Buscar

ADM - consórcios púb 2019

Esta é uma pré-visualização de arquivo. Entre para ver o arquivo original

Consórcios públicos
Conceitos iniciais: Lei 11.107/05 e Decreto 6.017/07
A União, os Estados, o Distrito Federal e os Municípios disciplinarão por meio de lei os consórcios públicos e os convênios de cooperação entre os entes federados, autorizando a gestão associada de serviços públicos, bem como a transferência total ou parcial de encargos, serviços, pessoal e bens essenciais à continuidade dos serviços transferidos (art. 241 CF).
Consórcios públicos são acordo de vontades celebrados entre diversas esferas do governo (pessoas jurídicas), que cria uma nova pessoa jurídica, objetivando a execução conjunta de serviços e obras público de interesse comum.
Contrato administrativo multilateral, firmado entre entidades federativas, para persecução de objetivos comuns, que resulta na criação de uma nova pessoa jurídica de direito público, caso em que recebe o nome de associação público, ou de direito privado.
Consórcio público é a pessoa jurídica formada exclusivamente por entes da Federação para estabelecer relações de cooperação federativa, inclusive a realização de objetivos de interesse comum, constituída como associação pública, com personalidade jurídica de direito público e natureza autárquica, ou como pessoa jurídica de direito privado sem fins econômicos (art. 2º, I do Decreto 6.017/07).
O consórcio público pode ser pessoa jurídica de direito público ou de direito privado:
1) Se for de direito público, será uma autarquia, que será denominada de associação pública e pertencente à Administração indireta de todos os entes envolvidos.
2) Se for de direito privado, será associação privada e não integrará a Administração Pública dos entes envolvidos. Contudo, observará as normas de direito público no que concerne à realização de licitação, celebração de contratos, prestação de contas e admissão de pessoal (celetista).
A União somente participará de consórcios público em que também façam parte todos os Estados em cujos territórios estejam situados os Municípios consorciados. Não tem como a União fazer consórcio público direto com os Municípios, o Estado do qual pertence o Município deve necessariamente participar do consórcio também.
Aquisição de personalidade jurídica pelo consórcio público: art. 6º
1) De direito público: mediante a mediante a vigência das leis de ratificação do protocolo de intenções.
2) De direito privado: mediante o atendimento dos requisitos da legislação civil.
Poderes dos consórcios público: art. 2º, §§1º, 2º e 3º
1) Firmar convênios, contratos, acordos de qualquer natureza, receber auxílios, contribuições e subvenções sociais ou econômicas de outras entidades e órgãos do governo.
2) Nos termos do contrato de consórcio de direito público, promover desapropriações e instituir servidões nos termos de declaração de utilidade ou necessidade pública, ou interesse social, realizada pelo poder público.
3) Ser contratado pela Adm direta ou indireta dos entes da Federação consorciados, dispensada a licitação.
4) Emitir documentos de cobrança e exercer atividades de arrecadação de tarifas e outros preços públicos pela prestação de serviços ou pelo uso ou outorga de uso de bens públicos por eles administrados ou, mediante autorização específica, pelo ente da Federação consorciado.
5) Outorgar concessão, permissão ou autorização de obras ou serviços públicso mediante autorização prevista no contrato de consórcio público, que deverá indicar de forma específica o objeto da concessão, permissão ou autorização e as condições a que deverá atender, observada a legislação de normas gerais em vigor.
Constituição dos consórcios público:
1) Inicia com o protocolo de intenções: contrato preliminar que, ratificado pelos entes da Federação interessados, converte-se em contrato de consórcio público. Deve ser publicado na imprensa oficial.
2) Realização do contrato de consórcio público, que deve ser ratificado pelo poder legislativo (através de lei) dos entes consorciados. OBS: é dispensado da ratificação o ente da Federação que, antes de subscrever o protocolo de intenções, disciplinar por lei a sua participação no consórcio público.
3) Os entes da Federação consorciados, ou os com eles conveniados, poderão ceder-lhes servidores, na forma e condições da legislação de cada um. 
Cláusulas necessárias do protocolo de intenções:
1) Denominação, a finalidade, o prazo de duração e a sede do consórcio.
2) Identificação dos entes da Federação consorciados.
3) Indicação da área de atuação do consórcio. Considera-se como área de atuação do consórcio público, independentemente de figurar a União como consorciada, a que corresponde à soma dos territórios:
 a) dos Municípios, quando o consórcio público for constituído somente por Municípios ou por um Estado e Municípios com territórios nele contidos.
 b) dos Estados ou dos Estados e do Distrito Federal, quando o consórcio público for, respectivamente, constituído por mais de um Estado ou por um ou mais Estados e o Distrito Federal.
 c) dos Municípios e do Distrito Federal, quando o consórcio for constituído pelo Distrito Federal e os Municípios.
Contrato de rateio: art. 2º, VII, Decreto 6.017/07
Os entes consorciados somente entregarão recursos ao consórcio público mediante contrato de rateio (contrato por meio do qual os entes consorciados comprometem-se a fornecer recursos financeiros para a realização das despesas do consórcio público). É vedada a aplicação dos recursos entregues por meio de contrato de rateio para o atendimento de despesas genéricas, inclusive transferências ou operações de crédito (art. 8º).
Os entes consorciados, isolados ou em conjunto, bem como o consórcio público, são partes legítimas para exigir o cumprimento das obrigações previstas no contrato de rateio. 
Poderá ser excluído do consórcio público, após prévia suspensão, o ente consorciado que não consignar, em sua lei orçamentária ou em créditos adicionais, as dotações suficientes para suportar as despesas assumidas por meio de contrato de rateio. OBS: primeiro suspende depois exclui.
Fiscalização contábil, financeira e orçamentária do contrato de consórcio: art. 9º e 10, parágrafo único
A execução das receitas e despesas do consórcio público deverá obedecer às normas de direito financeiro aplicáveis às entidades público. 
O consórcio público está sujeito à fiscalização contábil, operacional e patrimonial pelo Tribunal de Contas competente para apreciar as contas do chefe do poder executivo representante legal do consórcio, inclusive quanto à legalidade, legitimidade e economicidade das despesas, atos, contratos e renúncia de receitas, sem prejuízo do controle externo a ser exercido em razão de cada um dos contratos de rateio.
	Responsabilidade dos agentes público de gestão de consórcio:
Não responderão pessoalmente pelas obrigações contraídas pelo consórcio público, mas responderão pelos atos praticados em desconformidade com a lei ou com as disposições dos respectivos estatutos.
	Responsabilidade dos entes consorciados:
Respondem subsidiariamente pelas obrigações do consórcio público.
	Responsabilidade dos dirigentes do consórcio público:
Responderão pessoalmente pelas obrigações por ele contraídas caso pratiquem atos em desconformidade com a lei, os estatutos ou decisão da assembleia geral.
Retirada de ente da Federação: art. 11
A retirada do ente da Federação do consórcio público dependerá de ato formal de seu representante na assembleia geral, na forma previamente disciplinada por lei. Os bens destinados ao consórcio público pelo consorciado que se retira somente serão revertidos ou retrocedidos no caso de expressa previsão no contrato de consórcio público ou no instrumento de transferência ou de alienação. A retirada ou a extinção do consórcio público não prejudicará as obrigações já constituídas, inclusive os contratos de programa, cuja extinção dependerá do prévio pagamento das indenizações eventualmente devidas.
Alteração ou a extinção de contrato de consórcio público:
art. 12
Dependerá de instrumento aprovado pela assembleia geral, ratificado mediante lei por todos os entes consorciados. Os bens, direitos, encargos e obrigações decorrentes da gestão associada de serviços públicos custeados por tarifas ou outra espécie de preço público serão atribuídos aos titulares dos respectivos serviços. Até que haja decisão que indique os responsáveis por cada obrigação, os entes consorciados responderão solidariamente pelas obrigações remanescentes, garantindo o direito de regresso em face dos entes beneficiados ou dos que deram causa à obrigação.
Licitação com consórcio de até 3 entes: os valores máximos dobram.
Licitação com consórcio com mais de 3 entes: os valores máximos triplicam.
Contrato programa (art. 13): definição das responsabilidades pelas esferas de governo já consorciadas.
 programa de execução.
Contrato de rateio (art. 8º): indicação do aporte financeiro por cada esfera de governo.
 rateio dos custos entre os entes consorciados. 
 atualizado anualmente.

Teste o Premium para desbloquear

Aproveite todos os benefícios por 3 dias sem pagar! 😉
Já tem cadastro?

Continue navegando