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Lei de Ohm e Resistividade Adrielle Domingos dos Santos1, Priscila Alves Nunes2, Samuel Gadiel de Ávila3, Victor Almeida Barcelos4 Experimental de Física II Universidade Federal de Uberlândia 1e-mail Autor1: adrielleds@hotmail.com 2e-mail Autor2: priscilaalves.n@hotmail.com 3e-mail Autor3: Samuel_gadiel@hotmail.com 4e-mail Autor4: victor_ab45@hotmail.com Resumo. Este relatório aborda a respeito de um experimento físico realizado durante a aula de Experimental de Física II, com temática: “Lei de Ohm e Resistividade”, cujo objetivo era abordar conceitos relacionados à resistência e resistividade de um material condutor e, por fim, analisar como essas grandezas se comportam quando submetidas à diferentes valores de tensão e corrente em um circuito, tornando possível identificar quando um condutor é considerado ôhmico. Palavras chave: resistência, resistividade, lei de ohm, fluxo de carga, condutor ôhmico Introdução Em 1827 o físico e matemático alemão, George Simon Ohm constatou que, ao manter uma temperatura constante, a diferença de potencial aplicada nos resistores é diretamente proporcional à intensidade da corrente que o atravessa. Entretanto, o valor da resistência é dependente do condutor, uma vez que, uma mesma diferença de potencial pode ocasionar valores distintos de corrente e, isto de deve a resistência que o condutor em questão oferece ao fluxo de elétrons [1]. Esta constatação, obtida por meio de experimentos em que Ohm variava a tensão sob um resistor, culminou em sua famosa Primeira Lei, representada pela equação 𝑈 = 𝑅 × 𝐼 (1) Onde 𝑈: tensão sob o condutor; 𝑅: valor da resistência à passagem de corrente; 𝐼: corrente que passa pelo objeto. Os condutores que se enquadram nessa lei são chamados de condutores Ôhmicos ou lineares e, em termos de unidades, denomina-se, no Sistema Internacional (S.I.), 1 Ohm, simbolizado por 1 e equivalente a 1Volt/Ampere. Ainda, ao dar continuidade aos seus experimentos, Ohm observou que a resistência elétrica depende do material que constitui o resistor, das dimensões, como área e comprimento e da sua temperatura. Todavia, para continuar o estudo acerca da Lei de Ohm e Resistividade, se faz necessário abordar algumas grandezas envolvidas como: corrente, tensão e resistência. A corrente elétrica é uma grandeza que indica o fluxo de cargas por um certo intervalo de tempo num determinado material condutor [2], dessa forma, trata-se de uma grandeza dada, em Ampere (A), por: 𝑖 = 𝑑𝑞 𝑑𝑡 (2) Por sua vez, a carga que passa através de um condutor num intervalo de tempo de 0 até 𝑡 é dada por: 𝑞 = ∫𝑑𝑞 = ∫ 𝑖 𝑡 0 𝑑𝑡 (3) ou ∆𝑞 = 𝑛 × 𝑒 × 𝐴𝑣𝑑 × ∆𝑡 (4) A corrente 𝑖 não necessariamente precisa ser uma função do tempo, uma vez que a carga é conservada [2]. No interior de um condutor é possível verificar o fluxo dessa carga em um ponto em particular do mesmo, através da utilização dos conceitos de Campo Elétrico. A carga de sinal positivo fluirá no sentido do campo naquele ponto e, esse fluxo é descrito pela densidade de corrente 𝐽, em que uma corrente 𝑖 distribuída uniformemente pela seção transversal de um condutor uniforme, resulta na relação dada por: 𝐽 = 𝑖 𝐴 (5) Onde, 𝐴: área da seção transversal do condutor; 𝐽: densidade de corrente, dada em A/m². A tensão elétrica, também chamada de diferença de potencial (ddp), é uma força responsável pelo deslocamento de cargas elétricas nos polos de um circuito elétrico fechado, formando uma movimentação cíclica das cargas elétricas, sua unidade é o Volt (V). Já a resistência elétrica, que trata da capacidade de um determinado condutor se opor ao fluxo de cargas é determinada por meio da aplicação, em dois pontos distintos, de uma diferença de potencial (ddp) entre esses pontos. A resistência é, então, dada por: 𝑅 = 𝑈 𝑖 (6) Analogamente, tem-se que a corrente resultante dessa ddp é: 𝑖 = 𝑈 𝑅 (7) Deste modo, quanto maior for a resistência ao fluxo de carga, menor será a corrente, para uma dada diferença de potencial. Essa resistência apresentada pelo condutor é dependente de outros fatores, como a resistividade do material. Essa resistividade, cuja unidade no S.I. é .m, é dada pelo quociente entre o valor de campo elétrico em um determinado ponto do material resistivo e a densidade de corrente no ponto em questão, ou seja: 𝜌 = 𝐸 𝐽 (8) Ao falar de materiais condutores, é frequente associar à condutividade do material, e esta, por sua vez, é simplesmente o inverso da resistividade do material, ou seja = 1 𝜌 , (9) Cuja unidade no S.I. é (. 𝑚)−1. Portanto, conhecendo a resistividade de uma substância, faz-se possível calcular a resistência do condutor com um fio feito dessa substância. E, se a densidade de corrente for uniforme por todo o fio, o campo elétrico e a densidade de corrente serão constantes em todos os pontos dentro do mesmo, possuindo os mesmos valores, assim: 𝐸 = 𝑈 𝐿 (10) e 𝐽 = 𝑖 𝐴 (11) Onde, 𝐿: comprimento do fio; 𝐴: área da seção transversal do fio. É possível combinar as equações 10 e 11 e escrever como: 𝜌 = 𝐸 𝐽 = 𝑈 𝐿⁄ 𝑖 𝐴⁄ (12) Entretanto, como demonstrado na equação 6, 𝑈 𝑖⁄ é a resistência R, sendo possível reescrever a equação 12 como: 𝑅 = 𝜌 𝐿 𝐴 (13) Onde, 𝑅: resistência do material; 𝜌: resistividade do material; 𝐿: comprimento do fio; 𝐴: área da seção transversal. Resultando assim, na Segunda Lei de Ohm, que apenas serve para condutores isotrópicos homogêneos de seção transversal uniforme, como apresentado na figura 1. Figura 1 – Aplicação da Segunda Lei de Ohm Dessa forma, os experimentos discorridos no presente relatório objetiva verificar se os condutores usados se enquadram nessa lei. Procedimento Experimental O procedimento experimental foi dividido em duas etapas. A primeira consistia em verificar qual dos materiais obedecia a Lei de Ohm, por meio da relação da resistência com a diferença de potencial, enquanto a segunda baseava-se em determinar a resistividade de um condutor. Deste modo, para realizar os experimentos citados, os seguintes equipamentos foram utilizados: Fonte de alimentação ajustável (INSTRUTHERM – FA-3005, 0~5A, 0~32V); Fonte simétrica (limitação de corrente de 150mA); Multímetro digital HGL-2000N; Multímetro digital Victor 86D; Lâmpada 12V; Resistores de 100 , 220 e 470 (kit phywe); Lâmpada 12V (kit phywe); Suporte com fios condutores diversificados (níquel-cromo, cobre e ferro). Após verificar que todos os equipamentos citados no roteiro estavam na bancada, deu-se início ao primeiro experimento em que foi montado o circuito em vermelho da figura 2, utilizando uma fonte de alimentação ajustável (canto superior esquerdo da figura) e um multímetro na função amperímetro (canto superior direito). Figura 2 - Circuito para o primeiro experimento Estando, primeiramente, a fonte conectada a um resistor de 8,2k, figura 3, a tensão sob este foi variada segundo valores pré-estabelecidos, contidos em negrito na tabela 1 do tópico “Resultados e Discussões”, a fim de medir os valores de corrente que o percorriam, também apresentados na tabela 1, como registro do experimento. Figura 3 - Tensão sob o resistor Em segundo lugar, o mesmo procedimento foi realizado para um resistor de 1,5k e para a lâmpada de 12V, figura 4. Para este último era necessário cautela ao ajustar a fonte para que o valor de tensão não ultrapassasse 12V, evitandoa queima da lâmpada. Entretanto, durante o procedimento, o próprio circuito não permitia valores acima de 12V para o teste. Assim como anteriormente, as tabela 2 e 3 registram os valores de corrente obtidos segundo os valores de tensão pré-estabelecidos. Figura 4 - tensão sob a lâmpada Seguidamente a este procedimento, o esquema apresentado na figura 5 foi utilizado para verificar a resistividade de três condutores, sendo eles níquel-cromo, cobre e ferro. Em uma placa azul, observada na figura 5, estavam fixados cinco fios, sendo eles níquel cromo (0,36mm), níquel cromo (0,51mm), níquel cromo (0,72mm), cobre (0,51mm) e ferro (0,51mm), onde com o auxílio da fonte de tensão ajustável e do multímetro na função de voltímetro, valores de tensão foram aplicados sobre cada fio, em diferentes pontos do seu comprimento, por meio de conectores espaçados à 25 cm entre si, como é possível visualizar na figura. Figura 5 - Circuito do segundo experimento Dando sequência ao procedimento, a fonte foi ajustada para um valor de tensão de 0,3V e, assim deu-se início a medição. Para tal, o terminal negativo da fonte foi conectado no borne de níquel-cromo de 0,36mm de diâmetro e o terminal conectado a um dos bornes do mesmo fio, inicialmente à 25 cm e alterando para os outros bornes ao longo do comprimento a cada medida concluída. O mesmo procedimento foi realizado para cada um dos 3 diâmetros do níquel-cromo em cada uma das 4 partes de seu comprimento, bem como para os fios de cobre e ferro ao longo das 4 partes de seus comprimentos e diâmetro de 0,51mm, resultando nas tabelas de 4 a 8 que abordam os resultados dessa coleta. É importante ressaltar que, para o procedimento é necessário que as medições sejam feitas com uma certa rapidez, uma vez que os fios esquentam devido à passagem de corrente e, em casos extremos, podem se romper. Outro ponto importante à ser levado em conta é que de certa forma curto circuita-se a fonte de tensão ao conectar entre seus terminais um fio sem carga alguma nele. Neste caso, a resistência do fio é a única oposição à passagem de corrente. Assim, por se tratar de um curto circuito, em determinados momentos, é possível ver faíscas sendo liberadas ao fazer a conexão dos terminais aos bornes, principalmente no fio de cobre, que é um ótimo condutor. Porém, apesar de tratar de um curto circuito, como trabalha-se com uma tensão muito baixa (0,3V) não deve ocorrer maiores problemas para a fonte. Resultados e Discussões No primeiro experimento foi analisada a dependência da resistência elétrica com a diferença de potencial de dois resistores diferentes, um de 8,2 KΩ e outro de 1,5KΩ, além de uma lâmpada. Os dados obtidos seguem na tabela 1. Resistor 8,2 KΩ Tensão (V) Corrente (mA) Tensão (V) Corrente (mA) 1 0,119 7 0,831 2 0,236 8 0,948 3 0,355 9 1,065 4 0,470 10 1,183 5 0,591 11 1,297 6 0,702 12 1,413 Tabela 1 - Valores de corrente e tensão obtidos no circuito com resistor de 8,2 K Resistor 1,5KΩ Tensão (V) Corrente (mA) Tensão (V) Corrente (mA) 1 0,601 7 4,69 2 1,29 8 5,39 3 1,928 9 6,06 4 2,67 10 6,77 5 3,35 11 7,41 6 4,02 12 8,09 Tabela 2 – Valores de corrente e tensão obtidos no circuito com resistor de 1,5 K Lâmpada Tensão (V) Corrente (mA) Tensão (V) Corrente (mA) 1 19,63 7 69,7 2 33,5 8 75,8 3 42,2 9 81,2 4 50,2 10 86,3 5 57,1 11 91,2 6 63,9 12 95,7 Tabela 3 - Valores de corrente e tensão obtidos no circuito com uma lâmpada Através dos dados obtidos foi possível produzir os gráficos apresentados nas figuras que se seguem. Figura 6 - Gráfico do resistor de 8, 2 KΩ Figura 7 - gráfico de resistor 1,5KΩ. y = 8.4726x - 0.0027 0 2 4 6 8 10 12 14 0 0.5 1 1.5 Te n sã o ( V ) Corrente (mA) Resistor 8,2KΩ Series1 Linear (Series1) y = 1.4659x + 0.115 0 2 4 6 8 10 12 14 0 2 4 6 8 10 Te n sã o ( V ) Corrente (mA) Resistor 1,5KΩ Series1 Linear (Series1) Figura 8 - gráfico da lâmpada. Observou-se que os resistores de 8,2 KΩ e 1,5KΩ seguiam a lei de ohm da equação (1), uma vez que os gráficos referentes a eles, figuras 6 e 7, são lineares, sendo, portanto, ambos resistores ôhmicos. Já a lâmpada não obedecia à essa lei, uma vez que o gráfico referente a ela, figura 8, não é linear, ou seja, possui uma resistência que varia de acordo com o ponto de trabalho. Assim, reafirma-se a teoria de que um dispositivo emissor de luz e calor em excesso, tem sua resistência alterada em função da temperatura (quanto maior a temperatura, maior será a resistência). Foi possível, por fim, calcular a resistência elétrica dos resistores por meio da equação (1). Para o resistor de 8,2 KΩ, ao calcular sua resistência chegou-se ao valor de 8,46 ± 0,04 KΩ e para o resistor de 1,5 KΩ sua resistência foi de 1,51 ± 0,03 KΩ. O segundo experimento tratava-se da análise a partir da resistividade de um condutor, ou seja, a característica intrínseca do material. Foi analisado três diferentes materiais: o níquel- cromo, com três diferentes diâmetros (0,36mm, 0,51mm e 0,72mm), o cobre (diâmetro de 0,51mm) e o ferro (diâmetro de 0,51mm). Foram obtidos os resultados apresentados nas tabelas seguintes. Níquel Cromo (diâmetro 0,36mm) Comprimento (m) Corrente (mA) Tensão (V) 0,25 0,12 0,342 0,50 0,12 0,674 0,75 0,12 1,002 1,00 0,12 1,330 Tabela 4 - corrente e tensão de acordo com o comprimento de um fio de níquel cromo de 0,36mm de diâmetro. y = 0.0077x1.6033 0 2 4 6 8 10 12 14 0 50 100 150 Te n sã ( V ) Corrente (mA) Lâmpada Series1 Power (Series1) Níquel Cromo (diâmetro 0,51mm) Comprimento (m) Corrente (mA) Tensão (V) 0,25 0,12 0,167 0,50 0,12 0,334 0,75 0,12 0,499 1,00 0,12 0,666 Tabela 5 - corrente e tensão de acordo com o comprimento de um fio de níquel cromo de 0,51mm de diâmetro. Níquel Cromo (diâmetro 0,72mm) Comprimento (m) Corrente (mA) Tensão (V) 0,25 0,12 0,079 0,50 0,12 0,160 0,75 0,12 0,239 1,00 0,12 0,319 Tabela 6 - corrente e tensão de acordo com o comprimento de um fio de níquel cromo de 0,72mm de diâmetro. Cobre (diâmetro 0,51mm) Comprimento (m) Corrente (mA) Tensão (V) 0,25 0,12 0,031 0,50 0,12 0,620 0,75 0,12 0,092 1,00 0,12 0,122 Tabela 7 - corrente e tensão de acordo com o comprimento de um fio de cobre de 0,51mm de diâmetro. Ferro (diâmetro 0,51mm) Comprimento (m) Corrente (mA) Tensão (V) 0,25 0,12 0,32 0,50 0,12 0,3 0,75 0,12 0,4 1,00 0,12 0,4 Tabela 8 - corrente e tensão de acordo com o comprimento de um fio de ferro de 0,51mm de diâmetro. Deste modo, os dados apresentados nas tabelas anteriores permitiram a obtenção dos valores da resistência de cada um dos fios por meio da equação 1. Esses valores estão contidos nas tabelas a seguir. Níquel Cromo Diâmetro 0,36mm Diâmetro 0,51mm Diâmetro 0,72mm Comprimento (m) Resistência (KΩ) Resistência (KΩ) Resistência (KΩ) 0,25 2,85 1,39 0,66 0,50 5,62 2,78 1,33 0,75 8,35 4,16 1,99 1,00 11,08 5,55 2,66 Tabela 9 - resistência de fios de níquel cromo com diferentes diâmetros de seção transversal. Cobre (diâmetro 0,51mm) Ferro (diâmetro 0,51mm) Comprimento (m) Resistência (KΩ) Comprimento (m) Resistência (KΩ) 0,25 0,26 0,25 2,66 0,50 5,16 0,50 2,50 0,75 0,76 0,75 3,33 1,00 1,01 1,00 3,33 Tabela 10 - resistência de fios de cobre e ferro com diâmetros de seção transversal igual a 0,51mm. Portanto, tendoos valores das resistências, obtidos por meio da 1ª Lei de Ohm, foi possível plotar os gráficos apresentados nas figuras a seguir. Figura 9 - gráfico da resistência por comprimento do fio de níquel cromo de diâmetro de 0,36mm. Figura 10 - gráfico da resistência por comprimento do fio de níquel cromo de diâmetro de 0,51mm. y = 10.968x + 0.12 0 2 4 6 8 10 12 0 0.5 1 1.5 R e si st ê n ci a (K Ω ) Comprimento (m) Níquel Cromo (diam=0,36mm) Series1 Linear (Series1) y = 5.544x + 0.005 0 1 2 3 4 5 6 0 0.5 1 1.5 R e si st ê n ci a (K Ω ) Comprimento (m) Níquel Cromo (diam=0,51mm) Series1 Linear (Series1) Figura 11 - gráfico da resistência por comprimento do fio de níquel cromo de diâmetro de 0,72mm. Figura 12 - gráfico da resistência por comprimento do fio de cobre de diâmetro de 0,51mm. Figura 13 - gráfico da resistência por comprimento do fio de ferro de diâmetro de 0,51mm. Os gráficos do cobre e ferro não seguiram o esperado devido a um curto circuito que ocorreu durante a coleta dos dados. O cobre possui uma resistência elétrica muito baixa, o fio deste material foi ligado no positivo e negativo da fonte e no meio do fio não há nenhuma y = 2.664x - 0.005 0 0.5 1 1.5 2 2.5 3 0 0.5 1 1.5 R e si st ê n ci a (K Ω ) Comprimento (m) Níquel Cromo (diam=0,72mm) Series1 Linear (Series1) 0 1 2 3 4 5 6 0 0.2 0.4 0.6 0.8 1 1.2 R e si st ê n ci a (K Ω ) Comprimento(m) Cobre (diam=0,51mm) Series1 0 0.5 1 1.5 2 2.5 3 3.5 0 0.2 0.4 0.6 0.8 1 1.2 R e si st ê n ci a (K Ω ) Comprimento (m) Ferro (diam=0,51mm) Series1 carga, sendo a única perda devido à resistência interna do fio, que como já mencionado, era muito baixa. Portanto, quando conectou-se o plugue no borne o circuito foi fechado e como não tinha outra passagem para a corrente esvair, ela foi dissipada em forma de barulho, faísca e calor. A coleta de dados do ferro aconteceu logo em seguida, contudo o problema teve efeito sobre a obtenção correta das informações sobre ele. Todavia, ainda foi possível calcular a resistividade sobre cada material utilizando-se da 2ª Lei de Ohm, apresentada como equação (13) no presente relatório. A do níquel-cromo com diâmetro de 0,36 mm foi de 1,16 × 10−6𝐾Ω.𝑚, a do níquel cromo com diâmetro de 0,51 mm foi de 1,13 × 10−6𝐾Ω.𝑚 e a do níquel cromo com diâmetro de 0,72 mm foi de 1,08 × 10−6𝐾Ω.𝑚. Enquanto a resistividade do cobre foi de 2,12 × 10−7𝐾Ω.𝑚 e a do ferro foi de 2,17 × 10−6𝐾Ω.𝑚. Com as análises realizadas juntamente com o auxílio dos gráficos plotados, foi percebido que para um mesmo material conforme a seção transversal aumenta, a resistência diminui, e ao comparar diferentes materiais com mesma medida de seção transversal notou-se que as resistências variam de acordo com o tipo de material usado, sendo a característica intrínseca de cada um definida pela resistividade. Conclusão Durante a Prática realizada em laboratório foi possível visualizar e reproduzir os efeitos do comportamento dos elementos ôhmicos e não ôhmicos em cada um dos experimentos trabalhados. Com o auxílio dos gráficos esboçados observou-se que os resistores são elementos ôhmicos diferente da lâmpada. Uma vez que aqueles têm caráter linear e o gráfico deste apresenta certa inclinação. Com a análise dos dados foi possível perceber que o resistor como um dispositivo ôhmico, mantém a resistência R constante para qualquer variação de tensão V. Na lâmpada a resistência mudava conforme variava a temperatura do filamento, quanto maior a temperatura do filamento, maior sua resistividade. Verificou-se também, com o experimento, que o gráfico de um elemento ôhmico corresponde a uma reta, como visto em estudos teóricos. Já no segundo experimento comparou-se a condutividade dos materiais utilizados em cada fio, constatando que a orientação dos materiais seguem a segunda lei de ohm, ou seja, a resistência depende da geometria do condutor (espessura e comprimento) e do material de que ele é feito, sendo diretamente proporcional ao comprimento do condutor e inversamente proporcional a área de secção (a espessura do condutor). Quando aumentado o comprimento do fio, a resistência elétrica também aumentou, bem como o aumento da área resultou na diminuição da resistência elétrica. Dessa forma, é possível afirmar que os objetivos desse experimento foram alcançados. Referências [1] BONJORNO, José Roberto et al. Física: Eletromagnetismo, Física Moderna. 2. ed. São Paulo: Ftd, 2013. 3 v. [2] HALLIDAY, D.; RESNICK, R.; WALKER J. Fundamentos de Física, vol. 3: Eletromagnetismo; tradução Ronaldo Sérgio de Biasi. – 10ªed. – Rio de Janeiro: LTC, 2016. KNIGHT, R. Física 3: Uma Abordagem Estratégica; tradução Manuel Almeida Andrade Neto. – 2ª ed. – Porto Alegre: Bookman, 2009.
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