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Enfermagem em 
Intercorrências 
Cirúrgicas 
 
ESCOLA TÉCNICA DE 
ENFERMAGEM ANDARAÍ 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
SUMÁRIO 
 
Introdução ............................................................................................................... ....01 
Clínica Cirúrgica .......................................................................................................... 01 
Características físicas da clínica cirúrgica........................................................................... 01 
Terminologias Cirúrgicas ................................................................................................... 02 
Risco operatório ................................................................................................................. 04 
Assistência de Enfermagem nas Complicações Cirúrgicas ................................................ 06 
Parada Cardiopulmonar ...................................................................................................... 09 
Preparo pré-operatório ........................................................................................................ 18 
Principais Cirurgias ............................................................................................................ 24 
Cirurgias neurológicas ....................................................................................................... 24 
Cirurgia Cardíaca .............................................................................................................. 26 
Cirurgias das amígdalas e adenóides ................................................................................ 27 
Cirurgias do aparelho respiratório ..................................................................................... 28 
Drenagem Torácica ........................................................................................................... 30 
Cirurgia Gastrintestinal ..................................................................................................... 33 
Cirurgia Renal ................................................................................................................... 35 
Cirurgias proctológicas ..................................................................................................... 37 
Cirurgias ginecológicas ..................................................................................................... 38 
Cirurgias do Intestino ....................................................................................................... 42 
Cirurgias Ortopédicas ....................................................................................................... 46 
Anotação de enfermagem na clinica cirúrgica .................................................................. 52 
Referências Bibliográficas e Agradecimentos ......................................................................... 54 
1 
 
 
 
 
 
 
Introdução 
 
A cirurgia, seja eletiva ou de emergência, é um evento estressante e complexo. Muitos dos 
procedimentos cirúrgicos são realizados na sala de operação do hospital, embora muitos 
procedimentos simples que não precisam de hospitalização sejam feitos em centros cirúrgicos 
e unidades ambulatoriais de cirurgia. A pessoa com problema de saúde que requer uma 
intervenção cirúrgica. 
Recentes avanços tecnológicos têm levado a procedimentos cirúrgicos mais complexos, tais 
como os que precisam de técnicas de microcirurgia; os mais sensíveis aparelhos de 
monitorização; transplante múltiplo de órgãos humanos; a implantação de aparelhos 
mecânicos e a reimplantação de órgãos. Em consequência, muitas pessoas agendadas para 
cirurgia submetem-se aos procedimentos diagnósticos e preparações pré-operatórias antes da 
admissão no hospital. Elas também deixam o hospital muito cedo, aumentando a necessidade 
de ensino do paciente, de plano de alta, de preparação para o auto cuidado e para os serviços 
de reabilitação. 
Cirurgia 
 
A cirurgia através de técnicas manuais procura remover focos de infecção, retirar órgãos 
doentes, restaurar funções alteradas e implantar próteses e aparelhos no corpo. 
Clínica Cirúrgica 
 
É a unidade onde permanecem os pacientes submetidos a grandes cirurgias, cirurgia 
ambulatorial ou cirurgia realizada em uma unidade de curta permanência nos períodos pré e 
pós-operatórios, em cada tipo de cirurgia os princípios básicos da assistência de enfermagem 
permanecem os mesmos. Neste mesmo local o paciente é preparado para o ato cirúrgico e 
recebido após a cirurgia para recuperação do equilíbrio orgânico. 
Características físicas da clínica cirúrgica 
2 
 
 
 
 
Sala para chefia de enfermagem; 
✓ Sala para reuniões; 
✓ Posto de enfermagem, local para o arquivo e manipulação dos prontuários e papeletas, 
realização de relatórios diários de enfermagem, dependências para preparo de 
medicamentos e materiais diversos utilizados nas técnicas de enfermagem; 
✓ Enfermarias e apartamentos, área ocupada pelo paciente. 
✓ Arsenal, área onde são armazenados os materiais estéreis; 
✓ Expurgo, local apropriado para lavar, desinfetar, enxaguar e secar os materiais sujos e 
contaminados. 
 
Terminologias Cirúrgicas 
 
 
Cabe ao profissional de enfermagem entender os diversos aspectos que envolvem o 
procedimento cirúrgico, em especial a terminologia pertinente. Essa terminologia é formada 
por prefixos, que designam a parte do corpo relacionada à cirurgia, e por sufixos, que indicam 
o ato cirúrgico referente. Os principais objetivos da terminologia cirúrgica são: fornecer a 
definição do termo cirúrgico e descrever os tipos de cirurgia. Os profissionais de enfermagem 
que atuam na clínica cirurgica precisam conhecer essas terminologias, para prestar a 
assistência de enfemagem nosperiodos pré e pós-operatório. 
 
Prefixos 
 
- adeno - relativo à glândula 
 
- cole - relativo à vesícula 
 
- colo - relativo ao colo 
 
- cisto - relativo à bexiga 
 
- colpo - relativo à vagina 
 
- êntero - relativo ao intestino 
 
- gastro - relativo ao estômago 
3 
 
 
hístero - relativo ao útero 
 
- nefro - relativo ao rim 
 
- oftalmo - relativo aos olhos 
 
- orqui- relativo aos testículos 
 
- ósteo - relativo ao osso 
 
- oto - relativo ao ouvido 
 
- procto - relativo ao reto 
 
- rino - relativo ao nariz 
 
- salpinge - relativo às trompas 
 
- tráqueo - relativo à traquéia 
 
 
Sufixos 
 
- ectomia - remoção de um órgão ou parte dele 
 
- exerese - Separação agressiva das partes de um órgão em função de lesões traumáticas 
 
- ostomia - abertura cirúrgica de uma nova boca 
 
- otomia - corte 
 
- pexia - fixação de um órgão 
 
- plastia - alteração da forma de um órgão 
 
- rafia - sutura 
 
- scopia - olhar no interior 
 
- centese – punção 
 
 
Operações de remoção (ectomia) 
 
- Apendicectomia - remoção do apêndice 
 
- Nefrectomia - remoção do rim 
4 
 
 
 
Prostatectomia remoção da próstata 
 
Operações de abertura (tomia) 
- Coledocostomia - abertura e exploração do colédoco 
 
Construção cirúrgica de novas bocas (stomia) 
- Colostomia - abertura do colo através da parede abdominal 
 
- Ileostomia - abertura artificial no íleo 
 
- Nefrostomia - colocação de sonda no rim para drenagem de urina 
 
Operações de fixação ou reposicionamento (pexia) 
- Histeropexia - suspensão e fixação do útero 
 
- Orquidopexia - abaixamento e fixação do testículo em sua bolsa 
 
- Nefropexia - fixação do rim em seu lugar anatômico 
 
Operações para alteração da forma e/ou função (plastia) 
- Rinoplastia - plástica do nariz 
 
- Mamoplastia plástica da mama 
 
- Palatoplastia - plástica que reconstitui o palato. 
 
Operações de sutura (rafia) 
- Colporrafia - sutura da vagina 
 
- Perineorrafia - sutura do perineo 
 
- Tenorrafia - sutura de tendão 
 
Operações para observação e exploração (scopia) 
- Broncoscopia - exame com visualização direta dos brônquios- Cistoscopia - exame com visualização direta da bexiga 
 
- Gastroscopia - exame com visualização direta do estomago 
 
 
Risco Operatório 
Risco operatório é o perigo de complicações e mortalidade a que o doente é submetido frente 
a uma intervenção operatória. 
5 
 
 
 
 
Estado Nutricional: qualquer deficiência nutricional deve ser corrigida antes da cirurgia. 
Pacientes com desidratação e para corrigir os déficits e promover a melhor condição pré- 
operatória possível. A obesidade aumenta enormemente o risco e a gravidade das 
complicações associadas com a cirurgia, o paciente obeso é geralmente mais difícil de cuidar 
por causa do peso adicional; o paciente respira precariamente, estando sujeito a 
hipoventilação e as complicações pulmonares pós-operatórias. 
Estado Respiratório: a meta para os pacientes cirúrgicos é ter uma ótima função respiratória. 
A todos os pacientes é pedido que parem o tabagismo quatro a seis semanas antes da cirurgia; 
aqueles que vão se submeter a cirurgia torácica e abdominal superior são ensinados quanto 
aos exercícios respiratórios. 
Estado Cardiovascular: o bom funcionamento do sistema cardiovascular atende às 
necessidades de oxigênio, de fluido e de nutrição ao longo do período operatório. De 
particular importância para o paciente com doença cardiovascular é a necessidade de evitar 
mudanças bruscas de posição, assim como a imobilização prolongada e a sobrecarga do 
sistema circulatório com fluido ou sangue. 
Funções Hepática e Renal: a meta é ter o máximo de funcionamento dos sistemas hepáticos 
e urinários, de modo que as medicações, agentes anestésico sejam adequadamente removidos 
do corpo. 
Função Endócrina: em geral, o risco cirúrgico para o paciente com diabetes controlado não é 
maior do que o risco para paciente não diabético; todavia, a monitorização frequente dos 
níveis de glicose do sangue é importante antes, no decorrer e depois da cirurgia. 
Função Imunológica: uma importante função no pré-operatório é determinar a existência de 
alergias, é importante identificar e registrar qualquer sensibilidade a certos medicamentos. 
Terapia Anterior com Medicação: a história sobre a medicação é obtida devido aos 
possíveis efeitos das medicações sobre o curso do período operatório do paciente e sobre a 
possibilidade de efeitos da interação medicamentosa. 
6 
 
 
 
 
Além dos fatores biológicos, os econômicos e educacionais têm aumentado muito os riscos 
cirúrgicos em nosso meio, grande parte da população brasileira carece de alimentação (em 
quantidade e qualidade), de boas condições de moradia e de trabalho, de higiene etc., o que 
aumenta a possibilidade de se contrair uma patologia cirúrgica e de se apresentarem riscos 
operatórios. 
 
Assistência de Enfermagem nas Complicações Cirúrgicas 
 
COMPLICAÇÕES CIRCULATÓRIAS 
 
 
Hemorragia 
 
Hemorragia é a ruptura de vasos sanguíneos, com extravasamento de sangue, a gravidade da 
hemorragia se mede pela quantidade e rapidez de sangue extravasado. A hemorragia divide-se 
em interna e externa. 
Hemorragia Interna: As hemorragias internas são mais difíceis de serem reconhecidas 
porque o sangue se acumula nas cavidades do corpo. Pode haver exteriorização do sangue nos 
orifícios naturais como: boca, ouvido, reto, etc.; 
Hemorragias Externas: As hemorragias externas dividem-se em: arterial, venosa e capilar. 
 
Nas hemorragias arteriais, o sangue é vermelho vivo rico em oxigênio, e a perda é pulsátil, 
obedecendo às contrações sistólicas do coração. Esse tipo de hemorragia é particularmente 
grave pela rapidez com que a perda de sangue se processa. 
 
As hemorragias venosas são reconhecidas pelo sangue vermelho escuro, pobre em oxigênio, e 
a perda é de forma contínua e com pouca pressão. São menos graves que as hemorragias 
arteriais, porém, a demora no tratamento pode ocasionar sérias complicações. 
 
As hemorragias capilares são pequenas perdas de sangue, em vasos de pequeno calibre que 
recobrem a superfície do corpo. 
7 
 
 
 
Sinais e sintomas: fraqueza, sede, frio, ansiedade, alteração do nível de consciência ou 
inconsciência, tremores e arrepios do corpo, pulso rápido e fraco, respiração rápida e artificial, 
pele pálida, fria e úmida, sudorese e pupilas dilatadas. 
Assistência de enfermagem 
 
✓ Deitar o paciente; 
✓ Afrouxar as vestes; 
✓ Manter a área afetada mais elevada do que o resto do corpo; 
✓ Manter o paciente aquecido; 
✓ Estancar a hemorragia, fazer compressão com uma compressa no local da hemorragia; 
✓ Controlar os sinais vitais. 
 
Hemorragia nasal: 
 
✓ Colocar o paciente sentado; 
✓ Inclinar a cabeça para trás; 
✓ Colocar bolsa contendo gelo sobre o nariz; 
✓ Pressionar o nariz na face lateral que está sangrando. 
 
Hemorragia no estômago: 
 
✓ Colocar o paciente em decúbito dorsal; 
✓ Deixar o paciente em jejum absoluto; 
✓ Colocar bolsa contendo gelo, sobre o estômago; 
✓ Elevar os membros inferiores. 
 
Hemorragia genital: 
 
✓ Repousar a paciente com os membros inferiores mais elevados; 
✓ Colocar bolsa contendo gelo na região suprapúbica; 
✓ Fazer tamponamento vaginal. 
8 
 
 
 
Choque 
 
É a diminuição do fluxo sanguíneo adequado a manutenção da perfusão tecidual. 
 
Classificação 
 
1) Choque hipovolêmico: 
Causas 
Hemorragias; 
Desidratação; 
Queimaduras; 
Quadro clínico 
Queda da pressão venosa; 
Aumento da resistência periférica; 
Taquicardia. 
 
2) Choque cardiogênico 
Causas 
Infarto; 
Tamponamento cardíaco; 
Embolia pulmonar; 
Quadro clínico 
Oligúria; 
Pressão venosa alta; 
 
 
3) Choque séptico 
Causas 
Infecção generalizada 
Quadro clínico 
Hipotensão; 
9 
 
 
 
Taquicardia; 
Prostração; 
Calafrios; 
 
4) Choque neurogênico 
Causas 
Traumatismos; 
Intoxicações; 
Quadro clínico 
Anestesia medular; 
Distúrbios emocionais; 
 
Assistência de enfermagem 
 
✓ Posicionar o paciente em decúbito dorsal ou horizontal; 
✓ Oxigenoterapia, se prescrito; 
✓ Monitorizar a pressão arterial, pulso, respiração e a temperatura; 
✓ Controlar a diurese; 
✓ Providenciar material para dissecção venosa, se necessário; 
✓ Providenciar material para instalação da PVC (Pressão Venosa Central), se necessário; 
 
 
Parada Cardiopulmonar 
 
É a interrupção severa das funções do coração seguida do colapso do sistema cárdio- 
respiratório-cerebral. 
 
Causas: 
 
Obstrução das vias aéreas superiores; 
Intoxicação; 
Choque elétrico; 
Hipoventilação; 
Superdosagem de anestésicos; 
10 
 
 
 
Hipotermia; 
Infarto do miocárdio; 
Afogamento; 
 
Quadro clínico 
 
Ausência de respiração; 
Ausência da pulsação; 
Queda rápida da pressão arterial; 
Cianose; 
Palidez; 
Sudorese; 
Estado de inconsciência; 
Mídriase; 
 
Assistência de enfermagem 
 
 
✓ Auxiliar o enfermeiro e o medico nos procedimentos; 
✓ Posicionar o paciente em decúbito dorsal horizontal; 
✓ Afrouxar as roupas do paciente; 
✓ Aproximar do paciente o carrinho de parada contendo medicamentos usados na 
reanimação, o desfibrilador e o aspirador; 
✓ Aproximar o material para intubação orotraqueal e ventilação mecânica; 
✓ Isolar a cama ou a maca do paciente com biombo, se o quarto não for individual; 
✓ Colocar em ordem o quarto ou a enfermaria, sem descuidar de nenhum momento 
do paciente, se este permanecer na unidade, ou aguardar a sua transferência para a 
UTI, para iniciar a limpeza e a ordem do local. 
 
 
 
Trombo 
11 
 
 
 
 
É uma espécie de coágulo de sangue que se localiza dentro de um vaso sanguíneo, aderido à 
parede do mesmo, obstruindo a passagem de sangue. A obstrução pode ser parcial ou total. 
Quando um trombo se forma e obstrui o fluxo normal de sangue, chamamos esse evento de 
trombose. A trombose das artérias coronárias é a principal causa de infartos do miocárdio. 
 
 
Sinais e sintomas 
 
 
Desconforto ou queimação na porção posterior da perna; 
 
Podem ocorrer câimbras; 
 
Pode haver prurido na região das veias; 
 
Dores; 
 
Sensaçãode formigamento e de peso na perna; 
 
Edema; 
Calor; 
Pode haver vermelhidão no trajeto da veia
12 
 
 
 
 
Assistência de enfermagem 
 
✓ Elevar os membros inferiores; 
✓ Orientar o paciente para se mover no leito; 
✓ Hidratação adequada, principalmente nos pacientes idosos, não deixar com má 
postura, evitando deixar os membros inferiores pendentes; 
✓ Enfaixamento nos membros inferiores; 
✓ Verificar sinais vitais na fase aguda a cada quatro horas; 
✓ Observar a presença dos sinais clínicos associados à embolia pulmonar, como: 
dispneia, cianose, sudorese, pulso rápido, etc.; 
 
 
 
Tromboflebite 
 
É causada por trombose venosa, determinando alterações inflamatórias na parede da veia. O 
pós-operatório e o repouso ou imobilização prolongados são as situações clínicas mais 
importantes que predispõem à trombose venosa. Dessa forma, 90% dos casos de 
tromboflebite ocorre em veias profundas da perna. 
A tromboflebite pode ocorrer em qualquer fase do pós-operatório. Seus sintomas incluem 
febre, sensibilidade e edema da extremidade comprometida. Quando a tromboflebite é 
localizada, secundária às injeções ou cateter, raramente produz febre. Assim que 
diagnosticada, inicia-se o tratamento adequado, incluindo anticoagulantes, a fim de evitarem- 
se complicações pulmonares. 
Foto ao lado, mostra paciente com 
sinais e sintomas de 
Trombose.Reparem na assimetria 
das pernas. O lado inchado e onde 
ocorreu a Trombose. 
13 
 
 
 
COMPLICAÇÕES RESPIRATÓRIAS 
 
1) Pneumonia 
 
Inflamação dos pulmões associada à presença de exsudato nas luzes dos alvéolos, comumente 
causada por agentes infecciosos e químicos. 
Sinais e sintomas 
 
Calafrios; 
 
Febre (38,5 – 40,5°C) 
 
Dor em ponta no tórax; 
Tosse com expectoração; 
Taquipnéia; 
Sudorese profusa. 
 
Assistência de enfermagem 
 
✓ Auxiliar o enfermeiro em suas condutas; 
✓ Executar a prescrição do enfermeiro; 
✓ Estimular a deambulação precoce; 
✓ Exercícios respiratórios e percussão torácica (quando prescrito pelo enfermeiro ou 
pelo médico) 
 
 
 
2) Embolia pulmonar 
 
Quando um trombo que está aderido à parede do vaso se solta e viaja pela corrente sanguínea 
recebe o nome de êmbolo. O êmbolo viaja pelo corpo até encontrar um vaso com calibre 
menor do que o próprio, ficando preso e obstruindo a circulação do sangue. Quando o êmbolo 
impacta em um vaso damos o nome de embolia. Se o vaso obstruído fica no cérebro, 
chamamos de embolia cerebral. Se fica no pulmão, chamamos de embolia pulmonar. 
14 
 
 
 
Sinais e sintomas 
 
Aumento da frequência respiratória; 
Taquicardia; pleural (infarto pulmonar). 
10% são assintomáticas; 
10% apresentam hemoptise e dor. 
 
Assistência de enfermagem 
 
✓ Proporcionar deambulação precoce; 
✓ Estimular exercícios ativos e realizar movimentos passivos dos membros no leito. 
 
O tratamento da embolia pulmonar pode ser apenas com anticoagulação e suporte nos casos 
menos graves, até uso de trombolíticos (substâncias que diluem o êmbolo) e cirurgia de 
emergência. O mais importante no tromboembolismo pulmonar é a prevenção. É 
imprescindível realizar a profilaxia nos casos com maior risco, como nas cirurgias ortopédicas 
dos membros inferiores. A profilaxia é feita normalmente com anticoagulação, normalmente 
com heparina em doses baixas. 
 
COMPLICAÇÕES DA FERIDA 
 
1) Infecção da ferida 
 
É o processo infeccioso na incisão cirúrgica, geralmente o primeiro sinal é a febre que aparece 
após o quarto dia de pós-operatório, devido a germes entéricos ou Estafilococos. Sua 
incidência é maior em pacientes idosos com arteriosclerose e pacientes obesos, pois pode 
haver menor suprimento sanguíneo na área da ferida operatória. 
Sinais e sintomas 
Febre; 
Taquicardia; 
15 
 
 
 
Calafrios; 
Mal-estar; 
Quando a infecção é profunda (atinge os músculos), ela se manifesta entre o 4° e o 7° PO; 
A ferida revela sensibilidade acentuada e vermelhidão variável; 
Assistência de enfermagem 
 
✓ Verificar a temperatura de 4/4 horas ou de acordo com a prescrição de 
enfermagem 
✓ Trocar curativos, quando necessário, observar e anotar aspecto; 
✓ Anotar débito das secreções; 
✓ Estimular ingestão da dieta e ingestão hídrica, se o paciente não estiver em jejum; 
✓ Observação: o ideal é a prevenção, iniciada no pré-operatório, através de medidas 
que diminuem esta complicação (melhorar nutricionalmente, imunologicamente, 
propiciar de forma correta e necessária as medidas de desinfecção, antissepsia, 
assepsia, etc.); 
 
2) Hematoma 
 
É o acúmulo de sangue entre os tecidos da ferida operatória. 
 
Sinais e sintomas 
 
“Mancha azulada” na pele; 
 
Abaulamento e dor persistente (nos grandes hematomas) 
 
Assistência de enfermagem 
 
✓ Observar e anotar o aspecto ao redor da incisão cirúrgica e a ocorrência de 
sangramento (comunicar à enfermeira) 
16 
 
 
 
3) Deiscência 
 
É a ruptura da cicatriz operatória, normalmente ocorrendo no pós-operatório imediato, mas 
podendo acontecer entre o quarto e o sétimo dia do pós-operatório, quando, dependendo da 
cirurgia, o paciente já recebeu alta. O episódio agudo é geralmente precipitado pelo esforço, 
distensão abdominal ou tosse exigindo atendimento imediato. 
Sinais e sintomas 
 
Liberação de secreção serossanguinolenta; 
Ruptura dos pontos; 
Assistência de enfermagem 
 
✓ Avaliar o aspecto dos pontos e a liberação de secreções; 
✓ Estimular e auxiliar no uso correto da técnica da tosse; 
✓ Manter curativos compressivos, nos pacientes com risco ou que já desenvolveram 
a deiscência. 
 
 
4) Evisceração 
 
É à saída de vísceras pela incisão cirúrgica após uma deiscência. 
 
Sinais e sintomas 
 
Exposição externa das vísceras. 
 
Assistência de enfermagem 
 
i. Cobrir as vísceras com uma compressa estéril e avisar imediatamente a enfermeira 
ou médico; 
ii. Acalmar o paciente e transmitir segurança. 
 
 
COMPLICAÇÕES URINÁRIAS 
 
1) Retenção urinária 
17 
 
 
 
É a mais frequente em cirurgias do abdome inferior, em pacientes acamados, em idosos e 
naqueles em que a administração de líquidos no pré e transoperatório foi excessiva, levando- 
os à perda do tônus vesical, assim como o reflexo da micção. 
Sinais e sintomas 
 
Ausência de micção por mais de 12 horas ou eliminação de pequena quantidade de urina em 
intervalos frequentes; 
Abaulamento no abdome inferior (distensão vesical) e maior sensibilidade à palpação; 
Vontade intensiva de urinar sem, contudo, conseguir. 
Assistência de enfermagem 
iii. Deambulação precoce; 
iv. Levar o paciente ao sanitário e deixar correr água na pia; 
v. Irrigar o períneo com água morna; 
vi. Dialogar, detectando temores e minimizando-os; 
vii. Em ultimo caso, realizar cateterismo vesical. 
 
2) Infecção urinária 
 
Pode ocorrer nas primeiras 48 horas pós-operatórias por exacerbação de infecção prévia ou de 
instrumentação pré, trans ou pós-operatória. 
Sinais e sintomas 
 
Febre; 
 
Disúria, retenção urinária ou piúria. 
 
Assistência de enfermagem 
viii. Fazer controle de diurese; 
ix. Oferecer líquidos por via oral ou controlar hidratação venosa; 
x. Verificar temperatura de 4/4 horas; 
xi. Administrar antibioticoterapia nos horários corretos, conforme prescrição médica. 
18 
 
 
 
Preparo pré-operatório 
 
 
O preparo pré-operatório tem inicio com a internação estendendo-se até o momento da 
cirurgia. 
Classificação: 
 
Pré-operatório mediato: período que vai do momento da internação até 24 horas antes da 
cirurgia. 
Pré-operatório imediato: período que inicia 24 horas antes da cirurgia e termina quando o 
paciente é encaminhado ao centro cirúrgico. 
Objetivo 
 
Levar o paciente as melhores condições possíveis para cirurgia, para garantir-lhe menores 
possibilidades de complicações. Cada paciente deve ser tratado e encarado individualmente. 
Dependendo da cirurgia a ser realizada, o preparo pré-operatório poderá ser feito em alguns 
dias ou até mesmo em minutos. As cirurgiasque exigem um rápido preparo são as cirurgias 
de emergência estas devem ser realizadas sem perda de tempo a fim de salvar a vida do 
paciente. 
Preparo psicológico 
 
Tem como objetivo assegurar confiança e tranquilidade mental ao paciente. A internação para 
o paciente pode significar reclusão, afastamento dos familiares e o paciente podem ficar 
ansioso e cheio de temores. O trabalho, a vida diária do paciente é momentaneamente 
paralisados e o desconhecimento do tratamento a que será submetido, tudo isso gera stress, 
insegurança, desassossego e medo. 
Estes estados psicológicos quando não reconhecidos e atendidos pode levar o paciente a 
apresentar vômitos, náuseas, dor de cabeça, não cooperando para a recuperação pós- 
19 
 
 
 
operatória, levando-o a complicações respiratórias, agitação e outros problemas. Para auxiliar 
o paciente a enfermagem deve desenvolver confiança, ser calma, otimista e compreensiva. 
Muitas vezes o paciente tem medo da morte, durante ou após a cirurgia, tem medo de não 
acordar da anestesia, tem medo de perder qualquer parte do corpo ou de sentir dor durante a 
cirurgia. 
Inteirados da aflição do paciente a enfermeira deve ser notificada para que tome a melhor 
medida, dependendo da necessidade, a enfermeira solicitara a presença do cirurgião ou 
anestesista para esclarecer o paciente. Portanto a enfermagem, embora solicitando outros 
profissionais para atender o paciente em suas necessidades psicológicas, é principalmente a 
pessoa que ouve, compreende, ampara e conforta. 
Preparo físico 
 
É dividido em três etapas 
 
1 - inicial 
 
2 - na véspera da cirurgia 
 
3 - no dia da cirurgia 
 
1. Preparo inicial: 
 
É quando o paciente vai ser submetido a exames laboratoriais (exames pré-operatórios), que 
vão assegurar a viabilidade ou não da cirurgia. 
Nesta fase, a atuação da enfermagem no preparo se relaciona: 
 
✓ Ao preparo do paciente, explicando os procedimentos a serem realizados; 
✓ A coleta e encaminhamento dos materiais para exames; 
✓ A manutenção do jejum quando necessário; 
✓ A aplicação de medicamentos, soro e sangue; 
20 
 
 
 
A realização de controles; 
✓ Observação de sinais e sintomas; 
✓ Anotação no prontuário. 
 
2. Preparo físico na véspera da cirurgia: 
 
Tem por objetivo remover toda a fonte de infecção. Proceder da seguinte forma: 
✓ Banho completo, incluindo cabeça e troca de roupa; 
✓ Limpeza e corte das unhas, remover esmaltes (pés e mãos) para poder observar a 
coloração durante a cirurgia; 
✓ Barbear os homens; 
✓ Dieta leve no jantar, até 8 horas antes da cirurgia; 
✓ Lavagem intestinal ou gástrica, de acordo com a prescrição medica; 
✓ Jejum após o jantar, orientar o paciente; 
✓ Promover ambiente tranquilo e repousante; 
✓ Verificar os sinais vitais de 6/6 horas; 
✓ Pesar o paciente: dado importante para o cálculo das doses medicamentosas, detectar 
retenção hídrica e controle de peso; 
✓ Orientar quanto ao uso de comadre e papagaio, para se prevenir desconfortos pós- 
operatórios; 
✓ Melhorar a capacidade respiratória: através de exercícios respiratórios, nebulização, 
drenagem postural, tapotagem, técnica da tosse, ingestão hídrica e exclusão do fumo. 
 
3. Preparo físico no dia da cirurgia: 
 
✓ Verifica se o jejum continua sendo mantido; 
✓ Realizar tricotomia na área que vai ser operada uma hora antes de encaminhar o 
paciente ao centro-cirúrgico, para se evitar o acúmulo de microoganismos nas lesões 
microscópicas, consequentes deste procedimento. Atenção para que não ocorram 
lesões macroscópicas, que apresentam riscos bem maiores para instalação de 
infecções; 
21 
 
 
 
 
Remover maquiagem, próteses e joias.As joias e próteses serão enroladas e guardadas conforme 
rotina do local; 
✓ Verificar pulso, temperatura, respiração e P.A; 
✓ Encaminhar o paciente para urinar meia hora antes da cirurgia; 
✓ Aplicar a medicação pré-anestésica seguindo prescrição médica; 
✓ Checar a medicação pré-anestésica administrada; 
✓ Fazer anotação no prontuário; 
✓ Ajudar o paciente a passar da cama a maca; 
✓ Levar a maca com o paciente até o centro cirúrgico, juntamente com o prontuário; 
✓ Qualquer cuidado não efetuado deve ser comunicado ao centro cirúrgico. 
 
 
Preparo da unidade do paciente e atendimento pós-operatório 
 
 
Os cuidados de enfermagem no pós-operatório são aqueles realizados após a cirurgia ate a 
alta. Visam ajudar o recém-operado a normalizar suas funções com conforto e da forma mais 
rápida e segura. 
Classificação 
 
Pós-operatório imediato (POI): período de 24 horas que se inicia ao término do ato 
cirúrgico. 
Pós-operatório mediato (1° POI, 2° POI): após as 24 horas que se sucedem ao ato cirúrgico. 
 
Nos hospitais que possuem no centro cirúrgico, sala de recuperação anestésica ou pós- 
anestésica, os pacientes são recebidos nestes locais imediatamente após a cirurgia dando-lhes 
assistência até a normalização de reflexos e sinais vitais. Só posteriormente esse paciente é 
encaminhado à unidade onde estão internados. 
Incluímos nesses cuidados o preparo da unidade para receber o paciente internado. Cuidados 
no preparo da unidade visa equipá-la para o recebimento do paciente operado, a fim de 
22 
 
 
 
 
proporcionar-lhe conforto, segurança e rápido atendimento.Esse preparo é feito após o 
encaminhamento do paciente para a S.O (sala de operações). 
Cuidados 
 
✓ Promoção da limpeza e ordem de todo o ambiente; 
✓ Arrumação do leito “tipo operado”; 
✓ Limpeza e arrumação da mesa de cabeceira; 
✓ Trazer suporte de soro e colocá-lo ao lado da cama; 
✓ Deixar oxigênio com equipamento completo. 
 
Ao receber o paciente no quarto 
 
✓ Transportá-lo da maca para a cama com o auxilio de outros funcionários, através de 
movimentos uniformes e leves para se evitar a queda da pressão arterial, trações 
sondas e cateteres e perdas de punções venosas; 
✓ Manter o paciente em posição dorsal horizontal com a cabeça lateralizada, para se 
prevenir aspiração nos casos de vômitos e favorecer a respiração; 
✓ Aquecer o paciente de acordo com a necessidade; 
✓ Verificar no prontuário as anotações do centro cirúrgico; 
✓ Verificar os sinais vitais inicialmente, de 15/15 minutos e, à medida que vão se 
estabilizando de 30/30 min., de 45/45 minutos até a estabilização completa, até que a 
verificação seja de 4/4 horas; 
✓ Enquanto estiver semiconsciente, mantê-lo sem travesseiro com a cabeça voltada para 
o lado; 
✓ Observar o gotejamento do soro e sangue; 
✓ Observar estado geral e nível de consciência; 
✓ Observar e anotar o estado externo do curativo do local operado se está seco ou com 
sangue; 
✓ Conectar tubos de drenagem aos fracos coletores e mantê-los abertos; 
23 
 
 
 
 
Fazer leves movimentos passivos com os MMII de 1/1 hora até cessarem os efeitos anestésicos sobre 
eles. Após estimular movimentos ativos no leito. O procedimento previne complicações 
circulatórias; 
✓ Manter o leito com grades elevadas para evitar queda; 
✓ Se estiver confuso, restringir os membros superiores para evitar que retire soro ou 
sondas, somente com prescrição médica; 
✓ Observar sintomas como: palidez, sudorese, pele fria, lábios e unhas arroxeados, 
hemorragia, dificuldade respiratória e outros, porque podem ocorrer complicações 
respiratórias e circulatórias; 
✓ Fazer anotação no prontuário; 
✓ Qualquer sinal ou alarmante sintoma como alteração do nível de consciência, 
sangramento excessivo do local da cirurgia ou qualquer outro deve ser comunicado 
imediatamente, a enfermeira ou médico. 
Nas horas em seguida 
 
✓ Ao recuperar totalmente a consciência avisá-lo do lugar onde esta e que esta passando 
bem; 
✓ Periodicamente, verificar os sinais vitais e funcionamento de soros e sondas; 
✓ Promover conforto no leito; 
✓ Medicar o paciente para dor, quando necessário, conforme a prescrição médica; 
✓ A primeira refeição após a cirurgia será oferecida após o retorno do peristaltismo, 
detectado pelo enfermeiroou médico; 
✓ Anotar volume e aspecto das drenagens. 
 
Pós-operatório mediato 
 
✓ A deambulação é precoce na maioria dos casos, ou seja, 24 horas aproximadamente 
após o ato cirúrgico. O paciente deverá ser acompanhado na primeira deambulação. 
Processo para esta deambulação: elevar a cabeceira do leito, sentar numa cadeira e 
24 
 
 
 
 
deambular. Se ocorrerem queixas de tontura e palidez, retornar ao leito e solicitar ao 
paciente que inspire profundamente; 
✓ Curativo diário ou de acordo com as necessidades (drenagens abundantes requerem 
mais de um curativo ao dia), os pontos serão retirados em torno do 7° dia do PO, 
alternadamente ou não. 
 
Principais Cirurgias 
 
 
Os cuidados de enfermagem citados acima são aplicados para todos os tipos de cirurgia, a 
seguir apresentaremos as principais cirurgias e os cuidados de enfermagem específicos no pré 
e pós-operatório para cada uma. 
Cirurgias neurológicas 
 
 
Os avanços tecnológicos e o refinamento dos procedimentos de imageamento e das técnicas 
cirúrgicas tornaram possível aos neurocirurgiões localizar e tratar das lesões intracranianas 
com maior precisão que outrora. Os instrumentos microcirúrgicos permitem que o delicado 
tecido seja separado sem trauma. Para alguns pacientes, a craniotomia permanece como a 
conduta mais apropriada; ela pode ser combinada a outras modalidades de tratamento. 
Craniotomia 
 
É a abertura do crânio para tratamento cirúrgico das estruturas intracranianas. 
 
Indicações 
 
Tumores intracranianos, Traumatismos cranioencefálicos; Abcessos ou hematomas 
intracranianos; 
Pré-operatório 
25 
 
 
 
 
Em geral são administrados medicamentos anticonvulsivantes antes da cirurgia para diminuir o risco 
de convulsões pós-operatórias; 
✓ O couro cabeludo é tricotomizado 1 hora antes da cirurgia, de modo que quaisquer 
abrasões superficiais resultantes não tenham tempo para ficar infectadas. 
✓ Observar ocorrência de paralisia, alterações auditivas e/ou visuais, alterações na fala, 
incontinências e nível de consciência; 
✓ Observar a marcha, acompanhar nas deambulações, se necessário e fornecer apoio. O 
andar pode ser lento; 
✓ Controlar rigorosamente de 2/2 horas a pressão arterial, pois a hipertensão poderá 
indicar aumento da pressão intracraniana; 
✓ Estar atento às queixas de cefaléia; 
✓ Posicionar o paciente em Fowler para reduzir a pressão intracraniana; 
✓ Fazer controle de diurese e hídrico; 
 
Pós-operatório 
 
✓ Manter o leito em Fowler, lateralizando a cabeça; 
✓ Fazer controle hidroeletrolítico; 
✓ Observar ataduras que envolvem o crânio, pois poderá haver sangramento; 
✓ Observar e anotar aparecimento de complicações e comunicar a enfermeira; 
 
Simpatectomia 
 
É o desligamento das fibras nervosas simpáticas com o intuito de aumentar o tônus vascular e 
consequentemente propiciar o desenvolvimento da circulação colateral (s nervos simpáticos 
controlam a tensão dos vasos sanguíneos, e o seu desligamento diminui a resistência e 
aumenta a irrigação). 
Indicação 
 
Obstrução arterial crônica com necrose nos pés e dor no membro em repouso. 
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Pré-operatório 
 
✓ As dietas deverão ser hipolipídias; 
✓ Não colocar calor no membro atingido; 
✓ Mudanças de decúbito para prevenir estase venosa; 
✓ Evitar ambiente frio; 
 
Pós-operatório 
 
✓ Observar rigorosamente coloração, temperatura, sensibilidade e motricidade do 
membro operado; 
✓ Estimular exercícios de contrações musculares isométricas. 
 
Cirurgia Cardíaca 
 
 
Apesar de ser considerada durante alguns anos algo assustador, o termo “Cirurgia Cardíaca” 
deixou de ser um mito e passou a ser um fato corriqueiro no dia a dia das pessoas. Hoje é 
comum encontrarmos nos mais diversos seguimentos pessoas que foram operadas , levando 
uma vida praticamente normal. A cirurgia cardíaca é utilizada para tratar uma variedade de 
problemas cardíacos. Os procedimentos mais comuns incluem a angioplastia coronariana 
transluminar percutânea, a revascularização da artéria coronária e o reparo ou reposição das 
valvas cardíacas defeituosas. 
Tipos de cirurgia cardíaca 
 
Angioplastia coronariana transluminar percutânea: busca melhorar o fluxo de sangue 
dentro de uma artéria coronariana por meio da destruição da placa de ateroma que se 
formou e está interferindo na circulação do sangue para o coração. 
Revascularização da artéria coronária: um vaso sanguíneo de uma outra parte do corpo 
(por exemplo, veia safena) é enxertado distal à lesão da artéria coronária – desviando a 
obstrução. 
27 
 
 
 
 
Reparo ou reposição das valvas cardíacas defeituosas: o reparo ou reposição de uma 
valva cardíaca depende da causa e da disfunção valvar. 
Pré-operatório: 
 
✓ Realizar tricotomia e a medicação pré-anestésica (conforme prescrição médica); 
✓ Preparar o paciente para os acontecimentos no período pós-operatório. 
✓ Avaliar estado emocional do paciente e tentar diminuir as ansiedades. 
✓ Encaminhar o paciente ao centro cirúrgico onde será realizada a cirurgia cardíaca, com 
duração aproximada de 6 horas e ao término da mesma transferido para UTI; 
 
Pós-operatório 
 
✓ Garantir uma oxigenação adequada no período pós-operatório imediato à insuficiência 
respiratória é comum após a cirurgia de coração aberto; 
✓ Empregar a monitorização hemodinâmica durante o período pós-operatório imediato, 
para avaliar o estado cardiovascular e respiratório e o equilíbrio hidroeletrolítico, no 
sentido de evitar complicações ou reconhecê-las o mais cedo possível; 
✓ Monitorar a drenagem dos drenos torácicos mediastinais e pleurais; 
✓ Administrar medicamentos pós-operatórios, conforme prescrição médica; 
✓ Monitorar quanto a complicações (hemorragias, choque, arritmias, febre); 
✓ Minimizar ansiedade; 
✓ Manter o volume adequado de líquido; 
 
 
Cirurgias das amigdalas e adenóides 
 
As amígdalas são dois agregados linfóides localizados uma de cada lado da garganta. As 
adenóides são constituídas pelo mesmo tecido das amígdalas, localizada na parte de trás do 
nariz. As amígdalas e adenóides são muitas vezes removidas quando se tornam grandes e 
bloqueiam a via aérea superior, causando dificuldade respiratória. Pode também ser necessária 
28 
 
 
 
 
a remoção quando ocorrem várias infecções de garganta.·. 
Amigdalectomia: Remoção cirúrgica das amígdalas 
Adenoidectomia: Retirada cirúrgica das adenóides. 
 
Pré-operatório. 
✓ Estar atento às queixas de tosse e resfriado.·. 
Pós-operatório 
✓ Decúbito dorsal com a cabeça lateralizada para facilitar a drenagem por via oral; 
✓ Colocar colar de gelo nos casos de hemorragia; 
✓ Orientar o paciente para evitar tossir e falar, pois isso provoca dor; 
✓ Dieta líquida ou semilíquida, fria, natural ou gelada, sendo que a ultima, em excesso, 
poderá provocar resfriados; 
✓ Evitar exposição ao sol; 
✓ Estar atento aos sinais de hemorragia. 
✓ Roncos e obstrução nasal podem ocorrer devido ao inchaço após a cirurgia, o que 
normalmente melhora após 10 a 14 dias. 
✓ Uma placa branca de cicatrização ocorre após a cirurgia no local onde estavam as 
amígdalas,não é infecção. 
✓ Quase a totalidade das crianças e adultos que sofrem uma amigdalectomia ou 
adenoidectomia se queixam de dor na garganta. Algumas podem se queixar de dor no 
ouvido (dor reflexa) e algumas pode se queixar de dor no pescoço ou na mandíbula 
(devido à posição no momento da cirurgia). Para que não haja dor excessiva e o pós- 
operatório ocorra mais tranquilamente administre as medicações nos horários corretos, 
conforme a prescrição médica. 
 
 
Cirurgias do aparelho respiratório 
 
 
Traqueotomia 
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É a abertura cirúrgica entre o 2° e o 3° anéis da traqueia. 
 
Traqueostomia 
 
A traqueostomia é uma abertura artificial na traquéia na qual um tubo é inserido. É utilizada 
para: 
1. Estabelecer e manter uma via respiratória. 
2. Impedir a aspiração de vômito de alimentos, vedando a traquéia e separando-a dotubo 
digestivo na pessoa inconsciente ou paralisada. 
3. Tratar o doente que necessita de ventilação com pressão positiva e não pode ser dada 
eficazmente por meio de máscara 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
1.1.1 
Pré-operatório 
✓ Transmitir ao paciente tranquilidade e confiança; 
 
 
Pós-operatório 
No pós-operatório imediato será necessária grande vigilância do doente: 
✓ Monitorização continua. 
✓ O estoma recentemente feito deve ser mantido, através da aspiração de secreções 
adequada. A necessidade de aspiração poderá ser determinada pelo som do ar que 
vem da cânula especialmente se o doente respirar fundo. Quando a respiração é 
ruidosa, o pulso e a frequência respiratória aumentam, o doente necessita de aspiração. 
Os doentes que estão conscientes podem geralmente indicar quando necessitam de 
30 
 
 
 
 
aspiração. Um doente que consiga expulsar as secreções pela tosse não necessita de 
ser aspirado tão frequentemente. 
✓ Se os sinais vitais se encontram estáveis, o doente deve ser colocado em semi-fowler 
para facilitar a ventilação, promover a drenagem, minimizar o edema e evitar a tensão 
sobre as linhas de sutura. 
✓ Estimular a tosse para facilitar a eliminação das secreções; 
✓ O paciente teme asfixiar-se, manter vigilância e tranquilizá-lo; 
✓ Oferecer prancheta e lápis para proporcionar comunicação; 
✓ Desinflar o balonete da cânula de 2/2 horas por dois minutos para prevenir ulceração e 
necrose da traquéia, sendo que a aspiração antecede este cuidado. Este tipo cânula é 
utilizado em pacientes em coma ou em uso de ventiladores, para que a luz traqueal se 
mantenha ocluída e não escape ar e para que não haja aspiração do conteúdo gástrico. 
✓ Manter o equilíbrio nutricional: o doente com cânula de traqueostomia é geralmente 
capaz de deglutir e de fazer uma ingestão oral normal, exceto no caso de o doente estar 
inconsciente e terá que ser alimentado por SNG. 
✓ Proporcionar higiene oral. As secreções têm tendência a acumular-se na boca e na 
faringe. 
✓ Manter gazes limpas entre a pele e as partes laterais da cânula; 
 
 
Drenagem torácica 
 
 
Consiste na colocação de um dreno tubular no espaço intrapleural para remoção de gás e 
líquidos. 
31 
 
 
 
 
 
Termos: 
 
Pneumotórax: presença de ar no espaço intrapleural; 
Hemotórax: presença de sangue no espaço intrapleural; 
Empiema: presença de pus no espaço intrapleural; 
Quilotórax: presença de líquidos no espaço intrapleural; 
 
Ações de Enfermagem 
 
Antes e durante o procedimento: 
 
✓ Informar o paciente sobre o procedimento e indicar como ele pode ajudar (a 
importância de ficar imóvel) 
✓ Tornar o doente confortável com apoios adequados, se possível numa das seguintes 
posições: 
- sentado na beira do leito com os pés apoiados e com os braços e a cabeça sobre 
almofada sobre o leito; 
- sentado numa cadeira com os braços e a cabeça repousando no encosto; 
- deitado sobre o seu lado não afetado com o leito elevado entre 35 a 45º caso ele não 
consiga ficar sentado. 
✓ Apoiar e tranquilizar o doente durante o procedimento. 
DRENO DE TORAX E FRASCO COLETOR 
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Expor todo o tórax, o local da introdução do dreno é determinado a partir de radiografias e por 
percussão; 
Depois do procedimento 
 
✓ Avaliar o doente a intervalos de tempo com especial incidência para a alteração da 
frequência respiratória e/ou cardíaca, assimetria do movimento respiratório, desmaio, 
vertigem, opressão torácica, tosse incontrolável, muco espumoso e/ou sanguinolento e 
sinais de hipoxemia. 
✓ Após a colocação de drenos a intervenção de enfermagem é especialmente dirigida 
para a manutenção da permeabilidade e esterilidade do circuito. 
✓ Colocar água esterilizada no frasco de drenagem cobrindo com líquido estéril. O tubo 
deve ficar aproximadamente 2,5cm abaixo do nível do líquido, a água atua como 
selador e evita o retorno do ar para o espaço pleural. A outra extremidade, mais curta 
deve ser ligada à aspiração. 
✓ Clampear o sistema durante a troca do frasco ou retirada das secreções, para evitar 
pneumotórax; 
✓ Marcar o nível de origem do líquido com adesivo, onde é marcada a drenagem 
horária; 
✓ Fazer a fixação do dreno para evitar a saída acidental; 
✓ Evitar clampear o dreno durante o transporte do paciente (um dreno clampeado pode 
provocar pneumotóraxhipertensivo, com o balanço do mediastino e parada cardíaca); 
✓ Assegurar-se de que a aspiração está funcionante e manter os tubos permeáveis; 
✓ Manter o tubo sem angulações que impeçam a drenagem ou a remoção de ar, o que 
interferiria com a regular reexpansão pulmonar; 
✓ Vigilância do sistema pode ocorrer borbulhamento inesperado, provocado pela fuga de 
ar do sistema. 
✓ Nunca conectar a rede de vácuo diretamente no respiro do frasco selo d’água; 
✓ Mobilizar o doente sempre que possível para facilitar a drenagem; 
33 
 
 
 
 
Observar e comunicar o médico imediatamente se sinais de respiração rápida, cianose, pressão no 
tórax, enfisema subcutâneo ou sinais de hemorragia. Várias situações podem provocar esta 
sintomatologia, desde pneumotórax hipertensivo, hemorragia, dor intensa, embolia pulmonar, 
tamponamento cardíaco. A intervenção cirúrgica pode ser necessária. 
✓ Incentivar o doente a respirar profundamente e a tossir em intervalos frequentes; 
✓ Quando necessário transportar o doente para outro local, colocar o frasco de drenagem 
abaixo do nível do tórax de modo a impedir o refluxo do líquido; 
✓ Os drenos são removidos quando o pulmão estiver expandido e as drenagens não 
sejam significativas (inferior a 150cc por 24 horas). 
Cirurgia Gastrintestinal 
Gastrostomia 
 
 
Procedimento cirúrgico que mantém uma comunicação à luz gástrica com o plano 
cutâneo da parede abdominal através de uma sonda com as finalidades de drenagem 
(descompensação) ou de alimentação (nutrição). 
Pré-operatório 
 
✓ Descrever os cuidados pós-operatórios (soro, sonda nasogástrica, drenos, cuidados 
com a incisão, possibilidade de ostomia). 
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Explicar os fundamentos da respiração profunda e ensinar ao paciente como virar-se tossir, respirar e 
mobilizar a incisão. Essas medidas minimizarão as complicações pós- operatórias; 
✓ Monitorar a ingestão e a eliminação; 
✓ Informar que o preparo do intestino será iniciado 1 a 2 dias antes da cirurgia para uma 
melhor visualização; 
✓ Coordenar uma consulta como enfermeiro terapeuta quando o paciente estiver 
programado para uma ostomia a fim de iniciar o conhecimento o tratamento precoce 
dos cuidados pós-operatórios; 
Pós-operatório 
 
✓ Conectar a sonda de Gastrostomia ao látex e adaptar ao coletor; 
✓ Manter a sonda de Gastrostomia aberta no POI; 
✓ Anotar aspecto e volume das drenagens de 6/6 horas; 
✓ Observar queixas de náuseas e vômitos e ocorrência de distensão abdominal; 
✓ Quando houver o retorno do peristaltismo, iniciar a alimentação pela sonda de 
Gastrostomia; 
✓ Observar rigorosamente o volume e os intervalos das refeições; 
✓ Não administrar refeições quentes ou muito frias; 
✓ Não administrar rapidamente a dieta para prevenir a distensão abdominal; 
✓ Não forçar a entrada dos alimentos; 
✓ Irrigar a sonda antes e após as refeições com 15 ml de água filtrada, para detectar 
estase e prevenir infecções gastrintestinais, provocadas por alimentos que se alojam na 
parede da sonda e também para prevenir a sua obstrução; 
✓ Manter a sonda fechada após as refeições; 
✓ Posicionar o paciente em semi-fowler durante e após as refeições; 
✓ Permitir que o paciente experimente a dieta, quando não houver contraindicações; 
✓ Observar e anotar frequência e aspecto das eliminações intestinais. 
35 
 
 
 
 
Gastrectomia 
 
É a ressecção parcial ou total do estômago. 
 
Pré-operatório 
 
✓ Assistir psicologicamente e espiritualmente o paciente; 
✓ Fazer enteróclise dez horas antes da cirurgia; 
✓ Auxiliar o enfermeiro na lavagem gástrica. 
 
 
Pós-operatório 
✓ Manter sonda nasogástrica abertae anotar volume e aspecto das drenagens; 
✓ Não permitir que a SNG comprima o nariz nem haja dobra no sistema; 
✓ Manter o leito em Fowler após o restabelecimento dos sinais vitais; 
✓ Observar ocorrência de náuseas, vômitos, distensão abdominal. Anotar e avisar o 
enfermeiro. 
 
Cirurgia Renal 
 
 
As principais cirurgias renais podem incluir: 
 
Nefrectomia procedimento para remoção do rim; 
 
Transplante renalpara insuficiência renal crônica; 
 
Pielolitotomiaprocedimento para remover obstrução, tal como cálculos ou tumores; 
 
Nefrostomiaprocedimentos para introduzir tubos de drenagem; 
 
Nefrectomia é mais utilizada, para tumores malignos do rim, mas também pode estar 
indicada para traumatismo e rim que não mais funciona devido a distúrbios obstrutivos e 
outras doenças renais. A ausência de um rim não leva a uma função renal inadequada quando 
o rim remanescente é normal. 
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Pré-operatório 
 
✓ Rever os exercícios com os membros inferiores e fornecer informações a respeito das 
meias compressiva que podem ser utilizadas no pós-operatório; 
✓ Ensinar os exercícios de respiração profunda e tosse eficaz; 
Pós-operatório 
✓ Manter decúbito contrário ao lado operado; 
✓ Controlar diurese; 
✓ Prevenir complicações pulmonares, atelectasia, pneumonia, pneumotórax, com 
exercícios respiratórios e deambulação precoce; 
✓ Manter boa drenagem do tubo torácico, quando usado (a proximidade da cavidade 
torácica com a região operada pode levar à necessidade de uma drenagem torácica 
pela colocação de um dreno no pós-operatório). 
✓ Manter a permeabilidade dos tubos de drenagem urinária (nefrostomia, cateter ou 
uretral), quando indicados. 
✓ Para os pacientes de transplante renal, administrar medicamentos imunossupressores 
(corticosteroides), conforme prescrito, e monitorar os sinais precoces de rejeição- 
temperatura superior a 38.5ºC, débito urinário diminuído, aumento de peso de 1 kg ou 
mais durante a noite, dor ou hipersensibilidade sobre o local do enxerto e hipertensão; 
 
Ureterostomia 
Consiste na secção operatória e sua implantação na pele. 
 
 
Pós-operatório 
✓ Orientar quanto ao manuseio da bolsa; 
✓ Observar se o paciente é alérgico ao adesivo da bolsa; 
✓ Estimular a ingestão hídrica; 
✓ Trocar a bolsa sempre que necessário; 
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✓ Lavar a pele ao redor da ostomia com água e sabão; 
✓ Observar ao redor da ostomia e detectar se há irritação por contato com a urina, o que 
deve ser evitado; 
✓ Colocar gaze sobre a ostomia para absorver a urina e propiciar a aderência da bolsa. 
 
 
 
Bolsa coletora de urina. Na figura ao lado observa-se uma bolsa 
coletora de urina, ela é do tipo drenável e tem um "dreno" próprio 
que lhe é característico, uma "torneirinha". 
 
 
 
 
 
 
Cirurgias proctológicas 
 
 
A cirurgia proctológicas pode ser feita para Hiperplasia benigna da próstata (HBP) ou câncer 
de próstata. A abordagem cirúrgica depende do tamanho da glândula, intensidade da 
obstrução, idade, saúde subjacente e doença prostática. Hiperplasia benigna da próstata (HBP) 
é o crescimento benigno da próstata, não havendo correlação com o câncer de próstata. As 
causas ainda são indeterminadas. Ocorre dos 40 anos em diante, sendo mais comum a partir 
dos 60 anos.O crescimento da próstata pode comprimir a uretra determinando uma série de 
sintomas urinários: 
- diminuição da força e calibre do jato urinário; 
 
- aumento das micções noturnas; 
 
- ardência para urinar; 
 
- sensação de não ter esvaziado completamente a bexiga após urinar; 
 
- urinar em dois tempos; 
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urina com sangue; 
 
- gotejamento acentuado no final da micção; 
 
- diminuição do volume do ejaculado. 
 
O diagnóstico de HPB e suas complicações baseiam-se nos sintomas, nos exames de 
laboratório (sangue e urina), no toque retal, na ultrassonografia da próstata e em alguns casos 
há necessidades de exames endoscópicos das vias urinárias. 
Intervenções cirúrgicas 
 
1. Ressecção transuretral da próstata (RTU ou RTUP)- a mais comum e feita sem 
uma incisão por meio de instrumento endoscópico. 
2. Prostatectomia aberta 
Pré-operatório 
✓ Explicar os cuidados pós-operatórios previstos, incluindo a drenagem por cateter, 
irrigação e monitoramento da hematúria. 
✓ Administrar a preparação intestinal conforme prescrito, ou instruir o paciente na 
administração doméstica e manter-se em jejum após a meia noite. 
 
Pós-operatório 
 
✓ Manter a drenagem urinária e monitorar quanto à hemorragia. 
✓ Proporcionar cuidados com a ferida e evitar a infecção. 
✓ Monitorar e evitar as complicações (infecção e deiscência da ferida, obstrução ou 
infecção urinária, hemorragia, tromboflebite, embolia pulmonar, incontinência 
urinária). 
Cirurgias ginecológicas 
39 
 
 
 
 
 
As cirurgias ginecológicas são uma gama de cirurgia relacionada ou aparelho reprodutor 
feminino, entre algumas delas pode-se relacionar: a histectomia, salpingectomia, 
ooforectomia, portos cesarianos, perinioplastia, ligadura tubária entre outras, todas elas 
possuem cuidados em comuns estes cuidados também irá depender bastante das necessidades 
de cada paciente, a enfermagem tem papel fundamental para com estas pacientes, isso se deve 
pela grande influencia psicossocial que a mesma irá enfrentar, desta forma cabe à 
enfermagem diversos cuidados relacionados ao paciente alguns deles estão relacionados logo 
abaixo. 
Fechamento parcial da vagina 
 
É a sutura da vagina 
 
Indicações 
 
Prolapso uterino (desencadeado após o parto pelo enfraquecimento dos suportes). 
 
Salpingectomia 
 
Remoção cirúrgica das trompas 
 
Indicações 
 
Em casos de gravidez ectópica, processos inflamatórios (que não respondem a 
antibioticoterapia). 
Ooforectomia 
 
Remoção cirúrgica dos ovários 
 
Indicações 
 
Em casos de cistos ovarianos ou neoplasias, carcinoma mamário (em pacientes que não 
chegaram à menopausa). 
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Histerectomia 
 
A histerectomia é a remoção cirúrgica do útero. Ocupa o segundo lugar entre as cirurgias 
efetuadas com mais frequências nas mulheres, logo a seguir à cesariana. Dependendo do tipo 
de histerectomia realizado e do motivo por que esta intervenção está a ser efetuada, por vezes, 
durante uma mesma cirurgia, efetua-se também a remoção do colo uterino, dos ovários e das 
trompas de Falópio. Existem três tipos básicos: 
Histerectomia total (ou "histerectomia tradicional") - Remoção do útero e do colo uterino. 
Pode efetuar-se ou não a remoção dos ovários e das trompas de Falópio. 
Histerectomia subtotal ou parcial - O útero é removido, mas o colo uterino é preservado. 
Pode efetuar-se ou não a remoção dos ovários e das trompas de Falópio. Alguns 
ginecologistas acham que deixar o colo uterino pode reduzir os problemas de incontinência 
mais tarde na vida. 
Histerectomia radical - Remoção do útero, do colo uterino e de alguns gânglios linfáticos 
pélvicos. Pode efetuar-se ou não a remoção dos ovários e das trompas de Falópio. Esta 
intervenção é normalmente recomendada para tratar cancros do útero e do colo uterino. 
Pré-operatório 
 
✓ Apoiar psicologicamente: ter interesse pelo problema e ouvir a paciente com atenção. 
Ela poderá apresentar-semuito sensível, triste pela perda da capacidade reprodutora ou 
ansiosa quanto ao prognóstico. 
Pós-operatório 
 
✓ Sonda vesical: deverá ser retirada de 24 a 48 horas após cirurgia, observar e anotar 
drenagem e aspectos da urina; 
✓ Monitorar e observar curativos, drenos e sangramentos vaginais e anotar; 
✓ Retirar gazes de tamponamento 24 horas após determinadas cirurgias; 
41 
 
 
 
 
Nas pacientes com sonda vesical, fazer campleamento dela nas 24 horas que antecedem a sua 
retirada, para prevenir alterações nas eliminações urinárias; 
 
 
Mastectomia 
 
É a remoção parcial ou total da mama e dos músculos peitorais, do tecido adiposo e dos 
linfonodos axilares. 
Indicações 
Carcinoma da mama 
Pré-operatório 
✓ Assistirpsicologicamente e espiritualmente; a retirada da mama reflete-se na 
feminilidade e na sexualidade da paciente, deixando-a deprimida, ansiosa; 
✓ Tricotomia da parede torácica, do terço superior do braço, da axila e da parte superior 
do abdome. 
 
Pós-operatório 
 
✓ Manter o leito em Fowler, após a normalização dos sinais vitais, para facilitar as 
drenagens; 
✓ O curativo não deverá ser trocado até o 3° PO; 
✓ Manter o braço, do lado operado, em tipoia para evitar tensão excessiva na cicatriz 
cirúrgica; 
✓ Usar roupas largas, frouxas, que não comprimam o tórax; 
✓ Quando houver cicatrização, auxiliar na colocação de porta-seios ou próteses, se 
necessário; 
✓ Assistir psicologicamente. 
42 
 
 
 
 
Cirurgias do Intestino 
 
 
Jejunostomia 
 
Comunicação cirúrgica do jejuno com o plano cutâneo da parede abdominal. Neste tipo de 
ostomia as fezes são, inicialmente, líquidas. Com o decorrer do tempo elas passam a ser semilíquidas 
ou semi-pastosas. Notamos que durante o dia essa consistência pode variar, geralmente, em 
decorrência da alimentação. 
 
Indicações 
 
Em casos de estenose e tumores esofagianos, neoplasias gástricas, traumatismos duodenais 
nos indivíduos submetidos à gastrectomia total. 
Ileostomia 
 
Comunicação do íleo com a parede abdominal para excreção 
 
Indicações 
 
Perfuração, neoplasias e traumas extensos do cólon. 
 
Colectomia 
 
Ressecção de parte do cólon 
 
Indicações 
Carcinomas do cólon 
Colostomia 
Comunicação da luz do cólon com a parede abdominal. Nesse tipo de ostomia as fezes, 
geralmente, são mais consistentes. 
Indicações 
 
Obstrução aguda do cólon, neoplasia intestinal, trauma intestinal. 
 
Pré-Operatório 
43 
 
 
 
 
 
Contribuir para a aceitação a modificação anatômica e para a adaptação a nova forma de eliminação 
intestinal, ouvir com atenção os temores e dúvidas; 
✓ Compreender a ansiedade, irritação, depressão ou agressividade; 
✓ Orientar como usar o dispositivo para eliminação fecal; 
✓ Preparo intestinal de acordo com a prescrição médica. 
 
Pós-operatório 
✓ A bolsa coletora deve conter um orifício que ultrapasse o estoma e que não deixe a 
pele ao seu redor exposta, pois a excreção contem enzimas que escoriam apele. 
Bolsas com orifício inferior são apropriadas para o esvaziamento, sem necessidade de 
trocá-las frequentemente; 
✓ Após o retorno do peristaltismo, são oferecidas dietas liquidas e sem resíduos em 
pequenos volumes para evitar a excitação do peristaltismo. 
✓ Os alimentos muito quentes ou muito frios e o fumo devem ser evitados, pois são 
excitantes do peristaltismo; 
✓ Peixes, cebola e repolho dão odor fétido às eliminações; 
✓ Orientar o paciente quanto o auto-cuidado, para que se torne independente; 
✓ Ouvir os receios e dúvidas sobre a sua nova situação; 
✓ Estimular a ingestão hídrica; 
✓ Em torno de 60 dias o paciente poderá voltar gradualmente às atividades normais, se a 
evolução for boa. 
 
Estoma e Tipos de Bolsa 
 
Estoma “É uma abertura feita na parede abdominal por meio de colostomia, ileostomia, etc.”. 
 
OstomiaÉ uma cirurgia para construção de um novo trajeto para saída das fezes ou da urina. 
 
Em todos esses casos os ostomizados precisam de uma bolsa coletora para coletar suas fezes 
ou urina. 
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Tipos de Bolsas Coletoras 
 
Existem vários tipos e modelos de bolsas coletoras que foram criados para melhor atender as 
diferentes necessidades e dimensões dos estomas. 
 
✓ Bolsas coletoras intestinais 
 
 
 
Na foto observa-se uma bolsa coletora de fezes, ou seja, uma bolsa do tipo intestinal. Note-se 
que ela é, também, drenável e o seu fechamento, para que não haja saída dos dejetos, é feito 
com um "clamp". 
 
 
✓ Bolsas coletoras drenáveis e não drenáveis. 
 
Considerando-se a sua forma de descartar os dejetos fecais as bolsas coletoras podem 
serdrenáveis e não drenáveis. 
 
✓ Bolsas drenáveis 
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Apresentam-se com uma abertura na extremidade inferior por onde são esvaziadas, 
periodicamente, e costumam ter maior durabilidade. Uma de suas vantagens é que reduzem as 
lesões na pele do abdômen. Para os ostomizados, quanto menor o número de trocas de suas 
bolsas coletoras, menor serão os danos a sua pele. Os constantes descolamentos das barreiras 
podem contribuir para o aparecimento de lesões na região em torno do estoma. 
 
 
 
 
 
 
 
 
✓ Bolsas não drenáveis 
 
São fechadas, isto é, a extremidade inferior não se abre e elas não podem ser esvaziadas. Elas 
devem ser trocadas quando estiverem com um 1/3 de sua capacidade preenchida ou quando 
for necessário. A imagem mostra uma bolsa coletora intestinal e não drenável, por conta 
disso, sempre que cheia (1/3 do seu conteúdo) deve ser descartada. A bolsa ao lado apresenta 
um filtro para retirada dos gases. 
 
✓ Bolsas coletoras de uma peça e de duas peças. 
 
As bolsas de uma peça são as mais utilizadas e costumam ter um preço mais acessível do que 
as de duas peças. Por essa razão são as mais distribuídas pelo SUS, no Brasil. Elas duram em 
média, em condições normais, cerca de três dias. O conjunto da figura é uma bolsa coletora de 
uma peça porque reúne em uma só peça a placa e a bolsa. Note-se que ela é do tipo intestinal, 
drenável e de uma peça. 
 
As bolsas de duas peças ou equipamento de duas peças para ostomia têm coletor plástico em 
separado que se encaixa na placa colada no abdômen. Geralmente, esses modelos são mais 
caros e duram um pouco mais do que os demais. Essa disposição facilita as lavagens internas 
46 
 
 
 
 
 
da bolsa, que podem ser feitas com ela fora do corpo. Além disso, esse tipo de bolsa fornece 
uma proteção adicional para os estomas, porque os conserva dentro do estojo que se cria com 
a junção da placa e a bolsa. 
 
A imagem mostra uma bolsa coletora de duas peças. A placa está colocada do lado esquerdo e 
a bolsa do lado direito da imagem. Veja que ambas as peças tem encaixes próprios, sendo o 
da placa do tipo "macho" e o da bolsa do tipo "fêmea". 
 
 
 
 
 
Cirurgias Ortopédicas 
 
 
Artrodese: fixação de u 
ma articulação. 
Artroplastia: operação destinada a refazer superfícies articulares e restabelecer seu uso. 
 
Osteossíntese:fixação da fratura por meio de placas e parafusos. 
 
Osteotomia: secção cirúrgica de um osso. 
 
Amputação e Desarticulação 
 
Cuidados de Enfermagem 
47 
 
 
 
 
 
O planejamento das ações de enfermagem aos pacientes submetidos a tratamento cirúrgico 
por tumores ósseos deve prever promoção da independência, prevenção de complicações 
como trombose venosa profunda e fratura patológica, educação ao paciente e familiar quanto 
às metas do plano assistencial e promoção de um ambiente acolhedor. 
Pré-operatório 
 
✓ Encorajar o uso de equipamentos adaptações necessárias à locomoção devido ao risco 
de fratura patológica; 
✓ Não realizar punção no membro a ser operado; 
✓ Manter e registrar no prontuário todos os exames de imagem realizados; 
✓ Ouvir e encorajar a expressão de sentimentos. 
 
 
Pós-operatório 
✓ Avaliar estado neurovascular da extremidade (enchimento capilar, temperatura, 
sensibilidade e motricidade); 
✓ Estimular a mobilização ativa no leito, dentro da limitação; 
✓ Manter o membro operado elevado; 
✓ Manter curativo compressivo; 
✓ Estimular o uso de equipamentos e adaptações necessárias à locomoção de acordo 
com a carga permitida; 
✓ Utilizar medidas para a prevenção de úlcera por pressão; 
✓ Avaliar perfusão e débito de dreno. 
 
 
Artroplastia de Quadril 
 
A artroplastia é uma cirurgia de reconstituição da articulação pela substituição por prótese, 
que pode ser total ou parcial. Quando a artroplastia é total, ocorrem a remoção de toda a 
cabeça e de parte do colo do fêmur e a remodelagem do acetábulo. Na parcial, é substituída 
48 
 
 
 
 
apenas uma das superfícies articulares, a femural ou a acetabular. Os objetivos principais da 
artroplastia são o alívio da dor, a restauração ea melhora da função articular. 
Pré-operatório 
 
✓ Orientar o cliente quanto às rotinas; 
✓ Orientar sobre o uso de anticoagulante, demonstrando a técnica de aplicação; 
✓ Orientar o cliente quanto ao pós-operatório, minimizando sua ansiedade em relação ao 
procedimento realizado; 
✓ Observar e identificar riscos para complicações. 
 
 
Pós-operatório 
 
✓ Repouso relativo: por um ou dois dias permanecer em DDH. 
✓ Utilizar um coxim entre as pernas; 
✓ Nos primeiros dias, banho no leito; 
✓ Alternar horários de analgesia; 
✓ Anotar e desprezar débito do DPV; 
✓ Atentar para sinais de hemorragia (DPV) e ferida cirúrgica; 
✓ Controle dos sinais vitais; 
✓ Manter paciente aquecido; 
✓ Mobilizar em bloco; 
✓ Proteção das extremidades ósseas; 
✓ Verificar perfusão do membro operado; 
✓ Nas próteses com cimento andar no 4° dia após a cirurgia, sem cimento não poderá 
pisar nas 3 primeiras semanas; 
✓ Orientar o paciente a realizar exercícios. 
 
Gesso 
 
É utilizado para imobilizar um osso. 
49 
 
 
 
 
 
Indicações 
 
Fraturas, luxações, complemento cirúrgico. 
 
Assistência de enfermagem ao paciente com aparelho gessado 
 
✓ Manter o membro gessado elevado, para reduzir o edema, melhorar o retorno venoso 
aliviar a dor; 
✓ Os aparelhos gessados recentemente não devem ser apoiados em travesseiros ou no 
leito, nem envolvidos por cobertas para prevenir queimaduras pela elevação da 
temperatura; 
✓ Manter vigilância, observar frequentemente a extremidade do membro gessado. 
Queixas de formigamento, dor e cianose significam compressão de vasos sanguíneos, 
o que poderá levar a necrose da área. 
✓ Não permitir que objetos sejam introduzidos no interior do gesso para se prevenir 
lesões cutâneas; 
✓ Estimular exercícios passivos com os dedos do membro gessado; 
✓ Orientar o paciente a não molhar o gesso; 
✓ Observar se não há mau cheiro no membro afetado; 
✓ Após retirada do gesso, lavar o membro de forma suave com água morna e sabão e 
enxugar com toalha macia, por que a pele fica bastante sensível. Hidratar a pele, evitar 
coçar e esforços bruscos. 
Tração 
 
É a aplicação de uma força continua sobre um segmento corporal na tentativa de neutralizar a 
contratilidade muscular e assim diminuir o espasmo muscular e a dor, restaurar o 
comprimento de membros, reduzirem luxações, corrigir deformidades e atuar como 
complemento cirúrgico. 
Princípios da tração 
50 
 
 
 
 
 
Ter força oposta ou contra tração; 
✓ Ser livre de qualquer atrito; 
✓ Seguir uma linha estável de força; 
✓ Ser continua; 
✓ Ser aplicada na posição supina e com alinhamento corporal; 
 
Tração Cutânea 
 
É aplicada com a força puxando a pele e as partes moles, que atuam indiretamente sobre os 
ossos. É indicada quase sempre para a redução de fraturas, tem a desvantagem de suportar 
pouca quantidade de peso. É contra indicada na presença de lesões de pele. 
 
 
Assistência de enfermagem nas trações cutâneas 
 
✓ Observar o aspecto das extremidades; 
✓ Manter o alinhamento do corpo do paciente no leito; 
✓ Estimular movimentos passivos das articulações liberadas; 
✓ Observar a integridade da pele; 
 
 
Tração Esquelética 
 
É utilizada no tratamento das fraturas e correções ortopédicas por ter a vantagem de suportar 
um tempo prolongado de uso e maior quantidade de peso. 
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Uma variação de tração esquelética é a tração craniana, onde a aplicação dos fios metálicos é 
feita diretamente nos ossos do crânio. 
Assistência de enfermagem nas trações cutâneas esqueléticas 
 
✓ Manter limpos e secos os locais de inserções dos pinos; 
 
Cuidados de Enfermagem ao Paciente com Tração 
 
- Avaliar dor 
 
- Avaliar a condição neurovascular: comparar o membro afetado com o não afetado; 
coloração, pulso, movimento e sensibilidade; 
- Checar o equipamento de tração: alinhamento, fixação, quantidades de pesos prescritas, 
pesos livres e manutenção da contra-tração. 
- Estimular o paciente a realizar exercícios ativos no leito (principalmente se a tração estiver 
nos MMII); 
- Cobrir as pontas proeminentes de qualquer pino ou haste. 
 
- Para que se obtenha uma tração efetiva, é preciso que exista uma força de contra-tração, que 
geralmente é o próprio peso do paciente; 
- A tração deve ser contínua para ser efetiva, não deve ser interrompida; 
 
- Promover contra com o posicionamento correto do leito: 
52 
 
 
 
 
 
Deve-seevitar situações que diminuam ou limitem a tração (exemplo: mau posicionamento do 
paciente; este deve estar alinhado no centro do leito.); 
- As cordas devem estar bem esticadas, desobstruídas e sem nós; 
 
- Os pesos devem pender livremente, sem encostar-se ao chão ou na cama. 
 
 
 
Anotação de enfermagem na clinica cirúrgica 
 
Exemplos de anotação da equipe de enfermagem 
 
Importante relembrar e acrescentar que, ao final de cada Anotação de Enfermagem, após a 
identificação do profissional deve ser inutilizado o espaço restante da linha (não deixar 
espaços em branco) e a próxima anotação deverá ser registrado na linha subsequente. 
Anotações do pré-operatório 
 
7h00 Em jejum desde as 22h. Realizada tricotomia em região perianal. Julieta Soares 
COREN-SP-98760-AE 
7h30 Encaminhada ao banho de aspersão, retirada prótese dentária e colocadas as roupas do 
Centro Cirúrgico. Julieta Soares – COREN-SP-98760-AE----------------------- 
8h30 PA=130x80 mmhg, T=36,3ºC, R=20. Administrado item três da prescrição médica e 
encaminhada ao Centro Cirúrgico em maca. Julieta Soares COREN-SP-98760-AE......... 
Anotações do pós-operatório 
 
10h45 Transferida da maca para a cama, posicionada em decúbito lateral esquerdo e elevadas 
as grades do leito. PA=110x70 mmhg, P=68, R=20, T=36,2ºC. Renato Santos – COREN-SP- 
11153-AE 
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12h00 Aceitou toda a dieta oferecida (almoço). Renato Santos – COREN-SP- 11153-AE ------ 
 
 
12h15 Realizada higiene oral com creme dental. Renato Santos – COREN-SP-11153- 
AE............................................................................................................. 
13h00 Refere algia na região cirúrgica. Informado à enfermeira Dra. Eugênia Rocha, que 
requisita medicar com o item2 da Prescrição Médica. Renato Santos – COREN-SP-11153-AE 
 
 
14h30 Observada infiltração ao redor do acesso venoso. Interrompida a infusão e comunicado 
à enfermeira. Renato Santos – COREN-SP-11153-AE ------- 
14h35 Avaliado dorso da mão esquerda, onde estava instalado cateter periférico. Observo 
sinais de infiltração de medicamento na região ao redor do cateter, que apresenta hiperemia, 
com aproximadamente três cm de diâmetro, e edema (+/+++). Retiro cateter e prescrevo 
punção de outro acesso venoso periférico (item oito) e cuidados no local da infiltração (itens 
9, 10 e 11). Dra. Eugênia Rocha – COREN-SP-120225 --------------------------------------------- 
14h40 Realizo punção venosa, conforme item8 da Prescrição de Enfermagem. Renato Santos 
– COREN-SP-11153-AE 
 
14h45 Cumpridos os itens 9, 10 e 11 da Prescrição de Enfermagem. Dra. Eugênia Rocha – 
COREN-SP-120225 
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Referências Bibliográficas 
 
1. BRUNNER & SUDDARTH. Tratado de enfermagem médico cirúrgico. 9ª ed. Rio de 
Janeiro; Guanabara Koogan: 2005. 
2. NETTINA. Prática de Enfermagem. 6ª ed. Rio de Janeiro; Guanabara Koogan: 1996. 
3. POSSARI J.F. Centro Cirúrgico: Planejamento, Organização e Gestão, 1° ed. São Paulo: Iátria, 
2004. 
4. MEEKER, MH; ROTHROCK, JC; Alexander Cuidados de enfermagem ao paciente cirúrgico, 
10° ed. RJ Guanabara Koogan, 1997. 
5. Silva, MD, et. Al. Enfermagem na unidade de centro cirúrgico, 2° Ed, SP, editora EPU, 1999.

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