escrituração. 
 
Ø Em 1994, o 2º Estatuto da Microempresa acabou com a dispensa e a 
Lei do SIMPLES exigiu apenas o Caixa e o Registro de Inventário. 
 
Ø Em 1999, o 3º Estatuto da Microempresa nada comentou sobre o 
assunto, ficando como estava. 
 
 * Especiais – são impostos a determinadas categorias. 
 
a) Registro de Duplicatas – são obrigatórios apenas aos que emitem duplicata 
mercantil ou de prestação de serviços. A emissão de duplicata é facultativa, 
mas se emiti-la o livro é obrigatório. 
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b) Livro de atas de assembléia de uma S.A. – é meramente memorial. 
 
- Facultativos (ou auxiliares) – tem fins gerenciais. São quaisquer escritos ordenado e 
uniforme da atividade do empresário. Sua falta não implica sanção. Ex.: o Conta 
Corrente. 
 
 * Não tem eficácia probatória. O Direito Argentino traz expressamente essa falta de 
eficácia dos livros facultativos, mas poderão ter eficácia se os obrigatórios forem 
perdidos sem culpa do empresário. 
 
IV. Regularidade na escrituração 
 
- Regularidade na escrituração – atendimento a requisitos intrínsecos e extrínsecos. 
 
- Intrínsecos – pertinentes à técnica contábil. (art. 1.183 do CC/2002): 
 
 * Idioma – Português. 
 
 * Moeda Corrente Nacional – Real. 
 
 * Forma Mercantil – ordem cronológica, sem intervalos, nem borrões. Os erros só 
podem ser corrigidos por estornos. 
 
- Extrínsecos – são os requisitos relacionados com a segurança do livro: 
 
 * Termos de abertura. 
 
 * Termo de encerramento. 
 
 * Autenticação pela Junta Comercial – deveria ser feita após todos os lançamentos, 
porém o DNRC autoriza a Junta a autenticar os livros só com o termo de abertura e 
encerramento. (IN-DNRC n. 65/97, art. 5º, I). 
 
V. Conseqüências da irregularidade na escrituração 
 
- No âmbito civil 
 
 * Revelia, em uma lide que os livros fossem requisitados como meio de prova. 
 
 * Não pode pedir a falência de outro empresário com base na verificação de suas 
contas. 
 
 * Não pode impetrar concordata. 
 
 * Não terão a eficácia probatória concedida pelo CPC (art. 379). 
 
- No âmbito penal 
 
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 * Incide em crime falimentar, em caso de falência sem livros regulares. (art. 186, VI, 
da LF) 
 
VI. Exibição judicial dos livros empresariais 
 
- Introdução 
 
 * Princípio do sigilo (art. 1.190 do CC/2002) – não pode ser feita por simples 
vontade das partes. 
 
- Judicial 
 
 * Parcial – se faz por extração da suma que interessa ao juízo. Resguardando o sigilo 
das informações ali contidas. Pode ser decretada de ofício ou a requerimento das partes 
em qualquer demanda, desde que útil à solução do litígio. 
 
 * Total – importa na sua retenção em cartório, não assegurando o sigilo e 
dificultando a sua utilização e escrituração pelo comerciante. Pode ser decretada: 
 
a) de ofício – em falências e concordatas. 
 
b) a requerimento das partes – questões relativas à sucessão, por exemplo. 
 
- Administrativa 
 
 * determinadas autoridades administrativas (art. 1.193 do CC/2002). 
 
 * autoridade fiscal (art. 195 do CTN). 
 
 * autoridade previdenciária (art. 33, § 1º, da Lei nº 8.212/91). 
 
VII. Eficácia probatória dos livros empresariais 
 
- Prova contra o seu titular – sempre. 
 
- Prova a favor do seu titular – apenas quando regulares e em demandas contra outros 
empresários, em face do princípio constitucional da igualdade. A outra parte não tem 
livros para provar a seu favor se não for empresário. 
 
VIII. Balanços periódicos 
 
- Balanços anuais – obrigatoriamente dois: 
 
- Balanço patrimonial – demonstrando o ativo e o passivo, compreendendo todos os 
bens, créditos e débitos. 
 
- Balanço de resultado econômico – demonstrando os lucros e as perdas. 
 
- Exceções: 
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 * Microempresa e empresa de pequeno porte. 
 
 * Instituições financeiras – pois devem apresentá-lo semestralmente. 
 
- Prazo para apresentação judicial – 60 dias. 
 
- Conseqüências pela não apresentação do balanço: 
 
 * Na esfera penal, nenhuma em face do princípio constitucional da tripartição dos 
poderes, pois foi atribuída uma competência administrativa ao Poder Judiciário. 
 
 * Na esfera civil: 
 
a) Nas S.A., a não apresentação dos balanços leva a responsabilização dos 
administradores. 
 
b) A legislação tributária exige de determinadas categorias a apresentação 
periódica dos balanços, para que o fisco possa verificar o efetivo pagamento 
dos impostos. 
 
c) Acesso ao crédito bancário está condicionado a apresentaçãodos balanços. 
 
d) E também a participação em licitações públicas. 
 
e) Impossibilidade de impetração de concordata preventiva.

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