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Avaliação Psicologica no Contexto do Trânsito

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FACULDADE XXXXXXXXXXXXXXXXXXXX 
 
 
 
PENHA F. SOUZA 
RAÍSSA PORTELA TEIXEIRA 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
AVALIAÇÃO PSICOLÓGICA NO CONTEXTO DO TRÂNSITO 
 
 
 
 
 
 
 
 
Vitória/ES 
2019 
1112222222 
 
 PENHA F. SOUZA 
R. P. TEIXEIRA 
 
 
 
 
AVALIAÇÃO PSICOLOGICA NO CONTEXTO DO TRÂNSITO 
 
 
 
 
 
 
Relatório de Entrevista, apresentado a 
Professora xxxxxxxxx, da Disciplina de 
Avaliação Psicológica I, da turma do 5º 
período matutino do Curso de Psicologia, 
para avaliação bimestral. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Vitória/ES 
2019 
1112222222 
 
SUMÁRIO 
 
RESUMO ................................................................................................................... 1 
INTRODUÇÃO ........................................................................................................... 2 
RELATÓRIO DA ENTREVISTA ................................................................................. 3 
CONSIDERAÇÕES FINAIS ..................................................................................... 10 
REFERÊNCIAS ....................................................................................................... 11 
APÊNDICE: A ............................................................ Erro! Indicador não definido.2 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
1 
 
RESUMO: 
 
Trata-se de Pesquisa realizada através de entrevista qualitativa aberta 
estruturada, utilizando-se o questionário como instrumento de coleta de dados 
constituído por uma série de perguntas, que foram respondidas por escrito.(Marconi 
& Lakatos, 1999:100) 
Sendo que, a entrevistada com devida capacitação e embasamento teórico 
presta serviço como psicóloga perita examinadora do trânsito, em clínica 
credenciada ao DETRAN, com intuito de identificar o perfil do candidato/condutor de 
quem está renovando profissionalmente e/ou mudando de categoria da CNH ou 
retirando a primeira CNH. (Apêndice A). 
O psicólogo perito em trânsito por meio de práticas científicas válidas, avalia 
os fatores externos e internos, conscientes e inconscientes, determinando um 
aspecto psicológico não apenas para dirigir um veículo, mas toda sua conduta num 
trânsito. 
A psicologia do trânsito permite uma inter-relação com outras ciências, com a 
finalidade de gerar ações mais eficazes para o progresso do desempenho e 
condutas nesse âmbito. 
Na maioria das vezes esta área, é alvo de controvérsias e apreciações, 
principalmente, de estar limitada por ser uma das etapas de análise do candidato à 
obtenção da Carteira Nacional de Habilitação (CNH) a aos testes psicotécnicos, 
ainda que não se possa antecipar com precisão em que condições os futuros 
motoristas irão ou não se envolver em situações de risco. 
 
Palavras-Chave: Avaliação Psicológica, Entrevista, Motoristas, Trânsito, Psicologia
2 
 
INTRODUÇÃO: 
 
A avaliação psicológica para o trânsito considera como princípio o fato de que 
conduzir um veículo não é um direito do cidadão, mas uma concessão, que pode ser 
feita desde que ele atenda a diversos critérios, como ter condições físicas e 
características psicológicas adequadas às categorias da Carteira Nacional de 
Habilitação (conforme a complexidade e o tipo de veículo), conhecer as leis de 
trânsito e ter noções de mecânica e domínio veicular (Governo Federal, 1998). 
As investigações dos fenômenos psicológicos, ou seja, tanto das capacidades 
gerais como das específicas do indivíduo nesse processo, são de suma importância, 
porque oferecem indicadores que amparam todo o processo decisivo em relação às 
exigências desse indivíduo estar apto ou inapto para dirigir. 
Nota-se a importância de realizar-se uma avaliação psicológica adequada, 
mas é importante também ressaltar que, o conhecimento do psicólogo é 
indispensável para coordenar tal prática, pois cabe a esse profissional as escolhas 
de técnicas e métodos mais adequados para acompanhar todo o processo, que 
deverá sempre, ser pautado em padrões éticos de conduta. 
Uma área que vem crescendo ao longo dos anos e ganhando visibilidade no 
meio científico é a psicologia do trânsito. Diversos trabalhos sobre este tema para o 
campo apresentam a definição de Rozestraten (2000) como sendo o estudo dos 
comportamentos internos ou externos, conscientes ou não, no ambiente do trânsito. 
O autor sugere ainda que este é um sistema formado por três subsistemas, a saber: 
O homem, a via e o veículo, sendo o homem o mais complexo por envolver tanto 
processos internos como emocionais e psicológicos, compreendidos como 
subjetivos, como externos. 
 
 
 
3 
 
RELATÓRIO DA ENTREVISTA: 
 
A psicologia do trânsito é uma área da psicologia que investiga os 
comportamentos humanos no trânsito, os fatores e processos externos e internos, 
conscientes e inconscientes que os provocam e o alteram. 
Aproximadamente em 1920 e em 1962 ocorreu o seu inicio, no qual situa-se 
o importante marco para a área devido a criação de uma lei federal, que tornou 
obrigatória a realização de exame psicotécnico por todas as pessoas que 
solicitassem a carteira de motorista. A avaliação psicológica no contexto do trânsito, 
desde então, tem sido foco de discussão por causa da necessidade de estudar os 
procedimentos e instrumentos que vêm sendo empregados para avaliação de 
candidatos à carteira de habilitação. 
O processo de avaliação psicológica para o trânsito desde seu início foi 
denominado de "Exame Psicotécnico", no entanto, após a publicação do novo 
Código Brasileiro de Trânsito de 1998, a expressão foi substituída por "Avaliação 
Psicológica Pericial". Assim, duas importantes mudanças aconteceram em relação à 
capacitação do profissional para trabalhar na área: As avaliações começaram a ser 
feitas somente por psicólogos que possuíssem o curso de capacitação específico 
para a função de perito examinador de trânsito e atualmente, a exigência de título de 
especialista/especialização em Psicologia do Trânsito regulamentado pelo Conselho 
Federal de Psicologia. As referidas mudanças têm feito com que essa área venha se 
fixando, cada vez mais, como uma especialidade da Psicologia. 
Na avaliação psicológica as técnicas utilizadas pelos psicólogos do trânsito 
têm como objetivo, contribuir na identificação de adaptações psicológicas mínimas 
para o seguro e correto exercício da atividade (remunerada ou não) de condução de 
um veículo automotor, para tentar garantir a segurança do motorista, do trânsito e 
dos demais envolvidos. Assim, se tem utilizado os testes psicométricos como um 
método para antever a habilidade para dirigir, especialmente para presumir a 
possibilidade de um indivíduo envolver-se em acidentes. 
4 
 
Atualmente a psicologia do trânsito é uma área que vem crescendo ao longo 
dos anos e ganhando visibilidade no meio científico. No Brasil, o trabalho do 
psicólogo do trânsito, basicamente se restringe, à avaliação do sujeito no processo 
de obtenção/renovação da CNH; Esse processo de avaliação está disciplinado 
atualmente, nas resoluções do Conselho Federal de Psicologia, que estabelecem 
que para a obtenção da CNH, a fim de se conhecer seu perfil psicológico, o 
indivíduo deve passar por um processo de avaliação. 
A nossa entrevistada esclarece que, a avaliação psicológica na Clinica na 
qual ela trabalha é realizada em duas etapas, sendo uma etapa, com aplicação 
dos testes psicológicos em grupo e uma etapa individual,com aplicação de 
entrevista psicológica e um teste psicológico. 
No entanto, o que é realizado na prática pelos psicólogos da área pode ser 
considerado como sendo, um amplo processo de avaliação psicológica, no qual se 
aplica vários tipos de ferramentas e com a devida autonomia do profissional para 
utilização de um referencial solidamente embasado nas teorias psicológicas 
(Psicanálise, Psicologia Analítica, Fenomenologia, Psicologia Socio-Histórica, 
Cognitiva, Comportamental, etc.), de modo que a análise e interpretação dos 
instrumentos seja coerente com tais referenciais; . 
Ainda se deve considerar que, os cursos de graduação em psicologia, 
geralmente, não apresentam disciplinas específicas sobre psicologia do trânsito, 
ocasionando assim, uma menor visibilidade para a área, considerando-se que os 
graduandos têm poucas oportunidades de estudar e ao mesmo tempo produzir 
conhecimentos que desenvolvam a área. No encontro desta realidade de 
insuficiência de produção científica da área e das limitações na formação dos 
psicólogos na graduação, no que diz respeito à atuação do psicólogo do trânsito, foi 
publicada a Resolução 267/2008 do Conselho Nacional de Trânsito (CONTRAN) 
determinando que, após 15 de fevereiro de 2013, apenas os psicólogos com título 
de especialista no trânsito reconhecido pelo CFP poderão atuar na área. Em 
decorrência disso, cursos de especialização surgiram a fim de garantir esta titulação. 
É provável que em decorrência da referida situação, pode-se observar um 
crescimento da área. Esta situação pode ser verificada por meio de uma busca de 
5 
 
artigos científicos à Biblioteca Virtual em Saúde (realizada em abril de 2019 pelas 
pesquisadoras), na qual está em evidência um considerável acréscimo na 
quantidade de publicações nacionais à partir de 2005, sendo que, antes deste ano, 
eram muito escassas as publicações. Entretanto, cabe de fato, uma reflexão 
acerca da qualidade do conteúdo que está desencadeando tal visibilidade. 
Conforme afirma a psicóloga entrevistada, os testes psicológicos são 
utilizados com o objetivo de identificar se o candidato/condutor encontra-se dentro 
do perfil desejado para motorista e/ou motorista profissional, não esclarecendo, 
portanto, qual seria a finalidade em identificar o perfil psicológico do candidato à 
CNH e qual sua real aplicabilidade. 
No entanto, existem importantes questionamentos: Todos os psicólogos 
peritos em trânsito têm competências técnicas para desenvolver um processo de 
avaliação psicológica? Ou ainda, os órgãos responsáveis por este processo 
propiciam condições para que esta seja realizada, desde o custeio até o tempo 
necessário para sua realização? Considerando que é a partir dessa avaliação que o 
sujeito é determinado apto ou não para possuir uma CNH, com qual critério 
técnico/científico está sendo realizada esta avaliação? 
Segundo a psicóloga entrevistada, na avaliação psicológica ela utiliza as 
entrevistas e os instrumentos psicológicos, que são os testes psicométricos, as 
técnicas projetivas cujos objetivos são, avaliar atenção concentrada (testes 
TACOM-A, TACOM-B), atenção difusa (testes TADIM, TADIM-2), memória (teste 
TEPIC), raciocínio (teste TI) e traços de personalidade (Zulliger, Palográfico, Pfister). 
Sendo que, o testes mais usados, servem para avaliar a atenção (seja o 
TACOM ou AC), pois são utilizados na avaliação para obtenção de CNH, no 
recrutamento e seleção, na avaliação neuropsicológica e muitas vezes na orientação 
vocacional. Porque a atenção é um item de muito interesse na avaliação do perfil. 
 Assim constata-se que, o avaliado está dentro do perfil quando ele atinge o 
percentil desejado e quando não se identifica traços de personalidade que possam a 
vir desabonar a condução de veículos automotivo. 
6 
 
 Com respeito ao perfil do motorista, outra dúvida persiste: Ele já foi delineado 
no que se refere às variáveis que necessitam investigação, com base em evidências 
empíricas que sustentem essa necessidade? Ademais, as publicações da área 
divulgadas na comunidade científica têm influenciado melhorias no contexto de 
trânsito? 
Como consequência deste panorama, a demanda pelos cursos de 
especialização nitidamente aumentou decorrente do interesse em congregar 
qualidade à atuação do profissional que já trabalha na área ou meramente para 
cumprir uma formalidade legal. Mas a ementa de alguns cursos garante a 
capacitação técnica dos psicólogos na realização dessas avaliações? 
A dificuldade em realizar essa avaliação de forma confiável ocorre, segundo 
Rozestraten (2000), em parte pelo fato de que o psicólogo de trânsito ser visto 
muitas vezes como mero aplicador de testes, enquanto deveria, pelo menos, 
questionar a fidedignidade e validade desses instrumentos em relação ao motorista. 
Essas inquirições podem também estar relacionadas a expansão de 
publicações sobre o tema, como evidenciado anteriormente. É importante notar que, 
apesar do aumento expressivo de trabalhos científicos na área, há que se questionar 
se realmente eles condizem com a finalidade da psicologia do trânsito. 
Alguns são estudos de algum construto ou instrumento específico e se valem 
de uma amostra de motoristas, mas que possuem limitações extensas quanto à real 
aplicabilidade no contexto do trânsito, como o uso de amostras pequenas ou por 
conveniência, apenas. 
Outros psicólogos, ainda, se valem de amostras de profissionais ligados ao 
trânsito para verificar alguns transtornos como o burnout, por exemplo. É 
questionável se tais pesquisas podem ser consideradas como pertencentes à área 
específica da psicologia do trânsito, pois contribuem pouco para a compreensão da 
tríade homem-via-veículo, bem como tendem a explicar pouco a forma como essa 
sintomatologia afeta essa tríade. 
7 
 
Diante do exposto e continuando o conceito tríplice proposto por Rozestraten 
(2000) composto por homem, via e veículo, parece que a inquirição sobre qual o 
papel do psicólogo neste contexto ainda não foi respondida. A visibilidade que a 
área tem atingido pode estar relacionada a uma demanda social que diz respeito ao 
aumento de acidentes de trânsito, sobretudo, tendo como causa o fator humano. O 
fator humano, contudo, não pode ser concebido de maneira separada. Ao contrário, 
para a caracterização da situação do trânsito, a relação os três fatores devem ser 
analisados. 
No entanto, ao mesmo tempo em que os acidentes aumentam 
proporcionalmente as possibilidades para adquirir um carro também, com ofertas de 
veículos a preços mais acessíveis e a diminuição temporária de impostos sobre 
produtos industrializados (IPI). 
Tais fatos do contexto sociocultural nos quais os motoristas fazem parte estão 
sendo considerados pela comunidade científica, com o objetivo de compreender 
como eles impactam na segurança no trânsito? Este campo parece configurar-se 
como importante no estudo para a psicologia do trânsito, pois, afeta justamente a 
relação tríplice dela. 
Estudar a relação do sujeito com o meio em que está inserido, entretanto, 
não caberia à psicologia social ou ainda à ambiental? Ao considerar tal indicação, 
pode-se concluir que são áreas interligadas , porém com um recorte específico de 
contexto. A atuação do psicólogo do trânsito deste ponto de vista, não deveria 
limitar-se ao processo de obtenção/renovação da CHN ou mudança de categoria, 
mas deveria acontecer de forma ampla, inclusive numa fase anterior da 
significação em se possuir um automóvel. Justificaria assim, uma gama de estudos 
compreendendo , além dos três fatores, os componentes externos a eles. 
O objetivo destas reflexões é fomentar uma discussãoà respeito do 
crescimento e visibilidade da psicologia do trânsito, entretanto, não há condições de 
se encerrar ou de propor um delineamento para a atuação do psicólogo. Se apoiado 
nesta temática, a referência, sobretudo, ao processo de avaliação psicológica no 
8 
 
contexto do trânsito. Dar valor a esta complexidade atuar de forma ética neste 
contexto poderá ajudar numa resposta social que é de certa forma esperada, dos 
psicólogos. 
Diante dessa situação, Rozestraten (2003) afirma que, nos últimos 40 anos, 
poucas mudanças foram percebidas em relação à atuação dos psicólogos de 
trânsito. Tal fato pode ser percebido pela inadequação dos materiais para testagem 
(visto que os processos de validação e padronização para a realidade do trânsito 
ainda são escassos), raridade de programas de capacitação profissional para 
atuação nessa área, assim como a inexpressiva participação de psicólogos 
brasileiros nos congressos de trânsito, de maneira que essas dificuldades acabam 
se refletindo na forma como as avaliações nesse contexto vêm sendo conduzidas. 
Há que assinalar ainda a importância do encaminhamento, conforme afirma a 
psicóloga entrevistada: ... “A necessidade de encaminhamento acontece quando ao 
fechar a avaliação psicológica, fazemos a somatória de um desempenho precário 
nos testes ou também a presença de traços ou indícios de problemas de ordem 
psiquiátrico ou neurológicos, assim como oftalmológico. Essa somatória acontece 
com indícios colhidos na entrevista, desempenho no teste e preenchimento de 
formulários. Podemos encaminhar para avaliação específica e aprofundada do 
profissional ou encaminhamento para acompanhamento psicológico.Às vezes o 
encaminhamento pode acontecer para colher informações específicos de um 
tratamento já realizados, com intuito de informações complementares do tratamento, 
como por exemplo uso de medicação e se ela afeta a condução de veículos”... 
Na avaliação psicológica de trânsito, as investigações dos fenômenos 
psicológicos, ou seja, das capacidades gerais, bem como das específicas do 
indivíduo, são de suma importância, pois proporcionam indicadores para a tomada 
de decisões em relação às condições de esse indivíduo estar apto ou inapto para 
dirigir. Essa constatação nos remete à necessidade de uma preocupação, por parte 
dos profissionais de psicologia, em atuar de forma preventiva e preditiva no 
processo de avaliação psicológica, buscando interferir para que os motoristas não se 
exponham a situações de perigo a si e aos outros (LAMOUNIER; RUEDA, 2005a).
9 
 
O que se pode observar, na prática, é o predomínio de estudos que avaliam 
determinados construtos (inteligência, personalidade, atenção) e um número 
reduzido de estudos especialmente orientados à investigação de como o condutor 
dirige e ainda, a relação entre o desempenho nos instrumentos e sua capacidade de 
previsibilidade do comportamento de dirigir. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
10 
 
CONSIDERAÇÕES FINAIS: 
A proposta do presente trabalho é analisar e compreender como ocorre e 
quais são os procedimentos e métodos de uma Avaliação Psicológica no contexto 
do trânsito, com o objetivo de um maior entendimento da sua importância e como 
se dá a atuação da psicologia nesta área. Para isso foi necessário que a coleta de 
dados para pesquisa fosse feita para uma maior compreensão da metodologia 
utilizada pela psicóloga entrevistada. 
Nesse sentido, para nós, a entrevista pode ser concebida como um processo 
de interação social que ocorre face a face, entre uma pesquisadora, que tem um 
objetivo previamente definido e uma psicóloga entrevistada que, supostamente, 
possuí a informação que possibilita estudar o fenômeno em pauta . 
O estudo demonstra que as categorias de análise apresentadas podem ser 
generalizadas e empregadas por outros pesquisadores que usam a entrevista 
estruturada para coletar informações. 
Dessa forma o objetivo do presente estudo foi: Compreender o papel do psicólogo 
no contexto do trânsito e os processos avaliativos, envolvidos neste âmbito. Para 
esta finalidade, utilizou-se o método da abordagem de pesquisa qualitativa, buscou-
se contribuir com a psicologia no que diz respeito, a objetividade 
sobre a função e papel do profissional neste ambiente, dando aos estudantes e 
profissionais, a possibilidade de desfrutarem da área. 
11 
 
REFERÊNCIAS: 
 
ABERG, L. Problemas relacionados com a seleção de motoristas e a validade de 
testes. In: RISSER, R. (Org.). Estudos sobre a avaliação psicológica de motorista. 
São Paulo: Casa do Psicólogo, 2003. p. 25-32. 
DAGOSTIN, C. G. Características do processo de trabalho dos psicólogos peritos 
examinadores de trânsito na avaliação das condições psicológicas para dirigir. 
Dissertação (Mestrado)-Universidade Federal de Santa Catarina, Florianópolis, 
2006. 
GIL, Antônio Carlos. Métodos e técnicas de pesquisa social. 5. Ed. São Paulo: Atlas, 
1999. 
LÜDKE, M.; ANDRÉ, M. E. D. A. Pesquisa em educação: abordagens qualitativas. 
São Paulo: EPU, 1986. 
GOVERNO FEDERAL. Novo código de trânsito. 1998. 
LAMOUNIER, R. & Rueda, F. J. M. Avaliação psicológica com o PMK no contexto do 
trânsito. 2005a. 
Psicologia: Pesquisa & Trânsito, 1(1), 25-32. MARCONI, Maria de Andrade; 
LAKATOS, Eva Maria. Técnicas de pesquisa. 3. Ed. São Paulo: Atlas, 1999. 
REA, L. M. ; PARKER, R. A. Metodologia de pesquisa: do planejamento à execução. 
Trad. Nivaldo Montingelli Jr. São Paulo: Pioneira, 2000. 
ROZESTRATEN, R. J. A. Novos caminhos para a psicologia do trânsito. Psicologia: 
ciência e profissão, Brasília, v. 20, n. 4, p. 80-85, dez. 2000. 
12 
 
APÊNDICE: A 
 
Parte I 
Dados do (a) Entrevistado (a): 
Nome: xxxxxxxxx Idade: xxxxxxxx 
Sexo: xxxxxxxxxxxxxxx 
Formação: xxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxx 
Tempo de serviço na Empresa que trabalha: xxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxx 
Parte II 
Questionário: 
1. Entrevistadora: Qual é o tipo de trabalho no qual você presta serviço e qual 
o embasamento teórico utilizado? 
Entrevistado (a): Presto serviço como psicóloga perita examinadora do trânsito, em 
clínica credenciada ao DETRAN, com intuído de identificar do perfil do 
candidato/condutor de quem está renovando profissionalmente e/ou mudando de 
categoria da CNH ou retirando a primeira CNH. 
O embasamento teórico é de acordo com a capacitação em psicologia do trânsito, 
conforme os requisitos do CFP para se fazer a avaliação psicológica. 
2. Entrevistadora: Como é feita a Avaliação Psicológica dos avaliados e quais 
materiais são utilizados? 
Entrevistado (a): A avaliação psicológica é realizada em duas etapas, sendo uma 
etapa, com aplicação dos testes psicológicos em grupo e uma etapa individual, com 
aplicação de entrevista psicológica e um teste psicológico. Os materiais utilizados 
são testes psicológicos, lápis, caneta, cronômetro. 
13 
 
3. Entrevistadora: Por que são utilizados testes psicológicos para avaliação. 
Entrevistado (a): Os testes psicológicos são utilizados com o objetivo de identificar 
se o candidato/condutor encontra-se dentro do perfil desejado para motorista e/ou 
motorista profissional. 
4. Entrevistadora: Na avaliação psicológica, quais são as técnicas utilizadas? 
Entrevistado (a): Na avaliação são utilizadas entrevistas e instrumentos 
psicológicos, que são os teste psicométricos, as técnicas projetivas. 
5. Entrevistadora: Quais são os objetivos dos testes psicológicos? 
Entrevistado (a): Avaliar atenção concentrada, atenção difusa, memória, raciocínio 
e traços de personalidade. 
6. Entrevistadora: Quais os testes mais comuns e qual o objetivo dos 
mesmos?Entrevistado (a): Os mais utilizados são: 
Atenção concentrada: TACOM-A, TACOM-B, 
Atenção difusa: TADIM, TADIM-2 
Memória: TEPIC 
Raciocínio: TI 
Personalidade: Zulliger, Palográfico, Pfister 
7. Entrevistadora: Qual o teste mais utilizado, as áreas que mais o utilizam e 
por quê? 
Entrevistado (a): O teste para avaliar a atenção (seja o TACOM ou AC), pois são 
utilizados na avaliação para obtenção de CNH, no recrutamento e seleção, na 
avaliação neuropsicológica e muitas vezes na orientação vocacional. Porque a 
atenção é um item de muito interesse na avaliação do perfil. 
14 
 
8. Entrevistadora: Quais são os tipos de Laudos? 
Entrevistado (a): Existem laudo psicológico e parecer psicológico. 
9. Entrevistadora: Como você concluí que o avaliado está dentro do perfil 
adequado? 
Entrevistado (a): Conclui-se que o avaliado está dentro do perfil quando ele atinge 
o percentil desejado e quando não se identifica traços de personalidade que possam 
a vir desabonar a condução de veículos automotivos. 
10. Entrevistadora (a): Como são feitas as devolutivas para os avaliados? 
Entrevistado (a): Acontecem de forma oral ou escrita 
11. Entrevistadora (a): Como ocorre a necessidade de encaminhamento e de 
que forma acontece? 
Entrevistado (a): A necessidade de encaminhamento acontece quando ao fechar a 
avaliação psicológica fazemos a somatória de um desempenho precário nos testes 
ou também a presença de traços ou indícios de problemas de ordem psiquiátrico ou 
neurológicos, assim como oftalmológico. Essa somatória acontece com indícios 
colhidos na entrevista, desempenho no teste e preenchimento de formulários. 
Podemos encaminhar para avaliação específica e aprofundada do profissional ou 
encaminhamento para acompanhamento psicológico. 
Às vezes o encaminhamento pode acontecer para colher informações específicas de 
um tratamento já realizado, com intuito de informações complementares do 
tratamento, como por exemplo, uso de medicação e se ela afeta a condução de 
veículos.

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