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Fisiologia Humana mecanismos envolvidos na dor e no exercício físico

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Fisiologia Humana: mecanismos envolvidos na dor e no exercício físico
Os sistemas do corpo humano, apesar de possuírem funções distintas, atuam de forma integrada. Preparamos este artigo para te ajudar a entender tudo sobre eles
O corpo humano é uma máquina extraordinária. E não estamos nos referindo aos atletas ou as grandes personalidades da ciência. Em cada um de nós, desde o desenvolvimento no útero materno até a realização de ações muito simples da nossa rotina, como beber um copo de água, há uma grande rede de processos e órgãos trabalhando na mais perfeita sintonia. A área da biologia responsável por estudar o funcionamento normal do organismo de todos os seres vivos é a fisiologia.
A fisiologia, termo de origem grega onde physis = funcionamento e logos = estudo, pode ser dividida em subáreas: humana (animal), vegetal, bacteriana, fúngica, enfim, de tudo que tem vida. Ela está intimamente ligada à anatomia, ciência que estuda as estruturas normais dos seres vivos. Enquanto a patologia e a fisiopatologia estudam, respectivamente, as alterações estruturais e funcionais que ocorrem na presença de doenças.
Juntas, anatomia e fisiologia, fazem parte das disciplinas obrigatórias nas grades curriculares de todos os cursos de graduação das áreas da biologia e saúde. Elas também estão entre as matérias estudadas por alunos de ensino médio e pelos que estão se preparando para o vestibular. O que ressalta a importância de dominar os conceitos dessas ciências, não só para pelo objetivo imediato de iniciar ou concluir uma faculdade, mas também por ser uma grande oportunidade de se destacar no mercado de trabalho.  
O problema é que entender todos os conceitos, especialmente da fisiologia humana, pode ser um desafio, fazendo com que muitos alunos e profissionais recorram a medidas complementares, entre elas os cursos online. Pensando em todos que querem, seja por necessidade ou curiosidade, compreender melhor o funcionamento do corpo humano preparamos este artigo, onde além de um conteúdo descomplicado você encontra dicas de cursos online com certificado. Aproveite!
Guia prático da Fisiologia Humana
Quando se trata de fisiologia humana, estudamos o corpo dividindo-o em sistemas. Assim, costumamos estudar separadamente os sistemas cardiovascular, respiratório, digestório, endócrino, tegumentar, muscular, esquelético, imune, nervoso, urinário e reprodutivo. Hoje vamos explicar a atuação de alguns deles, e em muitos momento será possível perceber como eles estão conectados.
Sistema nervoso
O Sistema nervoso atua como coordenador das atividades corporais. É ele que responde a todos os estímulos internos e externos do nosso corpo, através de suas unidades funcionais básicas, conhecidas como neurônios. Este sistema possui várias subdivisões, a principal delas diz respeito a sua anatomia, separando-o em sistema nervoso central e sistema nervoso periférico.
Sistema nervoso central
O sistema nervoso central é composto por encéfalo (tronco cerebral, cerebelo e cérebro) e medula espinhal. Ele pode ser definido como o centro de comando do nosso corpo, pois é responsável por receber, processar e armazenar as informações, e também pela tomada de decisões.
Sistema nervoso periférico
O sistema nervoso periférico é formado por nervos que emergem da medula e tronco encefálico e se espalham pelo resto do corpo, a sua função é transmitir mensagens entre as diversas partes do organismo e o sistema nervoso central. Com base na sua atuação, este sistema é ainda dividido em duas partes: sistema nervoso somático e sistema nervoso autônomo. O primeiro está relacionado ao controle voluntário, e é formado por fibras que agem na musculatura esquelética, enquanto o segundo é responsável pelas ações inconscientes, como o batimento cardíaco e a produção hormonal.
Para saber mais acesse Curso Online Fisiologia - Noções Gerais e tenha acesso a um conteúdo exclusivo sobre este sistema, incluindo a definição e atuação do sistema nervoso autônomo simpático e parassimpático.
Fisiologia da dor
De acordo com a International Association for the Study of Pain a dor é uma experiência sensorial e emocional desagradável associada a lesão real ou potencial dos tecidos. A dor pode ser uma consequência da ativação de neurônios aferentes (que levam a informação da pele e demais órgãos em direção ao sistema nervoso central), neste caso é chamada de nociceptiva, mas também pode ser resultado de lesões ou disfunções no próprio sistema nervoso, sendo conhecida como neuropática. Algumas pessoas relatam sentir dor sem a presença de dano tecidual ou estímulo fisiopatológico, isso pode acontecer por motivos psicológicos. No $$psicoss‍  do Foco Educação Profissional você pode entender melhor esta relação entre mente e corpo.
A dor está muitas vezes é associada à patologia, mas precisamos entender que ela também é um importante mecanismo fisiológico de proteção. Não há dados oficiais sobre a dor no Brasil, mas de acordo com a Sociedade Brasileira para Estudo da Dor, a sua ocorrência tem aumentado consideravelmente nos últimos anos. No mundo, a incidência da dor crônica chega a 40% da população, afetando consideravelmente a saúde, produtividade e qualidade de vida destes indivíduos.
Sistema imunológico
O sistema imunológico é responsável pela defesa do organismo, ele é capaz de reconhecer antígenos (substâncias estranhas) e, a partir disso, produzir proteínas capazes de reagir e destruir estes agressores, os conhecidos anticorpos. Fazem parte deste sistema as células de defesa (leucócitos, linfócitos e macrófagos), médula ósea, timo, linfonodos, baço, apéndice, tonsilas e placas de peyer.
A resposta imune é divida em dois tipos: inata (natural) e adquirida. A imunidade inata é aquela que já nasce com a gente. Ela representa a resposta rápida do organismo ao antígeno, mas é capaz de reconhecer um número limitado deles. Já a resposta imune adquirida é a que desenvolvemos ao longo do tempo e conforme a exposição aos invasores. Este tipo de imunidade é considerada específica, pois ela é capaz de aprender a reagir a cada agressor e memorizar esta informação. Assim, quando o corpo entra em contato com o mesmo antígeno, a resposta será mais rápida e eficaz que da primeira vez. Se o sistema imunológico, apesar de todos os recursos, falhar no combate aos invasores, pode levar à uma patologia. Infecções e alergias são as principais delas.
O sistema linfático, rede de vasos e linfonodos por onde circula a linfa, um líquido rico em glóbulos brancos, pode ser tratado em um curso de fisiologia como um sistema independente. 
Sistema esquelético
O sistema esquelético é formado pelos ossos, cartilagens, tendões e ligamentos. Sua fisiologia é complexa e vai muito além da possibilitar a sustentação e movimentação do corpo. Graças a sua anatomia, este sistema protege órgãos internos mais sensíveis. Ele também atua como um reservatório de minerais e na produção de células sanguíneas.
Nosso esqueleto é constituído por 206 ossos, que são formados a partir da quinta semana do desenvolvimento embrionário. Eles são estruturas metabolicamente ativas que estão constantemente em remodelação, este processo é conhecido como turnover ósseo. O turnover é um mecanismo natural, ou seja, faz parte da fisiologia humana. Através dele os ossos estão em um contínuo ciclo de reabsorção e formação, possibilitando a substituição de tecido envelhecido por novo. Desequilíbrios nesse processo podem levar à perda excessiva de massa óssea, o que está envolvido no desenvolvimento da osteopenia e osteoporose.
Fatores genéticos, alimentação e nível de atividade física desempenham um importante papel na determinação da massa óssea. Além do nosso Curso Online Fisiologia - Noções Gerais, vários outros podem te ajudar a usar esses fatores em favor da saúde geral e óssea.
Sistema muscular
O sistema muscular atua principalmente na promoção de movimento e manutenção das posições corporais, por meio da contração e relaxamento de suas células, chamadas de fibras musculares. Três tipos detecidos musculares compõem esse sistema: esquelético, liso e cardíaco.
O músculo esquelético está geralmente fixado aos ossos, daí a origem do nome. Ele se caracteriza pela presença de células cilíndricas alongadas e multinucleadas, cujo controle da atividade é voluntário, ou seja, temos domínio consciente sobre ela. O sistema nervoso central é o responsável por traduzir os nossos pensamentos e emoções e enviar a informação para o músculo esquelético realizar a movimento.
Já os demais tecidos musculares não podem ser controlados através de comandos voluntários. As fibras lisas são encontradas na parede das vísceras (estômago, intestino, útero, bexiga e outras), enquanto as cardíacas formam a parede do coração. Ambas são controladas pelo sistema nervoso autônomo.
A contração muscular é mecanismo que torna os movimentos voluntários e involuntários possíveis. Ela só acontece porque todas a fibras musculares têm em comum a presença de filamentos contráteis (miofibrilas), constituídos principalmente por dois tipos de proteínas: actina e miosina.  A forma com que os filamentos de actina e de miosina se organizam na contração é uma das principais diferenças anatômicas e funcionais dos tecidos esquelético, liso e cardíaco.
Fisiologia do exercício
Ao praticar um exercício físico diversas reações fisiológicas são ativadas. Essas reações dependem de uma série de fatores, que podem ou não estar diretamente relacionadas com a atividade física, alguns exemplos são: tipo, intensidade, adaptação individual ao treino e alimentação. A área responsável pelo estudo de todas as respostas agudas e crônicas provocados pelo exercício é conhecida como fisiologia do exercício.
O profissional especializado nesta área, com base no seu vasto conhecimento das estruturas e funções do corpo humano, é capacitado para oferecer um programa de exercícios adaptado às necessidades de cada indivíduo. No esporte, ele tem um importante papel na melhora do desempenho e na redução e recuperação de ferimentos e fraturas dos esportistas. Mas é importante lembrar, que ao contrário do que muitos pensam, estes profissionais não trabalham apenas com atletas. Academias, hospitais e clínicas de reabilitação física são alguns dos diversos campos de atuação do fisiologista do exercício.
Com os constantes avanços que esta área vem tendo, os seus profissionais são cada vez mais valorizados em nível profissional e acadêmico. Os que mais se beneficiam do estudo da fisiologia do exercício são os educadores físicos, fisioterapeutas, nutricionistas, médicos, biomédicos e demais profissionais da área da biologia e saúde.

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