Baixe o app para aproveitar ainda mais
Esta é uma pré-visualização de arquivo. Entre para ver o arquivo original
PARA ENTENDER RELAÇÕES PÚBLICAS CAPITULO I Multidão, Massa e Público Dentro do mundo da comunicação, existem diferenciados grupos, no qual o Relações - Públicas pode trabalhar. É importante estarmos cientes das conceituações desses grupos, para que saibamos qual a comunicação mais apropriada para eles. Massa: “Agrupamento de pessoas sem contigüidade espacial; é composta de indivíduos anônimos, que participam de um mesmo comportamento coletivo, porém sem apresentar organização e unidade...” (Cândido Teobaldo). Ou seja, a massa age de forma irracional, sem embasamento teórico, sem conhecimento cientifico, e por isso, são fáceis de serem manipulados. Multidão: Se forma frente a um acontecimento emocionante que atrai a atenção de várias pessoas. eventual, convencional e expressiva. “Grupo espontâneo de indivíduos, unidos por laços de contigüidade física; age, baseada em impulsos, sendo inconstante, sugestionável e irresponsável. ” (Cândido Teobaldo). São irracionais, agem em conjunto, como se fossem uma só pessoa, sendo contagiados pelo momento, sem pensar nas futuras conseqüências de seus atuais atos. Públicos (produto da controvérsia): “agrupamento espontâneo de pessoas e/ou grupos sociais organizados, com ou sem contigüidade física, com abundância de informações, analisando uma controvérsia, com atitudes e opiniões... ” (Cândido Teobaldo). Os públicos defendem sua individualidade, não se deixam manipular, e tem uma visão critica dos fatos. É papel das RP estimular a formação de públicos frente a controvérsia, propiciando a oportunidade de discussão. E função das empresas facilitar a discussão e fornecer as informações para o bom debate público. LIBERDADE DE INFORMAÇÃO E LIBERDADE DE DISCUSSÃO CAPITULO II Opinião pública, propaganda e publicidade. A opinião pública é constituída de idéias, que por seu lado, pertencem a indivíduos e grupos, as idéias se formam na mente, como conseqüência de informações recebidas, e se traduzem em atitudes, que por sua vez sofrem modificações por receberem novas informações e, é por isso que poucas idéias são permanentes. As informações modelam assim, as idéias e atitudes. Somente o público, com suas discussões frente ás controvérsias é que pode gerar a opinião pública. É formada por meio das discussões, mas a qualidade depende muito da eficácia dessas discussões que estão na dependência dos veículos de comunicação. Minorias bem organizadas e com meios para colocar sua opinião perante o público- controle dos veículos de comunicação, propaganda, bons argumentadores, tem freqüentemente uma influência bem maior no processo de formação da opinião pública do que seria justo esperar. A opinião pública reflete a intensidade com que as opiniões são defendidas. Nos EUA verificou-se que o estudo do controle social da circulação de ideais e informações toma a forma de pesquisa sobre a propaganda, para que seja uma campanha que irá agir sobre as atitudes dos membros de um grupo ou da sociedade, orientando-os ou persuadindo-os a aceitar um ponto de vista, um sentimento ou um valor. A propaganda na área da discussão pública é que molda opiniões e julgamentos, agindo sobre as atitudes emocionais e os sentimentos. Seu objetivo é implantar uma atitude ou opinião as quais vem a ser sentidas pelo povo como naturais, verdadeiras e certas, como algo que se expressa espontaneamente sem coação. É a transformação do público em massa sem que percebam que suas escolhas individuais foram produzidas, por aqueles, que tem habilidades de guiar os cordéis da imaginação, da percepção e da boa-fé humana, o direito inalienável da opinião pública não pode descansar na simples e perigosa transformação das multidões em massa, a opinião pública está na dependência direta do público e de sua soberania. A manipulação desonesta dos veículos de comunicação, a impossibilidade de amplas discussões públicas e o predomínio da massa, constitui uma forma perigosa e poderosa de controle social, capaz de nos conduzir a uma perda irreparável de todas as liberdades humanas. CARACTERISTICAS DA OPINIÃO PÚBLICA - primeira característica que não é uma opinião unânime, já que o público é controvérsia e do debate. Também não é necessariamente a opinião da maioria, resultado de diferentes opiniões, pode ser de uma minoria bem organizada influenciando a opinião coletiva, está em continuo processo de formação, movendo-se na direção de um consenso completo, porém sem nunca alcançá-los. O público adquire seu tipo de unidade e encontra a sua ação por decisão coletiva ou opinião comum, (opinião pública = produto coletivo). CONTROLE DA OPINIÃO PÚBLICA – Era conhecida por censura uma atitude negativa e coercitiva, que certos poderosos usavam para coibir certas manifestações de indivíduos ou grupos, nos dias atuais se entende por aparelhamento coercitivo dos meios de comunicação, omitir informações, hoje é realizado principalmente pela utilização da propaganda. Aparece em momentos difíceis para a vida de uma nação, ou então agindo diretamente sobre as atividades artísticas, deixando de lado aqueles aspectos preponderantes sobre as manifestações políticas e ideológicas, é preciso lembrar que a censura e a propaganda são processos inseparáveis. PROPAGANDA – é amarrar vergônteas, brotos ou mudas de plantas, para fins de reprodução e, daí o gerar, reproduzir, estender-se, multiplicar-se. L.W Doob a define assim, “uma tentativa sistemática de um indivíduo ou indivíduos interessados em controlar as atitudes de grupos ou indivíduos, empregando sugestões e desse modo controlando suas ações”. Já Otto diz que “propaganda é a tentativa deliberada de controle de atitudes e opiniões”. H. Blumer diz “é uma campanha deliberadamente orientada para induzir as pessoas a aceitar um ponto de vista dado, um sentimento ou um valor”. Mas o objetivo primeiro e principal da propaganda é implantar uma atitude ou um valor que, são aceitos pelas massas, como algo espontâneo, sem a menor coação. Pode deturpar fatos e fornecer informações incompletas, também podendo utilizar atitudes emocionais e preconceitos que o povo já possui. PROPAGANDA E PUBLICIDADE – PUBLICIDADE – tornar público, simplesmente divulgar ou difundir fatos. Benedito Silva diz “(divulgação) publicidade é a técnica ou arte de transmitir informações, sugestões e idéias a grupos numerosos, entende-se que publicidade e divulgação são termos sinônimos”. Divulgação procura informar e propaganda persuadir, divulgação vive do ineditismo e propaganda da repetição, o divulgador em essência é um informante qualificado, PROPAGANDA – isto é, reproduzir ou multiplicar, pelo processo de mergulhar, seria incutir na mente ou persuadir. A gerar emoções, criar desejos, liberar impulsos capazes de levar o público a gerar interesses que a propaganda propõe. Capítulo III DEFINIÇÕES Definições de Relações Públicas - Há muitos conceitos para designar Relações Públicas. Essa confusão em achar um termo específico ocorre devido ao emprego dessa expressão como causa e efeito. Procura-se definir RP como uma interação tanto entre relações entre empresas e seus públicos como os fatores que influenciam nessas relações. - O problema da definição de RP é uma questão de semântica. As dificuldades de conceituação aumentam ainda mais quando nota-se que RP não se constitui em um campo limitado, caracterizado e independente, do conhecimento humano. - É fato que o campo de definição está se tornando menor e muitas vezes se assume uma definição negativa de RP, ou seja, que diz o que RP não é. - Carl Byoir diz que: “RP são aquilo que o homem que as pratica crê que elas sejam”. No campo popular - A primeira acepção que deve ser feita é de que RP é “a arte de não tratar o público como aos parentes”. Mas essa acepção serve melhor para descrever uma das atividades de RP, que é o atendimento ao público em geral. - Há muitos conceitos que quase sempre se voltam para o atendimento/relações com o público. Outros também se atentam a exigir uma boa conduta por parte da organização em todas as suas atividades. Benedicto Silva encampa todas essas conceituações em uma: “RP é a divulgação serena e eficiente do comportamento meritório”. No campo erudito - A primeira definição é a que esta contida no “Webster’s New International Dictionary” que diz: 1) “As atividades de uma indústria, sindicato, corporação, profissão, governo ou outra organização, realizadas com o objetivo de construir e manter relações sólidas e produtivas com públicos especiais, tais como clientes, empregados, acionistas e com o público em geral, de modo que a organização se adapte ao seu meio e interprete a si mesma para a sociedade; 2) O estado de tais atividades ou o grau de êxito na promoção da compreensão pública frente ao ajustamento econômico e social de uma organização, responde por boas ou más relações públicas; 3) A arte ou profissão de organizar ou conduzir essas atividades, como os cursos ministrados pelas universidades de RP, o exercício de RP requer o domínio de várias técnicas.” - Há um conceito, elaborado por Raymond Miller, que diz que RP é “um estudo cuidadoso das causas e dos resultados do comportamento humano”. No entanto, essa concepção se enquadra melhor na Psicologia das Relações Humanas, pois como já foi citado, RP têm como área específica de suas atividades o comportamento coletivo, o público. - No campo erudito, a definição mais sucinta foi elaborada por Plackard e Clifton Blackman, que dizia que RP é a “filosofia administrativa de uma organização”. - ESTADOS UNIDOS DA AMÉRICA: - Paul Garret e casal Griswold colocam como objetivo de RP o interesse público. - Edward Bernays aponta três elementos de RP, sendo eles: Informação dada ao público, persuasão dirigida ao público e o esforço para ajustar atitudes e ações de uma instituição com o seu público e do público com a instituição. No entanto, não é possível aceitar o emprego de persuasão como elemento de RP. - Como última definição norte-americana trazida no livro de Teobaldo, se tem a de Herbert Baus, que diz que: “RP são o que o nome diz: Relações com o público em geral ou com determinado público”. - Nas concepções norte-americanas, todas percebem a importância ao público. Definições européias INGLÊS: - L.C. Hill dá a primeira definição inglesa de RP: “São o instrumento para promover esse intangível capaz de desenvolver uma filosofia propícia aos objetivos magnos da administração de uma empresa”. Em geral, se verifica que os profissionais ingleses apresentam uma definição conceitual e não expositiva, mas que para ser compreendida, exige uma noção do que é público. FRANÇA: - A definição contida no Código Profissional dos Conselheiros de RP da Associação Francesa de RP, que é: “Chamamos de RP as atividades desenvolvidas por um grupo, tendo em vista estabelecer e manter as boas relações entre os membros do grupo e entre os grupos e os diferentes setores da opinião pública”, foi bem aceita e pode explicar o motivo da separação de RP em internas e externas que os franceses admitem como exata. Além disso, essa definição não estabelece uma finalidade para a RP, como o interesse público. - Uma concepção trazida pelo francês Louis Salleron aponta como finalidade de RP o amparo à atividade e o favorecimento do progresso a empresa. NORUEGA: - Surge a concepção de que: “A atividade de RP é um esforço planejado e sistemático para ajudar as pessoas a compreenderem as possibilidades próximas e para fornecer-lhes uma motivação para fazer uso sensível daquelas possibilidades”. BÉLGICA: - Surge a idéia de que RP são acima de tudo uma atividade espiritual. ITÁLIA: - Para Carlo Majelo, as RP querem conhecer, por parte do público, até que ponto um serviço ou um produto, uma idéia ou uma ação são efetivamente úteis, ao mesmo tempo em que pedem indicação de um caminho a ser seguido, de modo a satisfazer o público plenamente. UNIÃO SOVIÉTICA: - Conforme a Academia de Ciências da URSS as RP significam tanto relações entre homens, classes e pessoas que vivem no campo da economia, tecnologia, ideologia, ciência, moral, cultura quando são entendidas como um meio, para estudar mercados e questões, várias tendências de popularização técnica e informação comercial. Definições brasileiras - Inicialmente surge a concepção de Benedicto Silva: “RP, como função administrativa, é o procedimento mediante o qual determinada empresa procura deliberadamente criar em seu favor um crédito de confiança e estima na respectiva clientela, contra o qual pode sacar em proveito, tanto de seu programa de trabalho como de seus interesses institucionais.” No entanto, essa concepção foi refutada por Nelson do Amaral, que diz que: “É uma definição clara, mas restrita pela especificação de um só público envolvido – a clientela – e de limitação institucional à empresa, que (...) presume-se ser de natureza econômica e caráter privado.” - A definição oficial da Associação Brasileira de RP é: “Entende-se por RP o esforço deliberado, planificado, coeso e contínuo da alta administração, para estabelecer e manter uma compreensão mútua entre uma organização, pública ou privada, e seu pessoal, assim como entre essa organização e todos os grupos aos quais está ligada, direta ou indiretamente.”. Nessa definição percebe-se: a mutualidade de entendimento entre uma organização e seus diversos públicos, a característica de função administrativa dada às RP, além disso, nota-se que a RP trata-se de uma atividade ligada à alta administração de uma empresa pública ou privada. Definições internacionais - Em abril de 1959, em Londres, a Associação Internacional de RP aprovou a definição de que: “RP constituem uma função de direção de caráter permanente e organizado, mediante a qual uma empresa pública ou privada procura obter e conservar a compreensão, a simpatia e o concurso de todas as pessoas a que se aplica. Com esse propósito, a empresa deverá fazer uma pesquisa, na área de opinião que lhe convém, adaptando- lhe, tanto quanto possível, sua linha de conduta e seu comportamento, e, pela prática sistemática de uma ampla política de informação, obter uma eficaz cooperação em vista da maior satisfação possível dos interesses comuns”. - A definição operacional de RP foi aprovada na I Assembléia Mundial de Associações de RP, em 1978 e estabelece que: “O exercício da profissão de RP requer ação planejada, com apoio da pesquisa, comunicação sistemática e participação programada, para elevar o nível de entendimento, solidariedade e colaboração entre uma entidade, pública ou privada, e os grupos sociais a ela ligados, num processo de interação de interesses legítimos, para promover seu desenvolvimento recíproco e da comunidade a que pertencem”. Essa definição ficou conhecida como “Acordo do México”, pois foi realizada na cidade do México. - Stephen Fitzgerald, homem de RP norte-americano, alerta que “problema” não é que RP não tenha significado, mas sim, que tem, vários. CAPITULO V. História das RP nos EUA e Europa - Pode-se dizer que as RP remontam aos primeiros dias da humanidade, pois desde onde e quando se reuniram os humanos e surgiram as cidades, comércio e política administrativa, seja ela boa ou má, surgiram as RP. Pode- se dizer que RP são tão antigas quanto à própria civilização, só não eram chamadas assim. O termo RP - No livro “Your Public Relations” é mencionado um manuscrito de Thomaz Jefferson, na época presidente dos EUA, no qual ele emprega o termo “Relações Públicas” para salientar a necessidade da prestação de contar do Governo ao povo norte-americano. - Dizem que a expressão Relações Públicas com o seu real significado foi empregada pela primeira vez com Daniel Willard, presidente da Baltimore-Ohio Railroad, quando ele usou “nossas relações públicas” ao invés de “nossas relações com o público”. Nos EUA - Orientação paternalista (“Público danificado/prejudicado”): Muitos praticantes de RP dos EUA afirmam que os primeiros agentes de relações públicas foram Sam Adams, Amos Kendall, Abraham Lincoln e Phineas T. Barnum. Na segunda década do século atual, a hostilidade contra as grandes organizações de negócios eram uma gritante realidade, pois os detentores dessas grandes empresas eram acusados de procurar monopolizar as atividades industriais, fazendo desaparecer a concorrência. Dessa forma, criava-se nos EUA um verdadeiro “estado de guerra” entre as grandes empresas e a opinião pública. Além disso, a imprensa colaborava muito para escandalizar o que acontecia, eram os chamados muckrackers (exploradores profissionais de escândalos). Apareceu nesse contexto o jornalista Ivy Lee que foi responsável por não necessariamente usar técnicas de RP, mas solucionou a questão de “guerra” entre grandes empresas/governo e público. Ivy Lee chamou atenção de poderosas empresas em resolver pontos fundamentais das organizações. Data daí uma maior humanização dos negócios. Ainda, Lee foi responsável por introduzir as RP no âmbito da alta administração. Esse foi o contexto do período conhecido como a Pré-história das Relações Públicas. - Orientação tapa-buracos/fecha-boca (“Público informado”): Nesse contexto eram oferecidos magníficos empregos aos jornalistas, para que eles não atacassem as empresas e ao mesmo tempo, as defendessem. Ou seja, o público estava sendo informado, mas com informações “interessadas” e pagas. - Orientação saneadora (“Público entendido”): Esse período teve sua origem no mandato presidencial de Wilson quando foi criado o “United Public Information Office”. Mas essa fase iniciou realmente no período da II Guerra Mundial e da era rooseveltiana. Contexto de grande depressão econômica, as grandes firmas procuravam salvar-se por meio do emprego de RP. O progresso da RP também é conseqüência, mesmo que indireta, da organização racional do trabalho. - Em 1930, futuros líderes de RP foram aparecendo nos EUA. As universidades americanas de Wisconsin e de Princeton, em 1921, já ministravam algumas noções de RP. Em 1944, o casal Griswold fundou o primeiro órgão especializado de RP, o “Public Relation News”. - A PRSA é a maior entidade de RP nos EUA. Ela surgiu em 1948, em razão da fusão da Associação Nacional de Conselheiros de RP e do Conselho Americano de RP. - O ensino de RP nos EUA está muito desenvolvido. Atualmente, há mais de cinco mil empresas com serviços de RP. - Os dois primeiros livros de RP foram: O “Hospital Public Relations” de Alden B. Mills, na cidade de Chicago e o “Public Relations for Business” de Milton Wright, na cidade de Nova Iorque. Na Europa FRANÇA - O debut de RP na França está colocado no ano de 1949, quando os primeiros serviços de RP funcionavam na terra gaulesa. No entanto, conforme escrever H. Verdier, as RP chegaram à França em Junho de 1946, quando houve o retorno dos EUA de um conferencista de uma sociedade petrolífera com sede em Paris. A atuação desse conferencista provocou o aparecimento de alguns veículos de comunicação, tais como: jornal de empresa, folhetos e prospectos. Esses veículos fugiam da simples publicidade. Outros estudiosos dizem que as sociedades petrolíferas foram às pioneiras em RP e apontam “Esso Standard” e a “Shell Petroleum” como as primeiras a possuir Departamentos de RP. Foi uma época de séria tensão e polêmica entre os homens de RP e os publicitários, pois os últimos se sentiam ameaçados com o desenvolvimento das RP. A campanha foi tão forte que a opinião pública francesa começou a acreditar que RP nada mais eram do que uma forma disfarçada de propaganda e um meio de obter espaço gracioso nos órgãos de imprensa. Foi só com o funcionamento efetivo de alguns serviços de RP que a nova atividade conseguiu impor-se no solo francês. - Em 1950 foi fundado o primeiro agrupamento de especialistas de RP, o “Club de la Maison de Verre”. - A AFREP possui um Código Profissional de RP que foi aprovado pela Federação de Imprensa e pela Federação de Propaganda. - Existem na França o Sindicato Nacional de Conselheiros de RP.PP, a Câmara Sindical de RP.PP e a Association des Relations Publiques de L’Alimentation. - Aproximadamente 300 empresas possuíam departamentos de RP. - O primeiro livro de RP publicado na França o título “Les Relations Publiques dês Entreprises Privées”. - O ensino de RP na França é ministrado desde 1954 pelo Instituto de RP de Paris. BÉLGICA - As RP tem alcançado destacado progresso. O livro “Précis de Relations Publique” de Eric Cyprés teve grande repercussão não só nos meios estudiosos, mas em toda Europa Ocidental. ITÁLIA - As RP se desenvolveram devido ao trabalho de homens relacionados a FIAT, Alfa Romeu, Carlos Elba, Motta, Esso. A AIRP fundada em 1954, HUNGRIA - Após a realização do seminário Reed de RP em 1972. GRÃ-BRETANHA - O maior progresso repousa no campo governamental, a sede internacional de RP é em Londres, seu instituto foi criado em 1948. SUÉCIA - O serviço é conhecido nas linhas áreas, e por possuir escritórios de RP especializados em promoção de companhias americanas e inglesas em solo nódico. CONFERÊNCIAS MUNDIAS/INTERNACIONAIS DE RP - Em 1957 I conferencia européia na Itália; - Em 09 de março de 1958 fundação do comitê europeu de RP; - Em junho de 1958 1º congresso internacional de RP (Bruxelas Bélgica); Outros continentes - Em 1958, foi criada à Federação Pan-Pacífico de RP; neste mesmo ano em Tóquio a 1º conferência internacional de RP para os países afro-asiáticos; - Em 13 de junho de 1975 foi fundada no Quênia a Federação Africana de Associações de RP (FAPRA). Capitulo VI Historia da America Latina - Federação internacional de associação de relações públicas - FIARP (1985) sede secretaria geral em Caracas (Venezuela). - Finalidade: Promover a unidade e colaboração recíproca de todos os organismos públicos e privados, que agrupam profissionais de relações públicas nos países de toda América; Estabelecer bases, necessária para facilitar o intercâmbio de idéias e experiências; Promover o renome continental da profissão de RP no continente americano; - Comissão interamericana para ensino de RP (CIPERP) – encarregada de propor e orientar um currículo mínimo para os cursos superiores de RP. - RP no Brasil seu 1º marco 30/01/1914 The San Paulo Tramway Light and Power Company Limeted – (hoje Eletropaulo) cria o departamento de RP chefiado por Eduardo Pinheiro Lobo, considerado o pai das RPs no Brasil. Dia nacional de RP no Brasil 02/12 CAPITULO VIII Processos das RPs “Identificar momento e ambiente atual para ações objetivas e propor ações futuras.” 1ª Fases: Determinação do grupo e sua identificação como público. - Entender e conhecer o público em relação a uma instituição; - Organizações e seus interesses e incentivos para seus funcionários, clientes e espectadores; - Formação de públicos por meio de discussões e debates, fornecendo informações; - Foco e preocupação com a opinião pública; 2ª Fase: Apreciação do comportamento do público - Conhecer em todos os aspectos os vários tipos de públicos e as relações com as organizações; - Pesquisa de opinião é o valiosíssimo instrumento para conhecer, saber, prever, julgar, apreciar, avaliar, admitir e delimitar e indagar os públicos para um melhor serviço das organizações; 3ª Fase: Levantamento das condições internas - Estudar e avaliar o comportamento dos públicos nos seguintes aspectos: Por quê? Quê? Quem? Como? Onde? Quando? Está o interesse dos públicos. 4ª Fase: Revisão e ajustamento da política administrativa - Atuação direta na administração das organizações; - Coordenações das atividades e diretrizes da organização no sentido de promover o consenso de seus propósitos; 5ª Fase: Programa de informação - A nitidez e transparência da linguagem na comunicação falada e escrita dentro das organizações para com os públicos; - Escolha dos veículos de comunicação para uma melhor viabilidade no acesso das informações dos produtos e serviços das organizações; 6ª Fase: Controle e avaliação dos resultados - Constante avaliação dos resultados e reformulações das diretrizes quando necessário na condução do processo público e a organização. Cap. XIII O profissional de relações públicas A associação brasileira de relações públicas a federação nacional de profissionais de relações públicas e o conselho federal de profissionais de relações públicas, estão se esforçando para criar condições a fim de conseguir a aprovação publica dessa moderna atividade em todos os setores da nossa terra. E o que é mais importante: fomentando normas sadias e princípios éticos, que possam evitar as deturpações calamitosas para uma atividade que se iniciou no Brasil, sob influencias exentricas e deletérias. Nesse sentido, dizia Ney Peixoto do vale, em 1958: “a atividade de relações públicas, ainda incipiente em nosso meio, terá o destino que nós, profissionais e estudiosos, soubermos estabelecer. Poderemos mantê-la uma atividade séria e respeitada, ou levá-la a caminhos desmoralizantes. Depende, pois, de nós mesmos”. A profissão de relações públicas Segundo Frederick Bowes Júnior quando na presidência da sociedade de relações públicas da América, em 1954, assinalou os requisitos indispensáveis da profissão de RP 1 - Um código de ética, bem definido; 2 - um conselho nacional do “P.R-Man” que faça cumprir os regulamentos da PRSA; 3 - Condições de admissão na PRSA; 4 - ensino e pesquisa no maior número possível de universidades e colégios; 5 – publicação mais intensa de livros, revistas e jornais especializados; 6 – reconhecimento, da posição do profissional de RR PP; 7 - maiores contribuições ao interesse público; Definições oficiais A “international public relations association”, definiu assim: “ o homem de relações públicas é uma pessoa credenciada, em face de sua experiência e formação especializada, e comumente solicitada por uma empresa pública ou privada para lhe aconselhar em matéria de RP e de criar e realizar programações do setor. Suas qualificações profissionais devem, em principio, ser reconhecidas por uma associação nacional e internacional de RP “ Posição do profissional de RP Deve estar colocado entre altos funcionários de uma empresa, pois se assim não acontecer, faltará prestigio para atuar e ele acabará por se transformar em um mero executante de tarefas nem sempre bem compreendidas e, até desprezadas. Reconhece-se também que o ponto de vista do diretor ou do consultor interno de RR PP deve pesar em todas as decisões que digam respeito à política e diretrizes da organização a que serve. Mas é importante para seu sucesso que ele tenha possibilidades para exercer a “medicina preventiva” em vez da “medicina terapêutica”. CAPITULO XIV Considerações finais O que seria para nós a atividade de RP? Anteriormente, entendíamos que, RP era uma técnica de comunicação, mais tarde aceitávamos RP como função administrativa e, finalmente, de acordo com o saudoso Natalino Pereira de Souza e também Walter Ramos Poyares, defendemos hoje que RP é um método de ação. Em outras palavras, RP São um método dinâmico resultante da aplicação sistemática de ciências e técnicas em direção a um determinado efeito, ou seja, a formação do público e, conseqüentemente, da opinião pública como realidade. Vejamos, então, o que as RP devem e podem fazer neste mundo em constante transição, no tocante ao seu ensino e sua prática. Entendendo-se “ensino” como transmissão de conhecimentos ou informações úteis à educação e “Prática” como o saber advindo da experiência ou a aplicação da teoria, parece-nos prudente esboçar uma série de tendências, que se observa na sociedade atual. O empresariado É interessante e justo observar que os administradores de empresas começam a intuir a realidade das pressões sociais e a descobrir que necessitam de assessores, em busca de novos caminhos na sociedade que se transforma rapidamente. E o que faz o nosso profissional de RP? Como habituais agentes de comunicação, os profissionais da nossa atividade recomendam utilizar, cada vez mais, sofisticados veículos de comunicação massiva, que somente aumentarão os custos, com pouco ou nenhum resultado. De que adianta possuir os melhores canais de comunicação se não tivermos a mensagem objetiva para transmitir aos nossos receptores? Como informar aos nossos públicos, se eles, realmente, não são tratados como público, mas unicamente como ignorantes massas, que podem ser conduzidas pelos grupos de interesse? Como identificar e definir os problemas, para uma mensagem positiva resultante do encaminhamento de solução, se não conseguimos “armar a equação”? Profissionais e técnicos de RR PP A atividade de relações publicas, é essencialmente de assessoria e de pesquisa, completada pela comunicação, dentro de um contexto empresarial. Talvez aqui esteja a resposta para a reformulação do ensino de RP em nossos dias. Mandar comunicados à imprensa, organizar eventos, dar assistências a visitantes de forma cortês seriam, a nosso ver, atividades de um técnico de RR PP. E não de um autentico profissional de RP, pois essas atividades podem ser aproveitadas de melhor maneira, se cuidarmos de “ouvir seriamente” os jornalistas, fluídores dos eventos e os que vêm conhecer a nossa organização. Afinal de contas eles representam expressiva faixa de opinião pública. Poder da opinião pública E por que não se admitir o aparecimento do “poder estudantil”, ao lado do poder econômico, poder militar, poder sindical ou poder religioso, que em nossos dias influem no poder político? Como se pensar na mudança das estruturas acadêmicas, desligada da sociedade em que as escolas estão situadas? As escolas estão dentro do contexto social e representam parcela considerável da opinião pública. O poder da opinião pública, proveniente da formação de efetivos públicos, está na dependência direta da existência de métodos válidos e instrumentos adequados, que possam criar as condições mínimas para o seu exercício soberano. Sem bons profissionais da área, RP não cumprirão seu papel de protagonista do grande drama que estamos atravessando, seremos apenas e ingloriamente meros figurantes!
Compartilhar