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FACULDADE XXXXXXXXXXXXXXXXXXXX PENHA F. SOUZA RAÍSSA PORTELA TEIXEIRA AVALIAÇÃO PSICOLÓGICA NO CONTEXTO DO TRÂNSITO Vitória/ES 2019 1112222222 PENHA F. SOUZA R. P. TEIXEIRA AVALIAÇÃO PSICOLOGICA NO CONTEXTO DO TRÂNSITO Relatório de Entrevista, apresentado a Professora xxxxxxxxx, da Disciplina de Avaliação Psicológica I, da turma do 5º período matutino do Curso de Psicologia, para avaliação bimestral. Vitória/ES 2019 1112222222 SUMÁRIO RESUMO ................................................................................................................... 1 INTRODUÇÃO ........................................................................................................... 2 RELATÓRIO DA ENTREVISTA ................................................................................. 3 CONSIDERAÇÕES FINAIS ..................................................................................... 10 REFERÊNCIAS ....................................................................................................... 11 APÊNDICE: A ............................................................ Erro! Indicador não definido.2 1 RESUMO: Trata-se de Pesquisa realizada através de entrevista qualitativa aberta estruturada, utilizando-se o questionário como instrumento de coleta de dados constituído por uma série de perguntas, que foram respondidas por escrito.(Marconi & Lakatos, 1999:100) Sendo que, a entrevistada com devida capacitação e embasamento teórico presta serviço como psicóloga perita examinadora do trânsito, em clínica credenciada ao DETRAN, com intuito de identificar o perfil do candidato/condutor de quem está renovando profissionalmente e/ou mudando de categoria da CNH ou retirando a primeira CNH. (Apêndice A). O psicólogo perito em trânsito por meio de práticas científicas válidas, avalia os fatores externos e internos, conscientes e inconscientes, determinando um aspecto psicológico não apenas para dirigir um veículo, mas toda sua conduta num trânsito. A psicologia do trânsito permite uma inter-relação com outras ciências, com a finalidade de gerar ações mais eficazes para o progresso do desempenho e condutas nesse âmbito. Na maioria das vezes esta área, é alvo de controvérsias e apreciações, principalmente, de estar limitada por ser uma das etapas de análise do candidato à obtenção da Carteira Nacional de Habilitação (CNH) a aos testes psicotécnicos, ainda que não se possa antecipar com precisão em que condições os futuros motoristas irão ou não se envolver em situações de risco. Palavras-Chave: Avaliação Psicológica, Entrevista, Motoristas, Trânsito, Psicologia 2 INTRODUÇÃO: A avaliação psicológica para o trânsito considera como princípio o fato de que conduzir um veículo não é um direito do cidadão, mas uma concessão, que pode ser feita desde que ele atenda a diversos critérios, como ter condições físicas e características psicológicas adequadas às categorias da Carteira Nacional de Habilitação (conforme a complexidade e o tipo de veículo), conhecer as leis de trânsito e ter noções de mecânica e domínio veicular (Governo Federal, 1998). As investigações dos fenômenos psicológicos, ou seja, tanto das capacidades gerais como das específicas do indivíduo nesse processo, são de suma importância, porque oferecem indicadores que amparam todo o processo decisivo em relação às exigências desse indivíduo estar apto ou inapto para dirigir. Nota-se a importância de realizar-se uma avaliação psicológica adequada, mas é importante também ressaltar que, o conhecimento do psicólogo é indispensável para coordenar tal prática, pois cabe a esse profissional as escolhas de técnicas e métodos mais adequados para acompanhar todo o processo, que deverá sempre, ser pautado em padrões éticos de conduta. Uma área que vem crescendo ao longo dos anos e ganhando visibilidade no meio científico é a psicologia do trânsito. Diversos trabalhos sobre este tema para o campo apresentam a definição de Rozestraten (2000) como sendo o estudo dos comportamentos internos ou externos, conscientes ou não, no ambiente do trânsito. O autor sugere ainda que este é um sistema formado por três subsistemas, a saber: O homem, a via e o veículo, sendo o homem o mais complexo por envolver tanto processos internos como emocionais e psicológicos, compreendidos como subjetivos, como externos. 3 RELATÓRIO DA ENTREVISTA: A psicologia do trânsito é uma área da psicologia que investiga os comportamentos humanos no trânsito, os fatores e processos externos e internos, conscientes e inconscientes que os provocam e o alteram. Aproximadamente em 1920 e em 1962 ocorreu o seu inicio, no qual situa-se o importante marco para a área devido a criação de uma lei federal, que tornou obrigatória a realização de exame psicotécnico por todas as pessoas que solicitassem a carteira de motorista. A avaliação psicológica no contexto do trânsito, desde então, tem sido foco de discussão por causa da necessidade de estudar os procedimentos e instrumentos que vêm sendo empregados para avaliação de candidatos à carteira de habilitação. O processo de avaliação psicológica para o trânsito desde seu início foi denominado de "Exame Psicotécnico", no entanto, após a publicação do novo Código Brasileiro de Trânsito de 1998, a expressão foi substituída por "Avaliação Psicológica Pericial". Assim, duas importantes mudanças aconteceram em relação à capacitação do profissional para trabalhar na área: As avaliações começaram a ser feitas somente por psicólogos que possuíssem o curso de capacitação específico para a função de perito examinador de trânsito e atualmente, a exigência de título de especialista/especialização em Psicologia do Trânsito regulamentado pelo Conselho Federal de Psicologia. As referidas mudanças têm feito com que essa área venha se fixando, cada vez mais, como uma especialidade da Psicologia. Na avaliação psicológica as técnicas utilizadas pelos psicólogos do trânsito têm como objetivo, contribuir na identificação de adaptações psicológicas mínimas para o seguro e correto exercício da atividade (remunerada ou não) de condução de um veículo automotor, para tentar garantir a segurança do motorista, do trânsito e dos demais envolvidos. Assim, se tem utilizado os testes psicométricos como um método para antever a habilidade para dirigir, especialmente para presumir a possibilidade de um indivíduo envolver-se em acidentes. 4 Atualmente a psicologia do trânsito é uma área que vem crescendo ao longo dos anos e ganhando visibilidade no meio científico. No Brasil, o trabalho do psicólogo do trânsito, basicamente se restringe, à avaliação do sujeito no processo de obtenção/renovação da CNH; Esse processo de avaliação está disciplinado atualmente, nas resoluções do Conselho Federal de Psicologia, que estabelecem que para a obtenção da CNH, a fim de se conhecer seu perfil psicológico, o indivíduo deve passar por um processo de avaliação. A nossa entrevistada esclarece que, a avaliação psicológica na Clinica na qual ela trabalha é realizada em duas etapas, sendo uma etapa, com aplicação dos testes psicológicos em grupo e uma etapa individual,com aplicação de entrevista psicológica e um teste psicológico. No entanto, o que é realizado na prática pelos psicólogos da área pode ser considerado como sendo, um amplo processo de avaliação psicológica, no qual se aplica vários tipos de ferramentas e com a devida autonomia do profissional para utilização de um referencial solidamente embasado nas teorias psicológicas (Psicanálise, Psicologia Analítica, Fenomenologia, Psicologia Socio-Histórica, Cognitiva, Comportamental, etc.), de modo que a análise e interpretação dos instrumentos seja coerente com tais referenciais; . Ainda se deve considerar que, os cursos de graduação em psicologia, geralmente, não apresentam disciplinas específicas sobre psicologia do trânsito, ocasionando assim, uma menor visibilidade para a área, considerando-se que os graduandos têm poucas oportunidades de estudar e ao mesmo tempo produzir conhecimentos que desenvolvam a área. No encontro desta realidade de insuficiência de produção científica da área e das limitações na formação dos psicólogos na graduação, no que diz respeito à atuação do psicólogo do trânsito, foi publicada a Resolução 267/2008 do Conselho Nacional de Trânsito (CONTRAN) determinando que, após 15 de fevereiro de 2013, apenas os psicólogos com título de especialista no trânsito reconhecido pelo CFP poderão atuar na área. Em decorrência disso, cursos de especialização surgiram a fim de garantir esta titulação. É provável que em decorrência da referida situação, pode-se observar um crescimento da área. Esta situação pode ser verificada por meio de uma busca de 5 artigos científicos à Biblioteca Virtual em Saúde (realizada em abril de 2019 pelas pesquisadoras), na qual está em evidência um considerável acréscimo na quantidade de publicações nacionais à partir de 2005, sendo que, antes deste ano, eram muito escassas as publicações. Entretanto, cabe de fato, uma reflexão acerca da qualidade do conteúdo que está desencadeando tal visibilidade. Conforme afirma a psicóloga entrevistada, os testes psicológicos são utilizados com o objetivo de identificar se o candidato/condutor encontra-se dentro do perfil desejado para motorista e/ou motorista profissional, não esclarecendo, portanto, qual seria a finalidade em identificar o perfil psicológico do candidato à CNH e qual sua real aplicabilidade. No entanto, existem importantes questionamentos: Todos os psicólogos peritos em trânsito têm competências técnicas para desenvolver um processo de avaliação psicológica? Ou ainda, os órgãos responsáveis por este processo propiciam condições para que esta seja realizada, desde o custeio até o tempo necessário para sua realização? Considerando que é a partir dessa avaliação que o sujeito é determinado apto ou não para possuir uma CNH, com qual critério técnico/científico está sendo realizada esta avaliação? Segundo a psicóloga entrevistada, na avaliação psicológica ela utiliza as entrevistas e os instrumentos psicológicos, que são os testes psicométricos, as técnicas projetivas cujos objetivos são, avaliar atenção concentrada (testes TACOM-A, TACOM-B), atenção difusa (testes TADIM, TADIM-2), memória (teste TEPIC), raciocínio (teste TI) e traços de personalidade (Zulliger, Palográfico, Pfister). Sendo que, o testes mais usados, servem para avaliar a atenção (seja o TACOM ou AC), pois são utilizados na avaliação para obtenção de CNH, no recrutamento e seleção, na avaliação neuropsicológica e muitas vezes na orientação vocacional. Porque a atenção é um item de muito interesse na avaliação do perfil. Assim constata-se que, o avaliado está dentro do perfil quando ele atinge o percentil desejado e quando não se identifica traços de personalidade que possam a vir desabonar a condução de veículos automotivo. 6 Com respeito ao perfil do motorista, outra dúvida persiste: Ele já foi delineado no que se refere às variáveis que necessitam investigação, com base em evidências empíricas que sustentem essa necessidade? Ademais, as publicações da área divulgadas na comunidade científica têm influenciado melhorias no contexto de trânsito? Como consequência deste panorama, a demanda pelos cursos de especialização nitidamente aumentou decorrente do interesse em congregar qualidade à atuação do profissional que já trabalha na área ou meramente para cumprir uma formalidade legal. Mas a ementa de alguns cursos garante a capacitação técnica dos psicólogos na realização dessas avaliações? A dificuldade em realizar essa avaliação de forma confiável ocorre, segundo Rozestraten (2000), em parte pelo fato de que o psicólogo de trânsito ser visto muitas vezes como mero aplicador de testes, enquanto deveria, pelo menos, questionar a fidedignidade e validade desses instrumentos em relação ao motorista. Essas inquirições podem também estar relacionadas a expansão de publicações sobre o tema, como evidenciado anteriormente. É importante notar que, apesar do aumento expressivo de trabalhos científicos na área, há que se questionar se realmente eles condizem com a finalidade da psicologia do trânsito. Alguns são estudos de algum construto ou instrumento específico e se valem de uma amostra de motoristas, mas que possuem limitações extensas quanto à real aplicabilidade no contexto do trânsito, como o uso de amostras pequenas ou por conveniência, apenas. Outros psicólogos, ainda, se valem de amostras de profissionais ligados ao trânsito para verificar alguns transtornos como o burnout, por exemplo. É questionável se tais pesquisas podem ser consideradas como pertencentes à área específica da psicologia do trânsito, pois contribuem pouco para a compreensão da tríade homem-via-veículo, bem como tendem a explicar pouco a forma como essa sintomatologia afeta essa tríade. 7 Diante do exposto e continuando o conceito tríplice proposto por Rozestraten (2000) composto por homem, via e veículo, parece que a inquirição sobre qual o papel do psicólogo neste contexto ainda não foi respondida. A visibilidade que a área tem atingido pode estar relacionada a uma demanda social que diz respeito ao aumento de acidentes de trânsito, sobretudo, tendo como causa o fator humano. O fator humano, contudo, não pode ser concebido de maneira separada. Ao contrário, para a caracterização da situação do trânsito, a relação os três fatores devem ser analisados. No entanto, ao mesmo tempo em que os acidentes aumentam proporcionalmente as possibilidades para adquirir um carro também, com ofertas de veículos a preços mais acessíveis e a diminuição temporária de impostos sobre produtos industrializados (IPI). Tais fatos do contexto sociocultural nos quais os motoristas fazem parte estão sendo considerados pela comunidade científica, com o objetivo de compreender como eles impactam na segurança no trânsito? Este campo parece configurar-se como importante no estudo para a psicologia do trânsito, pois, afeta justamente a relação tríplice dela. Estudar a relação do sujeito com o meio em que está inserido, entretanto, não caberia à psicologia social ou ainda à ambiental? Ao considerar tal indicação, pode-se concluir que são áreas interligadas , porém com um recorte específico de contexto. A atuação do psicólogo do trânsito deste ponto de vista, não deveria limitar-se ao processo de obtenção/renovação da CHN ou mudança de categoria, mas deveria acontecer de forma ampla, inclusive numa fase anterior da significação em se possuir um automóvel. Justificaria assim, uma gama de estudos compreendendo , além dos três fatores, os componentes externos a eles. O objetivo destas reflexões é fomentar uma discussãoà respeito do crescimento e visibilidade da psicologia do trânsito, entretanto, não há condições de se encerrar ou de propor um delineamento para a atuação do psicólogo. Se apoiado nesta temática, a referência, sobretudo, ao processo de avaliação psicológica no 8 contexto do trânsito. Dar valor a esta complexidade atuar de forma ética neste contexto poderá ajudar numa resposta social que é de certa forma esperada, dos psicólogos. Diante dessa situação, Rozestraten (2003) afirma que, nos últimos 40 anos, poucas mudanças foram percebidas em relação à atuação dos psicólogos de trânsito. Tal fato pode ser percebido pela inadequação dos materiais para testagem (visto que os processos de validação e padronização para a realidade do trânsito ainda são escassos), raridade de programas de capacitação profissional para atuação nessa área, assim como a inexpressiva participação de psicólogos brasileiros nos congressos de trânsito, de maneira que essas dificuldades acabam se refletindo na forma como as avaliações nesse contexto vêm sendo conduzidas. Há que assinalar ainda a importância do encaminhamento, conforme afirma a psicóloga entrevistada: ... “A necessidade de encaminhamento acontece quando ao fechar a avaliação psicológica, fazemos a somatória de um desempenho precário nos testes ou também a presença de traços ou indícios de problemas de ordem psiquiátrico ou neurológicos, assim como oftalmológico. Essa somatória acontece com indícios colhidos na entrevista, desempenho no teste e preenchimento de formulários. Podemos encaminhar para avaliação específica e aprofundada do profissional ou encaminhamento para acompanhamento psicológico.Às vezes o encaminhamento pode acontecer para colher informações específicos de um tratamento já realizados, com intuito de informações complementares do tratamento, como por exemplo uso de medicação e se ela afeta a condução de veículos”... Na avaliação psicológica de trânsito, as investigações dos fenômenos psicológicos, ou seja, das capacidades gerais, bem como das específicas do indivíduo, são de suma importância, pois proporcionam indicadores para a tomada de decisões em relação às condições de esse indivíduo estar apto ou inapto para dirigir. Essa constatação nos remete à necessidade de uma preocupação, por parte dos profissionais de psicologia, em atuar de forma preventiva e preditiva no processo de avaliação psicológica, buscando interferir para que os motoristas não se exponham a situações de perigo a si e aos outros (LAMOUNIER; RUEDA, 2005a). 9 O que se pode observar, na prática, é o predomínio de estudos que avaliam determinados construtos (inteligência, personalidade, atenção) e um número reduzido de estudos especialmente orientados à investigação de como o condutor dirige e ainda, a relação entre o desempenho nos instrumentos e sua capacidade de previsibilidade do comportamento de dirigir. 10 CONSIDERAÇÕES FINAIS: A proposta do presente trabalho é analisar e compreender como ocorre e quais são os procedimentos e métodos de uma Avaliação Psicológica no contexto do trânsito, com o objetivo de um maior entendimento da sua importância e como se dá a atuação da psicologia nesta área. Para isso foi necessário que a coleta de dados para pesquisa fosse feita para uma maior compreensão da metodologia utilizada pela psicóloga entrevistada. Nesse sentido, para nós, a entrevista pode ser concebida como um processo de interação social que ocorre face a face, entre uma pesquisadora, que tem um objetivo previamente definido e uma psicóloga entrevistada que, supostamente, possuí a informação que possibilita estudar o fenômeno em pauta . O estudo demonstra que as categorias de análise apresentadas podem ser generalizadas e empregadas por outros pesquisadores que usam a entrevista estruturada para coletar informações. Dessa forma o objetivo do presente estudo foi: Compreender o papel do psicólogo no contexto do trânsito e os processos avaliativos, envolvidos neste âmbito. Para esta finalidade, utilizou-se o método da abordagem de pesquisa qualitativa, buscou- se contribuir com a psicologia no que diz respeito, a objetividade sobre a função e papel do profissional neste ambiente, dando aos estudantes e profissionais, a possibilidade de desfrutarem da área. 11 REFERÊNCIAS: ABERG, L. Problemas relacionados com a seleção de motoristas e a validade de testes. In: RISSER, R. (Org.). Estudos sobre a avaliação psicológica de motorista. São Paulo: Casa do Psicólogo, 2003. p. 25-32. DAGOSTIN, C. G. Características do processo de trabalho dos psicólogos peritos examinadores de trânsito na avaliação das condições psicológicas para dirigir. Dissertação (Mestrado)-Universidade Federal de Santa Catarina, Florianópolis, 2006. GIL, Antônio Carlos. Métodos e técnicas de pesquisa social. 5. Ed. São Paulo: Atlas, 1999. LÜDKE, M.; ANDRÉ, M. E. D. A. Pesquisa em educação: abordagens qualitativas. São Paulo: EPU, 1986. GOVERNO FEDERAL. Novo código de trânsito. 1998. LAMOUNIER, R. & Rueda, F. J. M. Avaliação psicológica com o PMK no contexto do trânsito. 2005a. Psicologia: Pesquisa & Trânsito, 1(1), 25-32. MARCONI, Maria de Andrade; LAKATOS, Eva Maria. Técnicas de pesquisa. 3. Ed. São Paulo: Atlas, 1999. REA, L. M. ; PARKER, R. A. Metodologia de pesquisa: do planejamento à execução. Trad. Nivaldo Montingelli Jr. São Paulo: Pioneira, 2000. ROZESTRATEN, R. J. A. Novos caminhos para a psicologia do trânsito. Psicologia: ciência e profissão, Brasília, v. 20, n. 4, p. 80-85, dez. 2000. 12 APÊNDICE: A Parte I Dados do (a) Entrevistado (a): Nome: xxxxxxxxx Idade: xxxxxxxx Sexo: xxxxxxxxxxxxxxx Formação: xxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxx Tempo de serviço na Empresa que trabalha: xxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxx Parte II Questionário: 1. Entrevistadora: Qual é o tipo de trabalho no qual você presta serviço e qual o embasamento teórico utilizado? Entrevistado (a): Presto serviço como psicóloga perita examinadora do trânsito, em clínica credenciada ao DETRAN, com intuído de identificar do perfil do candidato/condutor de quem está renovando profissionalmente e/ou mudando de categoria da CNH ou retirando a primeira CNH. O embasamento teórico é de acordo com a capacitação em psicologia do trânsito, conforme os requisitos do CFP para se fazer a avaliação psicológica. 2. Entrevistadora: Como é feita a Avaliação Psicológica dos avaliados e quais materiais são utilizados? Entrevistado (a): A avaliação psicológica é realizada em duas etapas, sendo uma etapa, com aplicação dos testes psicológicos em grupo e uma etapa individual, com aplicação de entrevista psicológica e um teste psicológico. Os materiais utilizados são testes psicológicos, lápis, caneta, cronômetro. 13 3. Entrevistadora: Por que são utilizados testes psicológicos para avaliação. Entrevistado (a): Os testes psicológicos são utilizados com o objetivo de identificar se o candidato/condutor encontra-se dentro do perfil desejado para motorista e/ou motorista profissional. 4. Entrevistadora: Na avaliação psicológica, quais são as técnicas utilizadas? Entrevistado (a): Na avaliação são utilizadas entrevistas e instrumentos psicológicos, que são os teste psicométricos, as técnicas projetivas. 5. Entrevistadora: Quais são os objetivos dos testes psicológicos? Entrevistado (a): Avaliar atenção concentrada, atenção difusa, memória, raciocínio e traços de personalidade. 6. Entrevistadora: Quais os testes mais comuns e qual o objetivo dos mesmos?Entrevistado (a): Os mais utilizados são: Atenção concentrada: TACOM-A, TACOM-B, Atenção difusa: TADIM, TADIM-2 Memória: TEPIC Raciocínio: TI Personalidade: Zulliger, Palográfico, Pfister 7. Entrevistadora: Qual o teste mais utilizado, as áreas que mais o utilizam e por quê? Entrevistado (a): O teste para avaliar a atenção (seja o TACOM ou AC), pois são utilizados na avaliação para obtenção de CNH, no recrutamento e seleção, na avaliação neuropsicológica e muitas vezes na orientação vocacional. Porque a atenção é um item de muito interesse na avaliação do perfil. 14 8. Entrevistadora: Quais são os tipos de Laudos? Entrevistado (a): Existem laudo psicológico e parecer psicológico. 9. Entrevistadora: Como você concluí que o avaliado está dentro do perfil adequado? Entrevistado (a): Conclui-se que o avaliado está dentro do perfil quando ele atinge o percentil desejado e quando não se identifica traços de personalidade que possam a vir desabonar a condução de veículos automotivos. 10. Entrevistadora (a): Como são feitas as devolutivas para os avaliados? Entrevistado (a): Acontecem de forma oral ou escrita 11. Entrevistadora (a): Como ocorre a necessidade de encaminhamento e de que forma acontece? Entrevistado (a): A necessidade de encaminhamento acontece quando ao fechar a avaliação psicológica fazemos a somatória de um desempenho precário nos testes ou também a presença de traços ou indícios de problemas de ordem psiquiátrico ou neurológicos, assim como oftalmológico. Essa somatória acontece com indícios colhidos na entrevista, desempenho no teste e preenchimento de formulários. Podemos encaminhar para avaliação específica e aprofundada do profissional ou encaminhamento para acompanhamento psicológico. Às vezes o encaminhamento pode acontecer para colher informações específicas de um tratamento já realizado, com intuito de informações complementares do tratamento, como por exemplo, uso de medicação e se ela afeta a condução de veículos.
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