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CULTURA DO GIRASSOL 1. Introdução A cultura do girassol (Helliantus annuus L.), é originária da América do Norte, mas é cultivado nos cinco continentes, com grande importância econômica mundial. O México é considerado o centro de origem e domesticação do girassol (LENTZ et al., 2001), a partir do qual se espalhou pelos Estados Unidos, Espanha e Leste Europeu, tendo chagado à Rússia por volta de 1830, onde passou a ser explorado, comercialmente, como planta produtora de óleo (PUTT, 1997; CÂMARA, 1998; UNGARO, 2000). A partir do sucesso do girassol como cultura oleaginosa no leste europeu, tal cultura foi sendo difundida no mundo inteiro. A soja, a canola e o girassol são consideradas como as três mais importantes culturas anuais produtoras de óleo do mundo (LEITE et al., 2005). A produção mundial de girassol é de 40.339 mil toneladas, a Ucrânia é o maior produtor com 10.000 toneladas (24,79% do total), ocupando a segunda colocação a Rússia com 9.800 toneladas (24,29%) e a União Européia com 7.950 toneladas (19,71% do total) na terceira posição. Até a safra 2008/2009 a Rússia era o maior produtor mundial de girassol, a partir de 2009/10 passa a ocupar o terceiro lugar. A Ucrânia além de maior produtor é o maior consumidor (10.365 mil t) (AGRIANUAL, 2015). No Brasil, a cultura foi trazida pelas primeiras levas de colonos europeus, no final do século XIX. Inúmeras foram as tentativas de fomentar e expandir seu cultivo, em diferentes regiões do País, a partir do início do século XX. Em 1998, por iniciativa de indústrias e cooperativas ligadas ao setor de óleos vegetais e, neste século, a partir de 2003, com o Programa Nacional do Biodiesel, o girassol voltou a constar na pauta de oleaginosas destinadas à alimentação humana e à energia veicular. A demanda mundial por óleo de girassol vem crescendo, em média, 1,8% ao ano, enquanto a demanda interna cresce num ritmo de 13%, obrigando o Brasil a se posicionar como importador, principalmente da Argentina. Essa realidade tem exigido ações de pesquisa e de desenvolvimento voltadas ao fortalecimento e ao planejamento organizado da expansão do cultivo do girassol. Atualmente, o girassol é, reconhecidamente, utilizado como planta medicinal, melífera, produtora de silagem e de forragem, como adubação verde, melhoradora do solo e ornamental. Mas, a maior utilização do girassol está no aproveitamento dos grãos (aquênios- sementes), os quais constituem a matéria-prima para a obtenção de uma série de subprodutos de elevada importância econômica, que podem ser utilizados diretamente no consumo humano, torrados ou crus, ou na alimentação de aves e pássaros. Os grãos são bastante ricos em óleo, entre 30 e 56%, dependendo da cultivar, do ambiente edafoclimático e das tecnologias adotados no seu cultivo. O óleo apresenta alta qualidade nutricional para o consumo humano e caracteriza-se, dentre tantas e importantes propriedades, por resistir a baixas temperaturas sem se congelar e nem se enturvar, e por ser semi- secativo, apresentando um índice de iodo que pode variar entre 110 e 143 (DUNN, 2006), dependendo das condições ambientais, durante a fase de enchimento de grãos. A torta, subproduto da extração do óleo, pode ser utilizada na alimentação animal, como substituto do farelo de soja, e na alimentação humana, na forma de farinha e "leite" de girassol. Devido ao seu elevado teor de nitrogênio e fósforo, constitui-se em excelente fonte desses nutrientes na adubação do solo. Por sua importância na alimentação humana e animal, e como biocombustível, o girassol vem merecendo atenção especial no que respeita aos mecanismos de fomento, objetivando a expansão de seu cultivo no território Nacional, de forma racional e controlada. Para isso, busca-se ajustar as exigências bioclimáticas e edáficas da espécie às disponibilidades das distintas regiões do Brasil, através do zoneamento agroclimático de risco. Segundo a Embrapa (2012), o óleo de girassol é considerado, dentre os óleos vegetais, como um dos óleos de melhor qualidade nutricional e organoléptica (aroma e sabor). Além disso, a massa resultante da extração do óleo, rende uma torta altamente protéica, usada na produção de ração, sendo ainda utilizado na silagem para alimentação animal e seu cultivo também pode estar associado à apicultura. O Brasil não tem expressão na produção de girassol, a produção prevista para safra 2014/15 é de apenas 207,9 mil toneladas, o que representa 0,52% da produção mundial. Mato Grosso se destaca entre os Estados brasileiros, produzindo 85% da produção nacional, ocupando uma área de 110,5 mil hectares (84% da área total cultivada com girassol). Minas Gerais vem a seguir produzindo apenas 15,4 mil toneladas em 11 mil hectares (CONAB, 2015). Historicamente o aumento da cultura no Brasil é recente, na região centro-sul os dados mais antigos são de 2004/05. O cultivo do girassol é uma opção de diversificação nos sistemas de rotação e sucessão de culturas nas regiões produtoras de grãos no Brasil (Leite et al., 2005). Apresenta melhor tolerância à seca em relação às culturas do milho e soja. O girassol, por suas características agronômicas, físicas, químicas, organolépticas e versatilidade, é uma cultura interessante para o agronegócio brasileiro, seja através de seus produtos, co- produtos ou como processo. O desenvolvimento e a estruturação do sistema agroindustrial (SAG) do girassol constituem importante recurso na substituição de fontes de energias fósseis e na complementação da base de matérias-primas de energias renováveis (PERSON, 2012). O girassol também é uma das opções para produção de biocombustível, porque apresenta elevado teor de óleo nos grãos (38% a 53%) e ampla adaptação às diversas regiões brasileiras. O Programa Nacional de Produção e Uso de Biodiesel (PNPB) é um programa interministerial do Governo Federal, lançado em 2004, objetiva a implementação sustentável, tanto técnica, como economicamente, da produção e uso do Biodiesel, com enfoque na inclusão social e no desenvolvimento regional, via geração de emprego e renda (BRASIL, MDA, 2013). Para o Brasil, não apenas uma, no caso a soja, que tem sido amplamente predominante, mas várias opções para produção de biodiesel é o desejável, com o girassol, pinhão manso, entre outras. Silva et al. (2007) também consideram que o girassol, além de apresentar características desejáveis do ponto de vista agronômico (ciclo curto, bom rendimento de óleo, entre outros) faz parte do programa do governo federal, em utilizar o biodiesel na matriz energética nacional, por apresentar viabilidade técnico-ambiental na produção de biocombustíveis. 2. Panorama Econômico 2.1. Mercado interno A estimativa de março de 2017, para a safra 2016/17, realizada pela Conab foi de queda de área do cultivo de girassol, em torno de 0,8%, em face das condições climáticas menos favoráveis no período de plantio, segundo os produtores. Outro fator que contribuiu com tal queda se refere aos preços do girassol, que não acompanharam os preços do milho e soja nas regiões produtoras. Quanto à produtividade, deverá diminuir em torno de 15,9%, enquanto que a produção, queda prevista em torno de 14,9%, se comparada com a safra passada. (Tabela 1). A área plantada no estado de Mato Grosso, maior produtor de girassol do Brasil, tem queda estimada em torno de 14,8%-, parte desta redução de área do girassol foi destinada para o cultivo do milho segunda safra. Em compensação, a produtividade deverá crescer por volta de 2,6%, com estimativa de produção em 41,9 mil toneladas,aumento de 17,7%, se comparada com a safra anterior. A colheita do girassol já está totalmente colhida no referido estado. Tabela 1 – Comparativo de área, produtividade e produção das safras 2015/16 e 2016/2017. A produtividade média nacional de girassol, para a safra 2016/17 foi da ordem de 1.419kg/ha, significando aumento de 14,9%, em relação à safra 2015/16. A melhor média de produtividade das regiões produtoras, segundo o último levantamento de safra, foi obtida no Sul, em torno de 1.626 kg/ha, representada pelo estado do Rio grande do Sul, que apresentou a maior produtividade de girassol do Brasil, significando um aumento de 21,4%, em comparação à safra 2015/16. As estimativas de produção nacional de girassol, para a safra 2016/17, girou em torno de 72,5 mil toneladas, aumento em torno de 14,9%, se comparadas com a safra anterior. De acordo com informações do setor produtivo, as condições climáticas e preços recebidos pelos produtores na época da pesquisa estavam estáveis no momento do plantio, considerando, ainda, que os insumos, principalmente os fertilizantes e os agrotóxicos, tiveram substancial aumento dada à elevação na cotação do dólar, e assim, aumentando, também, o custo de produção nos demais estados de maior produção. Os estados de Mato Grosso do Sul, Goiás e Minas Gerais, foram os que menos sofreram com a estiagem, vez que obtiveram bons aumento em suas produtividades, conforme tabela 1 acima, se comparados com a safra passada -, fato ocorrido face às boas condições climáticas nas regiões produtoras, propiciando boa produtividade em todos os estados pesquisados. Não houve aumento de área e sim aumento de produtividade que propiciou acréscimo na produção, em torno de 14,9%, se comparada com a safra passada. (Figura 1). Figura 1 – Produtividade safra 2015/16 e safra 2016/17. 2.2. Mercado Internacional Quanto às produções mundiais de grãos, farelo e óleo de girassol para a safra 2016/17, segundo o USDA – março/2017 são estimadas em 45,0 milhões de toneladas de grãos, aumento de 11,0% se comparadas com a safra passada. Já o farelo e o óleo de girassol deverão ter aumento em suas produções da ordem de 10,1% e 10,4%, respectivamente, em comparação à safra 2015/16. (Tabela 2). Tabela 2 – Produção Mundial do girassol. A produção de óleo de girassol para a safra 2016/17, segundo o USDA – mar./2017, deverá ser da ordem de 17,1 milhões de toneladas, com um consumo previsto para a safra 2016/17 em torno de 15,7 milhões de toneladas, aumento no consumo mundial em torno de 3,4%. Na figura 2, vê-se a produção e o consumo mundial de óleo de girassol, para a safra 2016/17. Figura 2 – Produção e consumo Mundial - óleo de girassol – safra 2016/17. O farelo de girassol deverá ter aumento, tanto na produção como no consumo, em consequência da maior oferta do produto e baixo preço, devido aumento da produção de grãos. A Ucrânia participa com 29,0% da produção mundial de farelo de girassol, seguido da União Europeia com 23%, e da Rússia com 22,0% de participação na produção mundial de farelo (Figura 3). Figura 3 – Produção e consumo Mundial -farelo de girassol – safra 2016/17. A Ucrânia tem baixo consumo, em torno de 0,9 milhões de toneladas, exportando o excedente, em torno de 64,0%, ou seja, 4,8 milhões de toneladas, principalmente para a União Europeia. (Graf. 5). A União Europeia é o segundo maior produtor mundial e o maior consumidor de farelo de girassol, com um consumo estimado de 7,8 milhões de toneladas, isto é, consome 43,0% de toda sua produção, prevendo importar 3,9 milhões de toneladas, segundo o USDA- mar./2017. Em terceiro lugar vem a Rússia com um consumo por volta de 14% da produção mundial. Figura 4 – Exportação de produtos e derivados do girassol. 3. Aspectos gerais da cultura do girassol O girassol (Helianthus annuus L.) é uma dicotiledônea anual da família Compositae, originária do continente Norte Americano. É uma oleaginosa que apresenta características agronômicas importantes, como maior resistência à seca, ao frio e ao calor do que a maioria das espécies normalmente cultivadas no Brasil. Apresenta ampla adaptabilidade às diferentes condições edafoclimáticas e seu rendimento é pouco influenciado pela latitude, pela altitude e pelo fotoperíodo. Graças a essas características, apresenta-se como uma opção nos sistemas de rotação e sucessão de culturas nas regiões produtoras de grãos. O girassol é uma planta que apresenta a seguinte classificação botânica: Ordem: Synandrales Família: Compositae Gênero: Helianthus Espécie: Helianthus annuus (2n = 34) Características quantitativas como altura de planta, tamanho de capítulo, tamanho de aquênio, tempo para maturação, entre outros, variam consideravelmente, conforme apresentado na Tabela 3. Dentre os óleos vegetais, o óleo de girassol destaca-se por suas excelentes características físico-químicas e nutricionais. Possui alta relação de ácidos graxos poliinsaturados/saturados (65,3%/11,6%, em média), sendo que o teor de poliinsaturados é constituído, em sua quase totalidade, pelo ácido linoléico (65%, em média). Este é essencial ao desempenho das funções fisiológicas do organismo humano e deve ser ingerido através dos alimentos, já que não é sintetizado pelo organismo. Por essas características, é um dos óleos vegetais de melhor qualidade nutricional e organoléptica do mundo. Na prevenção de diferentes doenças cardiovasculares e no controle do nível de colesterol no sangue, o girassol converteu-se no símbolo da vida sadia. Em média, além de 400 kg de óleo de excelente qualidade, para cada tonelada de grão, são produzidas 250 kg de casca e 350 kg de torta, com 45% a 50% de proteína bruta, sendo este subproduto, basicamente, aproveitado na produção de ração, em misturas com outras fontes de proteína. Tabela 3. Amplitude de variação de caracteres agronômicos e fenotípicos da planta de girassol. Outra vantagem é a possibilidade de associação do cultivo do girassol com a apicultura, sendo possível a produção de 20 a 30.kg de mel, de excelente qualidade, por hectare de girassol. O ciclo vegetativo do girassol varia entre 90 a 130 dias, dependendo da cultivar, da data de semeadura e das condições ambientais características de cada região e ano. O caule do girassol é ereto, geralmente não ramificado, com altura variando entre 1,0 a 2,5 m e com cerca de 20 a 40 folhas por planta, apresentando diferentes curvaturas que são expressadas na maturação. Ciclo vegetativo (dias) 65 a 165 Altura planta (cm) 50 a 400 Diâmetro do caule (mm) 15 a 90 Número de ramificações primárias 0 a 35 Comprimento das ramificações primárias (cm) 5 a 125 Número de folhas 8 a 70 Comprimento das folhas (cm) 8 a 50 Diâmetro do capítulo (cm) 6 a 50 Número de flores no capítulo 100 a 8000 Comprimento de aquênio (mm) 6 a 25 Largura dos aquênios (mm) 3 a 13 Óleo no aquênio (%) 10 a 60 Óleo na amêndoa (%) 26 a 72 Fonte: FRANK, J.; SZABO, L,; 1989. A inflorescência é um capítulo, cuja forma pode variar de côncavo a convexo, com seis classes definidas e onde se desenvolvem os grãos, denominados aquênios. Nos genótipos comerciais, o peso de 1000 aquênios varia de 30 a 60 g e o número mais frequente de aquênios pode variar entre 800 e 1700 por capítulo. As inflorescências são tipicamenteem capítulos, característica marcante da família. O capítulo é dividido em duas partes florais: uma estéril, denominada flor tubular do raio, constituída das folhas modificadas relacionadas à atração de insetos (brácteas) e outra parte fértil, as flores do disco, constituídas de ovário, sépalas modificadas (Pappus), o tubo da corola com as pétalas unidas (gamopétala), o estilete e o estigma bífido. Os capítulos surgem nas gemas terminais, no caso dos indivíduos unicapitulados, e nas gemas axilares, no caso dos indivíduos multicapitulados. O cálice do capítulo é verde e gamossépalo. O cálice das flores individuais são petalóides e gamossépalos. A corola de cada flor que forma o capítulo é gamopétala, ligulada. Anteras extrorsas, estames exclusos, isodínamos e unidos pelas anteras, sendo então sinânteros. A inserção do estilete no ovário é terminal, ou seja, parte do ápice do ovário. Fruto simples, seco tipo aquênio, que se caracteriza por ser monocárpico, monospérmico com pericarpo reduzido. A semente fixa-se ao endocarpo por um pequeno pedúnculo. As sementes não têm endosperma, sendo os cotilédones à única reserva nutritiva para o embrião. A formação em capítulo são várias flores, geralmente pequenas, assentadas em um receptáculo comum, geralmente plano, mas que fica acentuadamente convexo por ocasião da maturação dos aquênios. O capítulo é cercado por brácteas involucrais, dispostas em uma ou mais séries. H. annuus possui androceu sinântero. A morfologia do androceu e do gineceu é muito característica, e resulta na apresentação secundária de pólen no estilete (YEO, 1993), durante a antese, o estilete (ainda com os dois ramos estigmáticos fechados) passa por dentro do tubo dos estames, carregando consigo os grãos de pólen. Geralmente, na fase inicial, não há contato entre o pólen e estigma em uma mesma flor, visto que a região estigmática fica encerrada pelos ramos estigmáticos fechados. Aliada à deposição secundária de pólen no estilete, a ocorrência aparentemente frequente de mecanismos de auto-incompatibilidade homomórfica esporofítica (NETTANCOURT, 1977 apud WERPACHOWSKI, 2004; LANE, 1996) faz com que a xenogamia seja predominante nesta família, mas, de fato, poucas espécies têm sido rigorosamente estudadas. O ovário é ínfero e bicarpelar e parece ser unilocular e uniovulado. O sistema radicular é pivotante e bastante ramificado e, não havendo impedimentos químicos ou físicos, explora grande profundidade de solo, absorvendo água e nutrientes onde outras plantas normalmente não alcançam. Entretanto, é sensível a solos compactados, apresentando baixa capacidade de penetração, o que pode inibir seu crescimento em profundidade. O girassol é uma planta de polinização cruzada (alógama), sendo que esta é feita por insetos, particularmente por abelhas. Atualmente, algumas cultivares têm alto grau de autocompatibilidade, produzindo mesmo na ausência de insetos polinizadores. 4. Descrição Das Fases De Desenvolvimento Da Planta De Girassol A descrição das fases de desenvolvimento, aqui apresentada, é aquela determinada por Schneiter & Miller (1981). O desenvolvimento da planta é dividido em duas fases: vegetativa e reprodutiva (Figura 5). Figura 5. Fases de desenvolvimento da planta de girassol. 4.1. Fase Vegetativa (V) Esta fase inclui a germinação até o início da formação do broto floral. 4.1.1. V-E (emergência) Refere-se ao período entre o plantio, considerando teor de umidade suficiente no solo, até o aparecimento da primeira folha acima dos cotilédones, que deve apresentar no máximo 4 cm de comprimento (Figura 6 e 7). Fig. 6. Plântula na fase de emergência. Fig. 7. Emergência no campo. 4.1.2. v-l, V-2, V-3, V-n Refere-se à fase de formação de folhas. Pode ser dividida de acordo com o número de folhas com comprimento maior que 4 cm. Na avaliação, deve- se levar em consideração o número de folhas ausentes por terem sido quebradas ou eliminadas. (Fig. 8 e 9). Fig. 8. Planta com quatro folhas (V-4). Fig. 9. Planta com dezoito folhas (V-18). 4.2. Fase Reprodutiva (R) Esta fase inclui o aparecimento do broto floral até a maturação fisiológica dos aquênios. 4.2.1. Estádio R1 Refere-se à fase, em que olhando-se a planta de cima, observa-se um pequeno broto floral e não broto de folhas (vegetativo). Nesse ponto, as brácteas ao redor do broto floral são semelhantes a uma estrela, porém com vários ápices (Fig. 10). Fig. 10. Aparecimento do broto floral. 4.2.2. Estádio R2 Refere-se à primeira fase de alongamento do broto floral distanciando-se de 0,5 a 2,0 cm da última folha. Considera-se como última folha aquela que está unida ao caule (Fig. 11). Fig. 11. Primeira fase de alongamento do broto floral. 4.2.3. Estádio R3 Refere-se à segunda fase de alongamento do broto floral encontrando-se a uma distância maior que 2,0 cm acima da última folha (Fig. 12). Fig. 12. Segunda fase de alongamento do broto floral. 4.2.4. Estádio R4 (floração inicial) Refere-se à primeira fase do florescimento. Caracteriza-se por apresentar as primeiras flores liguladas que, frequentemente, são de cor amarela (Fig. 13). Fig. 13. Primeira fase do florescimento caracterizada pelo aparecimento de flores liguladas (floração inicial). 4.2.5. Estádio R5 (R5.1 ; R5.2 ; R5.n) Refere-se à segunda fase do florescimento. Pode ser dividida em sub-fases conforme a porcentagem de flores tubulares do capítulo que estão liberando pólen ou abertas (Fig. 14): R5.1 - 10% das flores do capítulo estão abertas; R5.5 - 50% das flores do capítulo estão abertas (floração plena). Fig. 14. Primeira fase do florescimento caracterizada pelo aparecimento de flores liguladas (floração inicial). 4.2.6. Estádio R6 (floração final) Refere-se à terceira fase do florescimento. Caracteriza-se por ter ocorrido a abertura de todas as flores tubulares e as flores liguladas estão murchas. 4.2.7. Estádio R7 Refere-se à primeira fase de desenvolvimento de aquênios. O dorso do capítulo converte- se de uma cor verde para uma cor amarelo-claro (Fig. 15). Fig. 15. Primeira fase de desenvolvimento de aquênios em que o dorso do capítulo apresenta cor amarelo-claro. 4.2.8. Estádio R8 Refere-se à segunda fase de desenvolvimento de aquênios. O dorso do capítulo torna-se amarelo-escuro e as brácteas ainda estão verdes (Fig. 16). Fig. 16. Segunda fase de desenvolvimento de aquênios em que o dorso do capítulo apresenta cor amarelo- escuro e brácteas verdes. 4.2.9. Estádio R9 (maturação fisiológica) Refere-se à fase de maturação dos aquênios. As brácteas estão entre as cores amarela e castanho (Fig. 17). Fig. 17. Maturação fisiológica.
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