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Diario_3212__29_4_2021

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Caderno Judiciário do Tribunal Regional do Trabalho da 6ª Região
DIÁRIO ELETRÔNICO DA JUSTIÇA DO TRABALHO
PODER JUDICIÁRIO REPÚBLICA FEDERATIVA DO BRASIL
Nº3212/2021 Data da disponibilização: Quinta-feira, 29 de Abril de 2021. DEJT Nacional
Tribunal Regional do Trabalho da 6ª Região
Maria Clara Saboya Albuquerque Bernardino
Desembargadora Presidente do TRT da 6ª Região
Nise Pedroso Lins de Sousa
Desembargadora Vice-presidente do TRT da 6ª Região
Ruy Salathiel de Albuquerque e Mello Ventura
Desembargador Corregedor do TRT da 6ª Região
Cais do Apolo, 739
Bairro do Recife
Recife/PE
CEP: 50030902
Telefone(s) : (81) 32253200
Gabinete Desembargadora Eneida Melo
Notificação
Processo Nº RORSum-0000927-10.2018.5.06.0012
Relator ENEIDA MELO CORREIA DE
ARAUJO
RECORRENTE SINDICATO DOS
REPRESENTANTES COMERCIAIS E
EMPRESAS DE REPRESENTACOES
COMERCIAIS DE PERNAMBUCO-
SIRCOPE
ADVOGADO LAERCIO DE SOUZA RIBEIRO
NETO(OAB: 20533-D/PE)
ADVOGADO MAXIMIANO JOSE CORREIA MACIEL
NETO(OAB: 29555/PE)
ADVOGADO LEVI DE SIQUEIRA CAMPOS
MOURA(OAB: 25310-D/PE)
RECORRIDO BARCA REPRESENTACOES LTDA
ADVOGADO KATIA CRISTINA TENORIO DE
SIQUEIRA ZIMMERLE(OAB: 12862-
D/PE)
ADVOGADO ANNA KARENYNA ZIMMERLE DE
LIMA(OAB: 39134/PE)
ADVOGADO MARIA DAS GRACAS COSTA
SANTOS(OAB: 12973/PE)
Intimado(s)/Citado(s):
 - BARCA REPRESENTACOES LTDA
 PODER JUDICIÁRIO
 JUSTIÇA DO
INTIMAÇÃO
Fica V. Sa. intimado para tomar ciência do Despacho ID 9d59f11
proferido nos autos.
DESPACHO
Vistos etc.
Indefiro o pedido de isenção das custas, pleiteado no Recurso
interposto pelo Sindicato dos Representantes Comerciais e
Empresas de Representações Comerciais de Pernambuco -
SIRCOPE, tendo em vista que a disposição constante no artigo 606,
§2º, da CLT, não se aplica à hipótese dos autos.
A jurisprudência do Tribunal Superior do Trabalho tem concedido
interpretação bastante restritiva ao dispositivo acima indicado, de
modo a não alcançar as ações de cobrança, mas apenas as ações
executivas que apresentem a certidão expedida pelo Ministério do
Trabalho, o que não ocorreu neste processo.
Ademais, não demonstrou o Sindicato prova material e definitiva de
sua dificuldade financeira. E, desde já, ressalto que não basta a
mera declaração de miserabilidade para o fim de isentá-lo do
pagamento das despesas processuais.
Nesse contexto, não faz jus o Sindicato Autor ao benefício
perseguido.
Por analogia, de acordo com o art. 99, § 7.º, do novo Código de
Processo Civil, ao ser indeferido o requerimento de concessão da
gratuidade, na fase recursal, incumbe ao relator a fixação de prazo
para recolhimento do preparo. Tanto assim que, adaptando-se ao
novo regramento legal, o Colendo Tribunal Superior do Trabalho
alterou a redação da Orientação Jurisprudencial n.º 269, da
Subseção I Especializada em Dissídios Individuais, incluindo um
segundo item com a seguinte redação: "II - Indeferido o
requerimento de justiça gratuita formulado na fase recursal, cumpre
ao relator fixar prazo para que o recorrente efetue o preparo (art. 99,
§ 7.º, do CPC de 2015)".
Assim, a fim de conferir efetividade ao dispositivo processual e à
diretriz da OJ n.º 269, da SBDI-1, do TST, converto o processo em
diligência, determinando a notificação do Sindicato Autor, para, no
prazo de 05 (cinco) dias, efetuar o pagamento das custas
processuais, a viabilizar o conhecimento do seu Recurso Ordinário.
Cumpra-se.
Código para aferir autenticidade deste caderno: 165952
3212/2021 Tribunal Regional do Trabalho da 6ª Região 2
Data da Disponibilização: Quinta-feira, 29 de Abril de 2021
RECIFE/PE, 28 de abril de 2021.
 ENEIDA MELO CORREIA DE ARAUJO
 Desembargadora do Trabalho da 6ª Região
Processo Nº RORSum-0000927-10.2018.5.06.0012
Relator ENEIDA MELO CORREIA DE
ARAUJO
RECORRENTE SINDICATO DOS
REPRESENTANTES COMERCIAIS E
EMPRESAS DE REPRESENTACOES
COMERCIAIS DE PERNAMBUCO-
SIRCOPE
ADVOGADO LAERCIO DE SOUZA RIBEIRO
NETO(OAB: 20533-D/PE)
ADVOGADO MAXIMIANO JOSE CORREIA MACIEL
NETO(OAB: 29555/PE)
ADVOGADO LEVI DE SIQUEIRA CAMPOS
MOURA(OAB: 25310-D/PE)
RECORRIDO BARCA REPRESENTACOES LTDA
ADVOGADO KATIA CRISTINA TENORIO DE
SIQUEIRA ZIMMERLE(OAB: 12862-
D/PE)
ADVOGADO ANNA KARENYNA ZIMMERLE DE
LIMA(OAB: 39134/PE)
ADVOGADO MARIA DAS GRACAS COSTA
SANTOS(OAB: 12973/PE)
Intimado(s)/Citado(s):
 - SINDICATO DOS REPRESENTANTES COMERCIAIS E
EMPRESAS DE REPRESENTACOES COMERCIAIS DE
PERNAMBUCO-SIRCOPE
 PODER JUDICIÁRIO
 JUSTIÇA DO
INTIMAÇÃO
Fica V. Sa. intimado para tomar ciência do Despacho ID 9d59f11
proferido nos autos.
DESPACHO
Vistos etc.
Indefiro o pedido de isenção das custas, pleiteado no Recurso
interposto pelo Sindicato dos Representantes Comerciais e
Empresas de Representações Comerciais de Pernambuco -
SIRCOPE, tendo em vista que a disposição constante no artigo 606,
§2º, da CLT, não se aplica à hipótese dos autos.
A jurisprudência do Tribunal Superior do Trabalho tem concedido
interpretação bastante restritiva ao dispositivo acima indicado, de
modo a não alcançar as ações de cobrança, mas apenas as ações
executivas que apresentem a certidão expedida pelo Ministério do
Trabalho, o que não ocorreu neste processo.
Ademais, não demonstrou o Sindicato prova material e definitiva de
sua dificuldade financeira. E, desde já, ressalto que não basta a
mera declaração de miserabilidade para o fim de isentá-lo do
pagamento das despesas processuais.
Nesse contexto, não faz jus o Sindicato Autor ao benefício
perseguido.
Por analogia, de acordo com o art. 99, § 7.º, do novo Código de
Processo Civil, ao ser indeferido o requerimento de concessão da
gratuidade, na fase recursal, incumbe ao relator a fixação de prazo
para recolhimento do preparo. Tanto assim que, adaptando-se ao
novo regramento legal, o Colendo Tribunal Superior do Trabalho
alterou a redação da Orientação Jurisprudencial n.º 269, da
Subseção I Especializada em Dissídios Individuais, incluindo um
segundo item com a seguinte redação: "II - Indeferido o
requerimento de justiça gratuita formulado na fase recursal, cumpre
ao relator fixar prazo para que o recorrente efetue o preparo (art. 99,
§ 7.º, do CPC de 2015)".
Assim, a fim de conferir efetividade ao dispositivo processual e à
diretriz da OJ n.º 269, da SBDI-1, do TST, converto o processo em
diligência, determinando a notificação do Sindicato Autor, para, no
prazo de 05 (cinco) dias, efetuar o pagamento das custas
processuais, a viabilizar o conhecimento do seu Recurso Ordinário.
Cumpra-se.
RECIFE/PE, 28 de abril de 2021.
 ENEIDA MELO CORREIA DE ARAUJO
 Desembargadora do Trabalho da 6ª Região
Processo Nº ROT-0000386-88.2020.5.06.0017
Relator ENEIDA MELO CORREIA DE
ARAUJO
RECORRENTE ANA PAULA ALVES GONZAGA
ADVOGADO EDVALDO CASSIMIRO
CAVALCANTI(OAB: 27763/PE)
RECORRENTE LELECO'S COMIDAS LTDA - EPP
ADVOGADO JOSIAS DE HOLLANDA CALDAS
FILHO(OAB: 21745/PE)
RECORRIDO ANA PAULA ALVES GONZAGA
ADVOGADO EDVALDO CASSIMIRO
CAVALCANTI(OAB: 27763/PE)
RECORRIDO LELECO'S COMIDAS LTDA - EPP
ADVOGADO JOSIAS DE HOLLANDA CALDAS
FILHO(OAB: 21745/PE)
Intimado(s)/Citado(s):
 - ANA PAULA ALVES GONZAGA
 - LELECO'S COMIDAS LTDA - EPP
 PODER JUDICIÁRIO
 JUSTIÇA DO
INTIMAÇÃO
Fica V. Sa. intimado para tomar ciência da Decisão ID 59f9a83
proferida nos autos.
Vistos etc.
Embargos de Declaração opostos por LELECO'S COMIDAS LTDA -
EPP, alegando a existência de omissão na decisão de fls. 207/209.
Código para aferir autenticidade deste caderno: 165952
3212/2021 Tribunal Regional do Trabalho da 6ª Região 3
Data da Disponibilização: Quinta-feira, 29 de Abril de 2021
Argumenta que de acordo com o §2º do art. 99 do CPC, deve-se
determinar, antes do indeferimento do pedido de gratuidade da
justiça, a comprovação dos referidos pressupostos. Deduz, assim,
que somente após a determinação judicial para a apresentação da
documentação, objetivando o preenchimento “dos pressupostos da
benesse, decorreria na aplicação do disposto noart. 99, §7º do
CPC”.
Afirma que nesta ocasião, acosta aos autos documentação em que
demonstraria que a Empresa do ramo alimentício, permanece em
crise financeira. Salienta o conteúdo de extrato bancário e emails
remetidos ao Shopping Center Recife,solicitando a redução da
locação em razão da pandemia vivenciada. Entende, portanto,
preenchido os requisitos para a concessão da gratuidade da
Justiça. 
Sendo assim, pede que a omissão seja sanada, com a análise da
documentação que afirma ter sido carreada aos autos, com base no
art. 99, §2º do CPC.
Rejeito.
É de conhecimento comezinho que os Embargos Declaratórios se
prestam a sanar omissão, obscuridade ou escoimar contradição no
julgado e a corrigir manifesto equívoco na análise dos pressupostos
de admissibilidade do recurso, nos termos dispostos nos artigos 897
-A da CLT, e 1.022 do NCPC e, neste caso, falha alguma suscitada
no remédio utilizado pode ser detectada.
A decisão hostilizada expressou com clareza, objetividade e
precisão, as razões pelas quais consignou o prazo de 05 (cinco)
dias para comprovação do preparo, por não haver nos autos
qualquer elemento probatório que justificasse a ampliação dos
benefícios conferidos às pequenas Empresas para efeito de preparo
recursal, como se pode inferir da intelecção do §9º do art. 899 da
CLT:
“Art. 899 - […]
§9o O valor do depósito recursal será reduzido pela metade para
entidades sem fins lucrativos, empregadores domésticos,
microempreendedores individuais, microempresas e empresas de
pequeno porte.” (g.n.).
O cenário de pandemia mundial que resultou no quadro de
recessão que é de conhecimento público e notório, não permite
presumir que a Demandada se encontre sem condições financeiras
de realizar o preparo ou, como admitido pelo CNJ, a substituição de
depósitos judiciais e penhora por seguro garantia ou fiança
bancária.
Ademais, a Empresa tinha as condições e os meios de comprovar a
suposta situação econômica deficitária, bastava, para isso,
apresentar o seu balanço antes e durante a pandemia e por ocasião
da interposição do Recurso, mas quedou-se inerte.
Na fase de cognição, conquanto a Ré tenha ressaltado as
dificuldades enfrentadas nos primeiros meses de pandemia, não
apresentou prova concreta alguma da hipossuficiência econômica.
E tanto é assim e de tal forma que não requereu esses auspícios de
gratuidade da Justiça quando da petição inicial da Ação de
Consignação em Pagamento de fls. 02/09, com base no art. 99, §2º
do CPC, reproduzido de forma exata e integral a seguir:
“Art. 99. O pedido de gratuidade da justiça pode ser formulado na
petição inicial, na contestação, na petição para ingresso de terceiro
no processo ou em recurso.
§ 1º Se superveniente à primeira manifestação da parte na
instância, o pedido poderá ser formulado por petição simples, nos
autos do próprio processo, e não suspenderá seu curso.
§ 2º O juiz somente poderá indeferir o pedido se houver nos autos
elementos que evidenciem a falta dos pressupostos legais para a
concessão de gratuidade, devendo, antes de indeferir o pedido,
determinar à parte a comprovação do preenchimento dos referidos
pressupostos. (g.n.)
[...]”
Lembro que este Juízo Revisional não se vincula ao Juízo do
primeiro grau no exame dos pressupostos de admissibilidade, razão
pela qual, em casos como tais, não observado o preenchimento dos
requisitos legais para concessão da gratuidade da Justiça à
empresa jurídica, cumpre à Relatora fazer cumprir o dispositivo
legal contido no art. 99, §7º do CPC, citado na decisão atacada e
transcrito literalmente neste momento:
“§ 7º Requerida a concessão de gratuidade da justiça em recurso, o
recorrente estará dispensado de comprovar o recolhimento do
preparo, incumbindo ao relator , neste caso, apreciar o
requerimento e, se indeferi-lo, fixar prazo para realização do
recolhimento”. (g.n.)
Portanto, não há eiva de omissão na decisão atacada que autorize
a oposição de Embargos de Declaração.
Muito menos de pretensão da Demandada à prorrogação do prazo
peremptório cominado no despacho atacado para comprovação do
preparo.
Deve ser tido que são absolutamente extemporâneos os
documentos apresentados às fls. 223/231 por meio de remédio
recursal absolutamente inadequado. Não há como ser conhecido.
Repiso: Não houve comprovação no caderno processual da
hipossuficiência econômica da Empresa, a exemplo de
apresentação de balanço financeiro pormenorizado, demonstrando
receitas e despesas e relação de empregados, quiçá cruzamento de
dados do faturamento mensal com as obrigações trabalhistas,
fiscais e previdenciárias, objetivando-se comprovar a ausência de
condições de promover o preparo que objetiva garantir o
Código para aferir autenticidade deste caderno: 165952
3212/2021 Tribunal Regional do Trabalho da 6ª Região 4
Data da Disponibilização: Quinta-feira, 29 de Abril de 2021
cumprimento da efetiva prestação jurisdicional. 
Neste cenário, rejeito os embargos.
Intimem-se.
Após, certifique a Secretaria da Turma se decorrido o prazo
consignado no despacho de fls. 207/209.
RECIFE/PE, 28 de abril de 2021.
 ENEIDA MELO CORREIA DE ARAUJO
 Desembargadora do Trabalho da 6ª Região
Processo Nº ROT-0000386-88.2020.5.06.0017
Relator ENEIDA MELO CORREIA DE
ARAUJO
RECORRENTE ANA PAULA ALVES GONZAGA
ADVOGADO EDVALDO CASSIMIRO
CAVALCANTI(OAB: 27763/PE)
RECORRENTE LELECO'S COMIDAS LTDA - EPP
ADVOGADO JOSIAS DE HOLLANDA CALDAS
FILHO(OAB: 21745/PE)
RECORRIDO ANA PAULA ALVES GONZAGA
ADVOGADO EDVALDO CASSIMIRO
CAVALCANTI(OAB: 27763/PE)
RECORRIDO LELECO'S COMIDAS LTDA - EPP
ADVOGADO JOSIAS DE HOLLANDA CALDAS
FILHO(OAB: 21745/PE)
Intimado(s)/Citado(s):
 - ANA PAULA ALVES GONZAGA
 - LELECO'S COMIDAS LTDA - EPP
 PODER JUDICIÁRIO
 JUSTIÇA DO
INTIMAÇÃO
Fica V. Sa. intimado para tomar ciência da Decisão ID 59f9a83
proferida nos autos.
Vistos etc.
Embargos de Declaração opostos por LELECO'S COMIDAS LTDA -
EPP, alegando a existência de omissão na decisão de fls. 207/209.
Argumenta que de acordo com o §2º do art. 99 do CPC, deve-se
determinar, antes do indeferimento do pedido de gratuidade da
justiça, a comprovação dos referidos pressupostos. Deduz, assim,
que somente após a determinação judicial para a apresentação da
documentação, objetivando o preenchimento “dos pressupostos da
benesse, decorreria na aplicação do disposto no art. 99, §7º do
CPC”.
Afirma que nesta ocasião, acosta aos autos documentação em que
demonstraria que a Empresa do ramo alimentício, permanece em
crise financeira. Salienta o conteúdo de extrato bancário e emails
remetidos ao Shopping Center Recife,solicitando a redução da
locação em razão da pandemia vivenciada. Entende, portanto,
preenchido os requisitos para a concessão da gratuidade da
Justiça. 
Sendo assim, pede que a omissão seja sanada, com a análise da
documentação que afirma ter sido carreada aos autos, com base no
art. 99, §2º do CPC.
Rejeito.
É de conhecimento comezinho que os Embargos Declaratórios se
prestam a sanar omissão, obscuridade ou escoimar contradição no
julgado e a corrigir manifesto equívoco na análise dos pressupostos
de admissibilidade do recurso, nos termos dispostos nos artigos 897
-A da CLT, e 1.022 do NCPC e, neste caso, falha alguma suscitada
no remédio utilizado pode ser detectada.
A decisão hostilizada expressou com clareza, objetividade e
precisão, as razões pelas quais consignou o prazo de 05 (cinco)
dias para comprovação do preparo, por não haver nos autos
qualquer elemento probatório que justificasse a ampliação dos
benefícios conferidos às pequenas Empresas para efeito de preparo
recursal, como se pode inferir da intelecção do §9º do art. 899 da
CLT:
“Art. 899 - […]
§9o O valor do depósito recursal será reduzido pela metade para
entidades sem fins lucrativos, empregadores domésticos,
microempreendedores individuais, microempresas e empresas de
pequeno porte.” (g.n.).
O cenário de pandemia mundial que resultou no quadrode
recessão que é de conhecimento público e notório, não permite
presumir que a Demandada se encontre sem condições financeiras
de realizar o preparo ou, como admitido pelo CNJ, a substituição de
depósitos judiciais e penhora por seguro garantia ou fiança
bancária.
Ademais, a Empresa tinha as condições e os meios de comprovar a
suposta situação econômica deficitária, bastava, para isso,
apresentar o seu balanço antes e durante a pandemia e por ocasião
da interposição do Recurso, mas quedou-se inerte.
Na fase de cognição, conquanto a Ré tenha ressaltado as
dificuldades enfrentadas nos primeiros meses de pandemia, não
apresentou prova concreta alguma da hipossuficiência econômica.
E tanto é assim e de tal forma que não requereu esses auspícios de
gratuidade da Justiça quando da petição inicial da Ação de
Consignação em Pagamento de fls. 02/09, com base no art. 99, §2º
do CPC, reproduzido de forma exata e integral a seguir:
“Art. 99. O pedido de gratuidade da justiça pode ser formulado na
petição inicial, na contestação, na petição para ingresso de terceiro
no processo ou em recurso.
§ 1º Se superveniente à primeira manifestação da parte na
instância, o pedido poderá ser formulado por petição simples, nos
autos do próprio processo, e não suspenderá seu curso.
Código para aferir autenticidade deste caderno: 165952
3212/2021 Tribunal Regional do Trabalho da 6ª Região 5
Data da Disponibilização: Quinta-feira, 29 de Abril de 2021
§ 2º O juiz somente poderá indeferir o pedido se houver nos autos
elementos que evidenciem a falta dos pressupostos legais para a
concessão de gratuidade, devendo, antes de indeferir o pedido,
determinar à parte a comprovação do preenchimento dos referidos
pressupostos. (g.n.)
[...]”
Lembro que este Juízo Revisional não se vincula ao Juízo do
primeiro grau no exame dos pressupostos de admissibilidade, razão
pela qual, em casos como tais, não observado o preenchimento dos
requisitos legais para concessão da gratuidade da Justiça à
empresa jurídica, cumpre à Relatora fazer cumprir o dispositivo
legal contido no art. 99, §7º do CPC, citado na decisão atacada e
transcrito literalmente neste momento:
“§ 7º Requerida a concessão de gratuidade da justiça em recurso, o
recorrente estará dispensado de comprovar o recolhimento do
preparo, incumbindo ao relator , neste caso, apreciar o
requerimento e, se indeferi-lo, fixar prazo para realização do
recolhimento”. (g.n.)
Portanto, não há eiva de omissão na decisão atacada que autorize
a oposição de Embargos de Declaração.
Muito menos de pretensão da Demandada à prorrogação do prazo
peremptório cominado no despacho atacado para comprovação do
preparo.
Deve ser tido que são absolutamente extemporâneos os
documentos apresentados às fls. 223/231 por meio de remédio
recursal absolutamente inadequado. Não há como ser conhecido.
Repiso: Não houve comprovação no caderno processual da
hipossuficiência econômica da Empresa, a exemplo de
apresentação de balanço financeiro pormenorizado, demonstrando
receitas e despesas e relação de empregados, quiçá cruzamento de
dados do faturamento mensal com as obrigações trabalhistas,
fiscais e previdenciárias, objetivando-se comprovar a ausência de
condições de promover o preparo que objetiva garantir o
cumprimento da efetiva prestação jurisdicional. 
Neste cenário, rejeito os embargos.
Intimem-se.
Após, certifique a Secretaria da Turma se decorrido o prazo
consignado no despacho de fls. 207/209.
RECIFE/PE, 28 de abril de 2021.
 ENEIDA MELO CORREIA DE ARAUJO
 Desembargadora do Trabalho da 6ª Região
Processo Nº ROT-0000204-84.2020.5.06.0411
Relator ENEIDA MELO CORREIA DE
ARAUJO
RECORRENTE HILDERLLAN NEVES DA SILVA
ADVOGADO JOSE SALES ROBERTO DE
GOIS(OAB: 564-B/PE)
RECORRIDO JOAO EDSON ALVES DA PENHA
ADVOGADO EDUARDO LIBORIO DE SOUZA
JUNIOR(OAB: 36318/PE)
Intimado(s)/Citado(s):
 - JOAO EDSON ALVES DA PENHA
 PODER JUDICIÁRIO
 JUSTIÇA DO
INTIMAÇÃO
Fica V. Sa. intimado para tomar ciência do Despacho ID e64a197
proferido nos autos.
DESPACHO
Vistos etc.
Da análise dos pressupostos de admissibilidade do Apelo interposto
por JOÃO EDSON ALVES DA PENHA (Pessoa Jurídica registrada
no CNPJ como “EPP” ou Empresa de Pequeno Porte – vide ID.
82b64dc), observo que o preparo não foi satisfeito.
Em sede de Recurso Ordinário, requer a concessão dos benefícios
da gratuidade de justiça, para fins de conhecimento do Recurso
Ordinário, e dispensa de preparo (depósito recursal e custas
processuais).
Indefiro o requerimento, uma vez que inexiste prova da insuficiência
de recursos para arcar com os encargos processuais. Isso porque
tal condição não pode ser acolhida meramente com base na
alegação de que o estabelecimento comercial da Recorrente estaria
fechado em virtude da pandemia da Covid-19.
À luz dos parágrafos 3.º e 4.º do art. 790 da CLT, foi outorgada a
faculdade a juízes, órgãos julgadores e presidentes dos Tribunais
do Trabalho, de conceder a gratuidade judiciária.
Na primeira hipótese, há uma condição mais objetiva: bastaria que a
pessoa natural que pleiteia o benefício aufira salário não superior ao
limite descrito no § 3.º do art. 790, na redação que vigeu a partir de
11/11/2017, com a Lei n. 13.467/17. Na segunda hipótese, a
concessão poderia ser estendida a qualquer pessoa - natural ou
jurídica, mediante disposições conjuntas do CPC/15 - que venha a
comprovar a insuficiência de recursos financeiros, numa situação
econômica e patrimonial de penúria.
O diploma processual civil, por permissivo dos arts. 769 da CLT e
15 do próprio CPC, também deve ser utilizado supletivamente. No
seu art. 99, § 3.º, a Lei Adjetiva Civil restringe à pessoa natural a
presunção de que a situação econômica não permitiria demandar
sem prejuízo próprio ou da respectiva família.
Não há, portanto, extensão dessa presunção para a pessoa jurídica,
Código para aferir autenticidade deste caderno: 165952
3212/2021 Tribunal Regional do Trabalho da 6ª Região 6
Data da Disponibilização: Quinta-feira, 29 de Abril de 2021
o que retira o lastro de que a Recorrente utiliza para fundamentar o
pedido.
De acordo com os dispositivos legais mencionados, bem como da
diretriz das Súmulas n. 463, item II, do TST, e 481 do STJ, para que
a pessoa jurídica venha a ser beneficiada, necessária se faz a
comprovação cabal de sua insuficiência financeira, não sendo esse
o caso dos autos. Por oportuno, confira-se o teor desses
entendimentos sumulados:
Súmula nº 463 do TST
ASSISTÊNCIA JUDICIÁRIA GRATUITA. COMPROVAÇÃO
(conversão da Orientação Jurisprudencial nº 304 da SBDI-1,
com alterações decorrentes do CPC de 2015) - Res. 219/2017,
DEJT divulgado em 28, 29 e 30.06.2017 - republicada - DEJT
divulgado em 12, 13 e 14.07.2017
(...)
II - No caso de pessoa jurídica, não basta a mera declaração: é
necessária a demonstração cabal de impossibilidade de a parte
arcar com as despesas do processo.
Súmula n. 481 do STJ
Faz jus ao benefício da justiça gratuita a pessoa jurídica com ou
sem fins lucrativos que demonstrar sua impossibilidade de arcar
com os encargos processuais.
No caso, não se vislumbra a demonstração da alegada situação de
hipossuficiência econômica da Apelante, capaz de viabilizar, em seu
favor, a concessão dos auspícios da Justiça gratuita. E não lhe
aproveita a presunção de pobreza aplicável àqueles que se situam
no polo inverso da relação trabalhista. Essa, aliás, é a diretriz da
Súmula n. 463, do c. TST.
Acrescento que, com o advento da Lei n. 13.467/2017, passou a
existir na CLT, notadamente em seu art. 899, § 7º, previsão
expressa no sentido de conferir aos empregadores domésticos,
microempreendedores individuais, microempresas e empresas de
pequeno porte (caso da Recorrente), a prerrogativa de recolhimento
pela metade do depósito recursal.
Ademais, o cenário de pandemia mundial que resultou no quadro de
recessão, que é de conhecimento público e notório, não permite
presumir que a Demandadase encontre sem condições financeiras
de realizar o preparo, até mesmo por meio de seguro garantia ou
fiança bancária.
Por outro lado, fundamental consignar que, de acordo com o art. 99,
§ 7.º, do CPC, se rejeitado o requerimento de concessão da
gratuidade na fase recursal, incumbe ao relator a fixação de prazo
para recolhimento do preparo. Adaptando-se ao novo regramento
legal, o c. TST alterou a redação da Orientação Jurisprudencial n.
269, da SBDI-1, incluindo um segundo item com a seguinte
redação: "II - Indeferido o requerimento de justiça gratuita formulado
na fase recursal, cumpre ao relator fixar prazo para que o recorrente
efetue o preparo (art. 99, § 7.º, do CPC de 2015)".
Destarte, conferindo efetividade ao dispositivo processual e à
diretriz da OJ n. 269, da SBDI-1, do c. TST, determino a notificação
da Ré para recolher as custas e o depósito recursal, no prazo de 05
(cinco) dias, sob pena de não conhecimento do Recurso Ordinário
interposto.
Após, com ou sem iniciativa da Parte, voltem-me os autos
conclusos para julgamento do Recurso.
Cumpra-se.
RECIFE/PE, 28 de abril de 2021.
 ENEIDA MELO CORREIA DE ARAUJO
 Desembargadora do Trabalho da 6ª Região
Processo Nº ROT-0000204-84.2020.5.06.0411
Relator ENEIDA MELO CORREIA DE
ARAUJO
RECORRENTE HILDERLLAN NEVES DA SILVA
ADVOGADO JOSE SALES ROBERTO DE
GOIS(OAB: 564-B/PE)
RECORRIDO JOAO EDSON ALVES DA PENHA
ADVOGADO EDUARDO LIBORIO DE SOUZA
JUNIOR(OAB: 36318/PE)
Intimado(s)/Citado(s):
 - HILDERLLAN NEVES DA SILVA
 PODER JUDICIÁRIO
 JUSTIÇA DO
INTIMAÇÃO
Fica V. Sa. intimado para tomar ciência do Despacho ID e64a197
proferido nos autos.
DESPACHO
Vistos etc.
Da análise dos pressupostos de admissibilidade do Apelo interposto
por JOÃO EDSON ALVES DA PENHA (Pessoa Jurídica registrada
no CNPJ como “EPP” ou Empresa de Pequeno Porte – vide ID.
82b64dc), observo que o preparo não foi satisfeito.
Em sede de Recurso Ordinário, requer a concessão dos benefícios
da gratuidade de justiça, para fins de conhecimento do Recurso
Ordinário, e dispensa de preparo (depósito recursal e custas
processuais).
Indefiro o requerimento, uma vez que inexiste prova da insuficiência
de recursos para arcar com os encargos processuais. Isso porque
tal condição não pode ser acolhida meramente com base na
alegação de que o estabelecimento comercial da Recorrente estaria
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3212/2021 Tribunal Regional do Trabalho da 6ª Região 7
Data da Disponibilização: Quinta-feira, 29 de Abril de 2021
fechado em virtude da pandemia da Covid-19.
À luz dos parágrafos 3.º e 4.º do art. 790 da CLT, foi outorgada a
faculdade a juízes, órgãos julgadores e presidentes dos Tribunais
do Trabalho, de conceder a gratuidade judiciária.
Na primeira hipótese, há uma condição mais objetiva: bastaria que a
pessoa natural que pleiteia o benefício aufira salário não superior ao
limite descrito no § 3.º do art. 790, na redação que vigeu a partir de
11/11/2017, com a Lei n. 13.467/17. Na segunda hipótese, a
concessão poderia ser estendida a qualquer pessoa - natural ou
jurídica, mediante disposições conjuntas do CPC/15 - que venha a
comprovar a insuficiência de recursos financeiros, numa situação
econômica e patrimonial de penúria.
O diploma processual civil, por permissivo dos arts. 769 da CLT e
15 do próprio CPC, também deve ser utilizado supletivamente. No
seu art. 99, § 3.º, a Lei Adjetiva Civil restringe à pessoa natural a
presunção de que a situação econômica não permitiria demandar
sem prejuízo próprio ou da respectiva família.
Não há, portanto, extensão dessa presunção para a pessoa jurídica,
o que retira o lastro de que a Recorrente utiliza para fundamentar o
pedido.
De acordo com os dispositivos legais mencionados, bem como da
diretriz das Súmulas n. 463, item II, do TST, e 481 do STJ, para que
a pessoa jurídica venha a ser beneficiada, necessária se faz a
comprovação cabal de sua insuficiência financeira, não sendo esse
o caso dos autos. Por oportuno, confira-se o teor desses
entendimentos sumulados:
Súmula nº 463 do TST
ASSISTÊNCIA JUDICIÁRIA GRATUITA. COMPROVAÇÃO
(conversão da Orientação Jurisprudencial nº 304 da SBDI-1,
com alterações decorrentes do CPC de 2015) - Res. 219/2017,
DEJT divulgado em 28, 29 e 30.06.2017 - republicada - DEJT
divulgado em 12, 13 e 14.07.2017
(...)
II - No caso de pessoa jurídica, não basta a mera declaração: é
necessária a demonstração cabal de impossibilidade de a parte
arcar com as despesas do processo.
Súmula n. 481 do STJ
Faz jus ao benefício da justiça gratuita a pessoa jurídica com ou
sem fins lucrativos que demonstrar sua impossibilidade de arcar
com os encargos processuais.
No caso, não se vislumbra a demonstração da alegada situação de
hipossuficiência econômica da Apelante, capaz de viabilizar, em seu
favor, a concessão dos auspícios da Justiça gratuita. E não lhe
aproveita a presunção de pobreza aplicável àqueles que se situam
no polo inverso da relação trabalhista. Essa, aliás, é a diretriz da
Súmula n. 463, do c. TST.
Acrescento que, com o advento da Lei n. 13.467/2017, passou a
existir na CLT, notadamente em seu art. 899, § 7º, previsão
expressa no sentido de conferir aos empregadores domésticos,
microempreendedores individuais, microempresas e empresas de
pequeno porte (caso da Recorrente), a prerrogativa de recolhimento
pela metade do depósito recursal.
Ademais, o cenário de pandemia mundial que resultou no quadro de
recessão, que é de conhecimento público e notório, não permite
presumir que a Demandada se encontre sem condições financeiras
de realizar o preparo, até mesmo por meio de seguro garantia ou
fiança bancária.
Por outro lado, fundamental consignar que, de acordo com o art. 99,
§ 7.º, do CPC, se rejeitado o requerimento de concessão da
gratuidade na fase recursal, incumbe ao relator a fixação de prazo
para recolhimento do preparo. Adaptando-se ao novo regramento
legal, o c. TST alterou a redação da Orientação Jurisprudencial n.
269, da SBDI-1, incluindo um segundo item com a seguinte
redação: "II - Indeferido o requerimento de justiça gratuita formulado
na fase recursal, cumpre ao relator fixar prazo para que o recorrente
efetue o preparo (art. 99, § 7.º, do CPC de 2015)".
Destarte, conferindo efetividade ao dispositivo processual e à
diretriz da OJ n. 269, da SBDI-1, do c. TST, determino a notificação
da Ré para recolher as custas e o depósito recursal, no prazo de 05
(cinco) dias, sob pena de não conhecimento do Recurso Ordinário
interposto.
Após, com ou sem iniciativa da Parte, voltem-me os autos
conclusos para julgamento do Recurso.
Cumpra-se.
RECIFE/PE, 28 de abril de 2021.
 ENEIDA MELO CORREIA DE ARAUJO
 Desembargadora do Trabalho da 6ª Região
Processo Nº AP-0001864-37.2010.5.06.0291
Relator ENEIDA MELO CORREIA DE
ARAUJO
AGRAVANTE B.D.B.S.
ADVOGADO FABIANA PATRICIA ALMEIDA DE
MORAES(OAB: 30292/PE)
ADVOGADO CARLOS AUGUSTO CALHEIROS
MARTINS JUNIOR(OAB: 8304/AL)
AGRAVADO E.E.D.S.
ADVOGADO André José Pessoa da Costa(OAB:
14493/PE)
ADVOGADO LUCIANO MALTA CABRAL(OAB:
14711/PE)
Intimado(s)/Citado(s):
 - E.E.D.S.
Tomar ciência do(a) Intimação de ID b12b7bd.
Processo Nº AP-0001864-37.2010.5.06.0291
Código para aferir autenticidade deste caderno: 165952
3212/2021 Tribunal Regional do Trabalho da 6ª Região 8
Data da Disponibilização: Quinta-feira, 29 de Abril de 2021
Relator ENEIDA MELO CORREIA DE
ARAUJO
AGRAVANTE B.D.B.S.
ADVOGADO FABIANA PATRICIA ALMEIDA DE
MORAES(OAB: 30292/PE)
ADVOGADO CARLOS AUGUSTO CALHEIROS
MARTINS JUNIOR(OAB: 8304/AL)
AGRAVADO E.E.D.S.
ADVOGADO André José Pessoa da Costa(OAB:
14493/PE)
ADVOGADO LUCIANO MALTA CABRAL(OAB:
14711/PE)
Intimado(s)/Citado(s):
 - B.D.B.S.
Tomar ciência do(a) Intimação de ID b12b7bd.
Gabinete Desembargadora Maria Clara Saboya
Albuquerque Bernadino
Notificação
Processo Nº AR-0000131-21.2019.5.06.0000
Relator MARIA CLARA SABOYA
ALBUQUERQUE BERNARDINO
AUTOR R.V.D.S.S.ADVOGADO JOSE LUCAS OLIVEIRA DE
MEDEIROS DUQUE(OAB: 25794/PE)
AUTOR MARIA HELENA DOS SANTOS DE
SOUZA
ADVOGADO JOSE LUCAS OLIVEIRA DE
MEDEIROS DUQUE(OAB: 25794/PE)
RÉU SERPOS SERVICOS POSTUMOS
LTDA
ADVOGADO CARLOS OCTACILIO BOCAYUVA
CARVALHO(OAB: 53369/RJ)
RÉU MARCELO ALVES DE MORAES
ADVOGADO Julio Cesar Cavalcanti Lira(OAB:
11644-D/PE)
CUSTOS LEGIS MINISTÉRIO PÚBLICO DO
TRABALHO
Intimado(s)/Citado(s):
 - MARIA HELENA DOS SANTOS DE SOUZA
 - R.V.D.S.S.
 PODER JUDICIÁRIO
 JUSTIÇA DO
INTIMAÇÃO
Fica V. Sa. intimado para tomar ciência do Despacho ID 32837a9
proferido nos autos.
DESPACHO
Analisando os autos, observo que, na procuração colacionada sob o
ID. d81d507, o Senhor Lúcio Mário dos Santos de Souza outorga
poderes aos advogados elencados para atuarem em seu nome,
sem, contudo, fazer menção à sua condição de representante do
menor Rivaldo Victor da Silva Souza, bem como no sentido de que
a representação por parte dos procuradores far-se-á em nome do
menor.
Constato, ainda, que a autora Maria Helena dos Santos de Souza
não demonstrou a outorga de poderes de representação processual
ao advogado subscritor da petição inicial, o Bel. José Lucas Oliveira
de Medeiros Duque (OAB/PE nº 25.794).
Ambos os fatos acima narrados obstam o desenvolvimento regular
do processo (art. 485, IV, do CPC).
Assim, com esteio nos artigos 320 e 321, do CPC, concedo o prazo
de 15 (quinze) dias para a parte autora promover a devida emenda,
sob pena de indeferimento da petição inicial.
À Secretaria do Tribunal Pleno para cumprimento.
Após, retornem os autos conclusos.
RECIFE/PE, 29 de abril de 2021.
 MARIA CLARA SABOYA ALBUQUERQUE BERNARDINO
 Desembargadora do Trabalho da 6ª Região
Processo Nº MSCiv-0000201-67.2021.5.06.0000
Relator MARIA CLARA SABOYA
ALBUQUERQUE BERNARDINO
IMPETRANTE JOSE CICERO DOMINGOS
FERREIRA
ADVOGADO FERNANDO HENRIQUE VALENCA
BOUDOUX(OAB: 28791-D/PE)
IMPETRANTE MARIA LENIRA MARTINS FERREIRA
ADVOGADO FERNANDO HENRIQUE VALENCA
BOUDOUX(OAB: 28791-D/PE)
IMPETRADO JUÍZO DA 3ª VARA DO TRABALHO
DE GOIANA
TERCEIRO
INTERESSADO
CLAUDIO OLIVEIRA DA SILVA
CUSTOS LEGIS MINISTÉRIO PÚBLICO DO
TRABALHO
ARREMATANTE plus imóveis
ADVOGADO MARIA EDUARDA CARVALHO DE
MEDEIROS(OAB: 32435/PE)
TERCEIRO
INTERESSADO
ITAPESSOCA AGRO INDUSTRIAL SA
Intimado(s)/Citado(s):
 - JOSE CICERO DOMINGOS FERREIRA
 - MARIA LENIRA MARTINS FERREIRA
 PODER JUDICIÁRIO
 JUSTIÇA DO
INTIMAÇÃO
Fica V. Sa. intimado para tomar ciência da Decisão ID aad2bb7
proferida nos autos.
PROCESSO Nº TRT 0000201-67.2021.5.06.0000 (MS)
IMPETRANTES: JOSÉ CÍCERO DOMINGOS FERREIRA E
MARIA LENIRA MARTINS FERREIRA
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3212/2021 Tribunal Regional do Trabalho da 6ª Região 9
Data da Disponibilização: Quinta-feira, 29 de Abril de 2021
ADVOGADO: FERNANDO HENRIQUE VALENÇA BOUDOUX
IMPETRADO: JUÍZO DA 3ª VARA DO TRABALHO DE
GOIANA/PE
LITIS. PASSIVOS: ITAPESSOCA AGRO INDUSTRIAL S/A E PLUS
IMÓVEIS S/A E CLÁUDIO OLIVEIRA DA SILVA
D E C I S Ã O
Reporto-me à petição “Id num. 5a0e900”.
Cuida-se de Agravo Regimental interposto em face da decisão “Id
num. 09c3a84”, mediante a qual deferi a liminar requerida, tornando
sem efeito a decisão proferida pela autoridade dita coatora,
suspendendo a determinação de desocupação do imóvel leiloado,
até o final do julgamento dos embargos de terceiros opostos nos
autos da reclamação trabalhista.
A empresa agravante, Plus Imóveis S/A, alega que, diferente do
relatado na decisão que concedera a liminar, “os impetrantes
apenas ingressaram com a ação de usucapião em 09/10/2020, 13
(treze) meses após a penhora que ocorrera em 30/08/2019, e 10
(dez) meses depois da assinatura da carta de arrematação,
formalizada em 28/01/2020”. Assevera que a única alegação dos
agravados no “writ” diz respeito à ação de usucapião proposta, cuja
matéria é de competência exclusiva do magistrado da justiça cível,
que ainda está em sua fase embrionária. Aduz que “ao analisar a
presente questão de forma preliminar, superficial, sem instrução
probatória e amplo conhecimento dos fatos afigura-se a decisão
liminar no mínimo imprópria, com as desculpas de estilo, bem como,
no entendimento da Litisconsorte, incorre em grave usurpação de
competência exclusiva do juízo cível”. Ressalta que, após a
distribuição da ação de usucapião não foi apresentada nenhuma
tutela de urgência, o que demonstra a inexistência de qualquer
situação de perigo ou urgência.
Salienta, ainda, a agravante, que a questão colocada em debate na
presente ação constitucional é absolutamente duvidosa, uma vez
que necessita de ampla e detalhada dilação probatória, não
havendo como caracterizar o direito dos impetrantes de certeza e
liquidez. Argumenta, inclusive, que o pleito de usucapião é
descabido “porquanto, não há que se falar, por parte dos
impetrantes, em legítimo exercício de posse do imóvel objeto da
presente demanda, mas sim em mera detenção daquele, conforme
o disposto no art. 1.198, do Diploma Civil”. Faz referência aos
artigos 1.203, 1.208 e 1.238 do Código Civil, para afirmar a flagrante
ausência dos elementos necessários à configuração de usucapião,
sob o argumento de que os agravados não possuíam o imóvel com
ânimo de dono, mas apenas residiam por atos de mera permissão
ou tolerância de seu empregador, o que não induz a posse.
Destaca, também, que “a decisão proferida pelo magistrado ao
indeferir a tutela de urgência nos embargos de terceiros fora
acertada e como bem demonstrado em sua manifestação nesses
autos, os embargos de terceiros foram interpostos de forma
extemporânea”. Acrescenta que em razão do registro na matrícula
da carta de arrematação foi gerado o efeito translativo do domínio
em favor do litisconsorte, o que acarreta seu direito ao exercício
pleno da posse direta sobre a totalidade do bem que legitimamente
arrematou, pagou e registrou, afirmando, em seguida, que qualquer
discussão acerca da imissão de posse, encontra-se preclusa.
Sustenta, diante do que foi exposto, “a inexistência dos requisitos
indispensáveis à concessão da liminar, motivo pelo qual requer-se o
conhecimento do presente agravo regimental, e seu provimento
para revogar a liminar concedida, autorizando o cumprimento
imediato do Mandado de Imissão de Posse em favor da
Litisconsorte Arrematante e Proprietária PLUS IMÓVEIS S/A”.
Postula o juízo de retratação ou, caso seja mantida a decisão
liminar, que seja determinado o processamento deste agravo para
julgamento pelo Pleno deste Regional, “para que seja analisada e
cassada, liminarmente, a segurança requerida e revogada a liminar
concedida, autorizando o cumprimento imediato do Mandado de
Imissão de Posse em favor da Litisconsorte Arrematante e
Proprietária PLUS IMÓVEIS S/A”.
Ao analisar o Agravo Regimental interposto pela litisconsorte
passiva, melhor compulsando os autos, verifiquei que o advogado
Fernando Henrique Valença Boudoux (OAB/PE 28.791), que
assinou digitalmente a petição inicial do presente Mandado de
Segurança (Id. num. F2fd0b2), não demonstrou a outorga, pelos
impetrantes, de poderes de representação processual específica
para o ajuizamento da ação mandamental.
Assim, com base no § 1º do artigo 155 do Regimento Interno deste
E. Regional, reconsidero a decisão “Id. num. 09c3a84”, e passo, de
logo, à análise do pedido de liminar.
Com efeito, o presente mandamus encontra óbice ao seu regular
processamento, porquanto os impetrantes não juntaram aos autos o
instrumento de procuração do advogado subscritor da petição
inicial. Logo, a peça de ingresso não atende o disposto no art. 320
do CPC/2015, aplicável ao caso por força do art. 6º da Lei n.
12.016/2009.
Registre-se que, em se tratando de ação mandamental, não se
admite emenda à petição inicial para sanar vício relacionado à
prova pré-constituída, nos termos do artigo 10 da Lei nº. 12.016/90,
in verbis:
“Art. 10. A inicial será desde logo indeferida, pordecisão motivada,
quando não for o caso de mandado de segurança ou lhe faltar
Código para aferir autenticidade deste caderno: 165952
3212/2021 Tribunal Regional do Trabalho da 6ª Região 10
Data da Disponibilização: Quinta-feira, 29 de Abril de 2021
algum dos requisitos legais ou quando decorrido o prazo legal para
a impetração.”
Cabe salientar que a regular representação da parte Impetrante
deve ser demonstrada quando da impetração do Mandado de
Segurança, entendimento ainda vigente com o advento do novo
Código de Processo Civil, não se aplicando os artigos 317 e 321 do
mesmo diploma processual, de concessão de prazo para a correção
do vício, conforme o entendimento cristalizado na Súmula nº 415,
do C. TST, in verbis:
MANDADO DE SEGURANÇA. PETIÇÃO INICIAL. ART. 321 DO
CPC DE 2015. ART. 284 DO CPC DE 1973. INAPLICABILIDADE.
(atualizada em decorrência do CPC de 2015) – Res. 208/2016,
DEJT divulgado em 22, 25 e 26.04.2016. Exigindo o mandado de
segurança prova documental pré-constituída, inaplicável o art. 321
do CPC de 2015 (art. 284 do CPC de 1973) quando verificada, na
petição inicial do "mandamus", a ausência de documento
indispensável ou de sua autenticação. (ex-OJ nº 52 da SBDI-2 -
inserida em 20.09.2000).
Configuradas, destarte, as hipóteses previstas nos incisos I e IV do
artigo 485 CPC, o que determina a denegação do mandamus, na
forma de Lei n.º 12.016/09, art. 6º, § 5º, a saber:
“§ 5o Denega-se o mandado de segurança nos casos previstos
pelo art. 267 da Lei da Lei nº 5.869, de 11 de janeiro de 1973 –
Código de Processo Civil.“
Desse modo, torno sem efeito a liminar anteriormente concedida no
presente mandado de segurança.
Custas pelos impetrantes, no importe de R$ 20,00 (vinte reais),
calculadas sobre R$ R$ 1.000,00 (um mil reais), valor atribuído à
causa na petição inicial (fl. 154), porém dispensadas, em razão dos
benefícios da Justiça Gratuita requeridos, e que ora se deferem.
Notifiquem-se os impetrantes do teor da presente decisão.
Determino, ainda, que seja cientificada, de imediato, a autoridade
apontada como coatora, bem como os litisconsortes passivos.
À Secretaria da SDI-1, para cumprimento.
Após o decurso do prazo recursal, inexistindo pendências, arquivem
-se os autos.
RECIFE/PE, 29 de abril de 2021.
 MARIA CLARA SABOYA ALBUQUERQUE BERNARDINO
 Desembargadora do Trabalho da 6ª Região
Gabinete Desembargadora Maria do Socorro Silva
Emerenciano
Notificação
Processo Nº MSCiv-0000293-45.2021.5.06.0000
Relator MARIA DO SOCORRO SILVA
EMERENCIANO
IMPETRANTE BANCO ITAUCARD S.A.
ADVOGADO ANTONIO BRAZ DA SILVA(OAB:
12450/PE)
IMPETRANTE ITAU UNIBANCO S.A.
ADVOGADO ANTONIO BRAZ DA SILVA(OAB:
12450/PE)
IMPETRADO JUÍZO DA 16ª VARA DO TRABALHO
DO RECIFE
TERCEIRO
INTERESSADO
JOSIANE VICENTE PIMENTEL
CUSTOS LEGIS MINISTÉRIO PÚBLICO DO
TRABALHO
Intimado(s)/Citado(s):
 - BANCO ITAUCARD S.A.
 - ITAU UNIBANCO S.A.
 PODER JUDICIÁRIO
 JUSTIÇA DO
INTIMAÇÃO
Fica V. Sa. intimado para tomar ciência da Decisão ID 1963b99
proferida nos autos.
D E C I S Ã O M O N O C R Á T I C A
Vistos, etc.
Trata-se de Mandado de Segurança, com pedido de liminar,
impetrado por ITAÚ UNIBANCO S.A. e BANCO ITAUCARD
S.A.contra ato praticado pelo MM. Juízo da 16ª Vara do Trabalho
do Recife/PE nos autos da reclamação trabalhista nº 0000189-
49.2014.5.06.0016.
Em suas razões de ID. 0b2fb8e, alegam os impetrantes inicialmente
ser cabível a medida, nos termos dos artigos 1º, da Lei nº
12.016/2009, e 5º, inciso LXIX, da Constituição Federal. Em
seguida, afirmam que o Processo principal (RT nº 0000189-
49.2014.5.06.0016) encontra-se em fase final de execução, tendo
sido identificada a existência da transferência de valores do
Processo nº 0000435-45.2014.5.06.0016 para o principal (nº
0000189-49.2014.5.06.0016), e assim existem valores a serem
restituídos aos impetrantes. Esclarecem que requereram à
autoridade coatora a concessão de prazo para providenciar a
respectiva substituição da garantia do Juízo, de forma que “o valor
sobejante da ação 0000435-45.2014.5.06.0016 retorne ao
Impetrante e ao mesmo tempo o mesmo valor seja depositado nos
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3212/2021 Tribunal Regional do Trabalho da 6ª Região 11
Data da Disponibilização: Quinta-feira, 29 de Abril de 2021
autos ora impetrado de nº 0000189-49.2014.5.06.0016, evitando-se
percalços processuais e possibilitando uma maior objetividade e
celeridade nas baixas contábeis dos processos envolvidos”, o que
foi indeferido com o fundamento no Ato Conjunto CSJT 01/2019
“determinando que o saldo sobejante - destaque-se, de propriedade
do impetrante -, servisse para a garantia do processo ora impetrado
em que esta empresa figura como reclamada”. Defendem a
ilegalidade material das obrigações previstas no Ato Conjunto
1/2019 TST, e ainda destacam a sua duvidosa constitucionalidade,
uma vez que nem a Presidência do Conselho Superior da Justiça do
Trabalho tampouco a Corregedoria-Geral da Justiça do Trabalho
possuem competência normativa, seja isolada ou conjuntamente,
para legislar sobre a matéria. Afirmam que a decisão em exame foi
proferida ao arrepio da Constituição Federal de 1988, além de violar
princípios constitucionais, dispositivos infraconstitucionais, e até
mesmo Orientação Jurisprudencial emanada pelo TST. Ressaltam
que são empresas com grande capacidade econômica e notórias
condições financeiras de assegurar o pagamento das eventuais
execuções, não se justificando a retenção do numerário. Apontam a
presença do fumus boni iuris, face à evidente ilegalidade e
arbitrariedade do ato impugnado, e do periculum in mora,visto que
arcará com prejuízo empresarial e financeiro decorrente da
determinação ilegal. Requer a concessão de liminar para que seja
revogada a decisão ora impugnada, que indeferiu a transferência do
saldo sobejante em favor dos impetrantes motivado por Ato
Conjunto 1/2019 TST, e ainda que a vara se abstenha de realizar
qualquer transferência de valores para o reclamante, devendo o
saldo sobejante ser devolvido aos impetrantes, mediante
transferência para a conta já indicada no processo principal. Ao
final, pedem a confirmação da concessão da segurança.
Com a in i c ia l , os impet ran tes jun ta ram procuração ,
substabelecimento e cópias de diversos documentos dos autos da
ação trabalhista, inclusive do ato coator.
É o breve relatório.
DECIDO:
Do cabimento do Mandado de Segurança.
O art. 5º, inciso LXIX, da Constituição Federal, dispõe que cabe
Mandado de Segurança como medida de urgência para proteger
direito líquido e certo, não amparado por habeas corpus ou habeas
data. E a Lei nº 12.016/2009 (que sucedeu a Lei nº 1.533/51)
disciplina essa ação especial e, em seu art. 5º, inciso II, dispõe que
não comporta Mandado de Segurança em face de decisão judicial
da qual caiba recurso com efeito suspensivo.
No caso vertente, muito embora seja possível a impugnação ao ato
coator por Recurso próprio da execução (Agravo de Petição), o
Sexto Regional tem admitido a possibilidade que seja impetrado
Mandado de Segurança em casos análogos, mesmo quando a
hipótese comportar impugnação por instrumento processual
específico previsto em lei, quando vislumbrar um potencial gravame
para a parte em decorrência do ato coator, bem como inexistir
Recurso eficaz de modo a coibir de imediato os efeitos do ato
impugnado, justificando, assim, a impetração excepcional do
mandamus, como decidiu o Pleno deste Regional no Processo nº
0000719-28.2019.5.06.0000 (AGR em MS), na sessão de
julgamento do dia 04/11/2019, cuja ementa é a seguinte:
“AGRAVO REGIMENTAL EM AÇÃO MANDAMENTAL.
INDEFERIMENTO LIMINAR. DECISÃO MODIFICADA.
CABIMENTO DO REMÉDIO JURÍDICO. PROBABILIDADE DO
DIREITO NÃO EVIDENCIADA. LIMINAR INDEFERIDA.
I- Inexistindo remédio processual hábil a evitar o prejuízo imediato
apontado, sobretudo considerando a alegação da impetrante de
tratar-se de ato ilegal, cabível aação mandamental. A probabilidade
do direito e o perigo de dano, necessários ao deferimento da
medida, são pressupostos a serem analisados em momento
posterior ao conhecimento da ação. II- (...). Agravo Regimental a
que se dá provimento para, conhecendo do Mandado de
Segurança, indeferir a liminar postulada.” (TRT6- Processo: AgRT -
0000719-28.2019.5.06.0000, Redator: Milton Gouveia, Data de
julgamento: 04/11/2019, Tribunal Pleno, Data da assinatura:
19/11/2019).
Da liminar postulada.
Oart. 7º, inciso III, da Lei n. 12.016/09, dispõe que o juiz, ao
despachar a inicial do Mandado de Segurança pode ordenar a
suspensão do ato que deu motivo ao pedido, quando “(...) houver
fundamento relevante e do ato impugnado puder resultar a
ineficácia da medida, caso seja finalmente deferida (...)”.
Conforme leciona Hely Lopes Meirelles ( in, "Mandado de
Segurança", 26ª edição. São Paulo, Malheiros, 2003, p. 76) que
"para a concessão da liminar devem concorrer os dois requisitos
legais, ou seja, a relevância dos motivos em que se assenta o
pedido da inicial e a possibilidade da ocorrência de lesão irreparável
ao direito do impetrante se vier a ser reconhecido na decisão de
mérito".
JáManoel Antônio Teixeira Filho, em sua obra “Mandado de
Segurança na Justiça do Trabalho”, 3ª edição, São Paulo, Editora
LTR, 2010, p. 234/235, leciona que a relevância do fundamento do
pedido para suspensão do ato questionado “(...), decorre não da
eventual excelência do direito que se procura proteger e sim das
conseqüências oriundas da lesão causada ao direito pelo ato da
autoridade, ou das conseqüências que advirão na hipótese de a
ameaça de violação consumar-se”.
No caso vertente, a decisão impugnada, que transcrita nas razões
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da exordial (ID. 0b2fb8e - Pág. 5) e constantes do ID. 08e3070 -
Pág. 2, foi proferida nos autos do Processonº 0000189-
49.2014.5.06.0016 e tem a seguinte fundamentação:
“DESPACHO
Requer a reclamada (ITAÚ UNIBANCO S/A.,), id ea8b31b, id
ee231d0 e id c302304, a substituição dos depósitos existentes nos
autos, provenientes de transferências de outros juízos, por seguro
garantia.
Argumenta que é fato público e notório que o Banco reclamado é
uma empresa economicamente sólida, que jamais deixou de
cumprir com suas obrigações perante o Poder Judiciário, não
havendo qualquer notícia de inadimplência nas execuções que
tramitam nesta Justiça Especializada em desfavor do Executado.
Analiso.
Esclarece esta Juíza que a opção por essa espécie de garantia que
requer a reclamada limita a ação do Poder Judiciário, que não pode,
em caso de valores incontroversos, determinar o levantamento pelo
exequente. A execução, nesses casos, fica paralisada, aguardando
o deslinde final do processo, que muitas vezes se arrasta por anos.
Assim, nada a deferir.
Dê-se ciência.”
Da análise da petição inicial do presente Mandado de Segurança,
em confronto com a decisão atacada, não se constata, desde logo,
que há “(...) fundamento relevante e do ato impugnado puder
resultar a ineficácia da medida, caso seja finalmente deferida (...)”,
requisitos previstos no art. 7º, inciso III, da Lei n. 12.016/09, para se
ordenar a suspensão do ato coator.
Em sede de cognição sumária, verifica-seque nos autos do
Processonº 0000435-45.2014.5.06.0016 foi determinada a
transferência de crédito sobejante no valor de R$ 8.183,06
(comprovante de depósito deID. 003a227 - Pág. 2) para o processo
principal(nº 0000189-49.2014.5.06.0016), conforme despacho
deID. 815657d - Pág. 3, o que em atendimento ao Ato Conjunto
CSJT/GP/CGJT 01/2019, o qual estabelece regras a serem
observadas quanto aos depósitos judiciais realizados em Processos
em vias de arquivamento, prevendo em seu art. 2.º, §§ 1.º e 2.º o
seguinte:
“Art. 2º Satisfeitos os créditos dos processos, a disponibilização de
qualquer saldo existente em conta judicial ao devedor de créditos
trabalhistas deve ser precedida de ampla pesquisa no Setor de
Distribuição de Feitos, nos sistemas de gestão de processos
judiciais anteriores ao PJe de cada Tribunal Regional do Trabalho e
no sistema do Banco Nacional de Débitos Trabalhistas (BNDT), a
fim de identificar processos que tramitem em face do mesmo
devedor.
§ 1º Havendo processos ativos pendentes na mesma unidade
judiciária, o magistrado poderá remanejar os recursos para quitação
das dívidas. Feito isso, procederá ao arquivamento definitivo do
processo já quitado, desvinculando-o da conta judicial ativa.
§ 2º Constatada a existência de processos pendentes em outras
unidades judiciárias, os juízos respectivos deverão ser informados,
por meio eletrônico, a respeito da existência de numerário
disponível, a fim de que adotem as providências necessárias, no
prazo de 10 (dez) dias, sem prejuízo de outras medidas
estabelecidas em acordos de cooperação existentes entre os
Tribunais Regionais do Trabalho e outros órgãos do Poder
Judiciário.
§ 3º Decorrido o prazo previsto no parágrafo anterior, sem qualquer
manifestação dos juízos eventualmente interessados, os valores
deverão ser disponibilizados ao devedor, com previsão de prazo
não inferior a 30 (trinta) dias para saque.”.
De acordo com a certidão deID. 815657d - Pág. 2, a execução
definitiva que se processa nos autos principais(nº 0000189-
49.2014.5.06.0016), e objeto do mandamus, tem umsaldo devedor
no montante de R$ 229.751,55 (duzentos e vinte e nove mil,
setecentos e cinquenta e um reais e cinquenta e cinco centavos), e
não há qualquer comprovação de garantia do Juízo, razão pela qual
houve a determinação de transferência de crédito sobejante do
Processonº 0000435-45.2014.5.06.0016 para o processo
principal(nº 0000189-49.2014.5.06.0016).
E assim, nos presentes autos consta unicamente o comprovante de
depósito deID. 003a227 - Pág. 2 no valor de R$ 8.183,06 (oito mil,
cento e oitenta e três reais e seis centavos).
Por certo que não se vislumbra qualquer i legalidade no
procedimento adotado pela autoridade coatora ( ID. 08e3070 - Pág.
2), ao indeferir a substituição desse crédito depositado por seguro
garantia, porquanto é prioritária a garantia da execução em dinheiro,
e obedece à gradação prevista no art. 835 do CPC/2015.
Cabe destacar que a medida adotada pela autoridade coatora
objetiva dar maior efetividade à execução (definitiva), estando em
consonância com as diretrizes contidas no art. 835, inciso I e § 1.º,
do CPC/2015, o que também de conformidade com o art. 882 da
CLT, no qual coloca o dinheiro (em espécie) na ordem preferencial
de penhora.
Por outro lado, nenhuma comprovação fizeram os impetrantes de
que o dinheiro depositado esteja na iminência de ser liberado à
reclamante, ora litisconsorte passiva.
Nesse contexto, forçoso concluir que não restaram cabalmente
demonstrados os requisitos legais para a concessão da liminar em
Mandado de Segurança, na forma exigida peloart. 7º, inciso III, da
Lei nº. 12.016/09, como a relevância dos motivos em que se
assenta o pedido da inicial e a possibilidade da ocorrência de lesão
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irreparável ao direito do impetrante, caso ao final venha a ser
concedida a segurança.
Logo, em juízo de cognição sumária, próprio das medidas liminares,
INDEFIROa liminar postulada.
Por conseguinte, determino as seguintes providências:
1) Dê-se ciência aos impetrantes do inteiro teor desta decisão;
2) Expeça-se ofício ao MM. Juízo da 16ª Vara do Trabalho do
Recife, dando-lhe conhecimento desta decisão e que preste as
informações necessárias, no prazo de 10 (dez) dias, sob pena de
responsabilidade, conforme art. 116 do Regimento Interno do
Regional e do art. 26 da Lei nº 12.016/2009.
3) Cite-se também a litisconsorte passiva,Sra. JOSIANE VICENTE
PIMENTEL. para, querendo, integrar a ação, no prazo de 10 (dez)
dias.
RECIFE/PE, 28 de abril de 2021.
 MARIA DO SOCORRO SILVA EMERENCIANO
 Desembargadora do Trabalho da 6ª Região
Processo Nº MSCiv-0000295-15.2021.5.06.0000
Relator MARIA DO SOCORRO SILVA
EMERENCIANO
IMPETRANTE CICERO VICENTE ROSA
ADVOGADO CLAUDIO ROBERTO DA SILVA
MACHADO(OAB: 39653/PE)
IMPETRADO JUÍZO DA 3ª VARA DO TRABALHO
DE CARUARU
TERCEIRO
INTERESSADO
MATHEUS DA SILVA DA COSTA
CUSTOS LEGIS MINISTÉRIO PÚBLICO DO
TRABALHO
Intimado(s)/Citado(s):
 - CICERO VICENTE ROSA
 PODER JUDICIÁRIO
 JUSTIÇA DO
INTIMAÇÃO
Fica V. Sa. intimado para tomar ciência da Decisão ID 62e5490
proferida nos autos.
PROC. TRT – (MSCiv) 0000295-15.2021.5.06.0000.
ORGÃO JULGADOR: 1ª SEÇÃO ESPECIALIZADA EM DISSÍDIO
INDIVIDUAL.
IMPETRANTE : CÍCERO VICENTE ROSA.
ADVOGADO : CLÁUDIO ROBERTO DA SILVA MACHADO.
AUTORIDADE
COATORA : JUÍZO DA 3ª VARA DO TRABALHO DE
CARUARU/PE
LITISCONSORTE
PASSIVO : MATHEUS DA SILVA DA COSTA.
D E C I S Ã O M O N O C R Á T I C A
Vistos, etc.
Trata-se de Mandado de Segurança, com pedido de liminar,
impetrado por CÍCERO VICENTE ROSA contra ato praticado pelo
MM. Juiz da 3ª Vara do Trabalho de Caruaru/PE nos autos da
reclamação trabalhista nº0000259-72.2019.5.06.0313.
Em suas razões de ID. 1b2522a, o impetrante, inicialmente, requer
a concessão dos benefícios da justiça gratuita, aduzindo não dispor
de recursos financeiros suficientes para arcar com o pagamento de
eventuais custas, sem prejuízo do próprio sustento e de sua família.
No mais, investe contra ato coator que determinou a inclusão no
polo passivo da empresa Cícero Vicente Rosa (Nome de Fantasia:
RVC Tecidos), ora impetrante, bem como a realização de consultas
Bacenjud e Renajud em face desta. Afirma que foi efetivado
“bloqueio cautelar de ativos financeiros antes de oportunizar ao
Impetrante a possibilidade de se defender sobre a execução contra
sua pessoa jurídica, após ter real izado o incidente de
desconsideração inversa da personalidade jurídica”.Diz que não foi
citado ou intimado da sua inclusão no processo de origem, visto que
o procedimento da desconsideração inversa da personalidade
jurídica exige. Salienta que não poderia ser executado sem que
todos os meios de execução contra os reclamados originais não
estivessem esgotados, assim como não poderia ter bloqueado
valores sem o devido processo legal. Aduz que, segundo o art. 135
do CPC, instaurado o incidente, o sócio ou a pessoa jurídica será
citado para manifestar-se e requerer as provas cabíveis no prazo de
15 (quinze) dias. Entende que a decisão guerreada é ilegal ao
determinar o bloqueio das contas do impetrante sem o devido
processo legal, violando o art. 5º, LIV, da Constituição Federal e art.
135 do CPC. Pugna seja concedida medida liminar para que
“suspenda imediatamente qualquer tipo de bloqueio judicial em face
do Impetrante” e “libere de imediato os valores bloqueados na conta
do banco Santander o valor de R$ 17.853,48 (dezessete mil,
oitocentos e cinquenta e três reais e quarenta e oito centavos), bem
como na conta do banco Bradesco o valor de R$ 6.698,70 (seis mil,
seiscentos e noventa e oito reais e setenta centavos),realizados por
meio do processo de nº. 0000259-72.2019.5.06.031”.
Com a inicial, a impetrante juntou procuração e cópias de diversos
documentos dos autos da ação trabalhista, inclusive do ato coator.
É o breve relatório.
DECIDO:
Do cabimento do Mandado de Segurança.
Conheço da ação mandamental em presença, porquanto reunidos
os pressupostos gerais de admissibilidade. A impetrante é parte
legítima, encontra-se bem representada e os requisitos do art. 6º da
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Lei n. 12.016/2009 foram obedecidos.
Quanto ao cabimento do Mandado de Segurança, frise-se que o art.
5º, inciso LXIX, da Constituição Federal garante o manejo do
mandado de segurança como medida de urgência para proteger
direito líquido e certo, não amparado por habeas corpus ou habeas
data. E a Lei nº 12.016/2009 (que sucedeu a Lei nº 1.533/51)
disciplina essa ação especial e, em seu art. 5º, inciso II, dispõe que
não comporta mandado de segurança em face de decisão judicial
da qual caiba recurso com efeito suspensivo.
Entretanto, a jurisprudência trabalhista vem admitindo a
possibilidade de manejo do Mandado de Segurança, mesmo
quando a hipótese comportar impugnação por instrumento
processual específico previsto em lei, quando vislumbrar um
potencial gravame para a parte em decorrência do ato coator, bem
como inexistir recurso eficaz de modo a coibir de imediato os efeitos
do ato impugnado, justificando, assim, a impetração excepcional do
mandamus.
Feito o registro, passo a apreciar o pedido liminar formulado no
presente Mandado de Segurança.
Da liminar postulada.
Oart. 7º, inciso III, da Lei n. 12.016/09, dispõe que o juiz, ao
despachar a inicial do Mandado de Segurança pode ordenar a
suspensão do ato que deu motivo ao pedido, quando “(...) houver
fundamento relevante e do ato impugnado puder resultar a
ineficácia da medida, caso seja finalmente deferida (...)”.
Conforme leciona Hely Lopes Meirelles ( in, "Mandado de
Segurança", 26ª edição. São Paulo, Malheiros, 2003, p. 76) que
"para a concessão da liminar devem concorrer os dois requisitos
legais, ou seja, a relevância dos motivos em que se assenta o
pedido da inicial e a possibilidade da ocorrência de lesão irreparável
ao direito do impetrante se vier a ser reconhecido na decisão de
mérito".
JáManoel Antônio Teixeira Filho, em sua obra “Mandado de
Segurança na Justiça do Trabalho”, 3ª edição, São Paulo, Editora
LTR, 2010, p. 234/235, leciona que a relevância do fundamento do
pedido para suspensão do ato questionado “(...), decorre não da
eventual excelência do direito que se procura proteger e sim das
conseqüências oriundas da lesão causada ao direito pelo ato da
autoridade, ou das conseqüências que advirão na hipótese de a
ameaça de violação consumar-se”.
De logo, destaco que o mandamusfoi impetrado em face de ato da
autoridade dita coatora, que determinou a inclusão no polo passivo
da empresa Cícero Vicente Rosa (Nome de Fantasia: RVC
Tecidos), ora impetrante, bem como a realização de consulas
Bacenjud e Renajud em face desta.
O impetrante afirma que foi efetivado “bloqueio cautelar de ativos
financeiros antes de oportunizar ao Impetrante a possibilidade de se
defender sobre a execução contra sua pessoa jurídica, após ter
realizado o incidente de desconsideração inversa da personalidade
jurídica”
Esclarece que não foi citado ou intimado da sua inclusão no
Processo de origem, visto que o procedimento da desconsideração
inversa da personalidade jurídica exige. Salienta que não poderia
ser executado sem que todos os meios de execução contra os
reclamados originais não estivessem esgotados, assim como não
poderia ter bloqueado valores sem o devido processo legal.
Aduz que, segundo o art. 135 do CPC, instaurado o incidente, o
sócio ou a pessoa jurídica será citado para manifestar-se e requerer
as provas cabíveis no prazo de 15 (quinze) dias. Entende que a
decisão guerreada é ilegal ao determinar o bloqueio das contas do
impetrante sem o devido processo legal, violando o art. 5º, LIV, da
Constituição Federal e art. 135 do CPC.
Pugna seja concedida medida liminar para que “suspenda
imediatamente qualquer tipo de bloqueio judicial em face do
Impetrante” e “libere de imediato os valores bloqueados na conta do
banco Santander o valor de R$ 17.853,48 (dezessete mil, oitocentos
e cinquenta e três reais e quarenta e oito centavos), bem como na
conta do banco Bradesco o valor de R$ 6.698,70 (seis mil,
seiscentos e noventa e oito reais e setenta centavos),realizados por
meio do processo de nº. 0000259-72.2019.5.06.031”.
Pois bem.
Oato atacado está assim vazado (ID. f1d61a1):
“VISTOS,
Inicialmente, retire-se o sigilo do documento de #id: c329721, haja
vista que a parte não apresentou justificativa para manter tal
documento em sigilo.
Na petição de #id:c329721, o exequente requer que seja
redirecionada execução em face da empresa CÍCERO VICENTE
ROSA (NOME DE FANTASIA: RVC TECIDOS),inscrita no CNPJ
n.00.804.176/0001-04, de titularidade da executada CÍCERO
VICENTE ROSA.
A consulta à Receita Federal #id:75388b6 demonstra que a
empresa indicada é individual e pertence ao executada CÍCERO
VICENTE ROSA.
O instituto da desconsideração inversa da personalidade jurídica é
aplicado quando, restando infrutífera a execução contra a devedora
principal e seu sócio ou proprietário, é constatado que o mesmo
esvaziou seu patrimônio e integra o quadro societário de empresa
diversa. Analisando os autos, verifico que a suscitada é empresa
individual. Conforme entendimento da doutrina e jurisprudência, não
há necess idade de ins tauração do proced imento de
desconsideração da pessoa jurídica do empresário individual, posto
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que a personalidade jurídica, nesse caso, é apenas uma ficção
jurídica. Na verdade, o patrimônio do empresário individual e da
pessoa física titular se confundem.
Assim, determino:
1. Inclua-se no polo passivo a empresa CÍCERO VICENTE ROSA
(NOME DE FANTASIA: RVC TECIDOS), inscrita no CNPJ n.
00.804.176/0001-04, uma vez que o patrimônio da empresa
individual e da pessoa física titular se confundem.
2. Proceda com as consultas Bacenjud e Renajud em face da
empresa CÍCERO VICENTE ROSA (NOME DE FANTASIA: RVC
TECIDOS), inscrita no CNPJ n. 00.804.176/0001-04.
CARUARU/PE, 08 de abril de 2021.
KATIA KEITIANE DA ROCHA PORTER
Juíza do Trabalho Titular”
Compulsando os documentos que acompanham a petição inicial do
presentemandamus, verifica-se que o devedor principal é a pessoa
física Cícero Vicente Rosa, proprietário da Chácara Concheira das
Rosas, sendo que, após sucessivas medidas executivas se
mostrarem infrutíferas em face deste, a dita autoridade coatora,
acolhendo pedido do exequente, determinou a inclusão no polo
passivo da empresa individual CÍCERO VICENTE ROSA (NOME
DE FANTASIA: RVC TECIDOS), inscr i ta no CNPJ n.
00.804.176/0001-04.
Nesse caso, como bem pontuou a dita autoridade coatora, o
patrimônio do empresário individual e da pessoa física se
confundem, uma vez que não há personalidade jurídica distinta e
independente, mas mera ficção jurídica para fins tributários.
Por tal motivo, é plenamente possível a realização dos atos
expropriatórios em face do empresário individual ou da pessoa
física, sem que seja necessária a instauração de incidente de
desconsideração da personalidade jurídica.
Nesse sentido, cito as seguintes jurisprudenciais:
AGRAVO DE PETIÇÃO DO EXEQUENTE. EXECUÇÃO CONTRA
PESSOA FÍSICA. REDIRECIONAMENTO DA EXECUÇÃO A
EMPRESA INDIVIDUAL. POSSIBILIDADE. A empresa individual
se confunde patrimonialmente com a própria pessoa física do
empresário individual, sendo que a sua inscrição no CNPJ se dá
somente para fins tributários. Embora normalmente a execução seja
redirecionada da empresa individual para a pessoa física titular, não
há impedimento para que isso ocorra no caminho inverso, na
medida em que os patrimônios de ambos se confundem, sendo,
a inda, desnecessár ia a ins tauração de inc idente de
desconsideração da personalidade jurídica. Agravo de petição do
exequente a que se dá provimento para determinar o
redirecionamento da execução às empresas individuais de
titularidade dos executados. (TRT-4 - AP: 01043001320015040302,
Data de Julgamento: 12/03/2021, Seção Especializada em
Execução)
EXECUÇÃO. EMPRESA INDIVIDUAL. DESCONSIDERAÇÃO DA
PERSONALIDADE JURÍDICA. DESNECESSIDADE .O
empresário individual é a pessoa física que exerce atividade
empresarial em nome próprio. Nessa situação, não há
separação entre o patrimônio pessoal do empresário e o da
empresa. Há, de fato, verdadeira confusão patrimonial entre o
patrimônio da pessoa física e o da firma individual, conforme
fora muito bem ponderado pela origem. Assim sendo,
despiciendo se torna o procedimento de desconsideração da
personalidade jurídica das empresas executadas, as quais, em
verdade, se confundem com a pessoa física das respectivas
empresárias, ora agravantes. Recurso desprovido.(TRT-15 -
AP: 00113526720175150049 0011352-67.2017.5.15.0049, Relator:
OLGA AIDA JOAQUIM GOMIERI, 1ª Câmara, Data de Publicação:
05/06/2020)
AGRAVO DE PETIÇÃO - DESCRIÇÃO DA NATUREZA JURÍDICA
COMO EMPRESÁRIO (INDIVIDUAL) - DESNECESSÁRIA A
INSTAURAÇÃO DO DESCONSIDERAÇÃO DA PERSONALIDADE
JURÍDICA. Em razão da EVIDENTE CONFUSÃO PATRIMONIAL
entre a pessoa física e o "EMPRESÁRIO (INDIVIDUAL)",
entendo que plenamente possível o direcionamento da
execução em face da pessoa física, que responde com o seu
patrimônio pessoal pelas obrigações assumidas em nome da
"EMPRESA", não havendo, na HIPÓTESE, a necessidade da
instauração do INCIDENTE DE DESCONSIDERAÇÃO DA
PERSONALIDADE JURÍDICA, em atenção ao disposto no artigo
855-A da CLT (caput acrescentado pela Lei nº 13.467, de 13-7-
2017).(TRT-1 - AP: 01004836420185010451 RJ, Relator: VALMIR
DE ARAUJO CARVALHO, Data de Julgamento: 27/11/2019,
Segunda Turma, Data de Publicação: 17/12/2019)
Registre-se, por oportuno, que, em que pese normalmente a
execução seja redirecionada da empresa individual para a pessoa
física titular, não há impedimento para que isso ocorra no sentido
inverso, uma vez que, como dito, os patrimônios de ambos se
confundem.
Por fim, em relação à ausência de citação, verifico que o reclamado
Cícero Vicente Rosa foi citado, em 11 de novembro de 2020, para
pagar a dívida ou indicar bens passíveis de penhora, no prazo de 10
(dez) dias, sob pena de responder com os seus próprios bens
(documento de ID. e6ca19d - pág. 146).
Nesse contexto, entendo que não restou comprovado, de plano, a
existência dos requisitos previstos no art. 300 do CPC/2015 para a
concessão da tutela provisória.
Logo, em juízo de cognição sumária típico das tutelas urgentes,
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3212/2021 Tribunal Regional do Trabalho da 6ª Região 16
Data da Disponibilização: Quinta-feira, 29 de Abril de 2021
entendo que não restou cabalmente demonstrada a existência dos
requisitos legais para a concessão da liminar em Mandado de
Segurança, na forma exigida peloart. 7º, inciso III, da Lei nº.
12.016/09. E assim, em juízo de cognição sumária, próprio das
medidas liminares, INDEFIROa liminar postulada.
Por conseguinte, determino as seguintes providências:
1) Dê-se ciência ao impetrante do inteiro teor desta decisão.
2) Oficie-se a autoridade coatora (MM. Juízo da 3ª Vara do Trabalho
de Caruaru/PE), dando-lhe conhecimento desta decisão e que
preste as informações necessárias, no prazo de 10 (dez) dias, sob
pena de responsabilidade, conforme art. 116 do Regimento Interno
do Regional e do art. 26 da Lei nº 12.016/2009.
3) Cite-se o litisconsorte passivo no endereço fornecido na petição
inicial dos presentes autos, dando-lhe ciência da presente decisão
e, querendo, passe a integrar o writ, no prazo de 10 (dez) dias.
RECIFE/PE, 29 de abril de 2021.
 MARIA DO SOCORRO SILVA EMERENCIANO
 Desembargadora do Trabalho da 6ª Região
Gabinete Desembargadora Nise Pedroso Lins de
Sousa
Notificação
Processo Nº MSCiv-0000989-18.2020.5.06.0000
Relator NISE PEDROSO LINS DE SOUSA
IMPETRANTE EMERSON DA CONCEICAO XAVIER
ADVOGADO ERICK BATISTA MARQUES DA
COSTA(OAB: 22807-D/PE)
IMPETRADO JUÍZO DA 19ª VARA DO TRABALHO
DO RECIFE
CUSTOS LEGIS MINISTÉRIO PÚBLICO DO
TRABALHO
TERCEIRO
INTERESSADO
BORBOREMA IMPERIAL
TRANSPORTES LTDA
ADVOGADO Jairo Cavalcanti de Aquino(OAB:
1623/PE)
Intimado(s)/Citado(s):
 - EMERSON DA CONCEICAOXAVIER
 PODER JUDICIÁRIO
 JUSTIÇA DO
INTIMAÇÃO
Fica V. Sa. intimado para tomar ciência do Despacho ID 5cc8a5f
proferido nos autos.
DESPACHO
Defiro a gratuidade da justiça pleiteada e, por consequência,
dispenso o trabalhador do pagamento das custas processuais a que
foi condenado, no importe de R$20,00.
Arquivem-se os autos.
Recife, 28 de abril de 2021
NISE PEDROSO LINS DE SOUSA
Desembargadora Relatora
RECIFE/PE, 29 de abril de 2021.
 NISE PEDROSO LINS DE SOUSA
 Desembargadora do Trabalho da 6ª Região
Processo Nº MSCiv-0000931-15.2020.5.06.0000
Relator NISE PEDROSO LINS DE SOUSA
IMPETRANTE EMPRESA BRASILEIRA DE
CORREIOS E TELEGRAFOS
IMPETRADO JUÍZO DA 21ª VARA DO TRABALHO
DO RECIFE
TERCEIRO
INTERESSADO
TARCIANO FRANCA DA SILVA
ADVOGADO JOSE LIVONILSON DE
SIQUEIRA(OAB: 22443/PE)
CUSTOS LEGIS MINISTÉRIO PÚBLICO DO
TRABALHO
Intimado(s)/Citado(s):
 - TARCIANO FRANCA DA SILVA
 PODER JUDICIÁRIO
 JUSTIÇA DO
INTIMAÇÃO
Fica V. Sa. intimado para tomar ciência do Despacho ID 7b4ed53
proferido nos autos.
DESPACHO
Intime-se o litisconsorte passivo para, no prazo de cinco dias,
comprovar o pagamento das custas processuais a que foi
condenado.
Recife, 28 de abril de 2021.
NISE PEDROSO LINS DE SOUSA
Desembargadora Relatora
RECIFE/PE, 29 de abril de 2021.
 NISE PEDROSO LINS DE SOUSA
 Desembargadora do Trabalho da 6ª Região
Gabinete Desembargador Ruy Salathiel de
Albuquerque e Mello Ventura
Código para aferir autenticidade deste caderno: 165952
3212/2021 Tribunal Regional do Trabalho da 6ª Região 17
Data da Disponibilização: Quinta-feira, 29 de Abril de 2021
Notificação
Processo Nº MSCiv-0000168-77.2021.5.06.0000
Relator RUY SALATHIEL DE ALBUQUERQUE
E MELLO VENTURA
IMPETRANTE INSTITUTO DE MEDICINA INTEGRAL
PROFESSOR FERNANDO FIGUEIRA
- IMIP
ADVOGADO FELLIPE SAVIO ARAUJO DE
MAGALHAES(OAB: 21382/PE)
IMPETRADO JUÍZO DA 18ª VARA DO TRABALHO
DO RECIFE
CUSTOS LEGIS MINISTÉRIO PÚBLICO DO
TRABALHO
TERCEIRO
INTERESSADO
JHONAS HENRIQUE DIAS DA
NOBREGA
ADVOGADO JOAO VITOR DOS SANTOS
GOMES(OAB: 45128/PE)
Intimado(s)/Citado(s):
 - INSTITUTO DE MEDICINA INTEGRAL PROFESSOR
FERNANDO FIGUEIRA - IMIP
 PODER JUDICIÁRIO
 JUSTIÇA DO
INTIMAÇÃO
Fica V. Sa. intimado para tomar ciência do Despacho ID 725fc56
proferido nos autos.
PROC. Nº. TRT – 0000168-77.2021.5.06.0000 (MS)
D E S P A C H O
Remetam-se os presentes autos à Procuradoria Regional do
Trabalho para emissão de parecer, no prazo de 10 dias, em
conformidade com o disposto no inciso IV do artigo 50 e no § 6º do
art. 116 ambos do Regimento Interno desta Corte.
Após, voltem os autos conclusos.
RECIFE/PE, 29 de abril de 2021.
 RUY SALATHIEL DE ALBUQUERQUE E MELLO VENTURA
 Desembargador do Trabalho da 6ª Região
Gabinete Desembargadora Virgínia Canavarro
Notificação
Processo Nº ROT-0000427-94.2020.5.06.0004
Relator VIRGINIA MALTA CANAVARRO
RECORRENTE LELECO'S COMIDAS LTDA - EPP
ADVOGADO JOSIAS DE HOLLANDA CALDAS
FILHO(OAB: 21745/PE)
RECORRIDO PAULO CESAR DA SILVA
ADVOGADO EDVALDO CASSIMIRO
CAVALCANTI(OAB: 27763/PE)
Intimado(s)/Citado(s):
 - LELECO'S COMIDAS LTDA - EPP
 PODER JUDICIÁRIO
 JUSTIÇA DO
INTIMAÇÃO
Fica V. Sa. intimado para tomar ciência da Decisão ID 2bb25cc
proferida nos autos.
DECISÃO
Trata-se de embargos de declaração opostos por LELECO'S
COMIDAS LTDA – EPP (Restaurante “Divino Fogão” do Shopping
Recife) em face da decisão de ID 3499396, que indeferiu o pedido
de concessão dos benefícios da justiça gratuita e concedeu prazo
para que a parte procedesse à regularização do preparo, na forma
do que determina o art. 99, §7º do CPC/2015.
Em suas razões de ID 6d829f5, a embargante sustenta que a
Decisão de ID 3499396 encontra-se equivocada, pois, nos termos
do art. 99, §2º do Novo CPC, deveria ter sido previamente intimada
para apresentar provas de sua miserabilidade. Na sequência, aduz
que “permanece em flagrante crise e fragilidade financeira”, o que
prova por meio dos extratos bancários e “e-mails remetidos ao
Shopping Center Recife, solicitando a redução da locação”.
Acrescenta que, por meio dos citados extratos, faz prova de que
contraiu empréstimos, a fim de evitar o encerramento de suas
atividades.
Pois bem.
Na Decisão embargada, esta Relatora indeferiu o pedido relativo à
assistência judiciária gratuita, por entender que a reclamada,
empresa de pequeno porte, não fez prova da alegada insuficiência
financeira. Vejamos os seus fundamentos:
“A concessão da justiça gratuita, em âmbito trabalhista, sempre
esteve vinculada ao "trabalhador", pessoa natural, em vista de sua
condição de hipossuficiente, havendo certo distanciamento da figura
do empregador (mormente na qualidade de pessoa jurídica), o que
acabava por restringir, em dado grau, o direito de acesso à justiça
pelo mesmo.
Com o tempo, a interpretação do tema sofreu alterações, passando-
se a estender a possibilidade de concessão do benefício ao
empregador, inclusive pessoa jurídica, de maneira excepcional,
caso cabalmente demonstrada a ausência de condições financeiras
para o custeio do processo.
A nova interpretação ganhou reforço a partir da vigência do Código
de Processo Civil de 2015 (Lei nº 13.105/2015), que regulou a
possibilidade de concessão do benefício da gratuidade da justiça
Código para aferir autenticidade deste caderno: 165952
3212/2021 Tribunal Regional do Trabalho da 6ª Região 18
Data da Disponibilização: Quinta-feira, 29 de Abril de 2021
tanto a pessoas naturais como a pessoas jurídicas (art. 98),
trazendo apenas, como traço distintivo primário, a necessidade de
demonstração cabal de insuficiência financeira por pessoas
jurídicas, o que ganhou realce com a Súmula nº 463 do C. TST.
Por último, a Lei nº 13.467/2017 previu, expressamente, no art. 790,
§§ 3º e 4º da CLT a possibilidade de concessão da gratuidade da
justiça, em qualquer instância, de requerimento ou de ofício, a
qualquer das partes, desde que: i) percebam salário igual ou inferior
a 40% (quarenta por cento) do limite máximo dos benefícios do
Regime Geral de Previdência Social; ii) comprovem insuficiência de
recursos para o pagamento das custas do processo, presumindo-se
a veracidade da alegação de insuficiência deduzida por pessoa
natural (art. 99 do CPC/2015 c/c art. 769 da CLT) – cuja presunção
de veracidade fica afastada, no entanto, se houver impugnação pela
parte contrária à hipossuficiência financeira alegada, passando a
ser ônus do interessado na gratuidade da justiça provar que não
possui recursos para suportar as despesas processuais sem
prejuízo do próprio sustento e de sua família – e exigindo-se da
pessoa jurídica, ao reverso, prova inequívoca de tal condição,
conforme Súmula nº 463 do TST.
Destaque-se que esta Egrégia Terceira Turma firmou entendimento
no sentido de equiparar à pessoa natural, quanto aos requisitos
para concessão da benesse da justiça gratuita, o empregador
individual, ainda que pessoa jurídica, ou microempresa. Nesse
sentido, cito o AIRO nº 0000817-61.2018.5.06.0351, de redatoria da
Des.ª Maria Clara Saboya Albuquerque Bernardino e o AIRO nº
0000665-49.2018.5.06.0242, relator Des. Ruy Salathiel de A. M.
Ventura.
Ocorre que a reclamada é uma empresa de pequeno porte, que não
trouxe qualquer documentação apta a demonstrar a suposta
insuficiência financeira que a impossibilite de arcar com o preparo
necessário ao conhecimento do seu apelo.
Note-se que os únicos documentos acastelados aos autos não se
prestam à tal finalidade (v. Guias de Previdência Social, Relação de
Trabalhadores Constantes no Arquivo SEFIP, Relatório Analítico de
GPS, Declaração das Contribuições a Recolher à Previdenciária
Social e Confissão de Não Recolhimento de Valores de FGTS - IDs
28e162b e 657b4f5) Sendo assim, à míngua de prova da alegada
insuficiência econômica, indefiro a concessão dos benefícios da
justiça gratuita.
Em consequência e com base no art. 99, §7º do

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