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UNIVERSIDADE TECNOLÓGICA FEDERAL DO PARANÁ
CAMPUS DOIS VIZINHOS
ANA PAULA VERGINACI
RELATORIO 
DETERMINAÇÃO DE COMPOSTOS FENOLICOS TOTAIS
Dois Vizinhos
2018
ANA PAULA VERGINACI Ra: 1776096
DETERMINAÇÃO DE COMPOSTOS FENOLICOS TOTAIS
Trabalho apresentado à disciplina de Métodos instrumentais, do curso de Engenharia de Bioprocessos e Biotecnologia, como requisito à obtenção parcial da média semestral.
Orientadora: Profa. Dra. Paula Montanher.
Dois Vizinhos
2018
1 INTRODUÇÃO 
A espectroscopia é o estudo da luz à medida que ela se divide em suas cores constituintes. Já a espectrometria compreende um grupo de métodos analíticos baseados nas propriedades dos átomos e moléculas de absorver ou emitir energia eletromagnética, sendo o primeiro mediante a passagem de um nível quântico baixo para outro superior (absorção de radiação) em uma determinada região do espectro eletromagnético.
A espectrofotometria ultravioleta e visível é um dos métodos analíticos mais usados nas determinações analíticas e diversas áreas da química, biologia e física. Esta técnica pode ser aplicada tanto para determinação de compostos inorgânicos como para compostos orgânicos. O princípio da técnica baseia-se em um feixe de radiação monocromática que irá atravessar uma solução contendo uma espécie absorvente, uma parte dessa energia é absorvida, enquanto a outra é transmitida.
A região ultravioleta do espectro é geralmente considerada na faixa de 200 a 400 nm, e a região do visível entre 400 a 800 nm. As energias correspondentes a essas regiões são ao redor de 150 a 72 k.cal.mol-1 na região ultravioleta, e 72 a 36 k.cal.mol-1 para a região visível. Energias dessa magnitude correspondem, muitas vezes, à diferença entre estados eletrônicos de muitas moléculas. A absorção da região visível e ultravioleta depende, em primeiro lugar, do número e do arranjo dos elétrons nas moléculas ou íons absorventes. Como consequência, o pico de absorção pode ser correlacionado com o tipo de ligação que existe na espécie que está sendo estudada.
A técnica apresentada é amplamente utilizada na quantificação de compostos fenólicos em amostras. Vários efeitos benéficos à saúde têm sido atribuídos aos compostos fenólicos presentes nas frutas, vegetais, chás e vinhos. Eles são definidos quimicamente como substâncias que possuem anel aromático com um ou mais substituintes hidroxílicos, incluindo seus grupos funcionais, portanto, apresentam estruturas multifuncionais variadas. São responsáveis pela cor dos alimentos, adstringência, aroma e estabilidade oxidativa. Estudos epidemiológicos, clínicos e in vitro mostram múltiplos efeitos biológicos relacionados aos compostos fenólicos da dieta, tais como: atividades antioxidante, antiinflamatória, antimicrobiana e anticarcinogênica. Portanto o estudo de compostos fenólicos serve para avaliar o potencial terapêutico de amostras de diferentes fontes.
 2 MATERIAL E MÉTODOS
2.1 Material 
-Tubo de ensaio
 -Ponteira
-Pipeta de 1000 microlitros e 100 microlitros
- Cubeta
- Pipeta graduada de 5 ml
- Pera 
250 microlitros de reagente de Folin para cada tubo
500 ml de carbonato de sódio para cada tubo
4,0 ml de H2O destilado para cada tubo
-Metanol
-Amostras de Óleo de coco, mel e folhas de Alternanthera brasiliana
2.2 Métodos
Construção da curva de calibração
Para a avaliação da atividade antioxidante foram pipetados volumes crescentes de ácido gálico (partindo de solução estoque 0,013 g para 50 mL) variando a concentração. Após foi adicionado 250 µL do reagente de Folin (diluído 1:1 em água) e adicionado 500 µL de carbonato de sódio (10,9 g em 100 mL de água) e enfim adicionado 4,0 mL de água destilada. 
Após finalizado o tratamento, as amostras foram deixadas em descanso em sala escura por 20 min para ocorrer a reação. Após esse descanso foi transferido 2 ml para um eppendorf, e realizado a centrifugação durante 5 minutos em uma velocidade 15000 rpm. Durante a transferência do eppendorf para a cubeta, notou-se que havia pouco conteúdo devido a isso foi necessário utilizar o conteúdo de dois eppendorf para preencher a cubeta. A água foi utilizada como o branco do experimento. 
Posteriormente as amostras foram lidas em espectro UV-vis, no comprimento de onda em 725 nm, onde há maior leitura do padrão. Os resultados apresentam-se no gráfico 1, os valores de fenólicos totais são expressos como equivalentes de ácido gálico. 
Gráfico 1- curva de calibração
	Concentração em µL
	Absorbância
	25
	0,113
	50
	0,292
	100
	0,551
	150
	0,695
	200
	0,963
Tabela dados 1 – curva de calibração
Preparação das amostras
As amostras utilizadas foram óleo de coco, mel e folhas de Alternanthera brasiliana. Para as duas primeiras foram adicionadas 1 grama de amostra para 10 ml de água. Já para as folhas, realizou-se maceração utilizando água como solvente. Todas as amostras foram tratadas com 250 µL do reagente de Folin (diluído 1:1 em água) , com 500 µL de carbonato de sódio (10,9 g em 100 mL de água) e enfim adicionado 4,0 mL de água destilada. Ambas foram levadas para centrifugação. Realizou-se triplicata das amostras. E pôster leitura em espectro UV-vis, leitura no comprimento de onda em 725 nm.
3 RESULTADOS 
O conteúdo de compostos fenólicos no extrato aquoso foi realizado baseados no método colorimétrico de Folin-Ciocalteau (ANDRADE et al., 2007). O reagente de Folin-Ciocalteau, de coloração amarelo, forma um complexo de coloração azul na presença de agentes redutores, no caso os compostos fenólicos.
Os resultados paras as amostras de óleo de coco não foram positivos. Uma vez que seus resultados de absorbância mostraram-se incoerentes, provavelmente devido ao estado físico da amostra.
O mel como já era esperado, devido o vasto número de referências bibliográficas apontando seu potencial antioxidante, comprovou que contem atividade de compostos fenólicos e foi possível obter a média ponderada das três triplicatas sendo 0,8436 ab. Com isso calculou-se a concentração do analito na amostra, utilizando a equação da reta da curva de calibração. Os seguintes resultados foram obtidos:
 y= 0,0046x + 0,0367
0,1813=0,0046x + 0,0367
X= 31,44 equivalentes de ácido gálico
Para as folhas de Alternanthera brasiliana a curva construída em aula pratica, referente ao ácido gálico não se aplica na absorbância dada pela a planta 0,843 Abs, como a concentração é proporcional e linear a concentração, com esse valor alto então caiu em um dos desvios de Lei de Beer. 
Para a realização do cálculo da concentração foi utilizado uma segunda curva. Onde foi possível o seguinte resultado (gráfico 2) para essa amostra.
Grafico 2 – resultado amostra Alternanthera
Aplicando a média ponderada dos resultados de absorbância encontrados, e aplicando a equação da reta, é possível obter o resultado para a concentração de compostos fenólicos:
y = 0,0049x - 0,064
0,843=0,0049x - 0,064
X= 185,10 equivalente de ácido gálico
4 CONCLUSÃO
As amostras de mel e Alternanthera brasiliana apresentaram atividade de compostos fenólicos, apresentando grande potencial para estudo das suas atividades antioxidante, antiinflamatório, antimicrobiano e anticarcinogênico. Sendo que a amostra da planta mostrou maior atividade antioxidante.
REFERENCIAS 
ANDRADE, C. A.; SILVA, V. C.; PEITZ, C.; MIGUEL, M. D.; MIGUEL, O. G.; KERBER, V. A. Determinação do conteúdo fenólico e avaliação da atividade antioxidante de Acacia podalyriifolia A. Cunn. ex G. Don, Leguminosaemimosoideaedo gênero Acacia - Brazilian Journal of Pharmacognosy 17(2): 231- 235, Abr./Jun. 2007.
 HARRIS, D. C., Análise Química Quantitativa, 6ª ed., Rio de Janeiro: Editora LTC, 2005.
SKOOG, D. A.; HOLLER, F. J.; CROUCH, S. R. Princípios de Análise Instrumental. 6ª ed. Porto Alegre: Editora Bookman, 2009.

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