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_____________________________________________________________________________________________ COGEAE – COORDENADORIA GERAL DE ESPECIALIZAÇÃO, APERFEIÇOAMENTO E EXTENSÃO Rua da Consolação, 881 - Consolação - Cep: 01301-000 - São Paulo - SP – Fone: (11) 3124-9600 – Fax: (11) 3124-9612 www.pucsp.br/cogeae – E-mail: infocogeae@pucsp.br 1 EDUCAÇÃO CONTINUADA _______________________________________________________ _ ______________________ Curso de Especialização em Direito Tributário Módulo: Tributos Federais, Estaduais e Municipais (terça/quinta – 2º semestre de 2014) Coordenação Prof. Dr. Paulo de Barros Carvalho Assistente da Coordenação Profa. Dra. Fabiana Del Padre Tomé http://www.pucsp.br/cogeae mailto:cogeae@cogeae.pucsp.br _____________________________________________________________________________________________ COGEAE – COORDENADORIA GERAL DE ESPECIALIZAÇÃO, APERFEIÇOAMENTO E EXTENSÃO Rua da Consolação, 881 - Consolação - Cep: 01301-000 - São Paulo - SP – Fone: (11) 3124-9600 – Fax: (11) 3124-9612 www.pucsp.br/cogeae – E-mail: infocogeae@pucsp.br 2 EDUCAÇÃO CONTINUADA _______________________________________________________ _ ______________________ PROGRAMA DO CURSO 1. PREVISÃO DE AULAS E SEMINÁRIOS Aula introdutória: A IMPORTÂNCIA DA TEORIA GERAL DO DIREITO NOS ESTUDOS TRIBUTÁRIOS – 26/08/2014 1º.TEMA: REGRA-MATRIZ DE INCIDÊNCIA TRIBUTÁRIA, ITCMD E ITBI - SEMINÁRIO – 28/08/2014 - AULA EXPOSITIVA – 02/09/2014 2º.TEMA: IMPOSTOS SOBRE A PROPRIEDADE: IPTU, IPVA E ITR - SEMINÁRIO – 04/09/2014 - AULA EXPOSITIVA – 09/09/2014 3 TEMA: ISSQN - SEMINÁRIO – 11/09/2014 - AULA EXPOSITIVA – 16/09/2014 4º TEMA: ICMS - SEMINÁRIO – 18/09/2014 - AULA EXPOSITIVA – 23/09/2014 5º.TEMA: IPI - SEMINÁRIO – 25/09/2014 - AULA EXPOSITIVA – 30/09/2014 6º.TEMA: TRATADOS INTERNACIONAIS EM MATÉRIA TRIBUTÁRIA - SEMINÁRIO – 02/10/2014 - AULA EXPOSITIVA – 07/10/2014 09/10/2014 – não haverá aula 14/10/2014 – não haverá aula 7º.TEMA: TRIBUTAÇÃO SOBRE O COMÉRCIO INTERNACIONAL E MERCADO FINANCEIRO: II, IE E IOF - SEMINÁRIO – 16/10/2014 - AULA EXPOSITIVA – 21/10/2014 http://www.pucsp.br/cogeae mailto:cogeae@cogeae.pucsp.br _____________________________________________________________________________________________ COGEAE – COORDENADORIA GERAL DE ESPECIALIZAÇÃO, APERFEIÇOAMENTO E EXTENSÃO Rua da Consolação, 881 - Consolação - Cep: 01301-000 - São Paulo - SP – Fone: (11) 3124-9600 – Fax: (11) 3124-9612 www.pucsp.br/cogeae – E-mail: infocogeae@pucsp.br 3 EDUCAÇÃO CONTINUADA _______________________________________________________ _ ______________________ 8º. TEMA: IMPOSTO SOBRE A RENDA: PRINCÍPIOS, PESSOA FÍSICA E REGIME DE FONTE - SEMINÁRIO – 23/10/2014 - AULA EXPOSITIVA – 28/10/2014 9º.TEMA: IMPOSTO SOBRE A RENDA DA PESSOA JURÍDICA - SEMINÁRIO – 30/10/2014 - AULA EXPOSITIVA – 04/11/2014 10º TEMA: CONTRIBUIÇÕES - REQUISITOS PARA SUA INSTITUIÇÃO E AS CONTRIBUIÇÕES DE INTERVENÇÃO NO DOMÍNIO ECONÔMICO (CIDES) - SEMINÁRIO – 06/11/2014 - AULA EXPOSITIVA – 11/11/2014 11º. TEMA: CONTRIBUIÇÕES PARA A SEGURIDADE SOCIAL - SEMINÁRIO – 13/11/2014 - AULA EXPOSITIVA – 18/11/2014 AVALIAÇÃO FINAL – 27/11/2014 http://www.pucsp.br/cogeae mailto:cogeae@cogeae.pucsp.br _____________________________________________________________________________________________ COGEAE – COORDENADORIA GERAL DE ESPECIALIZAÇÃO, APERFEIÇOAMENTO E EXTENSÃO Rua da Consolação, 881 - Consolação - Cep: 01301-000 - São Paulo - SP – Fone: (11) 3124-9600 – Fax: (11) 3124-9612 www.pucsp.br/cogeae – E-mail: infocogeae@pucsp.br 4 EDUCAÇÃO CONTINUADA _______________________________________________________ _ ______________________ 2. OBJETIVO DO CURSO O direito, em seu constante movimento empírico-dialético — norma tipificando fatos produtores de outras normas — está imerso na multiplicidade contínua e intensiva do universo social, para realização, enquanto objeto elaborado pelo ser humano, de certa finalidade: instituir a disciplina da conduta nas relações intersubjetivas, para orientá-las na direção dos valores que a sociedade anela. O objetivo deste curso é instigar o bacharel a operar o Direito Tributário a partir de modelos consagrados na Filosofia do Direito, na Teoria Geral do Direito, no Direito Constitucional e no Direito Administrativo. Nesse passo, o participante desenvolverá o labor constitutivo da Dogmática, cotejando seus institutos com a totalidade da ordem normativa. Tudo isso, visando à pronta aplicação prática, naquela dinâmica que entreviu o Prof. Lourival Vilanova, na qual o jurista é o ponto de intersecção entre a teoria e a prática, entre a Ciência e a experiência. Esta, aliás, é a advertência que há de manter viva a atenção do cientista do Direito e do jurista prático, no sentido de buscar, incessantemente, a operacionalidade das construções dogmáticas perante a contingência das situações cotidianas, no exercício da atividade acadêmica, pública ou liberal. 3. DINÂMICA DO CURSO O curso compõe-se de aulas expositivas e seminários. Os seminários terão a participação dos Professores Assistentes, que dirigirão as turmas no debate e na problematização da matéria em foco, municiando-as com os subsídios teóricos e metodológicos necessários para a tarefa conjunta de resolver as questões propostas. As matérias indicadas para estudo serão as mesmas desenvolvidas nos seminários (quintas) e nas aulas expositivas (terças), conforme o programa. Requer- se, ainda, que, desde logo, os participantes programem-se para dedicar, pelo menos, 10 horas semanais à pesquisa e reflexão dos temas propostos. Cada turma elegerá um RELATOR que terá por função expor ao conferencista as conclusões deduzidas, consignando os pontos de divergência verificados em seu grupo. Tal exposição ocorrerá na terça-feira subsequente, por ocasião da aula expositiva. 4. RESOLUÇÃO DE QUESTÕES Todas as quintas-feiras os alunos deverão entregar devidamente respondidas as questões teóricas e práticas do seminário respectivo. Afora a bibliografia indicada, os participantes são livres para trazer à colação outras obras de boa doutrina que julguem interessantes. http://www.pucsp.br/cogeae mailto:cogeae@cogeae.pucsp.br _____________________________________________________________________________________________ COGEAE – COORDENADORIA GERAL DE ESPECIALIZAÇÃO, APERFEIÇOAMENTO E EXTENSÃO Rua da Consolação, 881 - Consolação - Cep: 01301-000 - São Paulo - SP – Fone: (11) 3124-9600 – Fax: (11) 3124-9612 www.pucsp.br/cogeae – E-mail: infocogeae@pucsp.br 5 EDUCAÇÃO CONTINUADA _______________________________________________________ _ ______________________ As respostas deverão ser objetivas, porém fundamentadas, totalizando aproximadamente 7 (sete) laudas por seminário (uma lauda para cada questão), dando-se sua entrega em folha sulfite comum, preferencialmente em letra dactiloscópica, com nome, título do tema e data de entrega. Esse conjunto (resolução de questões) tem peso 1 (um) na composição da média final, devendo, para tanto, ser entregue na data indicada. Trabalhos atrasados NÃO serão aceitos. É critério objetivo. Composição da nota de cada conjunto parcial (Nrq) e da nota final (Nf): Nrq = Nota de Resolução de Questões (0 a 10) Nrq = Nrq1 + Nrq2 + ... + Nrq11 = (0 a 10) 11 5. AVALIAÇÃO FINAL No final do módulo será efetuada uma avaliação. A prova será individual, sem qualquer consulta a texto de lei ou doutrina, e terá duas horas de duração. 6. COMPOSIÇÃO DA MÉDIA FINAL DE APROVEITAMENTO A média final de aproveitamento será o resultado aritmético da seguinteoperação: Média Final = Nrq + Naf + Npt 3 em que: Npt = nota de participação nos seminários (de 0 a 10); Nrq = nota final de entrega dos trabalhos (de 0 a 10); Naf = nota da avaliação final (de 0 a 10). 7. MONOGRAFIA DE FINAL DE CURSO É obrigatória a apresentação de monografia para obtenção do certificado de especialização. Apresentação e forma do trabalho: A apresentação e a forma do trabalho devem estar em conformidade com as regras da ABNT, com resumo, abstract, introdução, sumário, subdivisão em capítulos, com itens e, se for o caso, subitens (desenvolvimento), conclusão e bibliografia. Devem encerrar tomo de pelo menos 20 e não mais que 30 páginas de texto, da introdução à conclusão (espaço 1,5), em folha A4 e fonte “Times New Roman 12”, encadernação capa dura azul, em uma via, e cópia eletrônica em Word (disquete ou cd, com nome do aluno e título do trabalho). http://www.pucsp.br/cogeae mailto:cogeae@cogeae.pucsp.br _____________________________________________________________________________________________ COGEAE – COORDENADORIA GERAL DE ESPECIALIZAÇÃO, APERFEIÇOAMENTO E EXTENSÃO Rua da Consolação, 881 - Consolação - Cep: 01301-000 - São Paulo - SP – Fone: (11) 3124-9600 – Fax: (11) 3124-9612 www.pucsp.br/cogeae – E-mail: infocogeae@pucsp.br 6 EDUCAÇÃO CONTINUADA _______________________________________________________ _ ______________________ O aluno deverá entregar, também, declaração de que se trata de trabalho original, que não possa configurar plágio, e de autorização para divulgação do trabalho em acervo da COGEAE, físico e digital. A entrega do arquivo eletrônico (funcionando devidamente) e da declaração de originalidade configuram requisitos essenciais para a aceitação e correção do trabalho. Tema do trabalho: qualquer assunto tratado, direta ou indiretamente, no curso, lembrando-se que o aluno deverá desenvolver matérias de direito positivo, não devendo as monografias, portanto, dissertarem, única e exclusivamente, de temas de sociologia do direito ou história do direito. Na mesma linha, é importante que o aluno tenha em mente que os trabalhos devem levar em consideração a lei, não podendo simplesmente elucidar sua opinião sem embasamento legal. O desenvolvimento de teses será aceito na mesma medida em que esteja dentro dos conceitos admitidos pelos enunciados jurídicos em análise. Data de entrega: 90 (noventa) dias contados do término do Módulo Orientação de Monografia. Em vista disso, e considerando que o Módulo Orientação de Monografia tem duração de um semestre, os prazos para entrega das monografias ficam assim estipulados: Módulo Orientação de Monografia cursado no 1º semestre letivo do ano: 30 de outubro Módulo Orientação de Monografia cursado no 2º semestre letivo do ano: 31 de março Trabalhos atrasados não serão aceitos. O aluno que deixar de entregar o trabalho não terá direito ao certificado de conclusão do curso. Os critérios de avaliação da monografia são: (i) adequação à forma do trabalho científico; (ii) coerência interna no desenvolvimento e nas conclusões, e (iii) bibliografia pesquisada. A nota mínima para aprovação no trabalho de conclusão de curso é 7,0 (sete). A monografia não será submetida a apresentação em banca examinadora. Ao aluno que for reprovado na Monografia será dada uma única oportunidade para reformulá-lo, no prazo de 60 (sessenta) dias da ciência do resultado, sendo que a nota máxima atribuída será 8,0 (oito). Para que se formalize a orientação, o aluno deve preencher o respectivo formulário, em duas vias, e nele coletar a assinatura (aceite) do professor orientador. Uma via do formulário deverá ser entregue na Secretaria de Monografias, por ocasião http://www.pucsp.br/cogeae mailto:cogeae@cogeae.pucsp.br _____________________________________________________________________________________________ COGEAE – COORDENADORIA GERAL DE ESPECIALIZAÇÃO, APERFEIÇOAMENTO E EXTENSÃO Rua da Consolação, 881 - Consolação - Cep: 01301-000 - São Paulo - SP – Fone: (11) 3124-9600 – Fax: (11) 3124-9612 www.pucsp.br/cogeae – E-mail: infocogeae@pucsp.br 7 EDUCAÇÃO CONTINUADA _______________________________________________________ _ ______________________ da matrícula no Módulo Orientação de Monografia. A outra via deve ser entregue ao professor orientador. http://www.pucsp.br/cogeae mailto:cogeae@cogeae.pucsp.br EDUCAÇÃO CONTINUADA _______________________________________________________ _ ______________________ ________________________________________________________________________________________________ COGEAE – COORDENADORIA GERAL DE ESPECIALIZAÇÃO, APERFEIÇOAMENTO E EXTENSÃO Rua da Consolação, 881 - Consolação - Cep: 01301-000 - São Paulo - SP – Fone: (11) 3124-9600 – Fax: (11) 3124-9612 www.pucsp.br/cogeae – E-mail: infocogeae@pucsp.br Direito Tributário FORMULÁRIO PARA ORIENTAÇÃO DE MONOGRAFIA Para efetivar a matrícula no módulo de monografia o aluno deverá: Definir o tema e escolher seu Prof. Orientador. Preencher o formulário abaixo (com letra legível) contendo o visto de aceitação do Orientador escolhido. Entregar o formulário preenchido no balcão de atendimento da COGEAE – Unidade Consolação – no ato da matrícula. NOME DO ORIENTANDO: _____________________________________________ Nº de matrícula: _____________________________________________________ E-mail: _____________________________________________________________ Tel. contato: ________________________________________________________ NOME DO ORIENTADOR: _____________________________________________ TEMA DA MONOGRAFIA: _____________________________________________ ___________________________________________________________________ ___________________________________________________________________ ___________________________________________________________________ ___________________________________________________________________ ACEITAÇÃO DO ORIENTADOR: _______________________________________ DATA: ____________________________________________________________ OBS. Este formulário deverá ser preenchido e entregue, apenas por alunos que queiram e preencham os requisitos para iniciar o Processo de Orientação e Elaboração de Monografia. http://www.pucsp.br/cogeae mailto:cogeae@cogeae.pucsp.br EDUCAÇÃO CONTINUADA _______________________________________________________ _ ______________________ ________________________________________________________________________________________________ COGEAE – COORDENADORIA GERAL DE ESPECIALIZAÇÃO, APERFEIÇOAMENTO E EXTENSÃO Rua da Consolação, 881 - Consolação - Cep: 01301-000 - São Paulo - SP – Fone: (11) 3124-9600 – Fax: (11) 3124-9612 www.pucsp.br/cogeae – E-mail: infocogeae@pucsp.br SEMINÁRIO I REGRA-MATRIZ DE INCIDÊNCIA TRIBUTÁRIA E IMPOSTOS SOBRE A TRANSMISSÃO DE BENS E DIREITOS: CAUSA MORTIS, DOAÇÕES E INTER VIVOS Leitura obrigatória: CARVALHO, Paulo de Barros. Direito tributário, linguagem e método. 5ª ed. São Paulo: Noeses, 2013 – Segunda Parte, Capítulo 3, itens 3.1 (Regra-matriz de incidência) e 3.2 (Para uma síntese da regra-matriz de incidência). BRAGHETTA, Daniela de Andrade. ITBI e ITCMD – estudo das regras-matrizes de incidência. In: Eurico Marcos Diniz de Santi (coord.). Curso de Especialização em Direito Tributário: Estudos Analíticos em Homenagem a Paulo de Barros Carvalho. Rio de Janeiro: Forense, 2005. PEIXOTO, Daniel Monteiro. Sucessão familiar e planejamento tributário 1: impostos incidentes sobre herança e doações. In: PRADO, Roberto Nioac; PEIXOTO, Daniel Monteiro; SANTI, Eurico Marcos Diniz de (Org.). “Estratégias Societárias, Planejamento Tributário e Sucessório”. São Paulo: Saraiva,2009. Leitura complementar: BARRETO, Aires Fernandino. Impostos estadual e municipal sobre a transmissão de bens. In Revista de Direito Tributário nº 48. São Paulo: Malheiros, 1989. FERNANDES, Regina Celi Pedrotti Vespero. Imposto sobre transmissão causa mortis e doação – ITCMD. 2ª ed. São Paulo: Revista dos Tribunais, 2005. MACEDO, Alberto Oliveira. ITD - Imposto sobre a doação de qualquer bens ou direitos: limitações ao legislador estadual à luz de seus critérios material e pessoal. In Revista Dialética de Direito Tributário, v. 198, p. 13-27, 2012. MACEDO, José Alberto Oliveira. ITBI - Aspectos Constitucionais e Infraconstitucionais. São Paulo: Quartier Latin, 2010 – Capítulo 5 (A Regra-Matriz de Incidência Tributária do ITBI). Questões: 1. Explique que é e qual a importância da regra-matriz de incidência tributária. Exponha detalhadamente cada um de seus critérios, bem como as respectivas funções. O antecedente e o consequente da regra-matriz de incidência tributária são descritivos ou prescritivos? Trata-se de norma em sentido amplo ou em sentido estrito? Ou a regra- matriz de incidência tributária é um método? Compor as regras-matrizes de incidência dos impostos sobre transmissão inter vivos e causa mortis. http://www.pucsp.br/cogeae mailto:cogeae@cogeae.pucsp.br EDUCAÇÃO CONTINUADA _______________________________________________________ _ ______________________ ________________________________________________________________________________________________ COGEAE – COORDENADORIA GERAL DE ESPECIALIZAÇÃO, APERFEIÇOAMENTO E EXTENSÃO Rua da Consolação, 881 - Consolação - Cep: 01301-000 - São Paulo - SP – Fone: (11) 3124-9600 – Fax: (11) 3124-9612 www.pucsp.br/cogeae – E-mail: infocogeae@pucsp.br 2. Antônio está interessado em utilizar o imóvel de propriedade de José por um período de 10 anos, pensando, inclusive, em acrescer-lhe mais construções. Os dois, então, celebram um contrato de constituição de direito de superfície (a título oneroso). Nesse contrato foi prevista indenização em favor de Antônio (superficiário), caso este construa novas acessões físicas ao terreno (art. 1.375, Código Civil). O valor do contrato foi de R$ 400.000,00, com pagamento em 20 prestações de R$ 20.000,00. Pergunta-se: (a) É devido o ITBI na constituição de direito de superfície? (b) Ao final do contrato haverá incidência de ITBI? Se sim, por que valor? (c) Caso Antônio ceda seu direito de superfície para terceira pessoa, ele (como cedente do direito de superfície) pode ser indicado pela lei ordinária como contribuinte do ITBI? 3. A doação de bem imóvel com encargo para o donatário está sujeita à incidência do ITBI? A substituição fideicomissária pode desencadear a incidência da regra-matriz do ITCMD? Analise a decisão proferida pelo STJ no REsp 1004707/RJ. 4. Prevê o art. 156, §2º, I, da Constituição de 1988, que não incide o ITBI: I – [...] sobre a transmissão de bens ou direitos incorporados ao patrimônio de pessoa jurídica em realização de capital, nem sobre a transmissão de bens ou direitos decorrente de fusão, incorporação, cisão ou extinção de pessoa jurídica, salvo se, nesses casos, a atividade preponderante do adquirente for a compra e venda desses bens ou direitos, locação de bens imóveis ou arrendamento mercantil; a) Pode ser exigido o ITBI em caso de imóveis incorporados a fundo de investimento imobiliário? Se sim, quem seria o sujeito passivo? b) E no caso de constituição de um Trust no exterior, incide ITBI, ITCMD ou nenhum dos dois? 5. Prevê o art. 155, §1º, II, da Constituição de 1988, que o ITCMD, quanto à doação de bem móvel, é devido ao Estado onde estiver domiciliado o doador. Em vista disso, é possível lei estadual prever, como contribuinte, na doação, o donatário? Se sim, em qual situação? 6. O capital de uma sociedade por quotas de responsabilidade limitada é aumentado com a conferência de bem imóvel do sócio majoritário. Após 12 meses, delibera-se a redução do capital da mesma empresa, retornando o mencionado imóvel à pessoa física do sócio. Há incidência do ITBI nas operações de conferência e redução de capital? Responder levando em conta os artigos 36 e 37 do CTN. 7. Considerando os seguintes dispositivos normativos, responda às indagações abaixo: “Lei Paulista n° 10.705/00: Art. 2º - O imposto incide sobre a transmissão de qualquer bem ou direito havido: I - por sucessão legítima ou testamentária, inclusive a sucessão provisória; II - por doação. Art. 3º - Também sujeita-se ao imposto a transmissão de: Parágrafo 1º - A transmissão de propriedade ou domínio útil de bem imóvel e de direito a ele relativo, situado no Estado, sujeita-se ao imposto, ainda que o respectivo inventário ou arrolamento seja processado em outro Estado, no Distrito Federal ou no exterior; e, no caso de doação, ainda que doador, donatário ou ambos não tenham domicílio ou residência neste Estado. Parágrafo 2º - O bem móvel, o título e o direito em geral, inclusive os que se encontrem em outro Estado ou no Distrito Federal, também ficam sujeitos ao http://www.pucsp.br/cogeae mailto:cogeae@cogeae.pucsp.br EDUCAÇÃO CONTINUADA _______________________________________________________ _ ______________________ ________________________________________________________________________________________________ COGEAE – COORDENADORIA GERAL DE ESPECIALIZAÇÃO, APERFEIÇOAMENTO E EXTENSÃO Rua da Consolação, 881 - Consolação - Cep: 01301-000 - São Paulo - SP – Fone: (11) 3124-9600 – Fax: (11) 3124-9612 www.pucsp.br/cogeae – E-mail: infocogeae@pucsp.br imposto de que trata esta lei, no caso de o inventário ou arrolamento processar-se neste Estado ou nele tiver domicílio o doador” “Lei de Introdução ao Código Civil: Art. 10. A sucessão por morte ou por ausência obedece à lei do país em que era domiciliado o defunto ou desaparecido, qualquer que seja a natureza e a situação dos bens.” “Código Civil: Art. 1578. A sucessão abre-se no lugar do último domicílio do falecido.” a) O imposto sobre transmissão causa mortis incide sobre a sucessão testamentária de bens imóveis situados em estado diverso daquele em que se processar o inventário? E sobre bens situados no exterior? Explicar. b) No caso de imóvel que seja detido por empresa, qual o domicílio da sucessão: o do local do imóvel ou o do local da empresa? c) A fixação do lugar do bem imóvel ou móvel, para fins da incidência do ITCMD, é critério que deve ser estabelecido em Lei Complementar, baseada no art. 146 da CF/88, ou pode ser previsto em lei ordinária dos Estados e do Distrito Federal? Neste último caso, os entes tributantes poderiam alegar a competência concorrente prevista nos parágrafos 1° a 4° do art. 24 da CF/88? 8. Pedro, domiciliado no município de São Paulo, falece em 02/02/2006 deixando os filhos, João, José e Maria como seus únicos herdeiros. Aberta a sucessão e iniciado o processo de inventário no juízo da 12ª Vara de Família e Sucessões do Foro Central da Comarca de São Paulo, verifica-se que o de cujus era proprietário de dois imóveis rurais: o primeiro, localizado no município de Sinop/MT, e o segundo, no município de Londrina/PR. Durante o processo, o herdeiro João, mediante ato de vontade expressamente deduzido nos autos, resolve abrir mão de seu quinhão em favor de Maria. Pergunta-se: a) Quantas vezes, no contexto acima descrito, o quinhão atribuído a João (e posteriormente transmitido a Maria) integrará a materialidade do imposto de transmissão causa mortis e doação – ITCMD? A quem caberá a cobrança deste imposto em cada um dos casos? b) A mera renúncia por parte de João, sem que esta, no entanto, seja feita de forma expressa em favor de um dos irmãos, daria ensejo à incidência do ITCMD? Considerar o julgadopelo STJ no REsp 33698/MG. c) Na hipótese de não haver nenhum outro herdeiro (somente João) e, em razão disso, a renúncia vier a beneficiar tão-somente a viúva meeira, configurar-se-ia a materialidade prevista na hipótese de incidência do imposto sobre doações – ITCMD? Considerar na resposta o que dispõe o acórdão proferido no RESP 20.183 e o art. 1.829, III, do Código Civil. http://www.pucsp.br/cogeae mailto:cogeae@cogeae.pucsp.br EDUCAÇÃO CONTINUADA _______________________________________________________ _ ______________________ ________________________________________________________________________________________________ COGEAE – COORDENADORIA GERAL DE ESPECIALIZAÇÃO, APERFEIÇOAMENTO E EXTENSÃO Rua da Consolação, 881 - Consolação - Cep: 01301-000 - São Paulo - SP – Fone: (11) 3124-9600 – Fax: (11) 3124-9612 www.pucsp.br/cogeae – E-mail: infocogeae@pucsp.br ANEXO CONSIDERAÇÕES SOBRE O ITCMD IMPOSTO SOBRE TRANSMISSÃO CAUSA MORTIS E DOAÇÃO SOBRE QUAISQUER BENS OU DIREITOS A partir de 1º de janeiro de 2001, entrou em vigor a Lei Estadual nº 10.705, de 28/12/2000, que instituiu, no Estado de São Paulo, o imposto sobre transmissão causa mortis e doação de quaisquer bens ou direitos. Para regulamentar a citada lei, foram editados o Decreto Estadual nº 45.837, de 04/06/2001, que aprovou o Regulamento do ITCMD – RITCMD e a Portaria CAT nº 72/01, de 04/09/2001, que disciplinou o cumprimento das obrigações acessórias e os procedimentos administrativos relacionados com o ITCMD. Foi publicada, ainda, a Portaria CAT nº 71/01, que estabeleceu que, a partir do dia 1º de outubro de 2001, deverá ser utilizada, exclusivamente, para o recolhimento do imposto, a nova guia denominada GARE-ITCMD (obtida somente por acesso ao sistema eletrônico sobre o qual adiante comentarei), convalidando os recolhimentos do ITCMD efetuados até o dia 28 de setembro de 2001, por meio da guia GARE-DR (a qual continua a prevalecer para o recolhimento do antigo ITBI – fatos geradores ocorridos até 31.12.2000). Portanto, são estas as normas que disciplinaram as questões atinentes ao ITCMD, no ano de 2001. A partir de 1º de janeiro de 2002, passaram a vigorar as alterações introduzidas pela Lei Estadual nº 10.992, de 21/12/2001, à Lei 10.705/00, regulamentadas pelo Decreto Estadual nº 46.655, de 01/04/2002, que aprovou o novo Regulamento do ITCMD e pelas Portarias CAT nº 15, de 06/02/03 e 102, de 28/11/2003. Considerando as diversas inovações implantadas pelas Leis 10.705/00 e 10.992/01 e pelas normas regulamentares, objetiva-se, com este texto, esclarecer alguns aspectos legais e procedimentais. I - VIGÊNCIA Antes, porém, convém observar que, à vista do que dispõem os artigos 105 e 144 do Código Tributário Nacional, as alterações promovidas pela Lei nº 10.992/01 não se aplicam a fatos geradores ocorridos ao longo do ano passado, como, aliás, está expresso em seu artigo 4º. Assim sendo, desde que a transmissão por sucessão causa mortis (por força do que dispõe o artigo 1.784 do Código Civil, o fato gerador do imposto causa mortis ocorre, instantaneamente, no momento do óbito) tenha ocorrido em 2001, não é aplicável o novo diploma legal, ainda que o inventário seja ajuizado em 2002 ou posteriormente, prevalecendo, nesta hipótese, a redação original da Lei nº 10.705/00. Da mesma forma, os óbitos ocorridos até 31 de dezembro de 2000 são regidos pela revogada Lei Estadual nº 9.591/66, sendo irrelevante a data do ajuizamento do inventário. Portanto, embora revogadas, tais normas continuarão a ser aplicadas a fatos geradores pretéritos, pois, segundo conhecido aforismo, tempus regit actum. Em outras palavras, deve ser aplicada ao fato imponível a lei em vigor à época da sua ocorrência. http://www.pucsp.br/cogeae mailto:cogeae@cogeae.pucsp.br EDUCAÇÃO CONTINUADA _______________________________________________________ _ ______________________ ________________________________________________________________________________________________ COGEAE – COORDENADORIA GERAL DE ESPECIALIZAÇÃO, APERFEIÇOAMENTO E EXTENSÃO Rua da Consolação, 881 - Consolação - Cep: 01301-000 - São Paulo - SP – Fone: (11) 3124-9600 – Fax: (11) 3124-9612 www.pucsp.br/cogeae – E-mail: infocogeae@pucsp.br II - DECLARAÇÃO ELETRÔNICA DO ITCMD A partir de 10 de setembro de 2001, consoante dispõe o § 4º do artigo 9º da Lei nº 10.705/00 (acrescentado pela Lei nº 10.992/01) e a legislação regulamentar, está disponível, por meio da Internet, o formulário eletrônico do ITCMD, acessível pela página do Posto Fiscal Eletrônico, no seguinte endereço: http://pfe.fazenda.sp.gov.br Tal novidade representa uma radical mudança na forma de apuração e recolhimento do imposto causa mortis e sobre doação, visando facilitar a todos aqueles que, de alguma forma, se relacionam com este tributo (juizes, contadores, advogados, procuradores, fiscais, tabeliães e, naturalmente, os contribuintes). Como funcionará o procedimento eletrônico e quem deverá acessá-lo? Conforme dispõe o artigo 8º da Portaria CAT nº 15/03, o inventariante, o donatário ou o doador deverá apresentar a Declaração do ITCMD, acompanhada dos documentos relacionados nos anexos da Portaria ali mencionados (cabendo destacar que a Portaria CAT 102, de 28/11/2003, dispensa a apresentação da maioria dos citados documentos, desde que o representante legal do contribuinte declare constarem do processo judicial e os dados estarem corretamente informados na Declaração do ITCMD, sem prejuízo de exigência posterior, a critério da autoridade fiscal), nos prazos e locais fixados nos incisos I e II do artigo 9º, a fim de que o fisco possa a) manifestar sua concordância ou não com os valores atribuídos aos bens e b) verificar se o imposto foi corretamente recolhido. Acessando o endereço eletrônico acima mencionado, o contribuinte ou seu procurador poderá elaborar uma nova declaração, uma retificadora ou simplesmente emitir uma guia de recolhimento. O formulário é bastante simples e os campos a serem preenchidos devem espelhar os dados constantes nas primeiras declarações. Assim, deverão ser preenchidos os dados do inventariante e seu procurador, os do falecido, do processo, dos herdeiros e dos bens. Entre os dados do processo, devem ser preenchidos os campos relativos às datas do óbito, da protocolização da petição inicial e da publicação da intimação para recolhimento do imposto (no caso de arrolamento) ou da homologação do cálculo (na hipótese de inventário), o que permite ao sistema elaborar o cálculo atualizado do débito, com multa e juros de mora, quando for o caso, de acordo com a legislação aplicável à hipótese (o sistema está programado para aplicar, automaticamente, a Lei nº 10.705/00 na sua redação original ou a modificada pela Lei nº 10.992/01, considerando a data da ocorrência do fato gerador indicada pelo contribuinte). É importante salientar que o sistema rejeita qualquer data anterior a 01/01/2001, tendo em vista que ele não está apto a examinar situações regidas pela Lei Estadual nº 9.591/66, vigente até 31/12/2000. Após o preenchimento de todos os dados, o interessado poderá requerer a impressão dos seguintes documentos: resumo do ITCMD, demonstrativo de cálculo, declaração do ITCMD e guias de recolhimento (uma por herdeiro ou legatário). No caso de inventário, as guias deverão ser obtidas em um segundo momento, pois a declaração do ITCMD deve ser apresentada antes da homologação do cálculo, sendo inexigível o imposto nessa oportunidade. Confirmada pelo interessado a correção dos dados preenchidos, a declaração ficará registrada no sistema, a qual possuirá um número de protocolo, que é também uma senha de acesso. Como se constata, na esteira do que vem ocorrendo com os tributos em geral, a Secretaria da Fazenda,em parceria com a Procuradoria Geral do Estado, desenvolveu um http://www.pucsp.br/cogeae mailto:cogeae@cogeae.pucsp.br EDUCAÇÃO CONTINUADA _______________________________________________________ _ ______________________ ________________________________________________________________________________________________ COGEAE – COORDENADORIA GERAL DE ESPECIALIZAÇÃO, APERFEIÇOAMENTO E EXTENSÃO Rua da Consolação, 881 - Consolação - Cep: 01301-000 - São Paulo - SP – Fone: (11) 3124-9600 – Fax: (11) 3124-9612 www.pucsp.br/cogeae – E-mail: infocogeae@pucsp.br sistema informatizado, que não só facilita a apuração e o recolhimento do imposto, como também permite melhor e menos custosa fiscalização, inibindo, entre outras coisas, a utilização de guias falsas e a elaboração de cálculos incorretos. III - RECONHECIMENTO DE ISENÇÃO Conforme dispõe o § 1º do artigo 6º da Lei nº 10.705/00 (a norma contida no parágrafo único da redação original foi revogada e foram acrescentados os §§ 1º e 2º pela Lei nº 10.992/01), a isenção do imposto causa mortis e doação deve ser reconhecida pela Fazenda do Estado, dispondo o artigo 8º do RITCMD/2002 que, para esta finalidade, é necessário apresentar a “Declaração Eletrônica do ITCMD”, consoante registrado no capítulo anterior. Todavia, o § 1º do citado dispositivo admite a alternativa do reconhecimento ser realizado pelo agente fiscal de rendas, à vista dos autos judiciais, que devem ser levados à repartição fiscal competente pelo interessado, nos prazos fixados nos seus artigos 21 e 26, sendo imprescindível a posterior manifestação do procurador do Estado, na medida em que somente a ele compete manifestar-se judicialmente (a manifestação do agente fiscal de rendas deverá acompanhar a petição do procurador do Estado). IV - DA ATRIBUIÇÃO DE VALORES PELO INVENTARIANTE E DA CONCORDÂNCIA DA FAZENDA DO ESTADO COM A BASE DE CÁLCULO Além dos aspectos mencionados no capítulo II, o RITCMD, em seus artigos 21 a 26, e o sistema informatizado (previsto na Portaria CAT 15/03) visaram também dar exeqüibilidade ao que dispõem os artigos 10 e 11 da Lei nº 10.705/00. Conforme consta do caput do artigo 10, “o valor do bem ou direito na transmissão causa mortis é o atribuído na avaliação e homologado pelo juiz”. Todavia, estatui o seu § 1º que “se não couber ou for prescindível a avaliação, o valor será o declarado pelo inventariante, desde que haja expressa anuência da Fazenda do Estado...”. Cabe, aqui, uma observação: embora a regra, normalmente, esteja contida no caput, sabemos que a grande maioria dos inventários tramita sob o rito de arrolamento (cerca de 75%), onde não cabe avaliação judicial, nos termos do artigo 1.033 do Código de Processo Civil. Além disto, no âmbito de inventários, quando houver concordância da Fazenda com os valores atribuídos aos bens, é prescindível a realização de perícia, conforme dispõe o artigo 1.007 do Código de Processo Civil. Portanto, chegamos à conclusão de que a avaliação judicial será a exceção e não a regra. Além do mais, o artigo 11 da referida Lei nº 10.705/00 estabelece, ainda, a possibilidade de instauração de contencioso administrativo visando arbitrar a base de cálculo, não obstante estar assegurado o direito de requerer avaliação judicial ao interessado, às suas expensas, conforme prescreve o seu § 1º. Convém notar que a atividade de lançamento tributário é privativa de agente fiscal de rendas, consoante dispõe o art. 142 do CTN, razão pela qual se tornou imprescindível, a partir da edição da Lei 10.705, ouvi-lo quanto aos valores atribuídos aos bens pelo inventariante. http://www.pucsp.br/cogeae mailto:cogeae@cogeae.pucsp.br EDUCAÇÃO CONTINUADA _______________________________________________________ _ ______________________ ________________________________________________________________________________________________ COGEAE – COORDENADORIA GERAL DE ESPECIALIZAÇÃO, APERFEIÇOAMENTO E EXTENSÃO Rua da Consolação, 881 - Consolação - Cep: 01301-000 - São Paulo - SP – Fone: (11) 3124-9600 – Fax: (11) 3124-9612 www.pucsp.br/cogeae – E-mail: infocogeae@pucsp.br Portanto, a manifestação do procurador do Estado acerca dos valores atribuídos aos bens pelo inventariante deve estar sempre lastreada na posição externada pelo agente fiscal de rendas. Em suma: a regra é que as questões tributárias sejam resolvidas no âmbito administrativo, a partir da apresentação da “Declaração do ITCMD”, tornando-se prescindível, nesta hipótese, a remessa de autos judiciais à PGE, pois, a partir das informações prestadas pelo inventariante, será possível comunicar ao juízo, por meio de petição e nos momentos processuais oportunos, acerca da regularidade dos recolhimentos tributários. V - ARROLAMENTOS No que concerne aos arrolamentos, este novo procedimento vai ao encontro da jurisprudência do TJESP e do STJ, os quais vêm reiterando que, para harmonizar o que dispõem o § 2º do artigo 1.031 com o artigo 1.034 do Código de Processo Civil, a Fazenda do Estado não deve intervir neste tipo de processo, ficando vedada, porém, a expedição de alvará, formal de partilha, carta de adjudicação etc., enquanto não se resolver, administrativamente, as questões tributárias. Neste sentido, merece atenção o acórdão proferido pelo Egrégio Superior Tribunal de Justiça no Recurso Especial nº 36.909 – SP, do qual foi extraído o seguinte excerto: “A intenção do legislador foi a de compatibilizar a celeridade do arrolamento com o pagamento devido à Fazenda Pública. E, desta forma, exigiu, para a expedição dos formais ou alvarás, a comprovação do seu pagamento. Assim, a interpretação teleológica que se faz dos dois dispositivos legais sob enfoque permite concluir que, efetivamente, os formais não serão promovidos senão depois de comprovado o pagamento de todos os tributos devidos. No entanto, o cálculo dos impostos e respectivos pagamentos serão feitos na esfera administrativa, sede própria também para dirimir controvérsias porventura surgidas entre os particulares e a Fazenda Pública. Destarte, enquanto se resolve administrativamente o pagamento do tributo, suspende-se a entrega dos formais e dos alvarás.” Portanto, o procedimento administrativo ora adotado objetiva, exatamente, tornar célere e confiável a apuração e o recolhimento do imposto, em harmonia com o que prescreve a legislação processual. Por outro lado, convém observar que, considerando o que dispõe o artigo 1.031 do CPC (c/c os artigos 1.026 do mesmo Estatuto e 192 do CTN), o imposto causa mortis, em arrolamentos, deve ser recolhido tão logo se promova o seu ajuizamento. Neste passo e tendo em vista o que prescreve o artigo 17 da Lei nº 10.705/00, aguarda- se, como de praxe, que o juiz, no despacho inicial, determine o recolhimento do imposto, quando a guia comprobatória não acompanhar a petição inicial. A contar da data da intimação desta decisão, se inicia o prazo para o recolhimento do imposto e para a apresentação da declaração do ITCMD, conforme dispõe o inciso I do artigo 21 do RITCMD/2002. http://www.pucsp.br/cogeae mailto:cogeae@cogeae.pucsp.br EDUCAÇÃO CONTINUADA _______________________________________________________ _ ______________________ ________________________________________________________________________________________________ COGEAE – COORDENADORIA GERAL DE ESPECIALIZAÇÃO, APERFEIÇOAMENTO E EXTENSÃO Rua da Consolação, 881 - Consolação - Cep: 01301-000 - São Paulo - SP – Fone: (11) 3124-9600 – Fax: (11) 3124-9612 www.pucsp.br/cogeae – E-mail: infocogeae@pucsp.br A partir da apresentação da declaração, o Fisco possuirá 30 dias para informar à autoridade judicial sobre a concordância ou não com os valores atribuídos aos bens e sobre a quitação do imposto causa mortis (art.22, I, do RITCMD/02). Tal informação será prestada por petição elaborada pelo órgão da PGE ao qual incumbir esta atribuição: na Comarca da Capital, pela Procuradoria Fiscal; nas demais localidades, pela respectiva Procuradoria Regional, e será instruída com o procedimento administrativo originado pela Declaração do ITCMD, quando o imposto tiver sido quitado. Na hipótese de discordância ou do não recolhimento integral do imposto, o procurador do Estado manifestará, com base no § 2º do artigo 1.031 do Código de Processo Civil e alínea ‘b’ do inciso I do artigo 23 do RITCMD/2002, sua expressa discordância com a expedição de alvarás, formais de partilha etc., sendo facultado aos interessados apresentar impugnação, na esfera administrativa, nos termos da alínea “a” do mesmo dispositivo. VI - INVENTÁRIOS No tocante aos inventários, embora as questões tributárias se resolvam no próprio processo judicial, a legislação estadual também procurou se harmonizar com a legislação processual, adotando procedimento semelhante ao do arrolamento. Segundo dispõe o inciso II do artigo 21 do RITCMD/2002, o inventariante deverá apresentar a Declaração do ITCMD, no prazo de 15 dias, a contar da protocolização das primeiras declarações e o Fisco, no prazo de 30 dias, se manifestará sobre a concordância ou não com os valores atribuídos aos bens (art. 22, II, do RITCMD/02). Conforme acima afirmado, convém notar que o artigo 1.007 do Código de Processo Civil prescreve que será prescindível a avaliação judicial, se a Fazenda Pública concordar expressamente com os valores atribuídos aos bens, desde que intimada pessoalmente, conforme dispõe o artigo 237, inciso I, do mesmo Diploma. Sobre o assunto, destaca-se a nota ‘3’ ao artigo 1.007, no Código de Processo Civil comentado por Theotônio Negrão (28ª edição, pag. 645): “A dispensa de avaliação exige, em qualquer circunstância, expressa concordância da Fazenda Pública (RTJ 94/648, 116/1.299), ainda que ela não haja informado, no prazo do art. 1.002, o valor dos bens de raiz (RTJ 109/422, e STF-RT 584/278). Neste sentido: RTJ 119/389, STF-RT 610/266.” Todavia, caso o inventariante cumpra a obrigação acessória prevista na lei, apresentando tempestivamente a Declaração do ITCMD, a intimação da Fazenda seria até prescindível, pois ela já terá conhecimento dos valores, sendo este o momento processual oportuno para ela se manifestar. Com a apresentação da “Declaração do ITCMD” no prazo acima mencionado, a Fazenda encaminhará, no caso de concordância com os valores atribuídos aos bens, petição instruída com o demonstrativo de cálculo, requerendo a intimação dos interessados para sobre ele se manifestar e a sua homologação judicial (art.1013 do CPC), caso não haja impugnação (s.m.j., não obstante haver previsão legal de remessa dos autos ao contador para elaboração do cálculo do imposto causa mortis (art.1012 do CPC), a sua manifestação será desnecessária nesta hipótese). No caso de discordância, a Fazenda requererá a intimação dos herdeiros, nos termos do artigo 1.008 do Código de Processo Civil e alínea “b” do inciso II do artigo 23 do http://www.pucsp.br/cogeae mailto:cogeae@cogeae.pucsp.br EDUCAÇÃO CONTINUADA _______________________________________________________ _ ______________________ ________________________________________________________________________________________________ COGEAE – COORDENADORIA GERAL DE ESPECIALIZAÇÃO, APERFEIÇOAMENTO E EXTENSÃO Rua da Consolação, 881 - Consolação - Cep: 01301-000 - São Paulo - SP – Fone: (11) 3124-9600 – Fax: (11) 3124-9612 www.pucsp.br/cogeae – E-mail: infocogeae@pucsp.br RITCMD/2002, sendo-lhes facultado, ainda, apresentar impugnação, na esfera administrativa, nos termos da alínea “a” do mesmo dispositivo. Homologado o cálculo, o imposto deve ser recolhido em 30 dias, a contar da data da intimação dessa decisão, competindo ao procurador do Estado, quando cientificado do decurso do prazo sem a sua realização, adotar as medidas concernentes à sua cobrança (art. 24 do RITCMD/02), sendo vedado o julgamento da partilha (art. 1.026 do CPC) enquanto o débito não for integralmente liquidado. VII - PRAZO DE RECOLHIMENTO Nos capítulos V e VI, já foi mencionado o prazo de recolhimento do imposto causa mortis nos arrolamentos e inventários, fixado pelo caput do artigo 17 da Lei nº 10.705/00, sendo importante, também, atentar para as regras constantes nos seus §§ 1º e 2º (o parágrafo único, na redação original, foi alterado para § 1º e o § 2º foi acrescentado pela Lei 10.992/01). O § 1º prescreve que o imposto não poderá ser recolhido em prazo superior a 180 dias da abertura da sucessão, sob pena de incidência de juros, “acrescido das penalidades cabíveis, ressalvado, por motivo justo, o caso de dilação desse prazo pela autoridade judicial.” Portanto, como regra, o imposto deverá ser recolhido no prazo de 30 dias (a contar do despacho que determinar o seu pagamento ou após a decisão homologatória do cálculo, conforme o caso), mas este prazo não poderá ser superior a 180 dias da abertura da sucessão. Convém notar que esta norma está intrinsicamente ligada às normas processuais que regem o inventário e o arrolamento. Dispõe o artigo 983 do CPC que “o inventário e a partilha devem ser requeridos em 30 dias, a contar da abertura da sucessão, ultimando-se nos seis (6) meses subseqüentes”, podendo o juiz, “a requerimento do inventariante, dilatar este prazo por motivo justo”, nos termos do seu parágrafo único. Como se constata, é a regra processual que estatui o prazo máximo para que o inventário se conclua, de tal sorte que a norma tributária determina que o imposto não poderá ser recolhido fora deste prazo, sob pena da incidência de acréscimos moratórios (além dos juros, o artigo 19, na redação dada pela Lei nº 10.992/01, prevê a aplicação de multa), ressalvada a dilação de prazo pelo juiz. É evidente que, muitas vezes, o inventariante e os herdeiros não dão causa ao atraso do trâmite processual e não haveria sentido em puni-los por fatos alheios à sua vontade, sendo este o motivo pelo qual a norma tributária submete a questão ao arbítrio da autoridade judicial responsável pelo feito. Há, portanto, perfeita harmonia entre a norma processual e a tributária, ao se delimitar o prazo de recolhimento do imposto causa mortis apurado em inventários. Quanto aos arrolamentos, que devem ser ajuizados no mesmo prazo dos inventários, a homologação da partilha deve ocorrer de plano, mediante a prova da quitação dos tributos, nos termos do caput do artigo 1.031 do CPC. Se o recolhimento do imposto é requisito para a homologação da partilha, é possível concluir que, indiretamente, a legislação processual determina que, nos arrolamentos, o imposto deve ser recolhido em 30 dias, a contar da abertura da sucessão, na medida em que o respectivo comprovante deve acompanhar a inicial. Porém, o legislador estadual, a quem compete instituir o imposto e fixar o prazo do seu recolhimento, estabeleceu que o arrolamento (e também o inventário) poderá ser ajuizado http://www.pucsp.br/cogeae mailto:cogeae@cogeae.pucsp.br EDUCAÇÃO CONTINUADA _______________________________________________________ _ ______________________ ________________________________________________________________________________________________ COGEAE – COORDENADORIA GERAL DE ESPECIALIZAÇÃO, APERFEIÇOAMENTO E EXTENSÃO Rua da Consolação, 881 - Consolação - Cep: 01301-000 - São Paulo - SP – Fone: (11) 3124-9600 – Fax: (11) 3124-9612 www.pucsp.br/cogeae – E-mail: infocogeae@pucsp.br em 60 dias, a contar da abertura da sucessão, sem a incidência de multa (artigo 21, inciso I, da Lei nº 10.705/00). Por outro lado, admitiu que o imposto seja recolhido no prazo de 30 dias, a contar do despacho que determinar o seupagamento. Provavelmente, tal norma é fruto da percepção de que não é incomum que o artigo 1.031 do CPC não seja observado rigorosamente, ingressando-se com o arrolamento sem a comprovação do recolhimento do imposto e sem apresentação da partilha amigável, como dispõe a lei, em face da exigüidade do prazo. Por tal motivo, cabe ao juiz determinar o cumprimento da aludida norma - exigindo a comprovação do recolhimento do imposto causa mortis, fixando a lei tributária que a contagem do prazo de recolhimento se inicie a partir daí. Portanto, é possível afirmar que a lei tributária permite recolher o imposto em prazo superior (30 dias, a contar do despacho que determinar o seu pagamento), ao que, pela lógica da norma processual, seria admissível, não obstante o recolhimento deva, em qualquer caso, preceder à homologação da partilha e não superar o limite de 180 dias, a contar da abertura da sucessão. Por seu turno, o § 2º admitiu a possibilidade de o Poder Executivo conceder desconto para os recolhimentos efetuados no prazo de 90 dias, a contar da abertura da sucessão, constando do RITCMD/2002 (artigo 31, § 1º, ‘2’) que o percentual de desconto, nesta hipótese, é de 5% sobre o valor do imposto devido. VIII – PARCELAMENTO O artigo 32 da Lei nº 10.705/00 (na redação dada pela Lei nº 10.992/01) prevê a possibilidade de concessão de parcelamento do imposto causa mortis, “em até 12 (doze) prestações mensais, a critério dos Procuradores Chefes das Procuradorias Fiscal e Regionais, no âmbito de suas respectivas competências, se não houver no monte importância suficiente em dinheiro, título ou ação negociável, para o pagamento do imposto.” O requerimento deverá ser formulado administrativamente e, se deferido, após a formalização do termo de acordo, o procurador responsável pelo acompanhamento do feito deverá protocolizar petição requerendo a sua juntada aos autos judiciais, com o consequente pedido da sua homologação, devendo constar expressa observação de que a partilha deverá ser sobrestada, até a liquidação integral do débito (arts. 1.026 e 1.031 do CPC). IX - DOAÇÕES REALIZADAS NO ÂMBITO JUDICIAL Em virtude da realização de partilha ou renúncia in favorem, em inventário, arrolamento, separação, divórcio etc., onde se verifique a ocorrência de cessão gratuita ou doação de bens, pelo recebimento de patrimônio cujo valor seja superior à meação ou quinhão devido, os interessados também estão obrigados a apresentar a Declaração do ITCMD, consoante dispõem os artigos 26 do RITCMD/2002 e 8º da Portaria CAT nº 15/03. Entretanto, enquanto não estiver disponível no site do Posto Fiscal Eletrônico o formulário para este fim, deverá ser observado o que dispõe o artigo 19 da citada Portaria (apenas a guia de recolhimento será emitida pelo sistema). O prazo de recolhimento do imposto sobre doação, nesta hipótese, é de 15 dias a contar da data da intimação do trânsito em julgado da sentença que homologar a partilha, nos http://www.pucsp.br/cogeae mailto:cogeae@cogeae.pucsp.br EDUCAÇÃO CONTINUADA _______________________________________________________ _ ______________________ ________________________________________________________________________________________________ COGEAE – COORDENADORIA GERAL DE ESPECIALIZAÇÃO, APERFEIÇOAMENTO E EXTENSÃO Rua da Consolação, 881 - Consolação - Cep: 01301-000 - São Paulo - SP – Fone: (11) 3124-9600 – Fax: (11) 3124-9612 www.pucsp.br/cogeae – E-mail: infocogeae@pucsp.br termos do § 1º do artigo 18 da Lei nº 10.705/00, cabendo ao procurador do Estado manifestar- se sobre a liquidação do débito (artigo 26 c.c. os artigos 21 a 23 do RITCMD/2002), sendo vedada a expedição de carta de sentença ou de adjudicação, consoante dispõe o § 2º do artigo 1.031 do CPC (aplicável, também, a separações e divórcios, conforme prescreve o parágrafo único do artigo 1.121), enquanto o débito não for integralmente liquidado. X - SUCESSIVAS DOAÇÕES REALIZADAS ENTRE OS MESMOS DOADOR E DONATÁRIO Finalmente, convém destacar uma outra novidade introduzida pela Lei nº 10.992/01, que acrescentou o § 3º ao artigo 9º da Lei nº 10.705/00, determinando serem consideradas, para fins de apuração da base de cálculo, todas as doações realizadas entre o mesmo doador e donatário, dentro de cada ano civil. Referida norma, cujo propósito é claramente anti-elisivo, objetiva impedir o “fracionamento” das doações, a fim de que, desta forma, viessem a se enquadrar na norma concessiva de isenção às doações de pequeno valor. Por outro lado, ainda que não esteja caracterizada a elisão fiscal, a citada norma veda que donatários que tenham recebido (dentro de cada ano civil) doações cujo valor total supere a importância correspondente a 2.500 UFESP’s sejam beneficiados com a isenção. Para fiscalizar a cobrança do tributo, o artigo 25 do RITCMD/2002 determina a apresentação de Declaração anual (esta obrigação deve ser disciplinada por Portaria CAT a ser publicada), exceto para as doações de pequeno valor lá previstas e para as realizadas somente no âmbito judicial, hipótese em que o contribuinte fica obrigado a observar o disposto no seu artigo 26. CLAYTON EDUARDO PRADO Procurador do Estado Chefe Procuradoria Fiscal http://www.pucsp.br/cogeae mailto:cogeae@cogeae.pucsp.br EDUCAÇÃO CONTINUADA _______________________________________________________ _ ______________________ ________________________________________________________________________________________________ COGEAE – COORDENADORIA GERAL DE ESPECIALIZAÇÃO, APERFEIÇOAMENTO E EXTENSÃO Rua da Consolação, 881 - Consolação - Cep: 01301-000 - São Paulo - SP – Fone: (11) 3124-9600 – Fax: (11) 3124-9612 www.pucsp.br/cogeae – E-mail: infocogeae@pucsp.br SEMINÁRIO II IMPOSTOS SOBRE A PROPRIEDADE: IPTU, IPVA E ITR Leitura obrigatória: BARRETO, Aires F. Curso de Direito Tributário Municipal. São Paulo: Saraiva, 2009. CARVALHO, Paulo de Barros. As regras-matrizes de incidência do ITR e do IPTU: análise dos principais critérios distintivos. In: Direito Tributário em Questão - Revista da Fesdt, v. 06, p. 209-222, 2010. FERRAZ, Roberto. Aspectos controvertidos do IPVA. In: Revista Dialética de Direito Tributário nº 113, p.107 e ss. São Paulo: Dialética, 2005. Leitura complementar: FAVACHO, Fernando Gomes; HABER NETO, Michel. A progressividade do IPTU, do IPVA e da Contribuição ao SAT: o tributo como sanção de ato ilícito. In: Revista de Direito Tributário 115. São Paulo: Malheiros, 2012. FERNANDES, Cintia Estefania. IPTU – Texto e Contexto. São Paulo: Quartier Latin, 2005. FURLAN, Valéria. IPTU. 2ª ed. rev., atual. e ampl. São Paulo: Malheiros, 2004. JARDIM, Eduardo Marcial Ferreira. Impostos sobre a propriedade: cobrança ânua e outros descompassos. In: Priscila de Souza (coord.). VII Congresso Nacional de Estudos Tributários. São Paulo: Noeses, 2010. MIGUEL, Luciano Garcia; LEOPOLDI, Elaise Ellen. Incidência do IPVA sobre aeronaves e embarcações. In: Revista Dialética de Direito Tributário nº 92, p. 26 e ss. São Paulo: Dialética, 2003. SILVA, Moisés Giacomelli Nunes da. Da Tributação da Propriedade Rural. In: ANAN Jr., Pedro; PEIXOTO, Marcelo Magalhães (coord.). Imposto sobre a Propriedade Territorial Rural: à luz da jurisprudência do Conselho Administrativo de Recursos Fiscais. São Paulo: MP Editora, 2012. VIEIRA, Maria Leonor Leite. Imposto Territorial Rural: hipótese de incidência e base de cálculo – provocações. Curso de Especialização em Direito Tributário: Estudos Analíticos em Homenagem a Paulo de Barros Carvalho. Coord. Eurico Marcos Diniz de Santi. Rio de Janeiro: Forense, 2005. Questões: 1. Dada a seguinte Lei (simplificada para fins da questão), construir as normas relativas ao ITR, construindo a regramatriz de incidência tributária, identificando seus critérios e http://www.pucsp.br/cogeae mailto:cogeae@cogeae.pucsp.br EDUCAÇÃO CONTINUADA _______________________________________________________ _ ______________________ ________________________________________________________________________________________________ COGEAE – COORDENADORIA GERAL DE ESPECIALIZAÇÃO, APERFEIÇOAMENTO E EXTENSÃO Rua da Consolação, 881 - Consolação - Cep: 01301-000 - São Paulo - SP – Fone: (11) 3124-9600 – Fax: (11) 3124-9612 www.pucsp.br/cogeae – E-mail: infocogeae@pucsp.br diferenciando-os especificamente daqueles presentes no IPTU. Responda também qual a diferença entre as duas regras-matrizes. LEI Nº 9.393, DE 19 DE DEZEMBRO DE 1996 - ITR. Art. 1º O Imposto sobre a Propriedade Territorial Rural - ITR, de apuração anual, tem como fato gerador a propriedade, o domínio útil ou a posse de imóvel por natureza, localizado fora da zona urbana do município, em 1º de janeiro de cada ano. Art. 2º Contribuinte do ITR é o proprietário de imóvel rural, o titular de seu domínio útil ou o seu possuidor a qualquer título. Art. 3º. O valor do imposto será apurado aplicando-se sobre o Valor da Terra Nua Tributável - VTNt a alíquota correspondente, prevista no Anexo desta Lei, considerados a área total do imóvel e o Grau de Utilização - GU. Art. 4º. O contribuinte do ITR entregará, obrigatoriamente, em cada ano, o Documento de Informação e Apuração do ITR - DIAT, correspondente a cada imóvel, observadas data e condições fixadas pela Secretaria da Receita Federal. § 1º O contribuinte declarará, no DIAT, o Valor da Terra Nua - VTN correspondente ao imóvel. § 2º O VTN refletirá o preço de mercado de terras, apurado em 1º de janeiro do ano a que se referir o DIAT, e será considerado auto-avaliação da terra nua a preço de mercado. Art. 5º A entrega do DIAT fora do prazo estabelecido sujeitará o contribuinte à multa de 1% (um por cento) ao mês ou fração sobre o imposto devido não inferior a R$50,00 (cinqüenta reais), sem prejuízo da multa e dos juros de mora pela falta ou insuficiência de recolhimento do imposto ou quota. Art. 6º. O imposto deverá ser pago até o último dia útil do mês fixado para a entrega do DIAT. Art. 7º. O pagamento do imposto fora dos prazos previstos nesta Lei será acrescido de: I - multa de mora calculada à taxa de 0,33% (zero vírgula trinta e três por cento) por dia de atraso, não podendo ultrapassar 20% (vinte por cento), calculada a partir do primeiro dia subseqüente ao do vencimento do prazo previsto para o pagamento do imposto até o dia em que ocorrer o seu pagamento. II - juros de mora calculados à taxa a que se refere o art. 12, parágrafo único, inciso III, a partir do primeiro dia do mês subseqüente ao vencimento do prazo até o mês anterior ao do pagamento, e de 1% (um por cento) no mês do pagamento. 2. Diferençar os conceitos da propriedade urbana e propriedade rural. Diante do quadro de competências constitucionais e do princípio da autonomia dos municípios, a quem compete definir as zonas urbana e rural? Qual o veículo legislativo adequado para tanto? O Município pode cobrar IPTU relativo a imóveis industriais, comerciais e prestadores de serviços situados fora dos núcleos urbanos municipais? Justificar sua resposta, analisando também o entendimento do STJ no REsp 1.112.646/SP. 3. Em que consiste o princípio da progressividade? É aplicável ao IPTU e ao ITR? Que critérios podem servir de referência à implementação da progressividade (função social da propriedade, localização, uso e valor venal do imóvel etc.)? É constitucional a nova redação do §1º do artigo 156 da Constituição de 1988, conferida pela EC nº 29/2000? O IPTU progressivo no tempo previsto no art. 182, § 4º, II, da Constituição Federal tem caráter sancionatório? Se sim, como compatibilizá-lo com o conceito de tributo trazido no art. 3º do CTN? Justificar. http://www.pucsp.br/cogeae mailto:cogeae@cogeae.pucsp.br EDUCAÇÃO CONTINUADA _______________________________________________________ _ ______________________ ________________________________________________________________________________________________ COGEAE – COORDENADORIA GERAL DE ESPECIALIZAÇÃO, APERFEIÇOAMENTO E EXTENSÃO Rua da Consolação, 881 - Consolação - Cep: 01301-000 - São Paulo - SP – Fone: (11) 3124-9600 – Fax: (11) 3124-9612 www.pucsp.br/cogeae – E-mail: infocogeae@pucsp.br 4. A modificação da planta genérica, que determina a base de cálculo do IPTU, deve ser veiculada por lei, ou pode ser por meio de decreto? Há necessidade de publicação no diário oficial? Emitir sua opinião sobre o entendimento do STJ no REsp nº 31.022-6-RS. Atentar para a existência de repercussão no RE 648.245/MG. 5. Empresa Composite Technology é locatária do hangar E-39 do aeroporto do Recife-PE, utilizando tal bem imóvel com fins lucrativos. Em 2001 a empresa foi notificada para recolher à Fazenda Municipal o valor de R$ 17.564,00 a título de IPTU. Inconformada, propôs ação judicial sob a alegação de que, nos termos do Código Brasileiro de Aeronáutica (Lei 7.565/86), os imóveis erguidos em área aeroportuárias, como é o caso do hangar ocupado pela empresa, são bens da União, de modo que, em decorrência da imunidade recíproca entre os órgãos federais, estaduais e municipais prevista no artigo 150 da Constituição, o imposto não seria devido. A decisão do judiciário foi pela pertinência da cobrança, sob o fundamento de que o fato jurídico do IPTU é o domínio útil, a propriedade ou a posse e também de que a Constituição Federal não admitiria a imunidade quanto a imóvel utilizado por particular na exploração de atividade econômica com fins lucrativos. E como a empresa deteria o domínio útil do hangar, que é utilizado para fins lucrativos, o imposto seria devido. Pergunta-se: a) A quem assiste razão? Em casos de locação ou concessão de propriedade, a quem compete o pagamento do IPTU (proprietário ou usuário)? b) Analisar o posicionamento do STJ com relação à locação de imóveis imunes no REsp nº 40.240-9. Tal entendimento aplica-se ao caso em questão? c) Faria alguma diferença se o bem imóvel não fosse utilizado com fins lucrativos? 6. Considerando que a CF/88, ao tratar do ITR (artigo 153, inciso VI) e do IPTU (artigo 156, inciso I), cogita da instituição desses impostos sobre a "propriedade", é constitucionalmente admissível a tributação do domínio útil e da posse disposta nos artigos 29 e 32 do CTN? Se sim, pode-se tributar, concomitantemente, a propriedade, o domínio útil e a posse? Por quê? 7. Qual é a hipótese de incidência do IPVA? Qual a definição do conceito de “veículo automotor”? Embarcações e aeronaves enquadram-se no conceito de “veículo automotor”, sujeitando-se à incidência do IPVA? Sendo o veículo automotor adquirido no decorrer do ano civil, dá-se a incidência do IPVA sobre a sua propriedade? É adequado, nesse caso, falar-se em base de cálculo parcial do IPVA? Exemplificando: sobre o veículo novo adquirido em 01 novembro de 2001 pode ser cobrado IPVA proporcional aos meses de novembro e dezembro? http://www.pucsp.br/cogeae mailto:cogeae@cogeae.pucsp.br EDUCAÇÃO CONTINUADA _______________________________________________________ _ ______________________ ________________________________________________________________________________________________ COGEAE – COORDENADORIA GERAL DE ESPECIALIZAÇÃO, APERFEIÇOAMENTO E EXTENSÃO Rua da Consolação, 881 - Consolação - Cep: 01301-000 - São Paulo - SP – Fone: (11) 3124-9600 – Fax: (11) 3124-9612 www.pucsp.br/cogeae – E-mail: infocogeae@pucsp.br SEMINÁRIO III IMPOSTO SOBRE SERVIÇOS DE QUALQUER NATUREZA Leitura obrigatória: BARRETO, Aires Fernandino. ISS na Constituição e na Lei. 3ª ed., São Paulo: Dialética, 2009. CapítuloIII; Capítulo XIII, itens 13.1, 13.2 e 13.3. CARVALHO, Paulo de Barros. Direito tributário, linguagem e método. 5ª ed. São Paulo: Noeses, 2013. Segunda Parte, Capítulo 3, 3.3.7. Impostos sobre a prestação de serviços de qualquer natureza. Leitura complementar: ATALIBA, Geraldo; BARRETO, Aires F. ISS na Constituição – pressupostos positivos – arquétipo do ISS. In: Revista de Direito Tributário 37. São Paulo: Malheiros, CARRAZZA, Roque Antonio. Reflexões sobre a obrigação tributária. São Paulo: Noeses, 2010. Primeira Parte, Capítulo V, Item 3. O perfil constitucional do ISS. p. 104 a 139. CHIESA, Clélio. ISS – Construção Civil – Subempreitadas – Base de Cálculo. In: Grandes questões atuais de direito tributário, 8º vol. São Paulo: Dialética, 2004. COSTA, Simone Rodrigues Duarte. ISS - A LC 116/03 e a incidência na importação. São Paulo: Quartier Latin, 2007. DÁCOMO, Natália de Nardi. Hipótese de Incidência do ISS. São Paulo: Noeses, 2007. Capítulo II - O critério material da hipótese de incidência do imposto sobre serviços. MACEDO, José Alberto Oliveira. O critério espacial do ISS nas prestações de serviços intermunicipais. In: Adolpho Bergamini; Diego Marcel Bomfim. (org.). Comentários à Lei Complementar nº 116/03: de advogados para advogados. São Paulo: MP Editora, 2009. p. 293-320. PAULA JUNIOR, Aldo de. O conceito de serviço para fins de ISS. Da locação de bens móveis ao leasing financeiro: o STF mudou de entendimento? In: Priscila de Souza (coord.). VII Congresso Nacional de Estudos Tributários. São Paulo: Noeses, 2010. Questões: 1. Construa a regra-matriz de incidência tributária do ISSQN. Explique, ainda, se a tributação incide sobre a prestação ou a aquisição do serviço e, consequentemente, se há uma alteração no verbo do critério material. É o caso de haver duas regras-matrizes? Leve http://www.pucsp.br/cogeae mailto:cogeae@cogeae.pucsp.br EDUCAÇÃO CONTINUADA _______________________________________________________ _ ______________________ ________________________________________________________________________________________________ COGEAE – COORDENADORIA GERAL DE ESPECIALIZAÇÃO, APERFEIÇOAMENTO E EXTENSÃO Rua da Consolação, 881 - Consolação - Cep: 01301-000 - São Paulo - SP – Fone: (11) 3124-9600 – Fax: (11) 3124-9612 www.pucsp.br/cogeae – E-mail: infocogeae@pucsp.br em consideração também a importação de serviços: quem deve ser tributado, o prestador alienígena ou o adquirente do serviço? 2. Compete aos Municípios instituir impostos sobre serviços de qualquer natureza, não compreendidos no art. 155, II, definidos em lei complementar. Que são serviços de qualquer natureza? O legislador complementar é livre para definir os serviços tributáveis pelo ISSQN? A lista arrolada na Lei Complementar nº 116/03 é taxativa ou exemplificativa? Leve em consideração as teorias monotômica e tricotômica das funções da lei complementar previstas no art. 146 da CF/88 e compare com o art. 156, III, parte final. Defina o que é uma interpretação extensiva. Considere o entendimento do STJ no AgRg no AREsp 157.118/RJ. 3. Leasing financeiro pode ser considerado serviço tributável por ISSQN? E locação de bens móveis? Justifique, analisando e cotejando o entendimento manifestado pelo STF no RE 547245, RE 626706 e Súmula vinculante 31. 4. Em maio de 2011, uma instituição financeira (banco) que presta serviços bancários é autuada pelo Município de São Paulo, em função da prestação de serviços de “29. Datilografia, estenografia, expediente, secretaria em geral e congêneres”, previsto no Decreto-Lei 406/68. A alegação da Prefeitura é que ao cobrar tarifas de clientes na (i) emissão de contratos (celebrado entre o Banco e o cliente), (ii) manutenção de contas inativas do cliente, (iii) manutenção de contas ativas, o contribuinte estaria prestando serviços enquadráveis em tal item, mormente porque a lista de serviços deve ser interpretada de forma extensiva. Com base na Súmula 424 do STJ e decisão do STJ no AgRg nos EDcl no AREsp 131.227/RS, emita uma opinião sobre o caso, explicando, ainda, se a interpretação de cada item da lista de serviços pode ser feita de forma extensiva, confrontando a posição do STJ no AgRg no AREsp 157.118/RJ. 5. O Município de São Paulo editou a Lei nº 14.256/2006 que deu nova redação ao artigo 9- A da Lei nº 13.701/2003 1 , obrigando os prestadores de serviço estabelecidos em outros Municípios, diversos do de São Paulo, a promoverem inscrição em seu cadastro. Conforme o § 2º 2 do referido dispositivo, a consequência do não cadastramento é o dever de os tomadores dos serviços terem que reter na fonte o valor do ISSQN, repassando-o para o Município de São Paulo. Em 10/03/2012, a empresa X LTDA., com sede em Barueri, e sem o Cadastro em São Paulo, é contratada para prestar serviços à pessoa jurídica situada no segundo Município, alocando, para isso, 06 (seis) consultores de informática, no estabelecimento do cliente. Levando-se em consideração que o serviço de “consultoria” (alíquota 5% em São Paulo) é devido, segundo a Lei Complementar n. 1 “Art. 9º-A. O prestador de serviços que emitir nota fiscal ou outro documento fiscal equivalente autorizado por outro Município ou pelo Distrito Federal, para tomador estabelecido no Município de São Paulo, referente aos serviços descritos nos itens 1, 2, 3 (exceto o subitem 3.04), 4 a 6, 8 a 10, 13 a 15, 17 (exceto os subitens 17.05 e 17.09), 18, 19 e 21 a 40, bem como nos subitens 7.01, 7.03, 7.06, 7.07, 7.08, 7.13, 7.18, 7.19, 7.20, 11.03 e 12.13, todos constantes da lista do "caput" do art. 1º desta lei, fica obrigado a proceder à sua inscrição em cadastro da Secretaria Municipal de Finanças, conforme dispuser o regulamento.”. 2 § 2º. As pessoas jurídicas estabelecidas no Município de São Paulo, ainda que imunes ou isentas, são responsáveis pelo pagamento do Imposto sobre Serviços de Qualquer Natureza – ISS, devendo reter na fonte o seu valor, quando tomarem ou intermediarem os serviços a que se refere o ‘caput’ deste artigo executados por prestadores de serviços não inscritos em cadastro da Secretaria Municipal de Finanças e que emitirem nota fiscal autorizadas por outro Município.” http://www.pucsp.br/cogeae mailto:cogeae@cogeae.pucsp.br EDUCAÇÃO CONTINUADA _______________________________________________________ _ ______________________ ________________________________________________________________________________________________ COGEAE – COORDENADORIA GERAL DE ESPECIALIZAÇÃO, APERFEIÇOAMENTO E EXTENSÃO Rua da Consolação, 881 - Consolação - Cep: 01301-000 - São Paulo - SP – Fone: (11) 3124-9600 – Fax: (11) 3124-9612 www.pucsp.br/cogeae – E-mail: infocogeae@pucsp.br 116/03, à Municipalidade em que se situa o estabelecimento do prestador e considerando- se, ainda, que o serviço de “fornecimento de mão de obra” (alíquota 2% em São Paulo) é devido, segundo dispositivos insertos na mesma lei, à Prefeitura onde se dá a prestação de serviços, pergunta-se: a) A legislação paulistana viola alguma norma constitucional? E da Lei Complementar nº 116/03? b) Como consultor jurídico da empresa e considerando que ela é "virtual", quais as possíveis formas para se evitar bitributação por dupla qualificação por municípios diferentes nesse caso? Esta bitributação é vedada? 6. Considerando a estrutura do ISSQN no Texto Constitucional, bem como o conceito de serviço tributável, seria correto afirmar, diante do fracionamento da execução de determinado serviço, que o mesmo manteria sua unidade a despeito de terem concorrido dois prestadores (v.g. prestação de serviço de construção civil realizada por dois prestadores, um deles executando parte do total da obra)? Nesse caso a prestação de serviço seria uma só, impondo-seuma única incidência do ISSQN? Far-se-ia imperiosa a dedução do valor da subempreitada já tributada pelo imposto da base de cálculo do ISSQN? Seria inócuo o veto do Presidente da República ao inciso II do § 2º do artigo 7º do Projeto de Lei nº 161 (atual Lei Complementar 116/03) que previa a dedução das subempreitadas já tributadas da base de cálculo do ISSQN? Considerar o entendimento do STF no RE 599582, observando a questão se encontra no STF sob regime de repercussão geral no AI 790.283. 7. Sobre o Imposto sobre Serviços de Qualquer Natureza incidente na importação de serviços, ocorrendo a prestação do serviço no exterior, com fruição da utilidade correspondente por pessoa situada no território brasileiro, configurada está a hipótese de importação de serviços, referida pelo art. 1 o , § 1 o , da Lei Complementar nº 116/2003. Pergunta-se: a) É constitucional tal determinação? b) Que significa um serviço prestado no exterior que implique resultado no território brasileiro? Exemplificar. http://www.pucsp.br/cogeae mailto:cogeae@cogeae.pucsp.br EDUCAÇÃO CONTINUADA _______________________________________________________ _ ______________________ ________________________________________________________________________________________________ COGEAE – COORDENADORIA GERAL DE ESPECIALIZAÇÃO, APERFEIÇOAMENTO E EXTENSÃO Rua da Consolação, 881 - Consolação - Cep: 01301-000 - São Paulo - SP – Fone: (11) 3124-9600 – Fax: (11) 3124-9612 www.pucsp.br/cogeae – E-mail: infocogeae@pucsp.br SEMINÁRIO IV IMPOSTO SOBRE OPERAÇÕES RELATIVAS À CIRCULAÇÃO DE MERCADORIAS E SOBRE PRESTAÇÕES DE SERVIÇOS DE TRANSPORTE INTERESTADUAL E INTERMUNICIPAL E DE COMUNICAÇÃO – ICMS Leitura obrigatória: CARVALHO, Paulo de Barros. Direito tributário, linguagem e método. 4ª ed. São Paulo: Noeses, 2011. Segunda Parte, Capítulo 3, 3.3.6. Imposto sobre circulação de mercadorias e prestação de serviços. CARRAZZA, Roque Antônio: ICMS. 14ª ed., São Paulo: Malheiros, 2009. Capítulo II. O ICMS na Constituição. Leitura complementar: BRAGHETTA, Daniela de Andrade. Aspectos atuais de guerra fiscal no âmbito administrativo bandeirante - rediscussões sobre ICMS. In: Priscila de Souza (coord.). VIII Congresso de Estudos Tributários. São Paulo: Noeses, 2011. CAMPOS, Roberto de Siqueira. Furto de produtos industrializados e a legalidade da exigibilidade do IPI e ICMS. In: Revista Dialética de Direito Tributário. São Paulo: Dialética, 1996, 10: 64-114. CEZAROTI, Guilherme. A Não-incidência do ICMS sobre o Serviço de TV por Assinatura. In: Eduardo de Carvalho Borges (coord.). Tributação nas Telecomunicações. São Paulo: Quartier Latin, 2005. CHIESA, Clélio. Créditos de ICMS: situações polêmicas. In: Priscila de Souza (coord.). VII Congresso de Estudos Tributários. São Paulo: Noeses, 2010. CORAZZA, Edison Aurélio. ICMS sobre Prestações de Serviços de Comunicação. São Paulo: Quartier Latin, 2006. SALOMÃO, Marcelo Viana. “O ICMS sobre a Prestação de Serviços.” In: Eurico Marcos Diniz de Santi (org.). Curso de Especialização em Direito tributário: Homenagem a Paulo de Barros Carvalho. Rio de Janeiro: Forense, 2005. SIMÕES, Argos Campos Ribeiro. ICMS-Importação - Leasing, pessoa física e contribuinte não habitual, por conta e ordem e por encomenda. In: Priscila de Souza (coord.). VIII Congresso Nacional de Estudos Tributários. São Paulo: Noeses, 2011. LUNARDELLI, Pedro Guilherme Accorsi. O ICMS e os serviços de transporte internacional. In: Revista Dialética de Direito Tributário. São Paulo: Dialética, 2004, 109: 107-120. http://www.pucsp.br/cogeae mailto:cogeae@cogeae.pucsp.br EDUCAÇÃO CONTINUADA _______________________________________________________ _ ______________________ ________________________________________________________________________________________________ COGEAE – COORDENADORIA GERAL DE ESPECIALIZAÇÃO, APERFEIÇOAMENTO E EXTENSÃO Rua da Consolação, 881 - Consolação - Cep: 01301-000 - São Paulo - SP – Fone: (11) 3124-9600 – Fax: (11) 3124-9612 www.pucsp.br/cogeae – E-mail: infocogeae@pucsp.br Questões: 1. Construir a(s) regra(s)-matriz(es) do ICMS-Mercadorias, ICMS – Comunicação, ICMS – Transporte e ICMS - Importação. 2. Qual o sentido do termo “cobrado” no inciso I do §2º do art. 155? “Cobrado” e “pago” significam a mesma coisa? Quais os requisitos para que um montante de imposto seja considerado “cobrado na operação anterior”? O valor dos descontos incondicionais e das bonificações integram a base de cálculo do ICMS? Considerar o REsp 1027786 do STJ. 3. Ao definir a competência tributária dos Estados-membros para instituição do ICMS, a Constituição de 1988 cristalizou o conceito de mercadoria? A empresa “Serviços de Informática Ltda.” comercializa softwares padronizados de controle de pessoal para empresas, as quais, após comprá-los, fazem seu download pela Internet. Levando em consideração as teorias que defendem as interpretações estática e dinâmica da Constituição, justifique a incidência ou não incidência do ICMS na presente operação. Considere a liminar proferida pelo STF na ADI 4413-MC. 4. O Estado de Tocantins, sem amparo em convênio do CONFAZ, concede regime especial (mediante lei) a determinadas empresas, outorgando créditos de ICMS no montante de 2% para aproveitamento nas operações interestaduais relativas à circulação de determinadas espécies de mercadorias. Apesar de vir destacado na nota fiscal de remessa de mercadoria de Tocantins para São Paulo o ICMS correspondente à alíquota de 12%, o Fisco Paulista aceita a apropriação, pelo destinatário, apenas de crédito no montante de 10% (12% - 2%) e lavra Auto de Infração para exigir o ICMS não pago em decorrência do aproveitamento do restante (2%). Pergunta-se: Pode o Estado de São Paulo vedar o aproveitamento aos contribuintes, destinatários de mercadorias provenientes de Tocantins, o aproveitamento integral do ICMS destacado na nota fiscal por ser o remetente é beneficiário de incentivo fiscal sem amparo em convênio do CONFAZ, mesmo sem a respectiva declaração de inconstitucionalidade do beneficio? 5. Que é “prestação de serviços de comunicação”? O que pode ser tributado pelo ICMS: (i) a comunicação (onerosa) efetivamente realizada; ou (ii) a mera disponibilidade (onerosa) de meios físicos/canais aptos que possibilitem que a comunicação aconteça? 6. Com base nas decisões proferidas pelo Superior Tribunal de Justiça indicadas e, comparando-as com suas respostas às questões anteriores, pergunta-se: a) Provedor de acesso internet sujeita-se ao ICMS relativo à prestação de serviço de comunicação? E serviço prestado por “Cyber Café”? E o envio de mensagens pelo celular? (vide REsp n. 456.650/PR e REsp n 323.358) b) Os serviços de TV a cabo são tributados pelo ICMS? É correto pensar que no serviço de TV a cabo não há prestação de serviço de comunicação? E no caso do serviço de pay-per-view? 7. Que é “prestação de serviços de transporte”? Quais suas modalidades? É necessária a efetividade da prestação de serviços para que o ICMS incida? Analisar a tributação de transporte aéreo de passageiros e cargas em conformidade com a ADIN 1600, expondo sua opinião. http://www.pucsp.br/cogeae mailto:cogeae@cogeae.pucsp.br EDUCAÇÃO CONTINUADA _______________________________________________________ _ ______________________ ________________________________________________________________________________________________ COGEAE – COORDENADORIA GERAL DE ESPECIALIZAÇÃO, APERFEIÇOAMENTO E EXTENSÃO Rua da Consolação, 881 - Consolação - Cep: 01301-000 - São Paulo - SP – Fone: (11) 3124-9600 – Fax: (11) 3124-9612 www.pucsp.br/cogeae – E-mail: infocogeae@pucsp.br 8. Empresa X, estabelecida no Estado de São Paulo
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