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REAL Apostila Métodos e Processos de Fabricação Apresentação Este Catálogo de Processos de Fabricação é um trabalho desenvolvido durante a disciplina Proces- sos de Fabricação, do Departamento de Engenha- ria Mecânica da Universidade de Brasília, oferecida aos alunos do curso de Desenho Industrial. O catálogo visa, ainda que parcialmente, suprir a carência de materiais didáticos adequados aos estudantes design. Seu conteúdo, que continua em construção, foi formulado pelos alunos do segundo semestre de 2004 e primeiro de 2005, sob a orien- tação do professor Alberto Carlos Diniz. Catálogo de formas Pode ser obtido por: brochamento Forma da peça Forma da ferramenta Brochamento externo Brochamento interno Pode ser obtido por: torneamento Forma da peça Forma da ferramenta Torneamento cônico Rosqueamento Faceamento Faceamento de ressaltos Torneamento de perfis Forma da peça Forma da ferramenta Perfilamento Sangramento Recartilhamento Torneamento cilíndrico Torneamento cilíndrico interno Catálogo de formas Pode ser obtido por: furação 1. Furação 2. Alargamento de furo 3. Furação escalonada 4. Broqueamento 1. 2. 3. 4. 5. 6. 7. 5. Rebaixamento de furo 6. Escariamento 7. Alargamento de precisão 1. 2. Pode ser obtido por: fresagem 1. Fresa convexa / Perfil côncavo 2. Fresa côncava / Perfil convexo Fresas verticais Catálogo de formas Pode ser obtido por: planaimento 1. 3.2. 4. 1. Aplainamento de rasgos 2. Aplainamento de guias 3. Aplainamento de ranhuras em T 4. Aplainamento de perfis Pode ser obtido por: retificação 1. 2. 3. 1. Retificação superficial 2. Retificação externa 3. Retificação interna Catálogo de formas Pode ser obtido por: fundição Forma da peça Fôrma Pode ser obtido por: injeção Forma da peça Fôrma Pode ser obtido por: eletroerosão Processo Forma da peça Usinagem da Madeira .Características e pro- priedades da madeira .Tipos de corte .Processso de usinagem .Máquinas .Características que influenciam a usinagem .Principais defeitos .Tabelas Processos Metalúrgicos .Fundição .Metalurgia do pó .Soldagem elétrica .Soldagem a gás .Soldagem a resistência .Conformação mecânica .Forjamento .Extrusão .Cunhagem .Estampagem .Laminação .Trefilação Índice Processo de Fabricação Introdução Catálogo de formas Processos de Usinagem .Torneamento .Fresagem .Fresagem de engrenagens .Plainamento .Furação .Retificação .Brochamento .Mandrilamento .Eletroerosão .Lapidação .Brunimento .Superacabamento .Métodos avançados Anexos .Prototipagem rápida .Automação e comando numérico .Adesivos .Tratamentos de superfície Plásticos .Conformação no estado líquido .Injeção de plásticos .Conformação no estado plástico .União de plásticos .Usinagem de plásticos e acrílicos Processos de Usinagem Os processos de usinagem têm como característica principal a retirada de cavaco, e são largamente uti- lizados na indústria. Neste capítulo estão descritos os principais métodos tradicionais e avançados de usina- gem industrial. Torneamento Variando os movimentos, a posição e o formato da ferramenta, é possível realizar uma grande variedade de operações: 1. Tornear superfícies externas e internas 2. Tornear superfícies cônicas externas e internas 3. Roscar superfícies externas e internas 4. Perfilar superfícies 5. Furar 6. Fresar 7. Retificar Além dessas operações, é possível furar, alargar, recartilhar, roscar com machos e cossinetes, mediante o uso de acessórios próprios para a máquina-ferramenta. Ferramentas de corte de um torno e os respectivos perfis resultantes de seu uso Definição O processo se baseia no movimento da peça em torno de seu próprio eixo. Trabalha com peças cilíndricas movidas por um movi- mento uniforme de rotação em torno de um eixo fixo. O torneamento acontece mediante a reti- rada progressiva do cavaco da peça traba- lhada. O cavaco é cortado por uma ferra- menta de um só gume cortante, que deve ter uma dureza superior à do material a ser cortado. A ferramenta penetra na peça, cujo movi- mento rotativo ao redor de seu eixo permi- te o corte contínuo e regular do material. A força necessária para retirar o cavaco é feita sobre a peça, enquanto a ferramenta contrabalança a reação dessa força. São necessários três movimentos relativos entra a peça e a ferramenta: 1. Movimento de corte, 2. Movimento de avanço, 3. Movimento de penetração. operações com o torno Torneamento A máquina de tornear A máquina utilizada no torneamento é cha- mada de torno. As partes de um torno univerasal são: 1. Corpo da máquina: barramento, cabe- çote fixo e móvel, caixas de mudança de velocidade. 2. Sistema de transmissão de movimen- to do eixo: motor, polia, engrenagens e redutores. 3. Sistemas de deslocamento da ferramen- ta e de movimentação da peça em dife- rentes velocidades: engranagens, caixa de câmbio, inversores de marcha, fusos e vara. 4. Sistemas de fixação da ferramenta: tor- re, carro porta-ferramenta, carro trans- versal, carro principal ou longitudinal; 5. Sistemas de fixação da peça: placas e cabeçote móvel; 6. Comandos dos movimentos e das velo- cidades: manivelas e alavancas. Essas partes são comuns a todos os tornos. O que diferencia um dos outros é a capaci- dade de produção , se é automático ou não e o tipo de comando: manual, eletrônico ou por computador. a - placa b - cabeçote fixo c - caixa de engrenagens d - torre porta-ferramenta e - carro transversal f - carro principal g - barramento h - cabeçote móvel i - carro porta-ferramenta Fixação da peça Para realizar o torneamento, é necessá- rio que tanto a peça quanto a ferramenta estejam devidamente fixadas. Quando as peças a serem torneadas são de pequenas dimensões, de formato cilíndrico ou hexa- gonal regular, elas são presas por meio de um acessório chamado de placa universal de três castanhas. A peça é presa por meio de três castanhas, apertadas simultaneamente com o auxílio de uma chave. Cada castanha apresenta uma superfície raiada que melhora a capacidade de fixação da castanha em relação à peça. De acordo com os tipos de peças a serem fixadas, as castanhas podem ser usadas de diferentes formas: (1) Para peças cilíndricas maciças como eixos, por exemplo, a fixação é feita por meio da parte raiada interna das castanhas voltadas para o eixo da placa universal. (2) Para peças com formato de anel, utili- za-se a parte raiada externa das castanhas. (3) Para peças em forma de disco, as cas- tanhas normais são substituídas por casta- nhas invertidas. Cabeçote móvel Para operações de furar no torno, usa-se a broca e não uma ferramenta de corte. Para fixar a ferramenta para furar, escarear, alar- car e roscar, usa-se o cabeçote móvel. O cabeçote móvel é a parte do torno que se desloca sobre o barramento. É composto por: base: apóia-se no barramento e serve de apoio para o corpo; corpo: suporta os mecanismos do cabe- çote móvel. Pode ser deslocado lateralmen- te para permitir o alinhamento ou desali- nhamento da contraponta; mangote: que aloja a contraponta, man- dril ou outras ferramentas para furar, esca- rear, alargar ou roscar. É fixado por meio de uma trava e movimentado por um eixo roscado acionado por um volante. Possui um anel graduado que permite controlar a pofundidade do furo, por exemplo; parafusos de fixação e deslocamento do cabeçote móvel. O cabeçote móvel tem as seguintes fun- ções: (1) de suporte à contraponta, destinada a apoiar uma das extremidades da peça a ser torneada. Torneamento(2) fixar o mandril de haste cônica usado para prender brocas, escareadores, alarga- dores e machos. (3) suporte direto para ferramentas de corte de haste cônica como brocas e alarga- dores - serve também de apoio para opera- ções de rosqueamento manual; (4) deslocar a contraponta lateralmen- te, para o torneamento de peças longas de pequena conicidade. O torno permite a execução de furos para: * Abrir furos de forma de dimensões determinadas, chamados de furos de cen- tro, em materiais que precisam ser traba- lhados entre duas pontas ou entre a placa e a ponta. Esse tipo de furo também é um passo prévio para se fazer um furo com bro- ca comum. * Fazer um furo cilíndrico por deslocamento de uma brica montada no cabeçote e com o material em rotação. É um furo de prepara- ção do material para operações posteriores de alargamento, torneamento e roscamento interno. * Fazer um superfície interna, passante ou não, pela ação de uma ferramenta deslo- cada paralelamente ao eixo do torno. Essa operação é conhecida tamabém como bro- queamento. Com ela, obtém-se furos cilín- dricos com diâmetros exatos em buchas, polias, engrenagens e outras peças. Torneamento Definição A fresagem ou fresamento é um processo de usinagem mecânica, feito por fresado- ras e ferramentas especiais chamadas fresas. A fresagem consiste na retirada do exces- so de Material da superfície de uma peça, a fim de dar a esta uma forma e acabamen- to desejados. Na fresagem, a remoção do material da peça é feita pela combinação de dois movimentos, efetuados ao mesmo tempo. Um dos movimentos é o de rota- ção da ferramenta, a fresa. O outro é o movi- mento da mesa da máquina, onde é fixada a peça a ser usinada. A variedade de tipos de máquinas, a flexi- bilidade destas e a diversidade de tipos de ferramentas tornam o fresamento de lar- ga aplicação para a usinagem de peças. Suas vantagens são encontradas na variedade de formas e superfícies que podem ser Variáveis Existem varia variaveis em um processo de fresagem. Sao elas: . Frequência de rotação . Velocidade de corte . Avanço por revolução . Avanço por dente . Velocidade de avanço . Diâmetro . Número de dentes . Profundidade de corte . Penetração de trabalho . Tempo de corte . Taxa de remoção de material Classificação A classificação das fresas pode ser reali- zada segundo vários critérios, conforme segue: a. Quanto ao método de fresamento a.1 Fresas para fresamento periférico, também denominado tangencial a.2 Fresas para fresamento frontal b. Quanto ao tipo de construção das fresas Fresagem Copiadora e perfis Pantográfica b.1 Tipo corpo ou bloco único - inteiriça b.2 Corpo com dentes soldados ou cola- dos b.3 Corpo com dentes substituíveis, fixa- dos com grampos e/ou parafusos c. Quanto a forma geométrica das fresas c.1 Corpo cilíndrico com grande largura ou comprimento (fresa cilíndrica) c.2 Corpo cilíndrico com pequena largura (fresa de disco) c.3 Corpo cilíndrico com pequena largura (serra) c.4 Corpo cilíndrico com haste própria para fixação (fresa com haste) c.5 Corpo cônico, com ou sem haste pró- pria para fixação (angular) c.6 Corpo com forma especial ou particu- lar (com perfil constante) d. Quanto ao tipo de flanco ou superfície de incidência das fresas d.1 Com superfície de incidência fresada d.2 Com superfície de incidência detalona- da e. Quanto a forma dos dentes das fresas e dos canais entre os dentes e.1 Com dentes e canais retos e.2 Com dentes e canais helicoidais (helicoidais à direita ou à esquerda) e.3 Com dentes e canais bi-helicoidais f. Quanto ao sentido de corte das fresas f.1 Fresa com sentido de corte à esquerda f.2 Fresa com sentido de corte à direita g. Quanto a montagem ou fixação das fresas na máquina (fresadora) g.1 Montagem sobre um eixo auxiliar (sobre mandril) g.2 Montagem através da sua própria has- te g.3 Montagem com auxílio de parafusos e chaveta (fresas frontais) h. Quanto a aplicação das fresas h.1 Para usinagem de rasgos e canais diversos h.2 Para usinagem de rebaixos para cha- vetas h.3 Para usinagem de guias de máquinas h.4 Para usinagem de engrenagens h.5 Para usinagem de roscas h.6 Para realizar rebaixos em superficies Fresagem Tipos de Máquinas . Fresadora vertical. Uma fresadora convencional na qual a ferramenta funcio- na perpedicularmente em relação a peça a ser usinada. . Fresadora horizontal. Uma fresadora convencional na qual a ferramenta funcio- na paralelamente em relação a peça a ser usinada. . Fresadora universal. Uma fresadora convencional na qual a ferramenta funcio- na tanto paralelamente como perpendicular- mete em relação a peça a ser usinada. Isso é possivel com a adiçao de um cabeçote para a mudança de sentido. . Máquinas de Controle Numérico (CN), sua definição é que todas as infor- mações geométricas e dimensionais contidas em uma peça, conhecida por meio de desenhos e cotas (números), seriam entendidas e processadas pela máquina possibilitando a automação da operação. . Máquinas de Controle Numerico Computadorizado. Muito similar a CN, é na verdade sua evolução. A diferença está no fato da CNC ser computadori- zada possibilitando formas ainda mais complexas, alem de maior precisao, mais rapidez e maior facilidade projetu- al. . Centros de usinagem. A evolução natural das fresadoras acabou por dar origem aos chamados centros de usin- gem. Esses são, na verdade, fresadoras às quais se juntaram outros sistemas mecânicos e eletrônicos, para obter uma máquina mais versátil. Existem ainda fresagens pelo processo Renânia e Fellows ambos utilizados para fabricação de engrenagens em larga escala. Aplicações ao Desenhista Industrial Para o desenhista industrial vale saber todas essas informaçoes sobre fresagem pois ao projetar ele pode ter em mente o que e e o que nao e possivel, como e mais barato, custo, tempo para ser fabricado. Casos mais frequentes aonde a fresagem esta envolvida num projeto de design sao: Fresagem . Automoveis: Peças, moldes, rodas, etc. . Moveis: Peças complexas de Madeira ou outros materiais . Moldes: Moldes industriais para estampagem ou fundição Fresagem Definição Engrenagens são conjuntos de duas ou mais rodas dentadas, nos quais uma roda transmite movimento à outra. Popularmen- te, chama-se engrenagem a própria roda dentada. A fabricação de engrenagens é uma das principais operações realizadas em fresa- doras. Estes componentes mecânicos estão presentes em mecanismos que vão desde um antigo ferrorama até um ônibus espacial. A fabricação de engrenagens com fresa de forma só é empregada em pequenas produ- ções e em manutenção devido ao alto tem- po necessário à sua fabricação e também por não gerar um perfil perfeito, necessário em aplicações mais exigentes. A ferramenta utilizada é a chamada fresa módulo. Para cada módulo existe um conjunto de fresas, onde cada fresa é responsável por uma faixa de dentes. Elas são fornecidas em um jogo de oito para cada módulo até o módu- lo 10. A partir deste módulo, as fresas módulo são fornecidas em um jogo de 15, porque os perfis dos dentes têm maior dimensão. Acima do módulo 4 , recomenda-se o desbaste com uma fresa de desbaste, afim de economizar a fresa-módulo (preço elevado). Divisor universal O divisor universal, também conhecido como cabeçote divisor, é um dos principais acessórios da fresadora. Sua finalidade é a de dividir uma circunferência em n partes iguais. Sendo assim pode-se usinar peças com seções na forma de polígonos regulares (quadrados, hexágonos, etc.), executar sulcos regularmente espaçados (canais de lubrificação, dentes de engrenagem, etc.), usinar cavidades circulares, etc.Os modos de divisão são três: divisão direta, divisão indireta e divisão diferencial. Divisão direta Esta forma de divisão recebe este nome pois é executada diretamente no eixo onde está fixada a peça. É a forma mais simples e limitada. Utiliza um disco perfurado denomi- nado disco divisor que possui o número de furos necessários para girar a peça e execu- tar a divisão desejada. Fresagem de Engrenagens O disco divisor pode conter mais de uma carreira de furos e furos em ambas as faces, de modo a ter maior flexibilidade, pois só é permitida a divisão em números que sejam submúltiplos do número de furos de cada carreira. Por exemplo, supondo um disco que tenha uma carreira de 24 furos pode-se executar as seguintes divisões: 2, 3, 4, 6, 8, 12 e 24. Divisão indireta A divisão indireta faz uso de uma relação de transmissão por meio de parafuso sem-fim e coroa, como mostra a figura 1.37 Como a divisão não ocorre diretamente no eixo onde a peça é fixada esta divisão recebeu o nome de indireta. Figura 1.37 – Detalhe da transmissão do divisor universal. Este sistema permite obter uma maior série de divisões com o mesmo disco divisor. Pode-se tomar, como exemplo de disco divisor, um que possui as seguintes carrei- ras de furos: face A (15, 18, 20, 23, 27, 31, 37, 41 e 47) e face B (16, 17, 19, 21, 29, 33, 39, 43 e 49). O parafuso sem-fim é comandado por uma manivela, ou manípulo, que contém um pino que ajusta-se aos furos do disco divisor. Por sua vez o sem-fim comanda uma coroa que está ligada diretamente à árvore onde fixa- se a peça. Processo Renânia Nesse processo, a fresa e o disco de aço onde são usinados os dentes da engrena- gem apresentam movimento de rotação. Isso significa que é possível submeter, ao mesmo tempo, vários dentes ao processo de corte e assim reduzir o tempo, em relação aos processos convencionais, de fabricação da engrenagem. A máquina empregada nesse processo é também chamada Renânia. Tratase de uma máquina utilizada para a produção, em lar- ga escala, de engrenagens cilíndricas com dentes retos ou helicoidais e coroas para parafusos sem-fim. Basicamente, a máquina Renânia é forma- da por um cabeçote porta-fresa e uma mesa porta-peça. Divisor Universal Fresagem de Engrenagens Máquina Renânia Nesse tipo de máquina a mesa porta-peça está ligada a uma grade de engrenagens que funciona como um aparelho divisor. Graças a isso, dá-se o sincronismo de movimento entre a mesa e o deslocamen- to da fresa, isto é, enquanto a mesa porta- peça realiza um movimento de giro, a fresa faz o movimento de corte. Ainda, ao mesmo tempo em que ocorre o movimento entre a peça e a fresa, o cabe- çote porta-ferramenta descreve um movi- mento vertical, de forma que quando a fer- ramenta deixa a peça, todos os dentes da engrenagem já terão sido usinados. É a sincronização de movimento entre a fresa e a mesa que torna possível fresar maior número de dentes da engrenagem por vez, sem que para isso seja necessária a intervenção constante do operador, como ocorre nos sistemas de fresagem conven- cionais em que a fresadora fresa um só dente por vez. O resultado é que se conse- gue maior produção de peças, com maior rapidez e exatidão nas medidas das peças. No processo Renânia, a ferramenta uti- lizada é a fresa caracol. A fresa caracol é cilíndrica e dispõe de uma hélice com ângu- lo de inclinação definido. A hélice pode ter sentido à esquerda ou à direita. Na hélice encontram-se ranhuras. São as ranhuras que geram os dentes de corte que se suce- dem em toda a espiral. Fresagem de Engrenagens Fresa Caracol Descrição Defnição: Operação de usinagem feita por máquinas (plainas). Produz superfícies planas em posição horizontal, vertical ou inclinada. Características: Utiliza-se de ferramentas com apenas uma aresta cortante, que retira o sobremetal com movimento linear; Operação de desbaste, necessitando de uso de outras máquinas para o acaba- mento; Corte feito em um único sentido, curso de retorno da ferramenta é tempo perdido; Utilização de só uma aresta cortante faci- lita a montagem e a afação e barateia o custo. Equipamentos Plaina limadora: Movimento retilíneo alternativo Corte ocorre no avanço da ferramenta Ferramenta se move enquanto ocorrem avanços transversais da peça Curso máximo – 600mm, usina peças de tamanho médio pequeno Realiza estrias, rasgos, rebaixos, chanfros e faceamento de topo graças a possibilida- de de girar e travar o porta-ferramenta em qualquer ângulo. Exerce uma forte pressão sobre a peça, que deve estar bem presa a máquina (pos- sível utilização de cunhas, calços, grampos e cantoneiras). OBS: plaina limadora vertical utilizada no aplainamento de superfícies internas de furos em perfis variados. Plaina de mesa: Plaina Plainamento Plaina Executa os mesmo trabalhos que a lima- dora, podendo ser adaptada para fresamen- to e retificação. A peça movimenta-se enquanto a ferra- menta avança transversalmente. Curso - superior a 1000mm, usina qual- quer superfície de peça (inclusive em gran- des dimensões). Quatro operações diferentes de usinagem podem ser feitas simultaneamente. Peças fixadas diretamente sobra a mesa. Quanto às operações, a plaina limado- ra pode realizar estrias, rasgos, rebaixos, chanfros, faceamento de topo em peças de grande comprimento. Isso é possível porque o conjunto no qual está o porta-ferramenta pode girar e ser travado em qualquer ângulo. mento e retificação. A peça movimenta-se enquanto a ferra- menta avança transversalmente. Curso - superior a 1000mm, usina qual- quer superfície de peça (inclusive em gran- des dimensões). Quatro operações diferentes de usina- gem podem ser feitas simultaneamente. Peças fixadas diretamente sobre a mesa. Plainamento porta-ferramenta inclinável Plaina elétri- ca: A plaina elétrica permite fazer trabalhos de desbaste de peças de madeira tais como ripas, vigas ou traves e ainda trabalhos de montagem e acabamento: aparelhar topos, rebaixar cantos ou chanfrar arestas. As profundidades do aplainamento e de re- baixamento são reguláveis e variam em função da potência da plaina. A descarga das aparas pode ser adapta- da à esquerda ou direita na maioria do apa- relhos. Equipada com uma tomada de aspira- ção e com uma base de trabalho com uma ranhura em V para fazer chanfros, a plai- na elétrica pode também ser utilizada numa bancada em posição fixa. Plaina de mesa: Executa os mesmos trabalhos que a lima- do- ra, podendo ser adaptada para fresa- Plainamento Ferramentas Iguais para qualquer tipo de plaina. Feitas geralmente de aço rápido. Utilização de metais duros em suportes para cortar materiais mais resistentes. aplainamento de rasgos aplainamento de perfis aplainamento de guias aplainamento de ranhuras em “T“ aplainamento de superfícies côncava Etapas do aplainamento 1. Aplainar horizontalmente superfície pla- na e superfície paralela; 2. Aplainar superfície plana em ângulo; 3. Aplainar verticalmente superfície pla- na; 4. Aplainar estrias; 5. Aplainar rasgos; Seqüência de operações: 1. Fixação da peça; 2. Fixação da ferramenta; 3. Preparação da máquina: regulagem de altura da mesa e regulagem do curso da ferramenta; Vantagens O aplainamento apresenta grandes vanta- gens na usinagem de réguas, bases, guias e barramentos de máquinas, porque cada passada da ferramenta é capaz de retirar material em toda a superfície da peça. Além disso, usa ferramenta de corte com uma só aresta cortante que são mais bara- tas, mais fáceis de afiar e com montagem mais rápida. Isso significa que o aplaina- mento é,em regra geral, mais econômi- co que outras operações de usinagem que usam ferramentas Desvantagens O aplainamento é uma operação de des- bas- te. Por isso, e dependendo do tipo de peça que está sendo realizada, pode ser necessário o uso de outras máquinas para realização posterior de acabamento que dão maior exatidão às medidas. Nas operações de aplainamento, o cor- te é feito em um único sentido. O curso de retorno da ferramenta é um tempo perdido. Assim, esse processo é mais lento que o fre- samento, por exemplo, que corta continua- mente. Plainamento Furação Definição Na furação uma ferramenta (broca) de dois gumes executa uma cavidade cilíndrica na peça. O movimento da ferramenta é uma combinação de rotação e deslocamento reti- líneo (ao longo do eixo do furo). Uma variante da furação é o alargamen- to de furos, onde uma ferramenta similar à broca, porém com múltiplos gumes, remove material de um furo, aumentando seu diâ- metro, ao mesmo tempo conferindo-lhe um alto grau de acabamento. Este é um proces- so típico de acabamento. Numa operação de furação, a máquina furadeira é responsável pela movimenta- ção da broca, sendo esta a responsável pela remoção de material. Para operações de furar a broca mais utilizada é a broca helicoi- dal, mas a par desta ainda existe um gran- de número de brocas para as mais diversas finalidades. Na escolha da broca devem ser considera- dos os seguintes fatores: 1. Diamêtro do furo a ser aberto; 2. Material a ser perfurado; 3. Aguçamento da broca. Furadeiras Furadeiras são máquinas que têm como função principal executar furos nos mais diversos tipos de materiais. Para tanto o motor da furadeira aplica uma alta velocida- de de rotação a uma ou várias brocas que serão responsáveis pela remoção de mate- rial desejada. Para as diferentes condições de perfuração requeridas, foram criados diferentes modelos de furadeiras. Antes de se escolher a furadeira ideal para o traba- lho a ser realizado devem ser avaliados os seguintes aspectos: 1. Forma da peça; 2. Dimensões da peça; 3. Número de furos a serem abertos; 4. Quantidade de peças a serem produzi- das; 5. Diversidade no diâmetro dos furos de uma mesma peça; 6. Grau de precisão requerido. Algumas Classificações: 1. Furadeira Portátil; 2. Furadeira Sensitiva; 3. Furadeira de Coluna; 4. Furadeira de Árvores Múltiplas; 5. Furadeira Radiais; 6. Furadeira Múltipla de Cabeçote Único; 7. Furadeira Múltipla de Múltiplos Cabeço- tes; 8. Furadeira de Comando Numérico; 9. Furadeira de Bancada; As furadeiras apresentam os 5 subsistemas comuns às máquinas atuais: 1. Subsistema de Sustentação 2. Subsistema de Fixação e Movimentação da Ferramenta 3. Subsistema de Fixação da Peça 4. Subsistema de Acionamento Principal 5. Subsistema de Avanço Furação Brocas As brocas são as ferramentas de abertu- ra de furos. Possuem de 2 até 4 arestas de corte e sulcos helicoidais por onde corre o cavaco. Os tipos de brocas mais comuns são: bro- ca cilíndrica, broca de centro, broca calçada com pastilha e broca múltipla. A broca de centro é uma broca curta e de diâmetro rela- tivamente grande. Sua alta rigidez impede que ocorra uma flanbagem e que o furo seja executado fora do local correto. Sua função é a de iniciar o furo de uma peça, ou seja, fazer um pequeno furo para que a ponta da broca não se desloque-se da posição. broca de centro As brocas calçadas com pastilha são indi- cadas para furação de materiais de maior dureza e/ou para obter-se rendimentos superiores. Neste tipo de broca as pastilhas são soldadas ao corpo. broca calçada Similares às brocas calçadas há as brocas com pastilhas intercambiáveis, largamente utilizadas em altas produções e em máqui- nas CNC, devido a rapidez e simplicidade em se manter a afiação do gume cortante. brocas com dentes postiços As brocas canhão, que têm um único fio cortante, são indicadas para execução de furos profundos, entre 10 e 100 vezes o seu diâmetro. brocas canhão As brocas múltiplas são especialmente afiadas para executar furos complexos em apenas uma operação. As possibilidades de combinação são muito grandes. Sua aplica- ção é voltada para grandes produções onde o custo de preparação de brocas especiais acaba se diluindo na execução de grandes lotes em tempos mais reduzidos. brocas múltiplas As brocas com furos para fluido refrige- rante. O refrigerante é enviado diretamente para a região de formação do cavaco, evi- tando o superaquecimento da ferramenta e auxiliando na remoção do cavaco. Essa fer- ramenta permite a usinagem de furos rela- Furação tivamente profundos em um único aprofun- damento. brocas com furos para refrigeração Existem também as brocas anulares, que permitem executar furos de grandes diâ- metros com menor geração de cavaco. Esta broca remove apenas um anel de material e a cápsula resultante pode até ser utilizada como matéria prima. broca anular Sistema Ejector Sistema semelhante ao STS, porém facil- mente adaptável às máquinas existentes, preferencialmente em tornos CNC, centros de torneamento, máquinas universais e centros de usinagem. Não precisa de nenhuma seladora entre a peça e a bucha-guia. Indicada para usinagem de peças onde possam surgir problemas com a seladora. Vantajoso quando for possível usar um furo pré-usinado ao invés de uma bucha-guia, por exemplo em centros de usinagem. Sistema Ejector Sistema STS É um sistema de refrigeração e escoamen- to de cavaco para furação profunda, ou seja, furos de profundidade de 10 a 100 vezes o diâmetro da broca. Nesse sistema a broca e a peça devem ser seladas. Como a broca é oca, o flui- do refrigerante é enviado exteriormente a ela, retornando por seu interior, carregan- do o cavaco. É indicada para materiais com propriedades insatisfatória para formação de cavacos como aços inoxidáveis, para materiais com uma estrutura não homogê- nea quando ocorre problemas na quebra- de-cavacos. Tem uso mais vantajoso para produção de lotes longos. Gera peças extre- mamente longas e uniformes e furos de diâ- metros maiores que 200 mm. Sistema STS Retificação Descrição A retificação é um processo de usinagem por abrasão que possui alta precisão dimen- sional e alto nível de acabamento, poden- do corrigir irregularidades superficiais de peças. Especificações Os materiais ou peças geralmente preci- sam ser submetidos à tratamentos térmi- cos de têmpera para serem retificados. No entanto, também são retificados materiais sem tratamentos térmicos. Existem basicamente três tipos de retifi- cadoras: . Retificadora plana; . Retificadora Cilíndrica Universal; . Retificadora Cilíndrica Sem Centro. Quanto ao movimento das retificadoras, em geral podem ser: manuais, semi-auto- máticas ou automáticas. No caso da retifica- dora cilíndrica sem centro, esta é automáti- ca, pois trata-se de uma máquina utilizada para produção em série. Para que a superfície retificada apresente exatidão dimensional e bom acabamento, é necessário levar em conta aspectos como: tipo de material a ser usinado, tipo de tra- balho a ser realizado e principalmente o tipo de rebolo a ser utilizado. Existem algumas especificações básicas que relacionam o tipo de material a ser usinado com as ferramen- tas utilizadas. Quanto à dureza do rebolo: Material mole - rebolo duro Material duro - rebolo mole Quanto à velocidade da mesa: Material mole - maior velocidade Material duro - menor velocidade Rebolo de liga vitrificada - baixa veloci- dade (até 33 m/s) Rebolo de liga resinóide - alta velocidade (até 45 m/s) Quanto à estrutura: Desbaste - estrutura aberta Acabamento - estrutura fechada Duranteo processo, podem ocorrem algu- mas rugosidades na peça devido à folga nos eixos, irregularidades no movimento da mesa, granulação do abrasivo ou desbalan- ceamento do rebolo. Brochamento Definição É um processo de fabricação por usinagem que consiste em remover material da super- fície de uma peça, de forma progressiva, pela ação ordenada dos fio de corte, dispos- tos em série, de ferramentas multicortan- tes. Nesse processo a peça fica estática e a ferramenta tem movimento retilíneo. O brochamento é utilizado para a produ- ção de furos de diversas formas geométri- cas, rasgos de chaveta, estriados e perfis irregulares internos e externos. Ferramenta A brochas, utilizadas nesse processo, são ferramentas multicortantes de corte pro- gressivo. Geralmente as brochas são feitas de aço temperado ou revenido, devido ao grande esforço a que são submetidas. Para cada forma a ser usinada é necessário uma brocha diferente. A região de corte da bro- cha possui 3 partes: desbaste, acabamento e calibração. Na fabricação das brochas, deve ser levado em conta a angulação das cavidades de seus dentes para a boa acomodação do cavaco durante o processo de brochamento. Classificação das brochas: 1. Brochas de Compressão: São forçadas através do furo, manualmente ou por pren- sa. São curtas para evitar flambagem e uti- lizadas também no brochamento de furos cegos. 2. Brochas de Tração: São puxadas através do furo permitindo um maior comprimento, possibilitando, assim, realizar operações completas de desbaste e acabamento. 3. Brochas Giratórias: Utilizadas na pro- dução de formas helicoidais, como ranhuras de armas. 4. Brocha Sólida: Fabricada em uma só peça, em geral de aço rápido incluindo den- tes. A mioria das brochas internas se enqua- dram nessa categoria. 5. Brochas tipo pote: É uma brocha de superfície que envolve toda a peça como eixos ranhurados e engrenagens. Maquinário As máquinas de brochamento são cha- madas de brochadeiras ou brochadoras e podem ser horizontais ou verticais. A hori- zontal possibilita o trabalho com brochas de grande comprimento. As verticais economi zam espaço. Há também brochadeiras de cabeçotes múltiplos para executar opera- ções em várias peças simultaneamente. Processo O brochamento pode seguir dois tipos de processos: . externo: operação feita sobre a superfí cie externa da peça, dando acabamento ou semi-acabamento a seus perfis; . interno: operação feita num furo aberto anteriormente por um outro processo. Pemi- te modificar um furo vazado e transformar o perfil de uma peça. O objetivo dessa ope- ração pode ser abrir cavidades com chave- tas em fursos cilíndricos ou o de transformar perfis de furos cilíndricos em perfis acanela- dos, estriados, quadrados, hexagonais etc. A forma da brocha se modifica ao longo de seu comprimento a fim de que a peça seja usinada gradativamente até formato dese- jado. Assim, a brocha permite realizar uma operação desde o desbaste grosseiro até o bom acabamento nas peças trabalhadas, dispensando, inclusive, usinagens posterio- res. Na figura ao lado, há três exemplos de fases de transformação que exemplificam o processo pelo qual a peça é submetida. Cuidados na Usinagem A velocidade de corte é regulada levando em consideração os seguintes fatores: . perfil da aresta cortante; . ângulos de incidência do corte; . material da peça; . profundidade do corte. Os fluidos de corte são utilizados para: . lubrificar as cavidades dos dentes das brochas, reduzindo o atrito entre o cava- co e a ferramenta, diminuindo assim o desgaste . absorver o calor gerado durante o corte . remover os cavacos que ficam entre os dentes da brocha. É um processo caro, pois para cada for- ma a ser usinada é preciso uma ferramen- ta (brocha) diferente, entretanto, torna-se barato se a produção for em larga escala e a longo prazo, pois a produção é econômica e a máquina tem vida longa. Brochamento Definição Processo mecânico de usinagem destinado à obtenção de superfícies de revolução com auxílio de uma ou várias ferramentas de bar- ra. Para tanto, a ferramenta gira e a peça ou a ferramenta se deslocam simultaneamente segundo uma trajetória determinada. Ferramentas As ferramentas de mandrilar são seleciona- das em função das dimensões (comprimen- to e diâmetro) e características das opera- ções a serem realizadas. Assas ferramentas são feitas de aço rápido ou de carboneto metálico e são montadas naponta da barra de mandrilar. A barra de Mandrilar (madril) deve ser rígida , cilíndrica sem defeitos de retili- niedade. Deve estar bem posicionada no eixo de mandriladora, para possibilitar a montagem de buchas que formam man- cais, evitando com isso possíveis desvios e vibrações durante o uso. Tipos de Mandrilamento Mandrilamento cilíndrico Processo no qual a superfície usinada é cilíndrica de revolução, cujo eixo coincide com o eixo em torno do qual gira a ferra- menta. Mandrilamento radial Processo no qual a superfície usinada é plana e perpendicular ao eixo em torno do qual gira a ferramenta. Mandrilamento cônico Processo no qual a superfície usinada é cônica de revolução, cujo eixo coincide com o eixo em torno do qual gira a ferramenta. Mandrilamento de superfícies especiais Processo no qual a superfície usinada é uma superfície de revolução, diferente das anteriores, cujo eixo coincide com o eixo em torno do qual gira a ferramenta. Exemplos: mandrilamento esférico mandrilamento de sangramento, etc.. Mandrilamento Mandrilamento cilíndrico Mandrilamento radial Mandrilamento cônico Mandrilamento de superfícies especiais Mandriladoras a) árvore porta-ferramentas b) carro ou cabeçote porta-árvore c) montande da máquina d) coluna auxiliar ou luneta e) mesa da máquina f) barra de mandrilar, também chamada de mandril cujo eixo coincide com o eixo em torno do qual gira a ferramenta. Mandrilamento Mandriladora universal horizontal Na mandriladora universal horizontal a árvore porta-ferramenta ou eixo-árvore que está disposta horizontalmente serve para nela se fixarem as ferramentas de mandri- lar. Mandriladora universal vertical A mandriladora universal vertical possui sua árvore porta-ferramenta disposta verti- calmente, o que não altera sua função, des- crita no item anterior. Definição Processo de usinagem por destruição de partículas metálicas por descarga elétrica, sendo um processo complexo e em grande parte não visível. Aplicações O método é indicado para formas comple- xas em materiais duros, como carbonetos metálicos e superligas. Produz superfícies de alta qualidade, acuidade e sem gransdes alterações microestruturais. é largamente utilizado na indústria fabricante de ferra- mentas, principalmente por permitir usina- gem após o processo de tempera, o que, em outros processos convencionais de usina- gem, não é comumente possível. Exemplos de produtos executados por esse método são matrizes para estampos de corte, mol- des de injeção, forjaria, cunhagem e fabri- cação de ferramentas de metal duro. Há três elementos participantes do processo: o anodo, correspondendo ao eletrodo, o cato- do, correspondendo à peça e o dielétrico. Processo Os materiais da peça a ser usinada (cato- do) e da ferramenta (anôdo) devem ser bons condutores elétricos. Ambos são imersos em um líquido isolante ou dielétrico. Ambas as peças, eletrodo e catodo são ligados a uma fonte de corrente contínua Ao ligar o circuito, forma-se uma tensão elétrica entre o eletrodo e a peça. De início, não há passagem de corrente, já que o die- létrico atua como isolante. Quando o espa- ço entre a peça e a ferramenta é diminuído até uma distância determinada,chamada GAP, os elétrons escapam do eletrodo em direção à peça, esse fenômeno é chama- do de descarga elétrica. Produz-se, então, uma centelha que superaquece a superfície do material dentro do campo de descarga, fundindo-a. Inicia-se assim um processo de erosão, tanto no eletrodo como na peça. O dielétrico passa a atuar como protetor dessa corrente, permitindo maior controle de pre- cisão da descarga, conbate à contaminação por gases, resfriamento do conjunto e lim- peza dos resíduos de metal. Esse proces- so de erosão acontece em nas duas extre- midades, porém por meio de regulagens é possível concentrar até 99,5% da erosão na peça. Esquematização do processo de eletroerosão Peças usinadas por eletroerosão Eletroerosão Eletroerosão Vantagens Na usinagem por eletroerosão, a peça per- manece submersa em um líquido e, portan- to, há rápida dissipação do calor gerado no processo. Não existe força de corte, pois não há contato entre a ferramenta e a peça. Por isso, não se formam as tensões comuns dos processos convencionais de usinagem. Uma vantagem adicional é a automati- zação das máquinas de eletroerosão, que permite a obtenção de estreitos limites de tolerância. É possível um controle rigoroso da ação da ferramenta sobre a peça usina- da, graças a um servomecanismo que rea- ge rapidamente às pequenas variações de intensidade de corrente. ELEMENTO REQUISITO MATERIAL DESEMPENHO ELETRODO bom condutor elé- trico metais ótimo acabamento e mínimo desgaste metal duro fácil usinagem, insensível a choques térmicos, leve, não deforma, porém é quebradiço PEÇA boa condutora elé- trica alumínio DIELÉTRICO isolante elétrico, participa na limpeza e refrigera a peça cobre FONTE corrente contínua ferro GAP depende do material dielétrico e da inten- sidade da corrente zinco GAP alto – tempo curto de usinagem e rugosidade maior aço GAP baixo – maior tempo de usinagem e menor rugosidade Tabela de requisito e desempenho da eletroerosão Lapidação Descrição Segundo a norma DIN 8589, a lapidação é um processo de usinagem envolvendo grãos abrasivos dispersos num fluido, capaz de transferir para a peça a forma do disco de lapidação, através da remoção promovi- da pelos grãos que descrevem movimentos aleatórios sobre a superfície da peça. Esse processo caracteriza-se por baixa remoção de material, elevado grau de aca- bamento superficial, boa precisão de forma e tolerância dimensional na faixa de IT1. Um importante parâmetro no processo é a carga (pressão) empregada sobre a peça, quanto maior a pressão exercida, maior o volume específico de material removido. Logo, é de grande importância o estabele- cimento de uma carga ideal para a maior eficiência da lapidação. Grãos A escolha do tamanho do grão é de acor- do com o acabamento final especificado: quanto mais duro for o material da peça a ser lapidada, maior deve sera dureza do grão abrasivo. Segundo Stähli, partículas maiores cau- sam riscos e as menores não conseguem Remoção do Material Há dois mecanismos distintos: rolamento e corte. Rolamento Ocorre devido ao rolamento do grão na superfície da peça, deformando-a plástica e elasticamente. A superfície é alisada e encruada, e, devi- do à fadiga, o material se desprende em pequenas partículas. Obtem-se como resultado uma superfície da peça opaca, sem brilho Corte No corte, os grãos abrasivos são ancora- dos, mesmo que temporariamente, no dis- co de lapidação com conseqüente remoção de cavacos pelo movimento relativo entre o disco e a peça. Ao contrário do rolamento, neste mecanis- mo observa-se superfícies usinadas espe- lhadas Na Figura observa-se que o grão A atua por rolamento enquanto que B atua por cor- te. Já o os grãos menores, entre a A e B, não participam efetivamente do processo. Lapidação Detalhamento 1. Após vários processos, vem a parte do acabamento, em que se trabalha o aspec- to final da peça. Geralmente a peça chega com suas formas medidas, quase finaliza- das, cortadas, usinadas, soldadas, recebem então um tratamento superficial para obte- rem um aspecto melhor ou possibilitar um sistema mecânico adequado. Para obter tal acabamento, emprega-se o processo de lapidação, que consiste no uso de discos de abrasão sobre as peças com pressão e velocidade específicas obtendo-se muitas vezes uma superfície espelhada. 2. Primeiramente é colocada na peça a ser lapidada uma quantidade de solução com partículas abrasivas que desgastam leve- mente a peça. 3. A peça é trabalhaba com um disco gira- tório com um peso que passa leve e rapida- mente o material abrasivo. Os grãos dimi- nuem a rugosidade do material mais duro, dando o acabamento. 4. O resultado é uma superfície com menos rugosidades e bom acabamento. O proces- so é também utilizado em objetos esféricos, lentes, espelhos, vidros e gemas. Etapas do processo de lapidação Etapas do processo de lapidação Lapidação Lapidação de Gema A lapidação de gemas surgiu com o intuito de melhorar o brilho e a beleza daspedras brutas encontradas na natureza. A milhares de anos o home lixa e quebra as pedras na busca da melhor angulação e combinação de facetas para cada tipo de gema. Uma das lapidações mais conhecidas é a brilhantes, inicialemnte feita especialemnte pata os diamantes por acentuar seu brilho, atualemnte essa lapidação é empregada em outras gemas como as emesraldas e os topázios. Com o desenvolvimento dos conhecimen- tos do homem e seu contrle sob as ferra- mentas, suguram diversos tipos de lapida- ção que se adapitam a gemas de diversos tipos e tamanhos. Brilhante, navete, cora- ção, cabochon, oval, gota são apenas alguns exeplos dentre as diversas possibilidades de se lapidar uma gema. Desvantagens Apesar de todo o desenvolvimento tecno- loógico e a maioria dos processos de usina- gem serem feitos com auxilio de comando numérico. O processo de lapidação depede muito da ação do homem e sua habilida- de manual e aquidade visual, o maquinário existente não é computadorizado, e possui grande defiencia para precisar os angulos das faces, apenas para a lapidação de dia- mantes com fins industrais há softwares que fazem a varredura da gema bruta e indicam a melhor posição para a lapidação. Lapidação Brilhante Lapidação NaveteLapidação Esmeralda Lapidação de Vidros Grande parte dos vidros utilizados em nos- sa vida cotidiana são lapidados, Os acaba- mentos de tampos de mesa, espelhos e até mesmo pias, são feitos por máquinas lapi- dadoras. Atualmente estão disponíveis no mercado diversos tipos de acabamento para vidros. Nesses casos a lapidação é feita principal- mente nas bordas, esse acabamento evita acidentes por extremidades pontiagudas e melhora a resistência. Brunimento Descrição Apesar de todos os cuidados, as peças usinadas e mesmo as de acabamento em máquina, como é o caso da retificação, apre- sentam sulcos ou “riscos” mais ou menos visíveis, decorrentes das arestas das ferra- mentas de corte ou das pontas agudas dos grãos abrasivos. Mesmo em superfícies finamente acaba- das pela retificação, uma lente de aumen- to mostra irregularidade na superfície das peças. Com a finalidade de eliminar o mais possível essas irregularidades e de deixar as superfícies com dimensões exatas e, ainda, melhorar o aspecto visual das peças, exis- tem operações especiais como o brunimen- to. O brunimento consiste na remoção da aspereza, dando acabamento na superfície da peça, mediante utilização de pedra de brunir ou brunidor. Durante o processo, os grãos ativos do brunidor entram em conta- to com a superfície da peça. Esta gira len- tamente e o brunidor desloca-se ao longo da geratriz da superfíciede revolução com movimentos alternativos de pouca amplitu- de e freqüência relativamente grande. Procedimento Para se obter um brunimento uniforme, claro e limpo, os seguintes pontos deverão ser respeitados: 1. Selecionar o tipo de grão abrasivo de acordo com o material a ser brunido e o resultado desejado do acabamento. 2. Selecionar a rotação de brunimento, lembrando que a velocidade superficial ideal é influenciada pelos seguintes fatores: . Altas velocidades podem ser usadas para metais de corte fácil, em ferro fundido e alguns metais não-ferrosos macios. . Peças com superfícies de alta dureza requerem baixas velocidades. . Em superfícies de alta rugosidade, que foram abrasadas mecanicamente, a pedra abrasiva permite maior velocidade. . Diminuir a velocidade à medida que a pedra abrasiva aumenta, em função da uni- dade de área do furo a ser brunido. . Altas velocidades resultam em um aca- bamento superficial fino. 3. A lubrificação dos cilindros, durante o brunimento, deve ser abundante para evitar aquecimento e conseqüentes danos às par- tes do trabalho. Ao girar, o brunidor faz um movimento vertical oscilante de subir e descer. A diferença entre retificção e brunimento consiste na velocidade de rotação. No bru- nimento ela já é bem menor e o trabalho é feito com pressão maior. Superacabamento Métodos Avançados Definição Os novos processos de usinagem baseiam- se mais em princípios eletrofísicos do que nas propriedades mecânicas dos materiais. Segundo esses novos métodos, a usinabi- lidade dos materiais depende de caracterís- ticas como: -ponto de fusão; -condutibilidade térmica; -resistividade elétrica; -peso atômico. Surgiu da necessidade de usinar metais e ligas com resistências e durezas cada vez mais elevadas; Possibilitam a remoção de material molé- cula por molécula e até mesmo átomo por átomo. Usinagem por feixe de elétrons Elétrons acelerados e concentrados em um feixe geram uma intensa energia cinética que se transforma em energia térmica: fun- de praticamente todos os tipos de materiais conhecidos; Energia concentrada: vaporiza o material no ponto de impacto, e material derretido ao redor é ejetado pela pressão do vapor; É realizado dentro de câmaras de vácuo, pois diminui a dispersão da energia por atri- to como ar; A convergência do feixe é feita por meio de lentes magnéticas; Aplicação do feixe: soldagem, tratamen- to térmico, corte furação de materiais de pequena espessura e microusinagem, Contadores de elétrons: registra o número de pulsos que permite ajuste do tempo de usinagem, para produzir a profundidade de corte requerida, 1 a 2 mm³/min; Algumas aplicações ainda se encontram em fase experimental, não sendo uma alter- nativa competitiva do ponto de vista técnico ou econômico, quando comparada a outros processos; Indústria aeroespacial, aeronáutica e ele- trônica: produção de múltiplos microfuros e microusinagem de peças complexas. Usinagem por ultra-som Executa penetrações de formas variadas em materiais duros, frágeis e quebradiços (vidro, cerâmica, diamante) dificilmente obtidas pelos processos convencionais; Uma ferramenta é posta para vibrar sobre uma peça mergulhada em um meio líquido com pó abrasivo em suspensão, numa dada freqüência; O “martelamento” das vibrações erode o material, formando uma cavidade negativa da ferramenta; Não há contato entre ferramenta e peça; A usinagem é feita pelos grãos do material abrasivo. Ferramenta: - Não precisa ser muito dura, pode ser de material fácil de usinar, pois não entra em contato com a peça, possui forma inversa a desejada à peça; - Pode usar ferramenta rotativa (aumenta a capacidade de remoção do material); Métodos Avançados Usinagem química Usina os metais pela sua dissolução em uma solução agressiva (ácida ou básica); A única energia utilizada é liberada pela reação química; É mais lenta e dá resultados mais exatos; Permite a obtenção de formas bem defini- das e precisas; Muito utilizada na indústria aeronáutica e eletrônica; Dispensa a confecção de ferramental e permite o trabalho em diversos materiais. Etapas: -preparação da superfície do metal; -confecção da máscara; -aplicação do ácido ou base; -limpeza. Proporciona peças sem rebarbas, sem deformação e estruturalmente íntegras; O tempo de produção de uma peça frágil e complexa é muito menor; O recorte não é rigorosamente perpendicu- lar à superfície e os ângulos obtidos são mal reproduzidos. Usinagem eletroquímica Remoção e transporte, átomo por átomo, do metal usinado, em uma solução eletrolí- tica; Realizada por meio da eletrólise: reação não espontânea de decomposição de uma substância, por meio de corrente elétrica; Necessita de ferramenta específica, seme- lhante a uma ferramenta mecânica. A peça a ser usinada e a ferramenta cons- tituem o ânodo e o cátodo, respectivamente, mergulhadas num eletrólito. Uma diferença de potencial é aplicada entre os eletrodos; Vantagens: - qualquer material condutor pode ser usi- nado; - podem ser reproduzidas formas comple- xas; - não há desgaste da ferramenta; - é possível controlar a quantidade de material removido. Inconvenientes: - problemas devidos à corrosão; - existência de elevadas pressões hidráu- licas; - dificuldades para ajustagem da ferra- menta. Peças em usinagem química Ferramenta (acima) e máquina (abai- xo) de eletroquímica Métodos Avançados Usinagem por eletroerosão A peça sofre um desgaste devido à passa- gem de uma corrente elétrica contínua que rompe a ligação entre as moléculas. O fluido dielétrico tem grande importân- cia, pois atua como um isolante até que a diferença de potencial seja suficientemente alta, retira as partículas removidas de metal e resfria o eletrodo e a peça. Obrigatoriamente deve ser utilizado um material que seja condutor de eletricidade; É utilizado na conformação e corte de peças complexas feitas de materiais duros; Eletroerosão a Fio: utilizada no corte de contornos de superfícies planas ou curvas. Usinagem a jato d’água Sistema de corte com água pressurizada, aplicável a quase todos os materiais de uso industrial; Corte de todos os tipos de materiais não metálicos e em alguns casos para materiais metálicos; Adequado para corte de contornos. Usinagem a laser A fonte de energia é um laser que concen- tra energia luminosa na superfície da peça. A energia altamente concentrada funde e evapora pequenas regiões do material de modo controlado; Corte e furação em materiais de peque- na espessura (combinado com fluxo de gás) metálicos (ferrosos e não ferrosos em geral), não metais (cerâmicas, madeira, couro, mármore e materiais compósitos); Usado para soldagem, tratamento térmico localizado, e marcação de peças (apesar de mais cara traz melhorias: precisão, repro- dutibilidade, facilidade de automação). Uso na indústria eletrônica e automotiva. Inconvenientes: - refletividade da superfície; - cantos vivos devem ser evitados. Vantagens: - sem confecção de ferramenta específica, viabiliza o processo para pequenas quanti- dades; - usinagem rapida de formas complexas. - usinagem de peças delicadas. - bom acabamento de superfície. Comparação dos métodos Diante dos muitos métodos e processos disponíveis, ainda existe a dificuldade para escolher a melhor solução para cada neces- sidade de produção. É preciso comparar os custos e as condi- ções técnicas para poder avaliar o interesse industrial de cada método de trabalho. A viabilização técnica e econômica dos novos métodos não implica o desapareci- mento das formas tradicionais de trabalho; Métodos Tradicionais O arranque dematerial se dá, em geral, por cisalhamento; As máquinas tradicionais, associadas a equipamentos de comando numérico, são reservadas para os trabalhos em grandes séries; Para que seja econômico, é necessário que a retirada de material seja grande e que a quantidade de peças a reproduzir compense os gastos com o ferramental; Limitações para usinagem de materiais duros e peças com formas complexas, geram peças com exatidão em superfícies planas e de revolução; Métodos avançados O arranque de material se dá, em geral, por cisalhamento; As máquinas tradicionais, associadas a equipamentos de comando numérico, são reservadas para os trabalhos em grandes séries; Para que seja econômico, é necessário que a retirada de material seja grande e que a quantidade de peças a reproduzir compense os gastos com o ferramental; Limitações para usinagem de materiais duros e peças com formas complexas, geram peças com exatidão em superfícies planas e de revolução; Métodos Novos Baseiam-se muito mais em princípios ele- trofísicos; Miniaturização de peças e componentes e a exatidão requerida; A usinabilidade dos materiais depende: ponto de fusão, condutibilidade térmica, resistividade elétrica, peso atômico. Comparação dos métodos Tendências e perspectivas O objetivo dos novos métodos é aperfei- çoar os já existentes. Dessa forma, a ten- dência é que sejam reservados aos métodos tradicionais os serviços mais grosseiros, de produção em pequena escala; De início, os métodos não tradicionais eram reservados a materiais difíceis de usinar. Com a evolução tecnológica, foram levados à indústria convencional, onde pas- saram a representar considerável fonte de economia. Preferência por métodos não geradores de resíduos; O futuro dos métodos está associado ao desenvolvimento de novos materiais; Os processos metalúrgicos são empregados na conformação de metais e ligas, e diferenciam-se dos processos de usinagem por não apresentarem formação de cavaco. A seguir, descrevemos os principais processos metalúrgicos. Processos Metalúrgicos Conformação Mecânica Definição Processos em que se aplica uma força ex- terna sobre a matéria-prima, obrigando-a a adquirir a forma desejada por deforma- ção plástica. O volume e a massa do me- tal (matéria prima) se conservam nestes processos. Os processos de conformação mecânica alteram a geometria do material através de forças aplicadas por ferramentas adequadas que podem variar desde peque- nas matrizes até grandes cilindros, como os empregados na laminação. Em função da temperatura e do material utilizado a con- formação mecânica pode ser classificada como trabalho a frio, a morno e a quente. Principais Processos FORJAMENTO: conformação por esforços compressivos tendendo a fazer o material assumir o contorno da ferramenta con- formadora, chamada matriz ou estampo. LAMINAÇÃO: conjunto de processos em que se faz o material passar através da abertura entre cilindros que giram, mo- dificando-lhe (em geral reduzindo) a se- ção transversal; os produtos podem ser placas, chapas, barras de diferentes se- ções, trilhos, perfis diversos, anéis e tubos. TREFILAÇÃO: redução da seção transversal de uma barra, fio ou tubo, “puxando-se” a peça através de uma ferramenta (fieira, ou trefila) com forma de canal convergente. EXTRUSÃO: processo em que a peça é “empurrada” contra a matriz conformado- ra, com redução da sua seção transversal. A parte ainda não extrudada fica contida num recipiente ou cilindro (container); o produto pode ser uma barra, perfil ou tubo. CONFORMAÇÃO DE CHAPAS: Compre- ende as operações de: - Embutimento; - Estiramento; - Corte; - Dobramento. A Temperatura na Conformação Quente Processos de recuperação e recris- talização ocorrem simultaneamen- te com a deformação. Superfície áspe- ra e grossa após a fase de recuperação. -Vantagens do trabalho a quente: . Menor esforço mecânico; . Refina a estrutura; . Aumenta a tenacidade; . Deformação profunda; -Desvantagens do trabalho a quente: . Ferramental para altas temperaturas; . Oxidação e casca de óxido; . Tolerâncias dimensionais maiores. Frio Processos de recuperação e recris- talização não são efetivos. Superfície lisa e fina após a fase de recozimento. Geração de Calor Deformação plástica e atrito = geração de calor. O aumento pode chegar a cen- tenas de graus em alguns processos. Há necessidade de resfriamento. Estampagem Operações de Estampagem Processos de conformação mecânica, rea- lizado geralmente a frio, que compreende um conjunto de operações, por intermédio das quais uma chapa plana é submetida a transformações por corte ou deformação, de modo a adquirir uma nova forma geo- métrica. Operações de Corte: Corte e furação por estampagem, são processos semelhantes que fazem a separa- ção de material por cisalhamento utilizando um macho, uma matriz e uma prensa para a produção em série de peças. A prática de aquecer a chapa a ser perfu- rada ou cortada a uma temperatura de cerca de180ºC, reduz a força de corte necessária e por conseguinte garante uma sobrevida tanto às ferramentas quanto às prensas uti- lizadas. Em contrapartida, esta prática exige investimentos em operações comple- men- tares de aquecimento e posterior polimento para a eliminação dos óxidos roduzidos pelo aquecimento. Sua adoção exige um estudo econômico para atestar sua viabilidade. . corte quando há separação total do material . entalhe quando há corte em separação total . puncionamento é uma operação utilizada para se efetuar o corte de figuras geométricas por meio de punção e matriz por impacto recorte é a operação de corte realizada pela segunda vez . transpasse é a operação de corte associada à opera- ção de deformação (enrijecimento em cha- pas muito finas) Exemplos: fuselagem de aviões, painéis de automóveis, brinquedos, eletrodomésticos, Estampagem Equipamentos Tesoura guilhotina com facas paralelas: Tesoura guilhotina com faca inclinada: alguns equipamentos de corte e perfu- ração de chapas de aços inoxidáveis, bem como a concepção de matrizes de furação de chapas Estampagem Fases 1. Deformação Plástica A folga excessiva das facas de corte pode conduzir em quebra da ferramenta de cor- te. 2. Cisalhamento Para materiais mais moles, utilizam-se facas de corte com ângulos de corte meno- res. 3. Ruptura Aumento da competitividade . informatização . prototipagem virtual CAE (engenharia auxiliada pelo computador) . simulação do comportamento físico das peças, condições ambientais de carga . tempo, custo, qualidade . otimização do design . menos protótipos físicos . eliminação de retrabalho Laminação Definição Neste processo de conformação mecânica, o metal é forçado a passar entre dois cilindros, girando em sentido oposto, com a mesma velocidade superficial, distanciados entre si a uma distância menor que o valor da espessura da peça a ser deformada. Ao passar entre os cilindros, o metal sofre deformação plástica; a espessura é reduzida e o comprimento e a largura são aumentados. Pela laminação, o perfil obtido pode ser o definitivo e a peça resultante pronta para ser usada, por exemplo: trilhos, vigas, tarugos para forjamento, etc. Máquinas de Laminação Um laminador consiste basicamente de cilindros (ou rolos) , mancais, uma carcaça chamada de gaiola ou quadro para fixar essas partes e um motor par a fornecer potência aos cilindros e controlar a velocidade de rotação. As forças envolvidas na laminação podem facilmente atingir milhares de toneladas, portanto é necessáriauma construção bastante rígida, além de motores muito potentes para fornecer a potência necessária. O custo, portanto, de uma moderna instalação de laminação é da ordem de milhões de dólares e consome- se muitas horas de projetos uma vez que esses requisitos são multiplicados para as sucessivas cadeiras de laminação contínua. LAMINADOR DUO TÍPICO , com cilin- dro regulável durante a operação a). LAMINADOR DUO TÏPICO, b) Vista lateral de quadros fechados e abertos . Laminação Tipos de laminadores Utilizam-se variadas disposições de ci- lindros na laminação, o mais simples é consistuído por dois cilindros de eixo ho- rizontais, colocados verticalmente um so- bre o outro. Este equipamento é chamado de laminador duo e pode ser reversível ou não. Nos duos não reversíveis, figura a), o sentido do giro dos cilindros não pode ser invertido e o material só pode ser lamina- do em um sentido. Nos reversíveis, figu- ra b), a inversão da rotação dos cilindros permite que a laminação ocorra nos dois sentidos de passagem entre os rolos. No laminador trio, da figura c), os cilindros sempre giram no mesmo sentido. Porém, o material pode ser laminado nos dois sen- tidos, passando-o alternadamente entre o cilindro superior e o intermediário e entre o intermediário e o inferior. À medida que se laminam materiais cada vez mais finos, há interesse em utilizar cilindros de traba- lho de pequeno diâmetro. Esses cilindros podem fletir, e devem ser apoiados por ci- lindros de encosto, ficura d). Esse tipo de laminador denomina-se quádruo, poden- do ser reversível ou não. Quando os cilin- dros de trabalho são muito finos, podem fletir tanto na direção vertical quanto na horizontal e devem ser apoiados em am- bas as direções. Um laminador que permi- te esses apoios é o Sendzimir, figura e). Um outro laminador muito utilizado é o universal, que dispõe de dois pares de cilindros de trabalho, com eixos verti- cais e horizontais, figura f). Existem ou- tros tipos de laminadores mais espe- cializados, como o planetário, “passo peregrino”, Mannesmann, de bolas, etc. ARRANJOS TÍPICOS DE CILINDROS: (a) - laminador duo; (b) - laminador duo reversível; (c) - laminador trio; (d) - laminador quádruo, (e) - laminador Sendzimir e (f) - laminador universal. f) Trefilação Definição Operação em que a matéria-prima é es- tirada através de uma matriz em forma de canal convergente (fieira ou trefila) por meio de uma força trativa aplicada do lado de saída da matriz. O escoamento plástico é produzido principalmente pelas forças com- pressivas provenientes da reação da matriz sobre o material. Características O material pode ser estirado e reduzido em secção transversal mais do que com qual- quer outro processo; A precisão dimensional obtenível é maior do que em qualquer outro processo exceto a laminação a frio, que não é aplicável às bi- tolas comuns de arames; A superfície produzida é uniformemente limpa e polida; O processo influi nas propriedades mecâni- cas do material, permitindo, em combinação com um tratamento térmico adequado, a obtenção de uma gama variada de proprie- dades com a mesma composição química. O Processo de Trefilação O processo de trefilação tem início com o fio-máquina, que é o material laminado a quente que não se fabrica em diâmetros menors que 5,5mm. Tem prosseguimento com o tratamento térmico, pois a estrutura do material laminado a quente, conhecido como fio-máquina, o torna inadequado para o trabalho a frio, por apresentar granulação não-homogênea e defeitos internos e super- ficiais. O tratamento térmico mencionado é comumente denominado de recozimento. A decapagem é uma etapa também necessária entre as diversas etapas da trefilação, não somente para eliminação de óxidos, mas principalmente para obtenção de uma su- perfície que retenha eficientemente o lubri- ficante e é realizada pela passagem dos ro- los de arame por sistemas mecânicos ou por tanques em meio químico. Definição É um processo de fabricação de peças metálicas que consiste essencialmente em encher com metal líquido a cavidade de um molde com formato e medidas correspon- dentes aos da peça a ser fabricada. A fundição permite a obtenção de peças com formas praticamente definitivas. É con- siderado um processo de fabricação inicial, porque seu acabamento superficial não é muito bom, exijindo que a peça seja usina- da. É um processo muito antigo e versátil, podendo-se produzir com ele, praticamente qualquer peça. Histórico A fundição é um dos processo de fabri- cação mais utilizados e é também um dos mais antigos. A fundição começou a ser usada pelo homem por volta do anos 3000 a.C. Os mol- des eram confecionados em cerâmica, técni- ca também muito antiga. Com a Revolução Industrial e o desenvolvimento da tecnolo- gia se tornou possível fundir outros metais e ligas mais resistentes, ampliando assim a utilização da fundição. É um processo simples e barato e também muito versátil, pois possibilita a fabricação de peças de diferentes formatos e tama- nhos. Grande parte do maquinário utilizado nos outros processos de fabricação é fabricada por fundição, vê-se então a grande impor- tância desse processo. Processo Matéria-prima: . ligas ferrosas e metálicas que se apre- sentem temperatura de fusão e fluidez. Tipos de fundição: . com molde não permanente, o molde é destruído no desmolde da peça. O mol- de mais comum nesse caso é o de areia verde. . com molde permanente: o molde não é descartável. . fundição por gravidade: processo onde o metal líquido escoa dentro do molde por mera ação da gravidade. . fundição sob pressão: o metal líquido é pressionado dentro do molde por meio de energia hidráulica. Fundição Passo-a-Passo 1. Confecção do modelo - o modelo é uma peça com formato aproximado da que se pretende fabricar, a dimensões do modelo devem prever a contração do metal após a solidificação e eventual sobremetal para posterior usinagem. O modelo pode ser de madeira, alumínio, aço, resina plástica ou até isopor. 2. Confecção do molde - o material do molde é moldado sobre o modelo que, após retirado, deixa uma cavidade com o formato da peça a ser fundida. 3. Confecção do machos - caso o desenho da peça tenha espaço vazados é neces- saria a utilização de machos na fundi- ção. dão peças que ocupam os espaços desses vazios, e são colocados no mol- de antes dele ser enchido com metal. 4. Fusão - aquecimento do metal até que ele chegue ao estado líquido. 5. Vazamento - é o enchimento do mol- de com o metal líquido. Geralmente o molde é enchido atráves de canais de alimentação. 6. Desmoldagem - após a solidificação da peça, ela é desmoldada, ou seja, é reti- rada do molde. Nos casos de fundição com molde não permanente o molde é destruído. Pode ser desmoldado manu- almente ou por meio de processos mecânicos. 7. Rebarbação - é retirada dos canais de alimentação e rebarbas. 8. Limpeza - no caso de fundição com mol- de de areia, ficam sobre a peça encru- tações de areia, sendo necessário lim- par a peça com jatos abrasivos. Molde de Areia Verde A fundição mais comum é a que utiliza molde de areia. Mas por que areia? O mol- de de areia é barato e de fácil fabricação, e além do mais, a areia suporta bem as altas temperaturas de fusão dos metais. O molde é chamado de molde de areia verde porque não passa por um processo de secagem. Ele é basicamente composto por areia-base que pode ser sílica, cromita ou zirconita e mais argila (como aglomerante) e água. Após a destruíção do molde para desmoldagem da peça, 98% da areia pode ser reutilizada para a fabricação de novos moldes. Por isso é um processo barato.Há outros moldes de areia cujo aglome- rante são resinas e passam por secagem. Confecção de molde de areia Fundição Fundição Cuidados e problemas Problemas na fundição O processo de fundição de um metal está sujeito à alguns problemas que são causa- dos, principalmente, pelo aquecimento e resfriamento dos metais. Essas alterações de temperatura causam contrações nos metais, que dão origem a uma heteroge- neidade conhecida por vazio ou rechupe, e também podem causar aparecimento de trincas à quente ou tensões residuais. Outros problemas bastante comuns na fundição, são a concentração de impurezas e o desprendimento de gases. Cuidados na fundição Para evitar trincas à quente, e eventuais tensões residuais, deve ser feito um projeto adequado das peças e/ou buscar uma téc- nica adequada de moldagem. No entanto, a completa eliminação das tensões exige tra- tamentos térmicos adequados. Os vazios ou rechupes, podem ser elimi- nados pela utilização de massalotes, que alimentam as retrações que se verificam na peça de maneira que ela seja obtida cheia. Para isso, os massalotes devem ser a últi- ma forma a se solidificar, além de abrange completamente o setor da peça que requer alimentação. O desprendimento de gases ocorre nas ligas ferro-carbono, e se dá quando o oxi- gênio dissolvido no metal líquido combina com o carbono dessas ligas e os gases CO e CO2 escapam facilmente para a atmosfera enquanto a liga estiver no estado líquido. Á medida que a viscosidade da massa líquida diminui devido a queda de temperatura, fica mais difícil a fuga desses gases, que acabam ficando retidos nas proximidades da superfí- cie das peças, na forma de bolhas. Em fundição as bolhas devem ser evitadas adicionando-se ao metal líquido desoxidan- tes, que reagem com o oxigênio dissolvido no metal líquido, formando óxidos sólidos que impedem que o oxigênio reaja com o carbono formando gases COe CO2. Soldagem com arco elétrico Definição Soldagem é o processo de unão de peças metálicas ou não metais, de modo que o local da junção forme com o todo uma mas- sa homogênea. O processo aqui é alcançado aquecendo-se ambas as pessas até o estado de fusão ou plasticidade, para que as peças se tornem uma. O princípio de soldagem a arco elétrico está na eletricidade. Arco elétrico O arco de soldagem é formado ao passar uma corrente elétrica entre uma barra de metal (eletrodo, pólo negativo ou catodo) e a peça a ser moldada (pólo positivo ou anodo). A chama formada pela passagem da corrente tem o formato de arco, por isso o nome do processo. Os gases portam-se como isoladores elétricos, mas se forem introduzidas partículas carregadas, então a corrente passará. A passagem de corrente elé- trica pelo gás é denominada descarga elétrica. O arco é o tipo estável de descarga. Na soldagem ao arco elétrico com gás de proteção (GMAW – Gas Metal Arc Welding), t a m b é m conhec i - da como soldagem MIG/MAG ( M I G – Metal Inert Gas e MAG – Metal Active Gas), um arco elétrico é estabelecido entre a peça e um consumível na forma de arame. O arco funde continuamente o ara- me à medida que este é alimentado à poça de fusão. O metal de solda é protegido da atmosfera pelo fluxo de um gás (ou mistura de gases) inerte ou ativo. O processo de soldagem funciona com corRepresentação esquemática dos fenômenos metalúrgicos que ocorrem na soldagem do aço Soldagem a arco elétrico com “eletródo não-consumível” Soldagem a arco elétrico com “eletródo consumível” Exemplo de soldagem a arco Soldagem com arco elétrico rente contínua. São comumente emprega- das correntes de soldagem de 50 A até mais que 600 A e tensões de soldagem de 15 V até 32 V. Um arco elétrico autocorrigido e estável é obtido com o uso de uma fonte de tensão constante e com um alimentador de arame de velocidade constante. Melhorias contínuas tornaram o processo MIG/MAG aplicável à soldagem de todos os metais comercialmente importantes como os aços, o alumínio, cobre e vários outros. Materiais com espessura acima de 0,76 mm podem ser soldados praticamente em todas as posições. Métodos de proteção da solda: O meio circundante tem um efeito nocivo à qualidade da solda, devido ao depósito de impurezas e substâncias estranhas nos con- tornos dos grãos do metal, o que diminui a resistência e ductilidade da solda. O eletrodo é submerso em um fluxo gra- nulado, condutor, de alta resistência elétri- ca, que funciona como fundente e isolante térmico, de modo que o calor gerado fica concentrado, assim fundindo o eletrodo e o metal-base. O fluxo fundido, da superfície absorve as impurezas e protege o metal do meio cir- cundante. Pela ação da gravidade, pode ser apenas empregado na posição plana ou horizontal. Aplicações: em todo o tipo de junção entr dois metais de mesmo material como nos botijões e cilindros para gases e ar compri- mido, oleodutos, tubulações, turbinas elé- tricas, locomotivas, vagões, material fer- roviário, indústria aeronáutica, espacial, submersa, automotiva e todas as outras. Vantagens: O processo de soldagem MIG/MAG propor- ciona muitas vantagens na soldagem manu- al e automática dos metais para aplicações de alta e baixa produção. Suas vantagens combinadas quando comparado ao eletrodo revestido, arco submerso e TIG são: a soldagem pode ser executada em todas as posições; não há necessidade de remoção de escória; alta taxa de deposição do metal de solda; tempo total de execução de soldas de cerca da metade do tempo se compara- do ao eletrodo revestido; • • • • Soldagem a arco com gás argônio Soldagem a arco com eletrodo revstido Soldagem a arco submerso Soldagem com arco elétrico altas velocidades de soldagem; menos distorção das peças; largas aberturas preenchidas ou amanteigadas facilmente, tornando cer- tos tipos de soldagem de reparo mais eficientes; não há perdas de pontas como no eletrodo revestido. Eletrodos revestidos: São revestidos por uma camada de com- postos de matérias orgânicas e minerais, elementos de liga e desoxidantes, que pre- vinem a oxidação, e por estabilizadores de arco. Devido ao calor gerado na passagem da corrente elétrica, essa camada forma uma atmosfera protetora, que com o dimi- nuir da temperatura se deposita, formando a escória. TIG: A Solda TIG (Gás Inerte de Tungstênio) ou a Solda de Arco com Escudo de Gás de Tun- gstênio (GTAW) é um processo que usa um eletrodo sólido não-consumível de Tungstê- nio. O eletrodo, o arco e a área circundando a solda líquida são protegidos da atmosfera por um escudo de gás inerte. Se um metal • • • de preenchimento for necessário, ele é adi- cionado à extremidade do líquido de solda. Resumindo, a diferença entre o Processo MIG/MAG e o TIG é apenas relacionado ao eletródo. O arco elétrico é, em geral, protegido pela introdução de gás argônio no processo. Variando sua nominação a partir pelo tipo de eletrodo usado. Pontiagudo e rígido eletródo de tungstênio permite uma alta precisão de solda; O pequeno arco produzido por TIG é ideal para soldar materiais mais finos; Nenhum material é adicionado, a menos que necessite. Processo de hidrogênio atômico: Uma corrente alternada é formada entre dois eletrodos de tungstênio numa atmosfe- ra de hidrogênio, que provoca a quebra do hidrogênio e elevando, assim, altas tem- peraturas nas vizinhanças do metal a ser soldado. Indicado para algumas ligas não- ferrosas. História: Em 1802 V. Ptrov, cientista Russo, desco- briu o fenômeno do arco elétrico. Com ajus- tes chegamos ao processo de soldagem. Soldagem MIG/MAG Soldagem TIG Definição É um processo de fabricação de peças
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