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Assistência de Enfermagem no Centro Cirúrgico

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Assistência de Enfermagem no Centro Cirúrgico
Profª Cibele Fyseris
O Centro Cirúrgico é definido como área complexa e de acesso restrito que pertence a um estabelecimento de saúde.
Sua arquitetura e área física tem particularidades que devem atender à legislação sanitária vigente. 
Caracterizados por dimensões e instalações diferenciadas.
CENTRO CIRÚRGICO
Momento operatório:
 Urgência / Emergência / Eletivo
Finalidades:
Paliativo
Radical
Plástica ( reparação ou reconstrução)
Diagnóstico
Curativa
Porte:
Pequeno porte
Médio porte
Grande porte
Quanto ao potencial de contaminação:
Limpa;
Potencialmente contaminada;
Contaminada;
Infectada;
CLASSIFICAÇÃO DO TRATAMENTO CIRÚRGICO
Objetivos da Anestesia
Suprir a sensibilidade dolorosa durante a
cirurgia, com manutenção ou não da
consciência;
Relaxamento muscular;
Proporcionar condições ideais para a ação da equipe cirúrgica.
ANESTESIOLOGIA
Tipos de Anestesia:
Anestesia Geral: a dor é controlada pela insensibilidade geral. O paciente fica inconsciente; ele não pode ouvir, sentir ou mover-se. Todo o seu corpo fica anestesiado. 
Anestesia local: a dor é controlada sem a perda da consciência. Uma área ou região corpo é anestesiada. 
Intradural ou Raquidiana: o paciente está acordado e consciente. Pode-se anestesiar do tórax até as extremidades inferiores, pela introdução de drogas anestésicas no espaço subaracnóide. 
ANESTESIOLOGIA
É a parte da Enfermagem que presta assistência ao paciente cirúrgico no períodos pré, trans e pós operatórios.
Com o objetivo de :
Prevenir complicações físicas, emocionais para reabilitação e recuperação.
ENFERMAGEM CIRÚRGICA
Inicia-se no momento da sua admissão na 
Unidade, a partir desse momento, o ambiente 
hospitalar, por suas características impõe ao mesmo 
uma série de adaptações, tais como: 
Mudanças de hábitos diários (alimentação, higiene, necessidades fisiológicas, etc...); 
Restrição da liberdade (ambiente restrito, horários preestabelecidos, visitas controladas...); 
Exposição a agentes infecciosos; 
Ansiedade frente ao tratamento cirúrgico a que irá ser submetido; 
Medo da morte ou de incapacidade física; 
Solidão; 
ASSISTÊNCIA DE ENFERMAGEM AO PACIENTE CIRÚRGICO 
Enfermeiro:
Prover a unidade de pessoal e de material necessários ao seu bom funcionamento; 
Organizar o trabalho a ser feito, distribuindo-o de forma racional; 
Comandar o pessoal, baseando-se nos princípios éticos de relacionamento humano, preocupando-se com o seu crescimento profissional; 
Coordenar e supervisionar a assistência prestada ao paciente no transoperatório, executando-a sempre que houver necessidade. 
ATRIBUIÇÕES DA ENFERMAGEM
Circulante: Montagem da sala de operações 
Saber quais são as operações marcadas para a sala sob sua responsabilidade, os respectivos horários e a existência ou não de solicitação de equipamentos;
Verificar a limpeza das paredes e do piso da sala. 
Regular a temperatura da sala; 
Revisar os materiais existentes na sala, tais como: medicações, antissépticos e impressos, testar as luzes e aparelhos a serem utilizados, como, por exemplo: focos, pontos de gases, aspirador, etc.; 
Colocar o pacote de campos e aventais, as luvas e a caixa de instrumentos em local acessível para sua utilização, no momento devido; 
Equipar o carro de anestesia e colocá-lo à cabeceira da mesa cirúrgica;
Verificar se o lavabo está equipado para lavagem e antissepsia das mãos e antebraços; 
Tecnico em Enfermagem:
Ajudar o médico a vestir o avental ou capote, e a calçar as luvas estéreis; 
Colaborar na montagem das mesas auxiliares, fornecendo os materiais estéreis e os líquidos necessários ao médico; 
Manter certa distância da mesa, quando lhe oferecer o material; 
Evitar tocar na parte interna das tampas das caixas que forem abertas; 
Utilizar pinça servente estéril para retirar os instrumentos de caixas ou cubas; 
Usar a técnica adequada para o fornecimento de soluções antissépticas, como álcool iodado, e de outros líquidos;
É fundamental identificá-lo, chamando-o pelo nome, checando a pulseira de identificação e conferindo seus dados com quem o transportou; 
Deve-se verificar se o prontuário está completo, se os cuidados pré-operatórios foram realizados;
Se há anotações sobre problemas alérgicos e condições físicas e emocionais.
Após a checagem de todos esses dados pode-se encaminhar o cliente para a sala de operação.
Cliente é transportado em maca, sempre as grades levantadas para evitar quedas acidentais até a sala de cirurgia. 
FLUXO DO CLIENTE NO CENTRO CIRÚRGICO 
Na sala de operação, o circulante recebe o cliente de forma a tentar diminuir sua ansiedade, transmitindo-lhe confiança, segurança e tranquilidade. 
Para evitar erros, repete os mesmos cuidados de conferência de dados prévios à entrada. 
Após conferir os dados do prontuário, o cliente deve ser transferido da maca para a mesa cirúrgica, tendo-se o cuidado de posicionar corretamente os frascos de solução, drenos e sondas, caso existam. 
Ao posicionar o suporte de braço (para a infusão endovenosa) sob o colchonete da mesa cirúrgica, deve-se ter o cuidado de colocar o braço do cliente num ângulo inferior a 90° em relação ao corpo, para evitar dores musculares e articulares no pós-operatório. 
O circulante, além de auxiliar o anestesista no posicionamento do cliente, auxilia, quando necessário, a suprir material e durante a cirurgia comunica e registra as alterações do que observou. 
Aproximar da equipe cirúrgica o hamper coberto com campo esterilizado e o balde de lixo; conectar a extremidade de borracha recebida do assistente ou instrumentador ao aspirador, e ligá-lo. 
Se for utilizado o bisturi elétrico, faz-se necessário aplicar gel condutor na placa neutra, para neutralizar a carga elétrica quando do contato da mesma com o corpo do cliente. 
Jamais se deve deixar nenhuma parte do corpo do cliente em contato com a superfície metálica da mesa cirúrgica, pois isto, além de desconfortável, pode ocasionar queimaduras devido ao uso do bisturi elétrico.
 
É uma expressão utilizada para descrever uma vasta variedade de funções de enfermagem associadas com a experiência cirúrgica.
Processo cirurgico está dividido em três 
fases:
Fase pré-operatória (imediato e mediato)
Fase transoperatório;
Fase pós-operatória (imediato, mediato e tardio)
ENFERMAGEM PERIOPERATÓRIA
PRÉ-OPERATÓRIO 
Inicia-se no momento em que a cirurgia é indicada 
e termina no momento em que o paciente chega à 
sala de cirurgia. Está dividido em: 
	Mediato: o cliente é submetido a exames que auxiliam na confirmação do diagnóstico e que auxiliarão o planejamento cirúrgico, o tratamento clínico para diminuir os sintomas e as precauções necessárias para evitar complicações pós-operatórias. 
	Imediato: corresponde às 24 horas anteriores à cirurgia e tem por objetivo preparar o cliente para o ato cirúrgico mediante os seguintes procedimentos: jejum, limpeza intestinal, esvaziamento vesical, preparo da pele e aplicação de medicação pré-anestésica. 
Mensurar dados Antropométricos (peso e altura), sinais vitais para posteriores comparações. 
Encaminhar para realizar exames de sangue, raio-X, ECG, TC e outros. 
Preparo do intestino quando indicado dias antes ou na noite anterior a cirurgia; 
 Modificações da dieta e jejum antes da cirurgia;
Higiene Corporal e oral;
Administração de medicamentos;
ASSISTÊNCIA DE ENFERMAGEM NO PRÉ OPERATÓRIO MEDIATO E IMEDIATO
TRANS-OPERATÓRIO 
Consiste no tempo entre o momento em que
o paciente é recebido no centro cirúrgico até 
ser encaminhado para a Recuperação Pós 
Anestésica (RPA). 
Forma adequada para recebê-lo no pós-
operatório. 
Ajustar o foco de luz sempre que solicitado, de forma a proporcionar iluminação adequada no campo cirúrgico, sem projeção de sombras e reflexos; 
Observar o gotejamento dos soros e sangue, líquidos drenados e sinais de intercorrências; 
Controlar a quantidade e peso das compressas cirúrgicas e gazes, para evitar esquecimentoacidental desses materiais no campo operatório; 
Avaliar a perda sanguínea e de líquidos pelas sondas e do sangue aspirado. 
Até que o cliente seja transportado para a recuperação pós-anestésica ou unidade cirúrgica, o mesmo não pode ser deixado sozinho devido ao risco de quedas acidentais ou intercorrências pós-cirúrgicas
TRANSCORRER DA CIRURGIA
Durante a transferência para a RPA, UTI ou unidade de internação, deve-se ser cuidadoso durante a mudança do cliente da mesa cirúrgica para a maca, observando à necessidade de agasalhá-lo, a manutenção do gotejamento das infusões venosas, as condições do curativo e o funcionamento de sondas e drenos. 
TRANSFERÊNCIA PARA RECUPERAÇÃ PÓS ANESTÉSICA
É o perigo de complicações e mortalidade a que o
doente é submetido frente a uma intervenção 
operatória. 
Estão mais propensos a apresentar riscos operatórios: 
Pacientes idosos; 
Pacientes submetidos a intervenção de urgência;
 Cirurgias de grande porte; 
Alteração cardiovascular, respiratória, renal, hepática; os com alterações de coagulação e do estado imunológico; 
Pacientes diabéticos;
Além dos fatores biológicos, os econômicos e educacionais têm aumentado muito os riscos cirúrgicos. 
RISCO OPERATÓRIO
PERIODO PÓS OPERATÓRIO 
É o período que se inicia a partir da saída do 
da sala de cirurgia e perdura até a sua total 
Recuperação. 
Imediato: Compreende desde a alta do paciente da Recuperação Pós Anestésica até as primeiras 24 horas após a cirurgia.
Mediato: Após 24 horas e até 7 dias depois; 
Tardio: Após 07 dias do recebimento da alta; 
AÇOES DE ENFERMAGEM NO PÓS OPERATÓRIO IMEDIATO 
Ao receber o paciente no quarto. 
Transportá-lo da maca para a cama com o auxilio de outros funcionários; 
Manter a cama em posição horizontal com grades;
Cobri-lo e agasalhá-lo; 
Verificar na papeleta as anotações do centro cirúrgico. 
Se for feita a anestesia raque deixar o paciente sem travesseiro e sem levantar pelo o menos 12 horas.
Observar estado geral e nível de consciência. 
Verificar o curativo colocado no local operado, se está seco ou com sangue;
Observar sintomas como: palidez, sudorese, pele fria, lábios e unhas arroxeados, hemorragia, dificuldade respiratória e outros, porque podem ocorrer complicações respiratórias e circulatórias;
Monitorar os SSVV; 
A ocorrência de complicações no pós-operatório implica piora do quadro clínico do cliente, aumento do período de recuperação cirúrgica e, em alguns casos, até mesmo o óbito. 
ANORMALIDADES E COMPLICAÇÕES DO PÓS-OPERATÓRIO
Alteração dos sinais vitais (TPR-PA):
A temperatura corporal deve ser monitorada com maior freqüência, bem como atentar para a possível quadro convulsivo, principalmente em crianças.
 As alterações térmicas levam a alterações nos sistemas cardiovascular e respiratório, recomenda-se que os sinais vitais também recebam idêntica freqüência de controle;
Possibilita a identificação precoce do choque, que é a intercorrência mais grave, muitas vezes fatal.
 Assim, estes controles devem ser realizados até que o cliente estabilize suas condições físicas.
Alterações Neurológicas:
Dor:
O estado neurológico do cliente pode ser afetado pela ação do anestésico, do ato cirúrgico ou de um posicionamento inadequado na mesa cirúrgica. 
A equipe de enfermagem deve observar o nível de consciência e as funções motora e sensitiva. Quando há quadro de confusão mental ou agitação, pode estar sendo provocado pela dor que surge na medida em que a ação do anestésico vai sendo eliminada pelo organismo. 
A dor mais comum é a que ocorre na região alvo da cirurgia, a qual diminui gradativamente com o passar do tempo. 
A dor pode variar quanto à localização, intensidade, duração e tipo (em pontadas, compressiva, constante, intermitente), características que podem ser obtidas pelas informações dadas pelo cliente. 
Providenciar o medicamento prescrito para a analgesia de forma a não permitir que se torne mais intensa. 
Sonolência: é muito freqüente no cliente cirúrgico. 
a certificação do seu nível de consciência deve ser 
sempre verificada mediante alguns estímulos (perguntas, 
estímulo tátil) podendo indicar complicações graves, 
como, por exemplo, hemorragia interna.
Soluços: são espasmos intermitentes do diafragma, 
provocados pela irritação do nervo frênico no Pós-
operatório, suas causas mais comuns são a distensão 
Abdominal e a hipotermia. 
No mais das vezes, os soluços terminam espontaneamente
ou por condutas simples. Uma delas é a lavagem gástrica 
(na distensão abdominal), deambulação, aquecimento do 
cliente hipotérmico e mudança de decúbito. 
Outras, orientar o cliente para inspirar e expirar em um 
saco de papel, porque o dióxido de carbono diminui a 
irritação nervosa; 
Complicações Pulmonares:
São as complicações mais sérias e frequentes no pós-operatório, principalmente nos clientes obesos, fumantes, idosos e naqueles com outros agravos clínicos. 
A prevenção das complicações pulmonares pelo reconhecimento precoce dos sinais e sintomas (cianose, dispneia, tiragem intercostal, batimentos de asa de nariz, agitação), lateralização da cabeça do cliente com vômito e não infusão de soluções endovenosas pelos membros inferiores evitam a formação de trombos e embolia pulmonar.
A causa dessas complicações é o acúmulo de secreções brônquicas, cuja remoção pode ser favorecida pela fluidificação.
Complicações Urinárias:
As mais frequentes são a infecção urinária e a retenção urinária (bexigoma). A infecção urinária é geralmente causada por falhas na técnica de sondagem vesical e refluxo da urina. Como sintomatologia o cliente apresenta hipertermia, disúria e alterações nas características da urina. 
Visando minimizar a ocorrência de infecção urinária, deve-se manter a higiene íntima adequada do cliente, bem como obedecer à técnica asséptica quando da passagem da sonda e sempre utilizar extensões, conectores e coletores esterilizados com sistema fechado de drenagem. 
No caso de retenção urinária, a equipe de enfermagem deve eliminar suas prováveis causas: medicando o cliente contra a dor, promovendo sua privacidade, mudando-lhe de posição (se não houver contraindicação) e avaliando a presença de dobraduras e grumos nas extensões das sondas e drenos nas proximidades da bexiga.
Complicações Gastrointestinais
Náuseas e vômito: 
Os efeitos colaterais dos anestésicos e a diminuição do peristaltismo ocasionam distensão abdominal, acúmulo de líquidos e restos alimentares no trato digestório; em conseqüência, o cliente pode apresentar náuseas e vômito. 
Na presença de náuseas, os clientes sem sonda nasogástrica devem ser colocados em decúbito lateral para facilitar a drenagem do vômito pela boca. 
Nos clientes com sonda nasogástrica, abrir a sonda e, mantendo-a aberta, proceder à aspiração para esvaziar a cavidade gástrica. 
Para proporcionar conforto ao cliente, o vômito deve ser aparado em uma cuba-rim ou lençol/toalha;
 Geralmente, faz-se necessário medicá-lo com antieméticos;
Constipação intestinal: 
Ocorre quando há diminuição do peristaltismo provocada pelo efeito colateral do anestésico, imobilidade prolongada no leito, quadro inflamatório, exposição e manipulação do intestino durante as cirurgias abdominais e o medo da dor. 
O objetivo principal do cuidado é facilitar a saída dos gases e fezes retidos, o que pode ser obtido mediante movimentação no leito, deambulação precoce, ingestão de líquidos;
A aplicação de calor na região abdominal ajuda no retorno do movimento peristáltico e diminuir o acúmulo de gases.
Sede:
Provocada por perdas sanguíneas e de líquidos pela cavidade exposta durante o ato operatório, sudorese e hipertermia. 
A equipe de enfermagem deve observar a presença de sinais de desidratação (alteração no turgor da pele e da PA e diminuição da diurese), manter a hidratação por via oral e, nos clientes impossibilitados de hidratar-se umidificar os lábios e a boca, manter hidratação endovenosa.
Complicações Vasculares:
A permanência prolongada no leito, associadaà imobilidade após a cirurgia, provoca estase venosa, predispondo o aparecimento de trombose, embolia. 
Para melhorar a circulação o cliente deve deitar-se em decúbito dorsal, levantar os MMII; 
A mudança de decúbito a cada 2 ou 4 horas, com ou sem auxílio da equipe de enfermagem, bem como a movimentação, realização de exercícios ativos no leito e início da deambulação o mais precocemente possível são os cuidados recomendados para evitar a ocorrência de complicações vasculares. 
Complicações na ferida operatoria:
Hemorragia 
Pode ser externa ou interna- circunstância mais difícil 
de imediata identificação. 
Acontece mais frequente nas primeiras 24 horas após a 
cirurgia. 
Dependendo da intensidade, o cliente apresentará sensação de 
desconforto, palidez intensa, mucosa descorada, taquicardia, 
dispneia e choque hipovolêmico. 
No caso de hemorragia interna, pode também referir dor.
Hematoma: 
Ocorre por haver uma hemorragia oculta na ferida, podendo interferir no processo de cicatrização. 
Infecção ocorre devido a diversos fatores, inclusive devido a 
curativo mal feito. 
Infecção da ferida cirúrgica 
A infecção da ferida operatória caracteriza-se pela presença 
de secreção purulenta que varia de clara inodora a pus espesso 
com odor fétido, com a presença ou não de necrose nas bordas 
da ferida. 
Quando ocorre um processo inflamatório, normalmente os 
sintomas se manifestam entre 36 e 48 horas após a cirurgia, 
mas podem passar desapercebidos.
Deiscência 
É a abertura total ou parcial da incisão cirúrgica provocada 
por infecção, rompimento da sutura, distensão abdominal, 
ascite e estado nutricional precário do cliente.
Retirada de Pontos:
A cicatrização é um processo que ocorre de dentro para fora, podendo ocorrer sem nenhum problema (primeira intenção), apresentar dificuldade para cicatrização imediata (segunda intenção) ou ainda necessitar de uma nova sutura (terceira intenção). 
A retirada de pontos é feita geralmente no 7° dia após a cirurgia. 
Por primeira intenção: processo ocorre dentro do tempo fisiológico esperado, quando é possível fazer a junção dos bordos da lesão por meio de suturas ou qualquer outro tipo de aproximação; 
Por segunda intenção: relacionado a ferimentos infectados e a lesões com perda acentuada de tecido, onde não é possível fazer a junção dos bordos;
 
Por terceira intenção: quando há fatores que retardam a cicatrização de uma lesão inicialmente submetida a um fechamento por primeira intenção. Ocorre quando a lesão é deixada aberta para drenagem de exsudato e posteriormente fechada.

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