Buscar

PARA ENTENDER RELAÇÕES PÚBLICAS

Esta é uma pré-visualização de arquivo. Entre para ver o arquivo original

PARA ENTENDER RELAÇÕES PÚBLICAS 
 
CAPITULO I Multidão, Massa e Público 
Dentro do mundo da comunicação, existem diferenciados grupos, no qual o 
Relações - Públicas pode trabalhar. É importante estarmos cientes das 
conceituações desses grupos, para que saibamos qual a comunicação mais 
apropriada para eles. 
 
 
Massa: “Agrupamento de pessoas sem contigüidade espacial; é composta de 
indivíduos anônimos, que participam de um mesmo comportamento coletivo, 
porém sem apresentar organização e unidade...” (Cândido Teobaldo). 
Ou seja, a massa age de forma irracional, sem embasamento teórico, sem 
conhecimento cientifico, e por isso, são fáceis de serem manipulados. 
 
Multidão: Se forma frente a um acontecimento emocionante que atrai a atenção de várias pessoas. 
eventual, convencional e expressiva. “Grupo espontâneo de indivíduos, unidos 
por laços de contigüidade física; age, baseada em impulsos, sendo 
inconstante, sugestionável e irresponsável. ” (Cândido Teobaldo). 
São irracionais, agem em conjunto, como se fossem uma só pessoa, sendo 
contagiados pelo momento, sem pensar nas futuras conseqüências de seus 
atuais atos. 
 
Públicos (produto da controvérsia): “agrupamento espontâneo de pessoas 
e/ou grupos sociais organizados, com ou sem contigüidade física, com 
abundância de informações, analisando uma controvérsia, com atitudes e 
opiniões... ” (Cândido Teobaldo). 
Os públicos defendem sua individualidade, não se deixam manipular, e tem 
uma visão critica dos fatos. 
 
É papel das RP estimular a formação de públicos frente a controvérsia, 
propiciando a oportunidade de discussão. E função das empresas facilitar a 
discussão e fornecer as informações para o bom debate público. 
 
LIBERDADE DE INFORMAÇÃO E LIBERDADE DE DISCUSSÃO 
 
CAPITULO II Opinião pública, propaganda e publicidade. 
A opinião pública é constituída de idéias, que por seu lado, pertencem a 
indivíduos e grupos, as idéias se formam na mente, como conseqüência de 
informações recebidas, e se traduzem em atitudes, que por sua vez sofrem 
modificações por receberem novas informações e, é por isso que poucas idéias 
são permanentes. As informações modelam assim, as idéias e atitudes. 
Somente o público, com suas discussões frente ás controvérsias é que 
pode gerar a opinião pública. 
É formada por meio das discussões, mas a qualidade depende muito da 
eficácia dessas discussões que estão na dependência dos veículos de 
comunicação. 
Minorias bem organizadas e com meios para colocar sua opinião perante o 
público- controle dos veículos de comunicação, propaganda, bons 
argumentadores, tem freqüentemente uma influência bem maior no processo 
de formação da opinião pública do que seria justo esperar. 
A opinião pública reflete a intensidade com que as opiniões são defendidas. 
Nos EUA verificou-se que o estudo do controle social da circulação de ideais e 
informações toma a forma de pesquisa sobre a propaganda, para que seja uma 
campanha que irá agir sobre as atitudes dos membros de um grupo ou da 
sociedade, orientando-os ou persuadindo-os a aceitar um ponto de vista, um 
sentimento ou um valor. 
A propaganda na área da discussão pública é que molda opiniões e 
julgamentos, agindo sobre as atitudes emocionais e os sentimentos. Seu 
objetivo é implantar uma atitude ou opinião as quais vem a ser sentidas pelo 
povo como naturais, verdadeiras e certas, como algo que se expressa 
espontaneamente sem coação. É a transformação do público em massa sem 
que percebam que suas escolhas individuais foram produzidas, por aqueles, 
que tem habilidades de guiar os cordéis da imaginação, da percepção e da 
boa-fé humana, o direito inalienável da opinião pública não pode descansar na 
simples e perigosa transformação das multidões em massa, a opinião pública 
está na dependência direta do público e de sua soberania. 
A manipulação desonesta dos veículos de comunicação, a impossibilidade de 
amplas discussões públicas e o predomínio da massa, constitui uma forma 
perigosa e poderosa de controle social, capaz de nos conduzir a uma perda 
irreparável de todas as liberdades humanas. 
CARACTERISTICAS DA OPINIÃO PÚBLICA - primeira característica que não 
é uma opinião unânime, já que o público é controvérsia e do debate. Também 
não é necessariamente a opinião da maioria, resultado de diferentes 
opiniões, pode ser de uma minoria bem organizada influenciando a opinião 
coletiva, está em continuo processo de formação, movendo-se na direção 
de um consenso completo, porém sem nunca alcançá-los. 
O público adquire seu tipo de unidade e encontra a sua ação por decisão 
coletiva ou opinião comum, (opinião pública = produto coletivo). 
CONTROLE DA OPINIÃO PÚBLICA – Era conhecida por censura uma atitude 
negativa e coercitiva, que certos poderosos usavam para coibir certas 
manifestações de indivíduos ou grupos, nos dias atuais se entende por 
aparelhamento coercitivo dos meios de comunicação, omitir informações, hoje 
é realizado principalmente pela utilização da propaganda. Aparece em 
momentos difíceis para a vida de uma nação, ou então agindo diretamente 
sobre as atividades artísticas, deixando de lado aqueles aspectos 
preponderantes sobre as manifestações políticas e ideológicas, é preciso 
lembrar que a censura e a propaganda são processos inseparáveis. 
PROPAGANDA – é amarrar vergônteas, brotos ou mudas de plantas, para fins 
de reprodução e, daí o gerar, reproduzir, estender-se, multiplicar-se. L.W Doob 
a define assim, “uma tentativa sistemática de um indivíduo ou indivíduos 
interessados em controlar as atitudes de grupos ou indivíduos, empregando 
sugestões e desse modo controlando suas ações”. Já Otto diz que 
“propaganda é a tentativa deliberada de controle de atitudes e opiniões”. H. 
Blumer diz “é uma campanha deliberadamente orientada para induzir as 
pessoas a aceitar um ponto de vista dado, um sentimento ou um valor”. Mas o 
objetivo primeiro e principal da propaganda é implantar uma atitude ou um valor 
que, são aceitos pelas massas, como algo espontâneo, sem a menor coação. 
Pode deturpar fatos e fornecer informações incompletas, também podendo 
utilizar atitudes emocionais e preconceitos que o povo já possui. 
PROPAGANDA E PUBLICIDADE – 
PUBLICIDADE – tornar público, simplesmente divulgar ou difundir fatos. 
Benedito Silva diz “(divulgação) publicidade é a técnica ou arte de transmitir 
informações, sugestões e idéias a grupos numerosos, entende-se que 
publicidade e divulgação são termos sinônimos”. Divulgação procura informar e 
propaganda persuadir, divulgação vive do ineditismo e propaganda da 
repetição, o divulgador em essência é um informante qualificado, 
PROPAGANDA – isto é, reproduzir ou multiplicar, pelo processo de mergulhar, 
seria incutir na mente ou persuadir. A gerar emoções, criar desejos, liberar 
impulsos capazes de levar o público a gerar interesses que a propaganda 
propõe. 
 
Capítulo III DEFINIÇÕES 
Definições de Relações Públicas - Há muitos conceitos para designar Relações 
Públicas. Essa confusão em achar um termo específico ocorre devido ao 
emprego dessa expressão como causa e efeito. Procura-se definir RP como 
uma interação tanto entre relações entre empresas e seus públicos como os 
fatores que influenciam nessas relações. 
 - O problema da definição de RP é uma questão de semântica. As dificuldades 
de conceituação aumentam ainda mais quando nota-se que RP não se 
constitui em um campo limitado, caracterizado e independente, do 
conhecimento humano. 
- É fato que o campo de definição está se tornando menor e muitas vezes se 
assume uma definição negativa de RP, ou seja, que diz o que RP não é. - Carl 
Byoir diz que: “RP são aquilo que o homem que as pratica crê que elas
sejam”. No campo popular - A primeira acepção que deve ser feita é de que 
RP é “a arte de não tratar o público como aos parentes”. Mas essa acepção 
serve melhor para descrever uma das atividades de RP, que é o atendimento 
ao público em geral. 
 - Há muitos conceitos que quase sempre se voltam para o 
atendimento/relações com o público. Outros também se atentam a exigir uma 
boa conduta por parte da organização em todas as suas atividades. Benedicto 
Silva encampa todas essas conceituações em uma: “RP é a divulgação 
serena e eficiente do comportamento meritório”. 
 No campo erudito - A primeira definição é a que esta contida no “Webster’s 
New International Dictionary” que diz: 1) “As atividades de uma indústria, 
sindicato, corporação, profissão, governo ou outra organização, realizadas com 
o objetivo de construir e manter relações sólidas e produtivas com públicos 
especiais, tais como clientes, empregados, acionistas e com o público em 
geral, de modo que a organização se adapte ao seu meio e interprete a si 
mesma para a sociedade; 2) O estado de tais atividades ou o grau de êxito na 
promoção da compreensão pública frente ao ajustamento econômico e social 
de uma organização, responde por boas ou más relações públicas; 3) A arte ou 
profissão de organizar ou conduzir essas atividades, como os cursos 
ministrados pelas universidades de RP, o exercício de RP requer o domínio de 
várias técnicas.” 
- Há um conceito, elaborado por Raymond Miller, que diz que RP é “um estudo 
cuidadoso das causas e dos resultados do comportamento humano”. No 
entanto, essa concepção se enquadra melhor na Psicologia das Relações 
Humanas, pois como já foi citado, RP têm como área específica de suas 
atividades o comportamento coletivo, o público. - No campo erudito, a definição 
mais sucinta foi elaborada por Plackard e Clifton Blackman, que dizia que RP é 
a “filosofia administrativa de uma organização”. - ESTADOS UNIDOS DA 
AMÉRICA: - Paul Garret e casal Griswold colocam como objetivo de RP o 
interesse público. - Edward Bernays aponta três elementos de RP, sendo eles: 
Informação dada ao público, persuasão dirigida ao público e o esforço para 
ajustar atitudes e ações de uma instituição com o seu público e do público com 
a instituição. No entanto, não é possível aceitar o emprego de persuasão como 
elemento de RP. - Como última definição norte-americana trazida no livro de 
Teobaldo, se tem a de Herbert Baus, que diz que: “RP são o que o nome diz: 
Relações com o público em geral ou com determinado público”. - Nas 
concepções norte-americanas, todas percebem a importância ao público. 
Definições européias 
INGLÊS: - L.C. Hill dá a primeira definição inglesa de RP: “São o instrumento 
para promover esse intangível capaz de desenvolver uma filosofia propícia aos 
objetivos magnos da administração de uma empresa”. Em geral, se verifica que 
os profissionais ingleses apresentam uma definição conceitual e não 
expositiva, mas que para ser compreendida, exige uma noção do que é 
público. 
FRANÇA: - A definição contida no Código Profissional dos Conselheiros de 
RP da Associação Francesa de RP, que é: “Chamamos de RP as atividades 
desenvolvidas por um grupo, tendo em vista estabelecer e manter as boas 
relações entre os membros do grupo e entre os grupos e os diferentes setores 
da opinião pública”, foi bem aceita e pode explicar o motivo da separação de 
RP em internas e externas que os franceses admitem como exata. Além disso, 
essa definição não estabelece uma finalidade para a RP, como o interesse 
público. - Uma concepção trazida pelo francês Louis Salleron aponta como 
finalidade de RP o amparo à atividade e o favorecimento do progresso a 
empresa. NORUEGA: - Surge a concepção de que: “A atividade de RP é um 
esforço planejado e sistemático para ajudar as pessoas a compreenderem as 
possibilidades próximas e para fornecer-lhes uma motivação para fazer uso 
sensível daquelas possibilidades”. BÉLGICA: - Surge a idéia de que RP são 
acima de tudo uma atividade espiritual. ITÁLIA: - Para Carlo Majelo, as RP 
querem conhecer, por parte do público, até que ponto um serviço ou um 
produto, uma idéia ou uma ação são efetivamente úteis, ao mesmo tempo em 
que pedem indicação de um caminho a ser seguido, de modo a satisfazer o 
público plenamente. UNIÃO SOVIÉTICA: - Conforme a Academia de Ciências 
da URSS as RP significam tanto relações entre homens, classes e pessoas 
que vivem no campo da economia, tecnologia, ideologia, ciência, moral, cultura 
quando são entendidas como um meio, para estudar mercados e questões, 
várias tendências de popularização técnica e informação comercial. Definições 
brasileiras - Inicialmente surge a concepção de Benedicto Silva: “RP, como 
função administrativa, é o procedimento mediante o qual determinada empresa 
procura deliberadamente criar em seu favor um crédito de confiança e estima 
na respectiva clientela, contra o qual pode sacar em proveito, tanto de seu 
programa de trabalho como de seus interesses institucionais.” No entanto, essa 
concepção foi refutada por Nelson do Amaral, que diz que: “É uma definição 
clara, mas restrita pela especificação de um só público envolvido – a clientela – 
e de limitação institucional à empresa, que (...) presume-se ser de natureza 
econômica e caráter privado.” 
 - A definição oficial da Associação Brasileira de RP é: “Entende-se por RP 
o esforço deliberado, planificado, coeso e contínuo da alta administração, 
para estabelecer e manter uma compreensão mútua entre uma 
organização, pública ou privada, e seu pessoal, assim como entre essa 
organização e todos os grupos aos quais está ligada, direta ou 
indiretamente.”. Nessa definição percebe-se: a mutualidade de entendimento 
entre uma organização e seus diversos públicos, a característica de função 
administrativa dada às RP, além disso, nota-se que a RP trata-se de uma 
atividade ligada à alta administração de uma empresa pública ou privada. 
Definições internacionais - Em abril de 1959, em Londres, a Associação 
Internacional de RP aprovou a definição de que: “RP constituem uma função de 
direção de caráter permanente e organizado, mediante a qual uma empresa 
pública ou privada procura obter e conservar a compreensão, a simpatia e o 
concurso de todas as pessoas a que se aplica. Com esse propósito, a empresa 
deverá fazer uma pesquisa, na área de opinião que lhe convém, adaptando-
lhe, tanto quanto possível, sua linha de conduta e seu comportamento, e, pela 
prática sistemática de uma ampla política de informação, obter uma eficaz 
cooperação em vista da maior satisfação possível dos interesses comuns”. - A 
definição operacional de RP foi aprovada na I Assembléia Mundial de 
Associações de RP, em 1978 e estabelece que: “O exercício da profissão de 
RP requer ação planejada, com apoio da pesquisa, comunicação sistemática e 
participação programada, para elevar o nível de entendimento, solidariedade e 
colaboração entre uma entidade, pública ou privada, e os grupos sociais a ela 
ligados, num processo de interação de interesses legítimos, para promover seu 
desenvolvimento recíproco e da comunidade a que pertencem”. Essa definição 
ficou conhecida como “Acordo do México”, pois foi realizada na cidade do 
México. - Stephen Fitzgerald, homem de RP norte-americano, alerta que 
“problema” não é que RP não tenha significado, mas sim, que tem, vários. 
 
CAPITULO V. História das RP nos EUA e Europa 
 
- Pode-se dizer que as RP remontam aos primeiros dias da humanidade, pois 
desde onde e quando se reuniram os humanos e surgiram as cidades, 
comércio e política administrativa, seja ela boa ou má, surgiram as RP. Pode-
se dizer que RP são tão antigas
quanto à própria civilização, só não eram 
chamadas assim. 
  O termo RP 
 
- No livro “Your Public Relations” é mencionado um manuscrito de Thomaz 
Jefferson, na época presidente dos EUA, no qual ele emprega o termo 
“Relações Públicas” para salientar a necessidade da prestação de contar do 
Governo ao povo norte-americano. 
- Dizem que a expressão Relações Públicas com o seu real significado foi 
empregada pela primeira vez com Daniel Willard, presidente da Baltimore-Ohio 
Railroad, quando ele usou “nossas relações públicas” ao invés de “nossas 
relações com o público”. 
 
  Nos EUA 
 
- Orientação paternalista (“Público danificado/prejudicado”): Muitos praticantes 
de RP dos EUA afirmam que os primeiros agentes de relações públicas foram 
Sam Adams, Amos Kendall, Abraham Lincoln e Phineas T. Barnum. Na 
segunda década do século atual, a hostilidade contra as grandes organizações 
de negócios eram uma gritante realidade, pois os detentores dessas grandes 
empresas eram acusados de procurar monopolizar as atividades industriais, 
fazendo desaparecer a concorrência. Dessa forma, criava-se nos EUA um 
verdadeiro “estado de guerra” entre as grandes empresas e a opinião pública. 
Além disso, a imprensa colaborava muito para escandalizar o que acontecia, 
eram os chamados muckrackers (exploradores profissionais de escândalos). 
Apareceu nesse contexto o jornalista Ivy Lee que foi responsável por não 
necessariamente usar técnicas de RP, mas solucionou a questão de “guerra” 
entre grandes empresas/governo e público. Ivy Lee chamou atenção de 
poderosas empresas em resolver pontos fundamentais das organizações. Data 
daí uma maior humanização dos negócios. Ainda, Lee foi responsável por 
introduzir as RP no âmbito da alta administração. Esse foi o contexto do 
período conhecido como a Pré-história das Relações Públicas. 
- Orientação tapa-buracos/fecha-boca (“Público informado”): Nesse contexto 
eram oferecidos magníficos empregos aos jornalistas, para que eles não 
atacassem as empresas e ao mesmo tempo, as defendessem. Ou seja, o 
público estava sendo informado, mas com informações “interessadas” e pagas. 
- Orientação saneadora (“Público entendido”): Esse período teve sua origem no 
mandato presidencial de Wilson quando foi criado o “United Public Information 
Office”. Mas essa fase iniciou realmente no período da II Guerra Mundial e da 
era rooseveltiana. Contexto de grande depressão econômica, as grandes 
firmas procuravam salvar-se por meio do emprego de RP. O progresso da RP 
também é conseqüência, mesmo que indireta, da organização racional do 
trabalho. 
- Em 1930, futuros líderes de RP foram aparecendo nos EUA. As universidades 
americanas de Wisconsin e de Princeton, em 1921, já ministravam algumas 
noções de RP. Em 1944, o casal Griswold fundou o primeiro órgão 
especializado de RP, o “Public Relation News”. 
- A PRSA é a maior entidade de RP nos EUA. Ela surgiu em 1948, em razão da 
fusão da Associação Nacional de Conselheiros de RP e do Conselho 
Americano de RP. 
- O ensino de RP nos EUA está muito desenvolvido. Atualmente, há mais de 
cinco mil empresas com serviços de RP. 
- Os dois primeiros livros de RP foram: O “Hospital Public Relations” de Alden 
B. Mills, na cidade de Chicago e o “Public Relations for Business” de Milton 
Wright, na cidade de Nova Iorque. 
  Na Europa 
 
  FRANÇA 
- O debut de RP na França está colocado no ano de 1949, quando os primeiros 
serviços de RP funcionavam na terra gaulesa. No entanto, conforme escrever 
H. Verdier, as RP chegaram à França em Junho de 1946, quando houve o 
retorno dos EUA de um conferencista de uma sociedade petrolífera com sede 
em Paris. A atuação desse conferencista provocou o aparecimento de alguns 
veículos de comunicação, tais como: jornal de empresa, folhetos e prospectos. 
Esses veículos fugiam da simples publicidade. Outros estudiosos dizem que as 
sociedades petrolíferas foram às pioneiras em RP e apontam “Esso Standard” 
e a “Shell Petroleum” como as primeiras a possuir Departamentos de RP. Foi 
uma época de séria tensão e polêmica entre os homens de RP e os 
publicitários, pois os últimos se sentiam ameaçados com o desenvolvimento 
das RP. A campanha foi tão forte que a opinião pública francesa começou a 
acreditar que RP nada mais eram do que uma forma disfarçada de propaganda 
e um meio de obter espaço gracioso nos órgãos de imprensa. Foi só com o 
funcionamento efetivo de alguns serviços de RP que a nova atividade 
conseguiu impor-se no solo francês. 
- Em 1950 foi fundado o primeiro agrupamento de especialistas de RP, o “Club 
de la Maison de Verre”. 
- A AFREP possui um Código Profissional de RP que foi aprovado pela 
Federação de Imprensa e pela Federação de Propaganda. 
- Existem na França o Sindicato Nacional de Conselheiros de RP.PP, a 
Câmara Sindical de RP.PP e a Association des Relations Publiques de 
L’Alimentation. 
- Aproximadamente 300 empresas possuíam departamentos de RP. 
- O primeiro livro de RP publicado na França o título “Les Relations Publiques 
dês Entreprises Privées”. 
- O ensino de RP na França é ministrado desde 1954 pelo Instituto de RP de 
Paris. 
  BÉLGICA 
- As RP tem alcançado destacado progresso. O livro “Précis de Relations 
Publique” de Eric Cyprés teve grande repercussão não só nos meios 
estudiosos, mas em toda Europa Ocidental. 
 
  ITÁLIA 
- As RP se desenvolveram devido ao trabalho de homens relacionados a FIAT, 
Alfa Romeu, Carlos Elba, Motta, Esso. 
A AIRP fundada em 1954, 
 
  HUNGRIA 
- Após a realização do seminário Reed de RP em 1972. 
  GRÃ-BRETANHA 
- O maior progresso repousa no campo governamental, a sede internacional de 
RP é em Londres, seu instituto foi criado em 1948. 
  SUÉCIA 
- O serviço é conhecido nas linhas áreas, e por possuir escritórios de RP 
especializados em promoção de companhias americanas e inglesas em solo 
nódico. 
  CONFERÊNCIAS MUNDIAS/INTERNACIONAIS DE RP 
- Em 1957 I conferencia européia na Itália; 
- Em 09 de março de 1958 fundação do comitê europeu de RP; 
- Em junho de 1958 1º congresso internacional de RP (Bruxelas Bélgica); 
 
  Outros continentes 
- Em 1958, foi criada à Federação Pan-Pacífico de RP; neste mesmo ano em 
Tóquio a 1º conferência internacional de RP para os países afro-asiáticos; 
- Em 13 de junho de 1975 foi fundada no Quênia a Federação Africana de 
Associações de RP (FAPRA). 
 
 
 
Capitulo VI Historia da America Latina 
 
- Federação internacional de associação de relações públicas - FIARP (1985) 
sede secretaria geral em Caracas (Venezuela). 
- Finalidade: 
  Promover a unidade e colaboração recíproca de todos os 
organismos públicos e privados, que agrupam profissionais de relações 
públicas nos países de toda América; 
  Estabelecer bases, necessária para facilitar o intercâmbio de 
idéias e experiências; 
  Promover o renome continental da profissão de RP no continente 
americano; 
- Comissão interamericana para ensino de RP (CIPERP) – encarregada de 
propor e orientar um currículo mínimo para os cursos superiores de RP. 
 - RP no Brasil seu 1º marco 30/01/1914 The San Paulo Tramway Light 
and Power Company Limeted – (hoje Eletropaulo) cria o departamento de RP 
chefiado por Eduardo Pinheiro Lobo, considerado o pai das RPs no Brasil. 
 Dia nacional de RP no Brasil 02/12 
 
CAPITULO VIII Processos das RPs 
 
“Identificar momento e ambiente atual para ações objetivas e propor ações 
futuras.” 
 
1ª Fases: Determinação do grupo e sua identificação como público. 
- Entender e conhecer o público em relação a uma instituição; 
- Organizações e seus interesses e incentivos para seus funcionários, clientes
e espectadores; 
- Formação de públicos por meio de discussões e debates, fornecendo 
informações; 
- Foco e preocupação com a opinião pública; 
 
2ª Fase: Apreciação do comportamento do público 
- Conhecer em todos os aspectos os vários tipos de públicos e as relações com 
as organizações; 
- Pesquisa de opinião é o valiosíssimo instrumento para conhecer, saber, 
prever, julgar, apreciar, avaliar, admitir e delimitar e indagar os públicos para 
um melhor serviço das organizações; 
 
3ª Fase: Levantamento das condições internas 
- Estudar e avaliar o comportamento dos públicos nos seguintes aspectos: Por 
quê? Quê? Quem? Como? Onde? Quando? Está o interesse dos públicos. 
 
4ª Fase: Revisão e ajustamento da política administrativa 
- Atuação direta na administração das organizações; 
- Coordenações das atividades e diretrizes da organização no sentido de 
promover o consenso de seus propósitos; 
 
 
 
5ª Fase: Programa de informação 
- A nitidez e transparência da linguagem na comunicação falada e escrita 
dentro das organizações para com os públicos; 
- Escolha dos veículos de comunicação para uma melhor viabilidade no acesso 
das informações dos produtos e serviços das organizações; 
 
6ª Fase: Controle e avaliação dos resultados 
- Constante avaliação dos resultados e reformulações das diretrizes quando 
necessário na condução do processo público e a organização. 
 
Cap. XIII O profissional de relações públicas 
A associação brasileira de relações públicas a federação nacional de 
profissionais de relações públicas e o conselho federal de profissionais de 
relações públicas, estão se esforçando para criar condições a fim de conseguir 
a aprovação publica dessa moderna atividade em todos os setores da nossa 
terra. E o que é mais importante: fomentando normas sadias e princípios 
éticos, que possam evitar as deturpações calamitosas para uma atividade que 
se iniciou no Brasil, sob influencias exentricas e deletérias. Nesse sentido, dizia 
Ney Peixoto do vale, em 1958: “a atividade de relações públicas, ainda 
incipiente em nosso meio, terá o destino que nós, profissionais e estudiosos, 
soubermos estabelecer. Poderemos mantê-la uma atividade séria e respeitada, 
ou levá-la a caminhos desmoralizantes. Depende, pois, de nós mesmos”. 
 
A profissão de relações públicas 
Segundo Frederick Bowes Júnior quando na presidência da sociedade de 
relações públicas da América, em 1954, assinalou os requisitos indispensáveis 
da profissão de RP 
1 - Um código de ética, bem definido; 
2 - um conselho nacional do “P.R-Man” que faça cumprir os regulamentos da 
PRSA; 
3 - Condições de admissão na PRSA; 
4 - ensino e pesquisa no maior número possível de universidades e colégios; 
5 – publicação mais intensa de livros, revistas e jornais especializados; 
6 – reconhecimento, da posição do profissional de RR PP; 
7 - maiores contribuições ao interesse público; 
 
 
Definições oficiais 
A “international public relations association”, definiu assim: “ o homem de 
relações públicas é uma pessoa credenciada, em face de sua experiência e 
formação especializada, e comumente solicitada por uma empresa pública ou 
privada para lhe aconselhar em matéria de RP e de criar e realizar 
programações do setor. Suas qualificações profissionais devem, em principio, 
ser reconhecidas por uma associação nacional e internacional de RP “ 
Posição do profissional de RP 
Deve estar colocado entre altos funcionários de uma empresa, pois se assim 
não acontecer, faltará prestigio para atuar e ele acabará por se transformar em 
um mero executante de tarefas nem sempre bem compreendidas e, até 
desprezadas. Reconhece-se também que o ponto de vista do diretor ou do 
consultor interno de RR PP deve pesar em todas as decisões que digam 
respeito à política e diretrizes da organização a que serve. Mas é importante 
para seu sucesso que ele tenha possibilidades para exercer a “medicina 
preventiva” em vez da “medicina terapêutica”. 
 
 
CAPITULO XIV Considerações finais 
O que seria para nós a atividade de RP? Anteriormente, entendíamos que, RP 
era uma técnica de comunicação, mais tarde aceitávamos RP como função 
administrativa e, finalmente, de acordo com o saudoso Natalino Pereira de 
Souza e também Walter Ramos Poyares, defendemos hoje que RP é um 
método de ação. Em outras palavras, RP São um método dinâmico 
resultante da aplicação sistemática de ciências e técnicas em direção a 
um determinado efeito, ou seja, a formação do público e, 
conseqüentemente, da opinião pública como realidade. 
Vejamos, então, o que as RP devem e podem fazer neste mundo em constante 
transição, no tocante ao seu ensino e sua prática. 
Entendendo-se “ensino” como transmissão de conhecimentos ou informações 
úteis à educação e “Prática” como o saber advindo da experiência ou a 
aplicação da teoria, parece-nos prudente esboçar uma série de tendências, que 
se observa na sociedade atual. 
O empresariado 
É interessante e justo observar que os administradores de empresas 
começam a intuir a realidade das pressões sociais e a descobrir que 
necessitam de assessores, em busca de novos caminhos na sociedade que se 
transforma rapidamente. E o que faz o nosso profissional de RP? Como 
habituais agentes de comunicação, os profissionais da nossa atividade 
recomendam utilizar, cada vez mais, sofisticados veículos de comunicação 
massiva, que somente aumentarão os custos, com pouco ou nenhum 
resultado. 
De que adianta possuir os melhores canais de comunicação se não 
tivermos a mensagem objetiva para transmitir aos nossos receptores? Como 
informar aos nossos públicos, se eles, realmente, não são tratados como 
público, mas unicamente como ignorantes massas, que podem ser conduzidas 
pelos grupos de interesse? Como identificar e definir os problemas, para uma 
mensagem positiva resultante do encaminhamento de solução, se não 
conseguimos “armar a equação”? 
Profissionais e técnicos de RR PP 
A atividade de relações publicas, é essencialmente de assessoria e de 
pesquisa, completada pela comunicação, dentro de um contexto empresarial. 
Talvez aqui esteja a resposta para a reformulação do ensino de RP em nossos 
dias. Mandar comunicados à imprensa, organizar eventos, dar assistências a 
visitantes de forma cortês seriam, a nosso ver, atividades de um técnico de RR 
PP. E não de um autentico profissional de RP, pois essas atividades podem ser 
aproveitadas de melhor maneira, se cuidarmos de “ouvir seriamente” os 
jornalistas, fluídores dos eventos e os que vêm conhecer a nossa organização. 
Afinal de contas eles representam expressiva faixa de opinião pública. 
Poder da opinião pública 
E por que não se admitir o aparecimento do “poder estudantil”, ao lado 
do poder econômico, poder militar, poder sindical ou poder religioso, que em 
nossos dias influem no poder político? Como se pensar na mudança das 
estruturas acadêmicas, desligada da sociedade em que as escolas estão 
situadas? As escolas estão dentro do contexto social e representam parcela 
considerável da opinião pública. 
O poder da opinião pública, proveniente da formação de efetivos 
públicos, está na dependência direta da existência de métodos válidos e 
instrumentos adequados, que possam criar as condições mínimas para o seu 
exercício soberano. 
Sem bons profissionais da área, RP não cumprirão seu papel de 
protagonista do grande drama que estamos atravessando, seremos apenas e 
ingloriamente meros figurantes!

Teste o Premium para desbloquear

Aproveite todos os benefícios por 3 dias sem pagar! 😉
Já tem cadastro?

Continue navegando