ACÓRDÃO - REFORMA EM PARTE SENTENÇA OU DECISÃO

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PODER JUDICIÁRIO
JUIZADO ESPECIAL FEDERAL DA 3ª REGIÃO
Turmas Recursais dos Juizados Especiais Federais de São Paulo
Alameda Jau, 389 - Jardim Paulista - CEP 01420-001
São Paulo/SP Fone: (11) 2766-8911
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TERMO Nr: 9301085282/2019
PROCESSO Nr: 0010184-75.2018.4.03.6301 AUTUADO EM 16/03/2018
ASSUNTO: 060402 - CARTAO DE CREDITO - CONTRATOS DE CONSUMO
CLASSE: 16 - RECURSO INOMINADO
RECTE: RICARDO LINO DE ALENCAR
ADVOGADO(A)/DEFENSOR(A) PÚBLICO(A): SP158049 - ADRIANA SATO
RECDO: CAIXA ECONOMICA FEDERAL
ADVOGADO(A): SP999999 - SEM ADVOGADO
DISTRIBUIÇÃO POR SORTEIO EM 15/10/2018 15:47:14
JUIZ(A) FEDERAL: FABIO IVENS DE PAULI
09/04/2019.
[# I- RELATÓRIO
Trata-se de recurso inominado interposto pela parte autora de sentença que julgou 
extinto o feito “sem resolução do mérito, nos termos do art. 485, VI, do CPC, em relação aos pedidos 
de declaração de inexistência de relação jurídica (contrato nº 5529.3700.7890.3133) e, por conseguinte, 
do débito dela originada” e que julgou parcialmente procedente o pedido remanescente para condenar a 
CEF “ao pagamento do valor de R$ 5.000,00, a título de danos morais, atualizados a partir desta data e 
com juros de mora a partir da citação, nos termos do Manual de Cálculos da Justiça Federal”. 
Aduz a parte recorrente que não houve a perda superveniente do interesse processual 
em relação ao pedido de declaração de inexistência de relação jurídica e que o valor atribuído ao dano 
moral deve ser majorado para R$ 10.000,00, na esteira de precedentes do E. TRF da 3ª Região. 
Não houve a apresentação de contrarrazões.
É o relatório
II – VOTO
Consoante salientou o Relator, a sentença deve ser mantida por seus próprios 
fundamentos no que diz respeito à questão do interesse processual. 
A divergência fica circunscrita à questão do arbitramento do montante da indenização 
devida em virtude do dano moral. 
Conforme se nota do exame dos autos, mesmo após a contestação das despesas no 
 
2019/930100686099-15279-JEF
Assinado digitalmente por: FABIO IVENS DE PAULI:02521959901
Documento Nº: 2019/930100686099-15279
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cartão em julho/2017, o autor recebeu propostas de pagamento do débito do cartão pelo mesmo até 11/
2017 e seu nome continuou no SERASA, relativo ao débito coma fatura do cartão, até 12/2017.
Diante disso, observando as circunstâncias da causa e os princípios da 
proporcionalidade e da razoabilidade, tem-se que a indenização deve ser fixada em R$ 10.000,00 (dez 
mil reais). 
<# Diante do exposto, dou parcial provimento ao recurso para majorar o valor da 
indenização por danos morais para R$ 10.000,00.
Deixo de condenar a parte recorrente ao pagamento de honorários advocatícios tendo 
em vista que o art. 55 da Lei nº 9.099/95 prevê que só poderá haver condenação do recorrente vencido. 
Incide na hipótese o Enunciado nº. 97 do FONAJEF: “O provimento, ainda que parcial, de recurso 
inominado afasta a possibilidade de condenação do recorrente ao pagamento de honorários de 
sucumbência.”
É o voto.
III – ACÓRDÃO
Decide a Décima Quinta Turma Recursal do Juizado Especial Federal Cível da 
Terceira Região – Seção Judiciária de São Paulo, por maioria, vencido o Relator, Dr. Rodrigo Oliva 
Monteiro, apenas no que tange ao montante da indenização, dar parcial provimento ao recurso da 
parte autora, nos termos do voto do Sr. Juiz Federal Fabio Pauli, que lavrará o acórdão. Participaram 
do julgamento os Senhores Juízes Federais: Fabio Ivens de Pauli, Fabíola Queiroz de Oliveira e 
Rodrigo Oliva Monteiro. 
São Paulo, 9 de abril de 2019 (data do julgamento). #>#]#}
FABIO IVENS DE PAULI
Juiz(a) Federal
 
2019/930100686099-15279-JEF
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