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1 Objetivos Analisar a dependência da resistência de um material, considerando o comprimento do fio, espessura e ddp aplicada; Comparar valores de resistividade experimental com referências em livros e internet. 2 Introdução teórica Tomando um condutor, como o da figura abaixo, onde foi aplicada uma voltagem VAB. Como já é de conhecimento, essa voltagem estabelece, neste condutor, uma corrente i. Ao variar o valor da voltagem, é verificado que a corrente também modifica-se. Dessa forma: Uma voltagem (VAB)1, provoca uma corrente i1; Uma voltagem (VAB)2, provoca uma corrente i2; Uma voltagem (VAB)3, provoca uma corrente i3; e assim por diante.. Fonte: <http://educacao.uol.com.br/disciplinas/fisica/potencial-eletrico-e-eletrodinamica-o- movimento-da-carga-eletrica.htm> (Adaptado) Após várias experiências, Georg Ohm, ao medir as voltagens ao serem aplicadas em diversos condutores feitos de substancias diferentes. Assim, foi verificado que em muitos materiais, mas, principalmente, nos metais, a relação entre a voltagem e a corrente mantinha-se constante, isto é: Assim, Mas, representa o valor da resistência R do condutor. Logo, Ohm concluiu que para os condutores em estudo, R era constante. A lei de Ohm pode ser descrita da seguinte forma: “Para um grande número de condutores (principalmente os metais), o valor da resistência permanece constante, não dependendo da voltagem aplicada no condutor.” Condutores ôhmicos e condutores não ôhmicos Para um condutor ôhmico deve ser obedecida a lei de Ohm. Há vários materiais que não obedece tal lei, ou seja, ao modificar a voltagem que é aplicada a um condutor qualquer, feito com material deste tipo, modifica-se o valor da resistência deste condutor. Em um condutor não ôhmico a expressão é válida, mesmo que o condutor obedeça ou não a essa lei. No caso de um condutor ôhmico, o valor de R será sempre o mesmo, mas, para não ôhmico o valor de R sofre uma variação de acordo com a voltagem aplicada. Comportamento do gráfico de A expressão , para condutores ôhmicos, mostra que , devido R permanecer constante. Ao construir o gráfico de para um condutor ôhmico, obtêm-se a reta passando pela origem. Assim, a inclinação do gráfico nos dá o valor da resistência R do condutor. Fonte: <http://plutaoplanetaplutao.blogspot.com.br/2012/06/cursos-do-blog- eletricidade_13.html> (Adaptado) No caso de o condutor não obedecer a lei de Ohm, o gráfico não será retilíneo, e apresentar diferentes aspectos, onde sua dependência está associada a natureza do condutor. <http://alfaconnection.net/pag_avsf/ele0202.htm> (Adaptado) Resistividade Considerando um fio condutor, como a figura abaixo, o valor da resistência do mesmo dependerá do seu comprimento e da área da seção reta. Fonte: Arquivo pessoal Ao realizar medidas, pode ser verificado que a resistência R, do fio é diretamente proporcional ao seu comprimento L, ou seja, . Devido a resistência do fio ser inversamente proporcional a área da seção reta, tem-se que: . Dessa forma quanto mais grosso for o fio, menor será sua resistência. Portanto, ao associar esses dois resultados têm-se: Caso deseja-se obter um fio condutor de baixa resistência, deve ter um comprimento pequeno e uma grande área de seção reta. Associando uma constante de proporcionalidade, a expressão anterior torna-se uma igualdade, constante essa, denominada de resistividade. Tem-se o seguinte: Para cada grandeza característica do material que constitui o material tem- se um valor para a resistividade, ou seja, valores diferentes para cada substância. Alguns valores de resistividade para algumas substâncias estão na tabela a seguir: Resistividade a uma temperatura ambiente Material (ohm-metro) Alumínio -8 Cobre -8 Níquel-Cromo -8 Chumbo -8 Ferro -8 Mercúrio -8 Prata -8 Tungstênio -8 Pela igualdade acima, , tomando vários fios de mesmo comprimento e de mesma área, porém, de materiais diferentes, terá menor resistência àquele que possuir menor resistividade. Logo, quanto menor for à resistividade de um material, menor será a oposição que este material oferecerá a passagem de corrente através dele. Assim, “Uma substância será tanto melhor condutora de eletricidade quanto menor for o valor de sua resistividade.” Pela tabela acima, observasse que todas as substâncias são boas condutoras de eletricidade, pois possuem resistividade muito baixas, e observasse também que isso poderia já ser previsto, uma vez que as substâncias da tabela são metais, que são bons condutores de eletricidade. 3 Material utilizado Amperímetro; Fios condutores; Fonte de CC; Micrômetro; Régua; Voltímetro; Cabos condutores. 4 Procedimento experimental Para essa atividade experimental, realizam-se quatro procedimentos, I – Dependência da resistividade com relação ao comprimento do fio, II – Dependência da resistência em relação à área da seção transversal, III – Relação entre a tensão da fonte e a corrente elétrica para um resistor e IV – Resistividade. Para o primeiro procedimento, I, o multímetro é ajustado para funcionar como um ohmímetro, para um fio do painel, conecta-se o multímetro e mede-se a resistência para os comprimentos de 20 cm, 40 cm, 60 cm, 80 cm e 1m. Isso se faz para cada fio, ou seja, para o fio de Níquel-Cromo, de 0,36 mm, 0,51 mm e 0,72 mm, bem como para o fio de Ferro, de 0,51 mm. Anotam-se os valores na tabela I, e com os dados, cria-se o gráfico , analisa-se a função em acordo com o gráfico e relacionam-se as grandezas envolvidas. No segundo procedimento, II, tomando os dados da tabela I, completa-se a tabela II, cria-se o gráfico , verifica-se o tipo de função e relaciona-se as grandezas. No procedimento III, o multímetro é ajustado para amperímetro, funcionando na escala de 10 A. Com o circuito em série, um fio de 1 m no painel, a fonte e o amperímetro, além de uma fonte de tensão variando entre 1 V e 3 V, são medidos os valores de corrente e completada a tabela III. Cria-se o gráfico de , verifica-se o tipo de função, relacionam-se as grandezas, determina-se o valor de e explica-se o seu significado. Para o IV procedimento, e com dados tabelados nos outros procedimentos, usa-se os valores das resistências e completa-se a tabela IV, calcula-se a resistividade e compara-se com dados encontrados em livros, internet e afins, e por fim, analisa-se possíveis erros. Aparato experimental. Fonte: Arquivo pessoal 5 Resultados e discussão Para uma melhor visualização, cada procedimento será dividido. I – Dependência da resistividade com relação ao comprimento do fio Medindo a resistência para diferentes fios, ou melhor, para fios de Níquel- Cromo e para fio de Ferro, porém, 3 diâmetros diferentes de fios de Ni-Cr e anotados na tabela a seguir: Condutor Diâmetro L(m) R( ) R/L ( /m) Níquel-Cromo 0, 36 mm 0,2 2,1 10,5 0,4 4,2 10,5 0,6 6,5 10,8 0,8 8,6 10,8 1,0 10,8 10,8 Níquel-Cromo 0, 51 mm 0,2 1,1 5,5 0,4 2,2 5,5 0,6 4,4 5,5 0,8 4,3 5,4 1,0 5,5 5,5 Níquel-Cromo 0, 72 mm 0,2 0,5 2,5 0,4 1,1 2,8 0,6 1,6 2,7 0,8 2,2 2,8 1,0 2,6 2,6 Ferro 0, 51 mm 0,2 0,3 1,5 0,4 0,5 1,3 0,6 0,7 1,2 0,8 0,9 1,1 1,0 1,1 1,1 Tabela 1 – Resistência R em relação ao comprimento L Com a tabela, constrói-se o gráfico (Anexo 1) de , para cada um dos fios, onde os gráficos encontrados, são quatro retas, ou seja, , como já afirmado acima. Assim, pelo gráfico, temos que ao aumentar o comprimento do fio, aumenta a resistência também, fazendo com que o coeficiente angular da reta permaneça constante, assim, o comprimento do fio é proporcional à resistência. II – Dependência da resistência em relação à área da seção transversalA tabela a seguir representa os dados encontrados experimentalmente, para os valores de resistência e a área da seção transversal, ou seja, com o condutor de comprimento 1 m, em suas três dimensões, nesse caso, para Níquel-Cromo: Condutor (1 m) A (m²) R( ) R.A ( .m²) Níquel-Cromo 10,8 5,5 2,6 Tabela 2 – Resistência R em relação à área A Pelos dados da tabela, constrói-se o gráfico (Anexo 2) de e observa-se que a área da seção transversal do fio é inversamente proporcional a resistência. Logo, esse gráfico está relacionado com uma função exponencial, que, observando no gráfico, à medida que R aumenta A diminui. Assim, temos uma função exponencial decrescente. III – Relação entre a tensão da fonte e a corrente elétrica para um resistor Condutor Diâmetro V(V) i(A) V/i (V/A) Níquel-Cromo 0, 36 mm 1,0 0,09 11,1 1,5 0,13 11,5 2,0 0,18 11,1 2,5 0,23 10,8 3,0 0,27 11,1 Média 11,12 Níquel-Cromo 0, 51 mm 1,0 0,18 5,55 1,5 0,28 5,36 2,0 0,38 5,26 2,5 0,45 5,55 3,0 0,55 5,45 Média 5,434 Níquel-Cromo 0, 72 mm 1,0 0,41 2,43 1,5 0,59 2,54 2,0 0,78 2,56 2,5 0,95 2,63 3,0 1,14 2,63 Média 2,558 Tabela 3 – Relação entre tensão e corrente elétrica A partir dos dados tabelados, temos o gráfico de (Anexo 3) e conforme a tensão aumenta, a corrente também aumenta, assim, o coeficiente angular da reta é constante, ou seja, a resistência é constante. A relação V/i , dada quando uma voltagem VAB é aplicada nas extremidades de um condutor, estabelecendo nele uma corrente i. Quanto maior for o resultado disso, maior será a oposição que o condutor oferecerá para a passagem de corrente, sendo essa, a fundamentação física atribuída à resistência. IV –Resistividade. Com os dados encontrados anteriormente, pode-se determinar o valor da resistividade de materiais, pela relação do comprimento com o valor da resistência. Os dados tabelados a seguir nos dá esse resultado: Fio L (m) A (m²) R ( ) Ni-Cr (0,36 mm) 1 m 1,0179 × 10-7 10,8 Ni-Cr (0,51 mm) 1 m 2,0428 × 10-7 5,5 Ni-Cr (0,72 mm) 1 m 4,0715 × 10-7 2,6 Fe (0,51 mm) 1 m 2,0428 × 10-7 1,1 2,24 Tabela 4 – Resistividade para condutores de 1 m O valor de é encontrado a partir da expressão: . Onde, isolando temos que: . Sendo R a resistência, A sua área e L o comprimento do fio. A uma temperatura ambiente, um valor encontrado em livro, dá que o valor da resistividade do Níquel-Cromo é de , que equivale dizer que o valor encontrado em laboratório, de é aproximadamente é um valor aceitável. Outro valor encontrado em sites dá que a resistividade é equivalente a que é mais próximo que o valor encontrado experimentalmente. 6 Conclusões Através dos dados encontrados em laboratório, e se comparados a dados referenciais, o valor encontrado é aceitável, uma vez que erros humanos, experimentais, erros de natureza climática podem estar associados devem ser levados em consideração. Com relação ao procedimento I, pode-se destacar que a fundamentação física é válida, onde vale a relação . No segundo procedimento, é fácil constatar que inversamente proporcional à resistência, através da curva encontrada no gráfico. Para o terceiro procedimento é possível ver a inclinação de cada curva, considerando a espessura do fio condutor, que quanto maior a espessura do fio, maior será a inclinação de cada um. As grandezas R e L estão associadas devido as duas serem proporcionais e as grandezas R e A são inversamente proporcionais, uma vez que ao aumentar o valor de A diminui o valor da resistência R. 7 Referências bibliográficas - BONJORNO, J. R., RAMOS, C. M., Física 3: Eletricidade. 1ª ed. São Paulo, FTD, 1992, V. 3. - HALLIDAY, D., RESNICK, R., WALKER, J. Fundamentos da Física. 6a ed. Rio de Janeiro, LTC, 2002, V. 3. - TIPLER, P.A. Física. 4a ed., Rio de Janeiro, LTC, 1999, V.2.
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