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Anchortec Fosroc 
Industrial e Comercial Ltda 
 
Rua Tte. Onofre Rodrigues de Aguiar, 800 
Vila Industrial - Mogi das Cruzes - Brasil 
CEP 08770-040 
 
www.anchortec.com.br 
Telefone: Fax: E-mail: 
11 4791-9900 11 4791-9940 rmoreno@anchortec.com.br 
 Soluções Construtivas 
 
 
 
 
 
constructive solutions
 
 
 
 
1. INTRODUÇÃO 
As estruturas de concreto são amplamente utilizadas no mundo todo e enfrentam a 
agressividade das intempéries características dos ambientes aos quais estão inseridas. 
 
Atualmente, a norma brasileira de projetos de estruturas de concreto simples, armado e 
protendido, a NB1 ou NBR 6118, revisada no ano de 2003, introduziu como critérios de projeto os 
conceitos de vida útil e de durabilidade, e estabeleceu classes de agressividade distintas em função do 
ambiente em que será executada a estrutura. A Tabela 1 apresenta as classes de agressividade 
descritas na NBR 6118/2003. 
 
Tabela 1 - Reprodução da Tabela 6.1 - Classes de agressividade ambiental, 
constante da norma brasileira NBR 6118/2003. 
 
Classe de 
agressividade Agressividade 
Tipo de 
ambiente 
Risco de 
deterioração 
I Fraca Rural Submerso Insignificante 
II Moderada Urbano Pequeno 
III Forte Marinho Industrial Grande 
IV Muito forte Industrial Respingos de maré Elevado 
 
Como se pode observar na tabela, as zonas marítimas, principalmente nas áreas sujeitas às 
variações das marés e aos respingos da água do mar, e os ambientes industriais em geral são os mais 
agressivos ao concreto e às armaduras, no caso dos concretos armados e protendidos. 
 
No momento da classificação, é importante observar que cidades que apresentam elevados 
níveis de poluição, possibilidade da ocorrência intensa de chuvas ácidas e/ou cidades à beira mar devem 
ser classificadas como Classe III, ou seja, tipo de ambiente industrial e não urbano, sendo este último 
específico de cidades de pequeno porte ou distantes da orla marítima. 
 
O objetivo de classificar o grau de agressividade do ambiente é ampliar a durabilidade das 
estruturas com a definição da classe de resistência mecânica do concreto, governada pela relação 
água/cimento também criteriosamente determinada pela norma, e do cobrimento nominal das 
armaduras. 
 
Desta forma, no que se refere aos novos projetos, os parâmetros e critérios estabelecidos pela 
nova norma contribuem grandemente com o ganho de vida útil gerando, conseqüentemente, maior 
economia dos recursos empregados na construção das estruturas e das edificações como um todo. 
 
DEPARTAMENTO TÉCNICO 
Profissional: Rafael Moreno Junior, Eng. M.Sc. 
Cargo: Consultor Técnico 
Telefone: 11 4791-9910 / 11 8473-8956 / 11 9174-0606 
Fax: 11 4791-9940 
E-mail: rmoreno@anchortec.com.br 
Local: Mogi das Cruzes Data: 15/06/2006 
Referente: PET 006 - RRPE - Procedimento e especificação técnica para o reparo profundo de 
estruturas de concreto. 
Anchortec Fosroc 
Industrial e Comercial Ltda 
 
Rua Tte. Onofre Rodrigues de Aguiar, 800 
Vila Industrial - Mogi das Cruzes - Brasil 
CEP 08770-040 
 
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 Soluções Construtivas 
 
 
 
 
 
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Embora as novas construções passem a ser projetadas e executadas levando-se em 
consideração os critérios de durabilidade descritos, todas as edificações estão submetidas aos meios 
agressivos e, portanto, requerem atividades de manutenção preventiva e/ou corretiva, que também 
fazem parte do novo texto da norma, que determina e impõe que construtores e projetistas definam as 
atividades de manutenção. 
 
Considerando as obras em operação, basicamente, uma estrutura degradada deve ser 
inspecionada para a avaliação do tipo e da intensidade da deterioração. Esta atividade vai definir, num 
documento denominado Projeto de Recuperação, quais as atividades a serem desenvolvidas e quais os 
materiais a serem utilizados na correção das anomalias, estabelecendo-se um procedimento de 
manutenção corretiva. 
 
Classifica-se o tipo de intervenção basicamente em quatro grupos, definidos em função da 
intensidade das anomalias. Cada situação requer procedimentos executivos e materiais específicos 
compatíveis, compondo uma intervenção de intensidade proporcional ao grau de deterioração da 
estrutura. Pode-se dividir estes grupos da seguinte forma: 
 
1. Reparos superficiais: reparos de pequena profundidade, com cerca de até 6 cm, e que têm 
como objetivo recompor a proteção às armaduras e restituir o monolitismo, a integridade e a 
regularidade superficial do elemento estrutural; 
2. Reparos profundos: reparos de média a grande profundidade, com valores que variam de 6 
a 30 cm, e que visam, além de recompor a proteção às armaduras, restabelecer a capacidade 
portante perdida pela seção deteriorada do elemento. Nestes casos, esta perda não alterou de 
forma significativa o suporte dos esforços para os quais o elemento foi dimensionado; 
3. Reforços: reparos profundos e/ou modificações nas dimensões dos elementos e/ou ainda a 
instalação de sistemas de reforço que visam recuperar ou ampliar a capacidade portante para o 
correto funcionamento mecânico da estrutura, o que pode ser realizado com a introdução de 
maior quantidade de armaduras, sejam barras sejam chapas de aço coladas às faces das peças, 
ampliação das seções com grauteamentos ou concretagens (serviços conhecidos como 
encamisamentos ou alargamentos) ou a instalação de compósitos de fibras de carbono, entre 
outros; 
4. Reconstrução: instalação de novos elementos normalmente combinados com reparos 
generalizados dos elementos existentes, quando a intensidade da deterioração provoca 
deformações e até rupturas parciais, ou seja, o comportamento da estrutura ultrapassa o estado 
limite de serviço e se aproxima do estado limite último. 
 
A seguir, apresenta-se de forma esquemática e organizada o procedimento executivo e a 
especificação dos materiais usuais a serem aplicados no segundo tipo de intervenção descrito, os 
reparos profundos. 
2. REPARO PROFUNDO 
Após a caracterização do grau da deterioração, seus mecanismos e agentes causadores, 
identificadas e quantificadas as áreas, quando é determinada a execução de reparos profundos, deve-se 
ainda avaliar as dimensões do reparo, principalmente no que se refere à profundidade da intervenção. 
De forma ideal, devem ser definidos dois grupos, denominados reparos semi-profundos e profundos. O 
procedimento executivo é praticamente o mesmo, no entanto, a especificação de materiais é 
diferenciada. 
 
Isto ocorre porque o volume de material a ser aplicado na recomposição da seção é de 
fundamental importância na especificação do material adequado à execução dos serviços. De modo 
geral, reparos com profundidades de até 6 cm podem ser realizados com grautes, já reparos com 
profundidades de até 30 cm devem ser executados com microconcretos. Eventualmente, quando uma 
grande área e uma espessura superior aos 30 cm são obtidas, cuidados maiores devem ser tomados no 
procedimento executivo, principalmente com os sistemas de escoramento da estrutura a ser reparada, e 
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adota-seum concreto bem dosado, preferencialmente contando com a tecnologia de aditivos especiais, 
para atingir o melhor desempenho da intervenção. 
 
O procedimento usual de recomposição das seções é denominado grauteamento e utilizam-se 
fôrmas, normalmente em madeira, especialmente produzidas para cada região a ser corrigida. Os 
grautes mais empregados nos reparos semi-profundos são o Fosgrout Plus, o Renderoc RG e o 
Conbextra SR. No caso de reparos profundos, os microconcretos usualmente empregados são o 
Renderoc LA e o Conbextra MCAD. 
 
Os materiais e procedimentos a serem utilizados na correção de uma estrutura que apresenta 
corrosão das armaduras com grau elevado de deterioração ou em falhas de concretagem ou, ainda, em 
recomposições que apresentam a profundidades superiores a 3 cm seguem descritos abaixo: 
1. Com o uso de um rompedor elétrico ou de talhadeira e marreta, remover o concreto de 
cobrimento sobre e ao longo das barras de aço corroídas até atingir as áreas 
preponderantemente catódicas em que as armaduras encontram-se isentas de oxidação (óxido 
de ferro superficial) ou, no caso de falhas de concretagem e outras recomposições, com o 
mesmo processo mecânico deve-se remover todas as partículas soltas do concreto segregado 
(o acompanhamento desta etapa por Engenheiro Civil habilitado, observando-se o Projeto de 
Recuperação, é fundamental, pois há um limite de deterioração no qual a estrutura se torna frágil 
e a intervenção pode, eventualmente, ser interrompida para as devidas precauções de 
seguranças estabelecidas por este profissional); 
2. Considerando situação de normalidade quanto à segurança estrutural, delimitar a área de 
reparo obtida com o uso de disco de corte diamantado, limitando a sua profundidade entre 5 e 
10 mm, profundidade esta limitada pelo cobrimento dos estribos que não podem ser cortados, 
passando cerca de 10 cm sobre as áreas isentas de corrosão e de modo a formar figuras 
retangulares; 
3. Remover, com o uso de rompedor elétrico ou marreta e talhadeira, o concreto contaminado e 
desagregado dentro da área delimitada de modo a liberar as armaduras principais com cerca de 
2 cm de profundidade no entorno da seção do aço, observando a inclinação na face superior da 
cavidade com a proporção aproximada de 1 : 3 (vertical:horizontal), como demonstra a Figura 1; 
4. Com o uso de escovas de cerdas metálicas e lixas de carborundum com grana 36 ou 40 ou 
com equipamento de jateamento abrasivo de granalha metálica ou de esferas de vidro, remover 
todo o produto de corrosão das superfícies das barras de aço; 
 
 
 
Figura 1 - Representação esquemática de uma viga preparada para receber o 
grauteamento de recomposição, com o uso de fôrma do tipo cachimbo. 
 
5. Avaliar se houve perdas de seção superiores a 15% da dimensão original das armaduras. 
Caso positivo, deve-se suplementar as armaduras com a introdução de novas barras, 
Superfície inclinada - 1:3
Delimitação do reparo
Armadura principal
Estribo
Falha de concretagem
3
1
CORTE
Forma tipo cachimbo
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preferencialmente do mesmo tipo de aço, CA-50 ou CA-60, instaladas com adesivos para 
ancoragem química de base poliéster ou epóxi-acrilato, com Lokfix MP ou Lokfix One, 
respectivamente. Este procedimento geralmente utiliza barras com as extremidades dobradas 
com 5 a 8 cm de comprimento para fazer a ancoragem e são inseridas paralelamente e em 
contato com as barras originais; 
6. Com as barras isentas dos produtos de corrosão, aplicar sobre o metal limpo uma demão da 
pintura epóxi rica em zinco Nitoprimer Zn de forma a cobrir totalmente a superfície do metal ou, 
caso a estrutura tenha sido atacada por cloretos, pode-se optar pela instalação das pastilhas de 
zinco Galvashield XP; 
7. Após a secagem da tinta, o que ocorre com cerca de 30 a 40 minutos, limpar a superfície do 
concreto de substrato de modo a remover todo o pó e as partículas soltas com o uso de água, 
preferencialmente com hidro-jateamento de baixa pressão; 
8. Saturar o concreto com água até a condição de superfície saturada e seca ou, em casos 
especiais em que o Projeto de Recuperação determina o uso de adesivo epóxi, remover todo o 
pró e partículas soltas com jato de ar comprimido filtrado (o ar comprimido auxilia a secagem da 
superfície previamente lavada com o hidro-jateamento) e, com a superfície limpa e seca, aplicar 
uma camada de adesivo epóxi de pega lenta Nitobond EPPL; 
9. Montar as fôrmas previamente confeccionadas e ajustadas, do tipo cachimbo (Figura 1) ou 
com o formato adequado ao preenchimento da seção a ser corrigida, e selar as extremidades, 
preferencialmente com gesso, para evitar o vazamento do graute ou microconcreto de 
recomposição; 
10. Misturar o graute ou o microconcreto especificado imediatamente após o procedimento de 
montagem das fôrmas considerando, se for o caso, o tempo em aberto do adesivo epóxi de pega 
lenta, que varia de 4 a 6 horas, ou, no caso convencional de saturação com água, preencher a 
seção o quanto antes para obter a melhor performance do mecanismo de aderência mecânica 
ao substrato; 
11. O lançamento do graute ou do microconcreto deve ser contínuo e deve-se preencher o 
cachimbo ou a saliência do acesso da fôrma para produzir uma leve pressão hidrostática na 
mistura; 
12. Após 24 horas de cura, remover as fôrmas e eliminar a saliência provocada pelo cachimbo 
com marreta e talhadeira, lixando a superfície para produzir o acabamento; 
13. Proceder, imediatamente após a desfôrma, a cura úmida do graute ou do microconcreto com 
sacos de aniagem úmidos ou com a película de cura química Concure PVA pelo período 
mínimo de 3 dias. Dependendo das condições climáticas, como em casos de elevada 
temperatura e baixa umidade relativa do ar, deve-se ampliar o período de cura para até 7 dias. 
 
Após a conclusão dos serviços de reparo, recomenda-se tratar a superfície dos elementos 
estruturais e protegê-las dos agentes agressivos do ambiente para ampliar a durabilidade da intervenção 
e da estrutura como um todo. Os sistemas de proteção e os procedimentos de tratamento do concreto 
seguem descritos no documento Anchortec - PET 002 - RRPE. 
4. CONSIDERAÇÕES FINAIS 
Deve-se sempre consultar um profissional especializado na área de recuperação estrutural para 
definir os procedimentos executivos e os materiais mais adequados. O presente texto tem como objetivo 
estabelecer as etapas básicas e orientar os profissionais envolvidos nesta atividade sobre os critérios e 
os detalhes básicos, que podem ser alterados em função das necessidades e de acordo com o 
conhecimento e a experiência do Engenheiro Projetista e da equipe de Engenharia envolvida. 
 
A Anchortec Fosroc possui uma linha bastante variada de materiais para reparo, reforço e 
proteção de estruturas de concreto e coloca à disposição o seu Departamento Técnico, que conta com 
Engenheiros especialistas nas diversas áreas em que a empresa atua. Toda a linha de produtos da 
Anchortec Fosroc possui Boletins Técnicos exclusivos que apresentam diversas informações e detalhes 
técnicos importantes para a correta aplicação dos produtos, visando sempre o melhor desempenho e a 
realização de serviços com a mais alta qualidade, utilizando-se da melhor tecnologia atual para as 
diversas áreas que a Anchortec Fosroc atua. 
Anchortec Fosroc 
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Rua Tte. Onofre Rodrigues de Aguiar, 800Vila Industrial - Mogi das Cruzes - Brasil 
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Colocamo-nos à disposição para participar da especificação e da determinação dos 
procedimentos adequados de aplicação dos nossos produtos. 
 
Atenciosamente, 
 
Rafael Faller, Eng. Rafael Moreno Junior, Eng. M.Sc. 
Anchortec Fosroc - Consultor Técnico Anchortec Fosroc - Consultor Técnico

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