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Caderno Judiciário do Tribunal Regional do Trabalho da 6ª Região DIÁRIO ELETRÔNICO DA JUSTIÇA DO TRABALHO PODER JUDICIÁRIO REPÚBLICA FEDERATIVA DO BRASIL Nº3212/2021 Data da disponibilização: Quinta-feira, 29 de Abril de 2021. DEJT Nacional Tribunal Regional do Trabalho da 6ª Região Maria Clara Saboya Albuquerque Bernardino Desembargadora Presidente do TRT da 6ª Região Nise Pedroso Lins de Sousa Desembargadora Vice-presidente do TRT da 6ª Região Ruy Salathiel de Albuquerque e Mello Ventura Desembargador Corregedor do TRT da 6ª Região Cais do Apolo, 739 Bairro do Recife Recife/PE CEP: 50030902 Telefone(s) : (81) 32253200 Gabinete Desembargadora Eneida Melo Notificação Processo Nº RORSum-0000927-10.2018.5.06.0012 Relator ENEIDA MELO CORREIA DE ARAUJO RECORRENTE SINDICATO DOS REPRESENTANTES COMERCIAIS E EMPRESAS DE REPRESENTACOES COMERCIAIS DE PERNAMBUCO- SIRCOPE ADVOGADO LAERCIO DE SOUZA RIBEIRO NETO(OAB: 20533-D/PE) ADVOGADO MAXIMIANO JOSE CORREIA MACIEL NETO(OAB: 29555/PE) ADVOGADO LEVI DE SIQUEIRA CAMPOS MOURA(OAB: 25310-D/PE) RECORRIDO BARCA REPRESENTACOES LTDA ADVOGADO KATIA CRISTINA TENORIO DE SIQUEIRA ZIMMERLE(OAB: 12862- D/PE) ADVOGADO ANNA KARENYNA ZIMMERLE DE LIMA(OAB: 39134/PE) ADVOGADO MARIA DAS GRACAS COSTA SANTOS(OAB: 12973/PE) Intimado(s)/Citado(s): - BARCA REPRESENTACOES LTDA PODER JUDICIÁRIO JUSTIÇA DO INTIMAÇÃO Fica V. Sa. intimado para tomar ciência do Despacho ID 9d59f11 proferido nos autos. DESPACHO Vistos etc. Indefiro o pedido de isenção das custas, pleiteado no Recurso interposto pelo Sindicato dos Representantes Comerciais e Empresas de Representações Comerciais de Pernambuco - SIRCOPE, tendo em vista que a disposição constante no artigo 606, §2º, da CLT, não se aplica à hipótese dos autos. A jurisprudência do Tribunal Superior do Trabalho tem concedido interpretação bastante restritiva ao dispositivo acima indicado, de modo a não alcançar as ações de cobrança, mas apenas as ações executivas que apresentem a certidão expedida pelo Ministério do Trabalho, o que não ocorreu neste processo. Ademais, não demonstrou o Sindicato prova material e definitiva de sua dificuldade financeira. E, desde já, ressalto que não basta a mera declaração de miserabilidade para o fim de isentá-lo do pagamento das despesas processuais. Nesse contexto, não faz jus o Sindicato Autor ao benefício perseguido. Por analogia, de acordo com o art. 99, § 7.º, do novo Código de Processo Civil, ao ser indeferido o requerimento de concessão da gratuidade, na fase recursal, incumbe ao relator a fixação de prazo para recolhimento do preparo. Tanto assim que, adaptando-se ao novo regramento legal, o Colendo Tribunal Superior do Trabalho alterou a redação da Orientação Jurisprudencial n.º 269, da Subseção I Especializada em Dissídios Individuais, incluindo um segundo item com a seguinte redação: "II - Indeferido o requerimento de justiça gratuita formulado na fase recursal, cumpre ao relator fixar prazo para que o recorrente efetue o preparo (art. 99, § 7.º, do CPC de 2015)". Assim, a fim de conferir efetividade ao dispositivo processual e à diretriz da OJ n.º 269, da SBDI-1, do TST, converto o processo em diligência, determinando a notificação do Sindicato Autor, para, no prazo de 05 (cinco) dias, efetuar o pagamento das custas processuais, a viabilizar o conhecimento do seu Recurso Ordinário. Cumpra-se. Código para aferir autenticidade deste caderno: 165952 3212/2021 Tribunal Regional do Trabalho da 6ª Região 2 Data da Disponibilização: Quinta-feira, 29 de Abril de 2021 RECIFE/PE, 28 de abril de 2021. ENEIDA MELO CORREIA DE ARAUJO Desembargadora do Trabalho da 6ª Região Processo Nº RORSum-0000927-10.2018.5.06.0012 Relator ENEIDA MELO CORREIA DE ARAUJO RECORRENTE SINDICATO DOS REPRESENTANTES COMERCIAIS E EMPRESAS DE REPRESENTACOES COMERCIAIS DE PERNAMBUCO- SIRCOPE ADVOGADO LAERCIO DE SOUZA RIBEIRO NETO(OAB: 20533-D/PE) ADVOGADO MAXIMIANO JOSE CORREIA MACIEL NETO(OAB: 29555/PE) ADVOGADO LEVI DE SIQUEIRA CAMPOS MOURA(OAB: 25310-D/PE) RECORRIDO BARCA REPRESENTACOES LTDA ADVOGADO KATIA CRISTINA TENORIO DE SIQUEIRA ZIMMERLE(OAB: 12862- D/PE) ADVOGADO ANNA KARENYNA ZIMMERLE DE LIMA(OAB: 39134/PE) ADVOGADO MARIA DAS GRACAS COSTA SANTOS(OAB: 12973/PE) Intimado(s)/Citado(s): - SINDICATO DOS REPRESENTANTES COMERCIAIS E EMPRESAS DE REPRESENTACOES COMERCIAIS DE PERNAMBUCO-SIRCOPE PODER JUDICIÁRIO JUSTIÇA DO INTIMAÇÃO Fica V. Sa. intimado para tomar ciência do Despacho ID 9d59f11 proferido nos autos. DESPACHO Vistos etc. Indefiro o pedido de isenção das custas, pleiteado no Recurso interposto pelo Sindicato dos Representantes Comerciais e Empresas de Representações Comerciais de Pernambuco - SIRCOPE, tendo em vista que a disposição constante no artigo 606, §2º, da CLT, não se aplica à hipótese dos autos. A jurisprudência do Tribunal Superior do Trabalho tem concedido interpretação bastante restritiva ao dispositivo acima indicado, de modo a não alcançar as ações de cobrança, mas apenas as ações executivas que apresentem a certidão expedida pelo Ministério do Trabalho, o que não ocorreu neste processo. Ademais, não demonstrou o Sindicato prova material e definitiva de sua dificuldade financeira. E, desde já, ressalto que não basta a mera declaração de miserabilidade para o fim de isentá-lo do pagamento das despesas processuais. Nesse contexto, não faz jus o Sindicato Autor ao benefício perseguido. Por analogia, de acordo com o art. 99, § 7.º, do novo Código de Processo Civil, ao ser indeferido o requerimento de concessão da gratuidade, na fase recursal, incumbe ao relator a fixação de prazo para recolhimento do preparo. Tanto assim que, adaptando-se ao novo regramento legal, o Colendo Tribunal Superior do Trabalho alterou a redação da Orientação Jurisprudencial n.º 269, da Subseção I Especializada em Dissídios Individuais, incluindo um segundo item com a seguinte redação: "II - Indeferido o requerimento de justiça gratuita formulado na fase recursal, cumpre ao relator fixar prazo para que o recorrente efetue o preparo (art. 99, § 7.º, do CPC de 2015)". Assim, a fim de conferir efetividade ao dispositivo processual e à diretriz da OJ n.º 269, da SBDI-1, do TST, converto o processo em diligência, determinando a notificação do Sindicato Autor, para, no prazo de 05 (cinco) dias, efetuar o pagamento das custas processuais, a viabilizar o conhecimento do seu Recurso Ordinário. Cumpra-se. RECIFE/PE, 28 de abril de 2021. ENEIDA MELO CORREIA DE ARAUJO Desembargadora do Trabalho da 6ª Região Processo Nº ROT-0000386-88.2020.5.06.0017 Relator ENEIDA MELO CORREIA DE ARAUJO RECORRENTE ANA PAULA ALVES GONZAGA ADVOGADO EDVALDO CASSIMIRO CAVALCANTI(OAB: 27763/PE) RECORRENTE LELECO'S COMIDAS LTDA - EPP ADVOGADO JOSIAS DE HOLLANDA CALDAS FILHO(OAB: 21745/PE) RECORRIDO ANA PAULA ALVES GONZAGA ADVOGADO EDVALDO CASSIMIRO CAVALCANTI(OAB: 27763/PE) RECORRIDO LELECO'S COMIDAS LTDA - EPP ADVOGADO JOSIAS DE HOLLANDA CALDAS FILHO(OAB: 21745/PE) Intimado(s)/Citado(s): - ANA PAULA ALVES GONZAGA - LELECO'S COMIDAS LTDA - EPP PODER JUDICIÁRIO JUSTIÇA DO INTIMAÇÃO Fica V. Sa. intimado para tomar ciência da Decisão ID 59f9a83 proferida nos autos. Vistos etc. Embargos de Declaração opostos por LELECO'S COMIDAS LTDA - EPP, alegando a existência de omissão na decisão de fls. 207/209. Código para aferir autenticidade deste caderno: 165952 3212/2021 Tribunal Regional do Trabalho da 6ª Região 3 Data da Disponibilização: Quinta-feira, 29 de Abril de 2021 Argumenta que de acordo com o §2º do art. 99 do CPC, deve-se determinar, antes do indeferimento do pedido de gratuidade da justiça, a comprovação dos referidos pressupostos. Deduz, assim, que somente após a determinação judicial para a apresentação da documentação, objetivando o preenchimento “dos pressupostos da benesse, decorreria na aplicação do disposto noart. 99, §7º do CPC”. Afirma que nesta ocasião, acosta aos autos documentação em que demonstraria que a Empresa do ramo alimentício, permanece em crise financeira. Salienta o conteúdo de extrato bancário e emails remetidos ao Shopping Center Recife,solicitando a redução da locação em razão da pandemia vivenciada. Entende, portanto, preenchido os requisitos para a concessão da gratuidade da Justiça. Sendo assim, pede que a omissão seja sanada, com a análise da documentação que afirma ter sido carreada aos autos, com base no art. 99, §2º do CPC. Rejeito. É de conhecimento comezinho que os Embargos Declaratórios se prestam a sanar omissão, obscuridade ou escoimar contradição no julgado e a corrigir manifesto equívoco na análise dos pressupostos de admissibilidade do recurso, nos termos dispostos nos artigos 897 -A da CLT, e 1.022 do NCPC e, neste caso, falha alguma suscitada no remédio utilizado pode ser detectada. A decisão hostilizada expressou com clareza, objetividade e precisão, as razões pelas quais consignou o prazo de 05 (cinco) dias para comprovação do preparo, por não haver nos autos qualquer elemento probatório que justificasse a ampliação dos benefícios conferidos às pequenas Empresas para efeito de preparo recursal, como se pode inferir da intelecção do §9º do art. 899 da CLT: “Art. 899 - […] §9o O valor do depósito recursal será reduzido pela metade para entidades sem fins lucrativos, empregadores domésticos, microempreendedores individuais, microempresas e empresas de pequeno porte.” (g.n.). O cenário de pandemia mundial que resultou no quadro de recessão que é de conhecimento público e notório, não permite presumir que a Demandada se encontre sem condições financeiras de realizar o preparo ou, como admitido pelo CNJ, a substituição de depósitos judiciais e penhora por seguro garantia ou fiança bancária. Ademais, a Empresa tinha as condições e os meios de comprovar a suposta situação econômica deficitária, bastava, para isso, apresentar o seu balanço antes e durante a pandemia e por ocasião da interposição do Recurso, mas quedou-se inerte. Na fase de cognição, conquanto a Ré tenha ressaltado as dificuldades enfrentadas nos primeiros meses de pandemia, não apresentou prova concreta alguma da hipossuficiência econômica. E tanto é assim e de tal forma que não requereu esses auspícios de gratuidade da Justiça quando da petição inicial da Ação de Consignação em Pagamento de fls. 02/09, com base no art. 99, §2º do CPC, reproduzido de forma exata e integral a seguir: “Art. 99. O pedido de gratuidade da justiça pode ser formulado na petição inicial, na contestação, na petição para ingresso de terceiro no processo ou em recurso. § 1º Se superveniente à primeira manifestação da parte na instância, o pedido poderá ser formulado por petição simples, nos autos do próprio processo, e não suspenderá seu curso. § 2º O juiz somente poderá indeferir o pedido se houver nos autos elementos que evidenciem a falta dos pressupostos legais para a concessão de gratuidade, devendo, antes de indeferir o pedido, determinar à parte a comprovação do preenchimento dos referidos pressupostos. (g.n.) [...]” Lembro que este Juízo Revisional não se vincula ao Juízo do primeiro grau no exame dos pressupostos de admissibilidade, razão pela qual, em casos como tais, não observado o preenchimento dos requisitos legais para concessão da gratuidade da Justiça à empresa jurídica, cumpre à Relatora fazer cumprir o dispositivo legal contido no art. 99, §7º do CPC, citado na decisão atacada e transcrito literalmente neste momento: “§ 7º Requerida a concessão de gratuidade da justiça em recurso, o recorrente estará dispensado de comprovar o recolhimento do preparo, incumbindo ao relator , neste caso, apreciar o requerimento e, se indeferi-lo, fixar prazo para realização do recolhimento”. (g.n.) Portanto, não há eiva de omissão na decisão atacada que autorize a oposição de Embargos de Declaração. Muito menos de pretensão da Demandada à prorrogação do prazo peremptório cominado no despacho atacado para comprovação do preparo. Deve ser tido que são absolutamente extemporâneos os documentos apresentados às fls. 223/231 por meio de remédio recursal absolutamente inadequado. Não há como ser conhecido. Repiso: Não houve comprovação no caderno processual da hipossuficiência econômica da Empresa, a exemplo de apresentação de balanço financeiro pormenorizado, demonstrando receitas e despesas e relação de empregados, quiçá cruzamento de dados do faturamento mensal com as obrigações trabalhistas, fiscais e previdenciárias, objetivando-se comprovar a ausência de condições de promover o preparo que objetiva garantir o Código para aferir autenticidade deste caderno: 165952 3212/2021 Tribunal Regional do Trabalho da 6ª Região 4 Data da Disponibilização: Quinta-feira, 29 de Abril de 2021 cumprimento da efetiva prestação jurisdicional. Neste cenário, rejeito os embargos. Intimem-se. Após, certifique a Secretaria da Turma se decorrido o prazo consignado no despacho de fls. 207/209. RECIFE/PE, 28 de abril de 2021. ENEIDA MELO CORREIA DE ARAUJO Desembargadora do Trabalho da 6ª Região Processo Nº ROT-0000386-88.2020.5.06.0017 Relator ENEIDA MELO CORREIA DE ARAUJO RECORRENTE ANA PAULA ALVES GONZAGA ADVOGADO EDVALDO CASSIMIRO CAVALCANTI(OAB: 27763/PE) RECORRENTE LELECO'S COMIDAS LTDA - EPP ADVOGADO JOSIAS DE HOLLANDA CALDAS FILHO(OAB: 21745/PE) RECORRIDO ANA PAULA ALVES GONZAGA ADVOGADO EDVALDO CASSIMIRO CAVALCANTI(OAB: 27763/PE) RECORRIDO LELECO'S COMIDAS LTDA - EPP ADVOGADO JOSIAS DE HOLLANDA CALDAS FILHO(OAB: 21745/PE) Intimado(s)/Citado(s): - ANA PAULA ALVES GONZAGA - LELECO'S COMIDAS LTDA - EPP PODER JUDICIÁRIO JUSTIÇA DO INTIMAÇÃO Fica V. Sa. intimado para tomar ciência da Decisão ID 59f9a83 proferida nos autos. Vistos etc. Embargos de Declaração opostos por LELECO'S COMIDAS LTDA - EPP, alegando a existência de omissão na decisão de fls. 207/209. Argumenta que de acordo com o §2º do art. 99 do CPC, deve-se determinar, antes do indeferimento do pedido de gratuidade da justiça, a comprovação dos referidos pressupostos. Deduz, assim, que somente após a determinação judicial para a apresentação da documentação, objetivando o preenchimento “dos pressupostos da benesse, decorreria na aplicação do disposto no art. 99, §7º do CPC”. Afirma que nesta ocasião, acosta aos autos documentação em que demonstraria que a Empresa do ramo alimentício, permanece em crise financeira. Salienta o conteúdo de extrato bancário e emails remetidos ao Shopping Center Recife,solicitando a redução da locação em razão da pandemia vivenciada. Entende, portanto, preenchido os requisitos para a concessão da gratuidade da Justiça. Sendo assim, pede que a omissão seja sanada, com a análise da documentação que afirma ter sido carreada aos autos, com base no art. 99, §2º do CPC. Rejeito. É de conhecimento comezinho que os Embargos Declaratórios se prestam a sanar omissão, obscuridade ou escoimar contradição no julgado e a corrigir manifesto equívoco na análise dos pressupostos de admissibilidade do recurso, nos termos dispostos nos artigos 897 -A da CLT, e 1.022 do NCPC e, neste caso, falha alguma suscitada no remédio utilizado pode ser detectada. A decisão hostilizada expressou com clareza, objetividade e precisão, as razões pelas quais consignou o prazo de 05 (cinco) dias para comprovação do preparo, por não haver nos autos qualquer elemento probatório que justificasse a ampliação dos benefícios conferidos às pequenas Empresas para efeito de preparo recursal, como se pode inferir da intelecção do §9º do art. 899 da CLT: “Art. 899 - […] §9o O valor do depósito recursal será reduzido pela metade para entidades sem fins lucrativos, empregadores domésticos, microempreendedores individuais, microempresas e empresas de pequeno porte.” (g.n.). O cenário de pandemia mundial que resultou no quadrode recessão que é de conhecimento público e notório, não permite presumir que a Demandada se encontre sem condições financeiras de realizar o preparo ou, como admitido pelo CNJ, a substituição de depósitos judiciais e penhora por seguro garantia ou fiança bancária. Ademais, a Empresa tinha as condições e os meios de comprovar a suposta situação econômica deficitária, bastava, para isso, apresentar o seu balanço antes e durante a pandemia e por ocasião da interposição do Recurso, mas quedou-se inerte. Na fase de cognição, conquanto a Ré tenha ressaltado as dificuldades enfrentadas nos primeiros meses de pandemia, não apresentou prova concreta alguma da hipossuficiência econômica. E tanto é assim e de tal forma que não requereu esses auspícios de gratuidade da Justiça quando da petição inicial da Ação de Consignação em Pagamento de fls. 02/09, com base no art. 99, §2º do CPC, reproduzido de forma exata e integral a seguir: “Art. 99. O pedido de gratuidade da justiça pode ser formulado na petição inicial, na contestação, na petição para ingresso de terceiro no processo ou em recurso. § 1º Se superveniente à primeira manifestação da parte na instância, o pedido poderá ser formulado por petição simples, nos autos do próprio processo, e não suspenderá seu curso. Código para aferir autenticidade deste caderno: 165952 3212/2021 Tribunal Regional do Trabalho da 6ª Região 5 Data da Disponibilização: Quinta-feira, 29 de Abril de 2021 § 2º O juiz somente poderá indeferir o pedido se houver nos autos elementos que evidenciem a falta dos pressupostos legais para a concessão de gratuidade, devendo, antes de indeferir o pedido, determinar à parte a comprovação do preenchimento dos referidos pressupostos. (g.n.) [...]” Lembro que este Juízo Revisional não se vincula ao Juízo do primeiro grau no exame dos pressupostos de admissibilidade, razão pela qual, em casos como tais, não observado o preenchimento dos requisitos legais para concessão da gratuidade da Justiça à empresa jurídica, cumpre à Relatora fazer cumprir o dispositivo legal contido no art. 99, §7º do CPC, citado na decisão atacada e transcrito literalmente neste momento: “§ 7º Requerida a concessão de gratuidade da justiça em recurso, o recorrente estará dispensado de comprovar o recolhimento do preparo, incumbindo ao relator , neste caso, apreciar o requerimento e, se indeferi-lo, fixar prazo para realização do recolhimento”. (g.n.) Portanto, não há eiva de omissão na decisão atacada que autorize a oposição de Embargos de Declaração. Muito menos de pretensão da Demandada à prorrogação do prazo peremptório cominado no despacho atacado para comprovação do preparo. Deve ser tido que são absolutamente extemporâneos os documentos apresentados às fls. 223/231 por meio de remédio recursal absolutamente inadequado. Não há como ser conhecido. Repiso: Não houve comprovação no caderno processual da hipossuficiência econômica da Empresa, a exemplo de apresentação de balanço financeiro pormenorizado, demonstrando receitas e despesas e relação de empregados, quiçá cruzamento de dados do faturamento mensal com as obrigações trabalhistas, fiscais e previdenciárias, objetivando-se comprovar a ausência de condições de promover o preparo que objetiva garantir o cumprimento da efetiva prestação jurisdicional. Neste cenário, rejeito os embargos. Intimem-se. Após, certifique a Secretaria da Turma se decorrido o prazo consignado no despacho de fls. 207/209. RECIFE/PE, 28 de abril de 2021. ENEIDA MELO CORREIA DE ARAUJO Desembargadora do Trabalho da 6ª Região Processo Nº ROT-0000204-84.2020.5.06.0411 Relator ENEIDA MELO CORREIA DE ARAUJO RECORRENTE HILDERLLAN NEVES DA SILVA ADVOGADO JOSE SALES ROBERTO DE GOIS(OAB: 564-B/PE) RECORRIDO JOAO EDSON ALVES DA PENHA ADVOGADO EDUARDO LIBORIO DE SOUZA JUNIOR(OAB: 36318/PE) Intimado(s)/Citado(s): - JOAO EDSON ALVES DA PENHA PODER JUDICIÁRIO JUSTIÇA DO INTIMAÇÃO Fica V. Sa. intimado para tomar ciência do Despacho ID e64a197 proferido nos autos. DESPACHO Vistos etc. Da análise dos pressupostos de admissibilidade do Apelo interposto por JOÃO EDSON ALVES DA PENHA (Pessoa Jurídica registrada no CNPJ como “EPP” ou Empresa de Pequeno Porte – vide ID. 82b64dc), observo que o preparo não foi satisfeito. Em sede de Recurso Ordinário, requer a concessão dos benefícios da gratuidade de justiça, para fins de conhecimento do Recurso Ordinário, e dispensa de preparo (depósito recursal e custas processuais). Indefiro o requerimento, uma vez que inexiste prova da insuficiência de recursos para arcar com os encargos processuais. Isso porque tal condição não pode ser acolhida meramente com base na alegação de que o estabelecimento comercial da Recorrente estaria fechado em virtude da pandemia da Covid-19. À luz dos parágrafos 3.º e 4.º do art. 790 da CLT, foi outorgada a faculdade a juízes, órgãos julgadores e presidentes dos Tribunais do Trabalho, de conceder a gratuidade judiciária. Na primeira hipótese, há uma condição mais objetiva: bastaria que a pessoa natural que pleiteia o benefício aufira salário não superior ao limite descrito no § 3.º do art. 790, na redação que vigeu a partir de 11/11/2017, com a Lei n. 13.467/17. Na segunda hipótese, a concessão poderia ser estendida a qualquer pessoa - natural ou jurídica, mediante disposições conjuntas do CPC/15 - que venha a comprovar a insuficiência de recursos financeiros, numa situação econômica e patrimonial de penúria. O diploma processual civil, por permissivo dos arts. 769 da CLT e 15 do próprio CPC, também deve ser utilizado supletivamente. No seu art. 99, § 3.º, a Lei Adjetiva Civil restringe à pessoa natural a presunção de que a situação econômica não permitiria demandar sem prejuízo próprio ou da respectiva família. Não há, portanto, extensão dessa presunção para a pessoa jurídica, Código para aferir autenticidade deste caderno: 165952 3212/2021 Tribunal Regional do Trabalho da 6ª Região 6 Data da Disponibilização: Quinta-feira, 29 de Abril de 2021 o que retira o lastro de que a Recorrente utiliza para fundamentar o pedido. De acordo com os dispositivos legais mencionados, bem como da diretriz das Súmulas n. 463, item II, do TST, e 481 do STJ, para que a pessoa jurídica venha a ser beneficiada, necessária se faz a comprovação cabal de sua insuficiência financeira, não sendo esse o caso dos autos. Por oportuno, confira-se o teor desses entendimentos sumulados: Súmula nº 463 do TST ASSISTÊNCIA JUDICIÁRIA GRATUITA. COMPROVAÇÃO (conversão da Orientação Jurisprudencial nº 304 da SBDI-1, com alterações decorrentes do CPC de 2015) - Res. 219/2017, DEJT divulgado em 28, 29 e 30.06.2017 - republicada - DEJT divulgado em 12, 13 e 14.07.2017 (...) II - No caso de pessoa jurídica, não basta a mera declaração: é necessária a demonstração cabal de impossibilidade de a parte arcar com as despesas do processo. Súmula n. 481 do STJ Faz jus ao benefício da justiça gratuita a pessoa jurídica com ou sem fins lucrativos que demonstrar sua impossibilidade de arcar com os encargos processuais. No caso, não se vislumbra a demonstração da alegada situação de hipossuficiência econômica da Apelante, capaz de viabilizar, em seu favor, a concessão dos auspícios da Justiça gratuita. E não lhe aproveita a presunção de pobreza aplicável àqueles que se situam no polo inverso da relação trabalhista. Essa, aliás, é a diretriz da Súmula n. 463, do c. TST. Acrescento que, com o advento da Lei n. 13.467/2017, passou a existir na CLT, notadamente em seu art. 899, § 7º, previsão expressa no sentido de conferir aos empregadores domésticos, microempreendedores individuais, microempresas e empresas de pequeno porte (caso da Recorrente), a prerrogativa de recolhimento pela metade do depósito recursal. Ademais, o cenário de pandemia mundial que resultou no quadro de recessão, que é de conhecimento público e notório, não permite presumir que a Demandadase encontre sem condições financeiras de realizar o preparo, até mesmo por meio de seguro garantia ou fiança bancária. Por outro lado, fundamental consignar que, de acordo com o art. 99, § 7.º, do CPC, se rejeitado o requerimento de concessão da gratuidade na fase recursal, incumbe ao relator a fixação de prazo para recolhimento do preparo. Adaptando-se ao novo regramento legal, o c. TST alterou a redação da Orientação Jurisprudencial n. 269, da SBDI-1, incluindo um segundo item com a seguinte redação: "II - Indeferido o requerimento de justiça gratuita formulado na fase recursal, cumpre ao relator fixar prazo para que o recorrente efetue o preparo (art. 99, § 7.º, do CPC de 2015)". Destarte, conferindo efetividade ao dispositivo processual e à diretriz da OJ n. 269, da SBDI-1, do c. TST, determino a notificação da Ré para recolher as custas e o depósito recursal, no prazo de 05 (cinco) dias, sob pena de não conhecimento do Recurso Ordinário interposto. Após, com ou sem iniciativa da Parte, voltem-me os autos conclusos para julgamento do Recurso. Cumpra-se. RECIFE/PE, 28 de abril de 2021. ENEIDA MELO CORREIA DE ARAUJO Desembargadora do Trabalho da 6ª Região Processo Nº ROT-0000204-84.2020.5.06.0411 Relator ENEIDA MELO CORREIA DE ARAUJO RECORRENTE HILDERLLAN NEVES DA SILVA ADVOGADO JOSE SALES ROBERTO DE GOIS(OAB: 564-B/PE) RECORRIDO JOAO EDSON ALVES DA PENHA ADVOGADO EDUARDO LIBORIO DE SOUZA JUNIOR(OAB: 36318/PE) Intimado(s)/Citado(s): - HILDERLLAN NEVES DA SILVA PODER JUDICIÁRIO JUSTIÇA DO INTIMAÇÃO Fica V. Sa. intimado para tomar ciência do Despacho ID e64a197 proferido nos autos. DESPACHO Vistos etc. Da análise dos pressupostos de admissibilidade do Apelo interposto por JOÃO EDSON ALVES DA PENHA (Pessoa Jurídica registrada no CNPJ como “EPP” ou Empresa de Pequeno Porte – vide ID. 82b64dc), observo que o preparo não foi satisfeito. Em sede de Recurso Ordinário, requer a concessão dos benefícios da gratuidade de justiça, para fins de conhecimento do Recurso Ordinário, e dispensa de preparo (depósito recursal e custas processuais). Indefiro o requerimento, uma vez que inexiste prova da insuficiência de recursos para arcar com os encargos processuais. Isso porque tal condição não pode ser acolhida meramente com base na alegação de que o estabelecimento comercial da Recorrente estaria Código para aferir autenticidade deste caderno: 165952 3212/2021 Tribunal Regional do Trabalho da 6ª Região 7 Data da Disponibilização: Quinta-feira, 29 de Abril de 2021 fechado em virtude da pandemia da Covid-19. À luz dos parágrafos 3.º e 4.º do art. 790 da CLT, foi outorgada a faculdade a juízes, órgãos julgadores e presidentes dos Tribunais do Trabalho, de conceder a gratuidade judiciária. Na primeira hipótese, há uma condição mais objetiva: bastaria que a pessoa natural que pleiteia o benefício aufira salário não superior ao limite descrito no § 3.º do art. 790, na redação que vigeu a partir de 11/11/2017, com a Lei n. 13.467/17. Na segunda hipótese, a concessão poderia ser estendida a qualquer pessoa - natural ou jurídica, mediante disposições conjuntas do CPC/15 - que venha a comprovar a insuficiência de recursos financeiros, numa situação econômica e patrimonial de penúria. O diploma processual civil, por permissivo dos arts. 769 da CLT e 15 do próprio CPC, também deve ser utilizado supletivamente. No seu art. 99, § 3.º, a Lei Adjetiva Civil restringe à pessoa natural a presunção de que a situação econômica não permitiria demandar sem prejuízo próprio ou da respectiva família. Não há, portanto, extensão dessa presunção para a pessoa jurídica, o que retira o lastro de que a Recorrente utiliza para fundamentar o pedido. De acordo com os dispositivos legais mencionados, bem como da diretriz das Súmulas n. 463, item II, do TST, e 481 do STJ, para que a pessoa jurídica venha a ser beneficiada, necessária se faz a comprovação cabal de sua insuficiência financeira, não sendo esse o caso dos autos. Por oportuno, confira-se o teor desses entendimentos sumulados: Súmula nº 463 do TST ASSISTÊNCIA JUDICIÁRIA GRATUITA. COMPROVAÇÃO (conversão da Orientação Jurisprudencial nº 304 da SBDI-1, com alterações decorrentes do CPC de 2015) - Res. 219/2017, DEJT divulgado em 28, 29 e 30.06.2017 - republicada - DEJT divulgado em 12, 13 e 14.07.2017 (...) II - No caso de pessoa jurídica, não basta a mera declaração: é necessária a demonstração cabal de impossibilidade de a parte arcar com as despesas do processo. Súmula n. 481 do STJ Faz jus ao benefício da justiça gratuita a pessoa jurídica com ou sem fins lucrativos que demonstrar sua impossibilidade de arcar com os encargos processuais. No caso, não se vislumbra a demonstração da alegada situação de hipossuficiência econômica da Apelante, capaz de viabilizar, em seu favor, a concessão dos auspícios da Justiça gratuita. E não lhe aproveita a presunção de pobreza aplicável àqueles que se situam no polo inverso da relação trabalhista. Essa, aliás, é a diretriz da Súmula n. 463, do c. TST. Acrescento que, com o advento da Lei n. 13.467/2017, passou a existir na CLT, notadamente em seu art. 899, § 7º, previsão expressa no sentido de conferir aos empregadores domésticos, microempreendedores individuais, microempresas e empresas de pequeno porte (caso da Recorrente), a prerrogativa de recolhimento pela metade do depósito recursal. Ademais, o cenário de pandemia mundial que resultou no quadro de recessão, que é de conhecimento público e notório, não permite presumir que a Demandada se encontre sem condições financeiras de realizar o preparo, até mesmo por meio de seguro garantia ou fiança bancária. Por outro lado, fundamental consignar que, de acordo com o art. 99, § 7.º, do CPC, se rejeitado o requerimento de concessão da gratuidade na fase recursal, incumbe ao relator a fixação de prazo para recolhimento do preparo. Adaptando-se ao novo regramento legal, o c. TST alterou a redação da Orientação Jurisprudencial n. 269, da SBDI-1, incluindo um segundo item com a seguinte redação: "II - Indeferido o requerimento de justiça gratuita formulado na fase recursal, cumpre ao relator fixar prazo para que o recorrente efetue o preparo (art. 99, § 7.º, do CPC de 2015)". Destarte, conferindo efetividade ao dispositivo processual e à diretriz da OJ n. 269, da SBDI-1, do c. TST, determino a notificação da Ré para recolher as custas e o depósito recursal, no prazo de 05 (cinco) dias, sob pena de não conhecimento do Recurso Ordinário interposto. Após, com ou sem iniciativa da Parte, voltem-me os autos conclusos para julgamento do Recurso. Cumpra-se. RECIFE/PE, 28 de abril de 2021. ENEIDA MELO CORREIA DE ARAUJO Desembargadora do Trabalho da 6ª Região Processo Nº AP-0001864-37.2010.5.06.0291 Relator ENEIDA MELO CORREIA DE ARAUJO AGRAVANTE B.D.B.S. ADVOGADO FABIANA PATRICIA ALMEIDA DE MORAES(OAB: 30292/PE) ADVOGADO CARLOS AUGUSTO CALHEIROS MARTINS JUNIOR(OAB: 8304/AL) AGRAVADO E.E.D.S. ADVOGADO André José Pessoa da Costa(OAB: 14493/PE) ADVOGADO LUCIANO MALTA CABRAL(OAB: 14711/PE) Intimado(s)/Citado(s): - E.E.D.S. Tomar ciência do(a) Intimação de ID b12b7bd. Processo Nº AP-0001864-37.2010.5.06.0291 Código para aferir autenticidade deste caderno: 165952 3212/2021 Tribunal Regional do Trabalho da 6ª Região 8 Data da Disponibilização: Quinta-feira, 29 de Abril de 2021 Relator ENEIDA MELO CORREIA DE ARAUJO AGRAVANTE B.D.B.S. ADVOGADO FABIANA PATRICIA ALMEIDA DE MORAES(OAB: 30292/PE) ADVOGADO CARLOS AUGUSTO CALHEIROS MARTINS JUNIOR(OAB: 8304/AL) AGRAVADO E.E.D.S. ADVOGADO André José Pessoa da Costa(OAB: 14493/PE) ADVOGADO LUCIANO MALTA CABRAL(OAB: 14711/PE) Intimado(s)/Citado(s): - B.D.B.S. Tomar ciência do(a) Intimação de ID b12b7bd. Gabinete Desembargadora Maria Clara Saboya Albuquerque Bernadino Notificação Processo Nº AR-0000131-21.2019.5.06.0000 Relator MARIA CLARA SABOYA ALBUQUERQUE BERNARDINO AUTOR R.V.D.S.S.ADVOGADO JOSE LUCAS OLIVEIRA DE MEDEIROS DUQUE(OAB: 25794/PE) AUTOR MARIA HELENA DOS SANTOS DE SOUZA ADVOGADO JOSE LUCAS OLIVEIRA DE MEDEIROS DUQUE(OAB: 25794/PE) RÉU SERPOS SERVICOS POSTUMOS LTDA ADVOGADO CARLOS OCTACILIO BOCAYUVA CARVALHO(OAB: 53369/RJ) RÉU MARCELO ALVES DE MORAES ADVOGADO Julio Cesar Cavalcanti Lira(OAB: 11644-D/PE) CUSTOS LEGIS MINISTÉRIO PÚBLICO DO TRABALHO Intimado(s)/Citado(s): - MARIA HELENA DOS SANTOS DE SOUZA - R.V.D.S.S. PODER JUDICIÁRIO JUSTIÇA DO INTIMAÇÃO Fica V. Sa. intimado para tomar ciência do Despacho ID 32837a9 proferido nos autos. DESPACHO Analisando os autos, observo que, na procuração colacionada sob o ID. d81d507, o Senhor Lúcio Mário dos Santos de Souza outorga poderes aos advogados elencados para atuarem em seu nome, sem, contudo, fazer menção à sua condição de representante do menor Rivaldo Victor da Silva Souza, bem como no sentido de que a representação por parte dos procuradores far-se-á em nome do menor. Constato, ainda, que a autora Maria Helena dos Santos de Souza não demonstrou a outorga de poderes de representação processual ao advogado subscritor da petição inicial, o Bel. José Lucas Oliveira de Medeiros Duque (OAB/PE nº 25.794). Ambos os fatos acima narrados obstam o desenvolvimento regular do processo (art. 485, IV, do CPC). Assim, com esteio nos artigos 320 e 321, do CPC, concedo o prazo de 15 (quinze) dias para a parte autora promover a devida emenda, sob pena de indeferimento da petição inicial. À Secretaria do Tribunal Pleno para cumprimento. Após, retornem os autos conclusos. RECIFE/PE, 29 de abril de 2021. MARIA CLARA SABOYA ALBUQUERQUE BERNARDINO Desembargadora do Trabalho da 6ª Região Processo Nº MSCiv-0000201-67.2021.5.06.0000 Relator MARIA CLARA SABOYA ALBUQUERQUE BERNARDINO IMPETRANTE JOSE CICERO DOMINGOS FERREIRA ADVOGADO FERNANDO HENRIQUE VALENCA BOUDOUX(OAB: 28791-D/PE) IMPETRANTE MARIA LENIRA MARTINS FERREIRA ADVOGADO FERNANDO HENRIQUE VALENCA BOUDOUX(OAB: 28791-D/PE) IMPETRADO JUÍZO DA 3ª VARA DO TRABALHO DE GOIANA TERCEIRO INTERESSADO CLAUDIO OLIVEIRA DA SILVA CUSTOS LEGIS MINISTÉRIO PÚBLICO DO TRABALHO ARREMATANTE plus imóveis ADVOGADO MARIA EDUARDA CARVALHO DE MEDEIROS(OAB: 32435/PE) TERCEIRO INTERESSADO ITAPESSOCA AGRO INDUSTRIAL SA Intimado(s)/Citado(s): - JOSE CICERO DOMINGOS FERREIRA - MARIA LENIRA MARTINS FERREIRA PODER JUDICIÁRIO JUSTIÇA DO INTIMAÇÃO Fica V. Sa. intimado para tomar ciência da Decisão ID aad2bb7 proferida nos autos. PROCESSO Nº TRT 0000201-67.2021.5.06.0000 (MS) IMPETRANTES: JOSÉ CÍCERO DOMINGOS FERREIRA E MARIA LENIRA MARTINS FERREIRA Código para aferir autenticidade deste caderno: 165952 3212/2021 Tribunal Regional do Trabalho da 6ª Região 9 Data da Disponibilização: Quinta-feira, 29 de Abril de 2021 ADVOGADO: FERNANDO HENRIQUE VALENÇA BOUDOUX IMPETRADO: JUÍZO DA 3ª VARA DO TRABALHO DE GOIANA/PE LITIS. PASSIVOS: ITAPESSOCA AGRO INDUSTRIAL S/A E PLUS IMÓVEIS S/A E CLÁUDIO OLIVEIRA DA SILVA D E C I S à O Reporto-me à petição “Id num. 5a0e900”. Cuida-se de Agravo Regimental interposto em face da decisão “Id num. 09c3a84”, mediante a qual deferi a liminar requerida, tornando sem efeito a decisão proferida pela autoridade dita coatora, suspendendo a determinação de desocupação do imóvel leiloado, até o final do julgamento dos embargos de terceiros opostos nos autos da reclamação trabalhista. A empresa agravante, Plus Imóveis S/A, alega que, diferente do relatado na decisão que concedera a liminar, “os impetrantes apenas ingressaram com a ação de usucapião em 09/10/2020, 13 (treze) meses após a penhora que ocorrera em 30/08/2019, e 10 (dez) meses depois da assinatura da carta de arrematação, formalizada em 28/01/2020”. Assevera que a única alegação dos agravados no “writ” diz respeito à ação de usucapião proposta, cuja matéria é de competência exclusiva do magistrado da justiça cível, que ainda está em sua fase embrionária. Aduz que “ao analisar a presente questão de forma preliminar, superficial, sem instrução probatória e amplo conhecimento dos fatos afigura-se a decisão liminar no mínimo imprópria, com as desculpas de estilo, bem como, no entendimento da Litisconsorte, incorre em grave usurpação de competência exclusiva do juízo cível”. Ressalta que, após a distribuição da ação de usucapião não foi apresentada nenhuma tutela de urgência, o que demonstra a inexistência de qualquer situação de perigo ou urgência. Salienta, ainda, a agravante, que a questão colocada em debate na presente ação constitucional é absolutamente duvidosa, uma vez que necessita de ampla e detalhada dilação probatória, não havendo como caracterizar o direito dos impetrantes de certeza e liquidez. Argumenta, inclusive, que o pleito de usucapião é descabido “porquanto, não há que se falar, por parte dos impetrantes, em legítimo exercício de posse do imóvel objeto da presente demanda, mas sim em mera detenção daquele, conforme o disposto no art. 1.198, do Diploma Civil”. Faz referência aos artigos 1.203, 1.208 e 1.238 do Código Civil, para afirmar a flagrante ausência dos elementos necessários à configuração de usucapião, sob o argumento de que os agravados não possuíam o imóvel com ânimo de dono, mas apenas residiam por atos de mera permissão ou tolerância de seu empregador, o que não induz a posse. Destaca, também, que “a decisão proferida pelo magistrado ao indeferir a tutela de urgência nos embargos de terceiros fora acertada e como bem demonstrado em sua manifestação nesses autos, os embargos de terceiros foram interpostos de forma extemporânea”. Acrescenta que em razão do registro na matrícula da carta de arrematação foi gerado o efeito translativo do domínio em favor do litisconsorte, o que acarreta seu direito ao exercício pleno da posse direta sobre a totalidade do bem que legitimamente arrematou, pagou e registrou, afirmando, em seguida, que qualquer discussão acerca da imissão de posse, encontra-se preclusa. Sustenta, diante do que foi exposto, “a inexistência dos requisitos indispensáveis à concessão da liminar, motivo pelo qual requer-se o conhecimento do presente agravo regimental, e seu provimento para revogar a liminar concedida, autorizando o cumprimento imediato do Mandado de Imissão de Posse em favor da Litisconsorte Arrematante e Proprietária PLUS IMÓVEIS S/A”. Postula o juízo de retratação ou, caso seja mantida a decisão liminar, que seja determinado o processamento deste agravo para julgamento pelo Pleno deste Regional, “para que seja analisada e cassada, liminarmente, a segurança requerida e revogada a liminar concedida, autorizando o cumprimento imediato do Mandado de Imissão de Posse em favor da Litisconsorte Arrematante e Proprietária PLUS IMÓVEIS S/A”. Ao analisar o Agravo Regimental interposto pela litisconsorte passiva, melhor compulsando os autos, verifiquei que o advogado Fernando Henrique Valença Boudoux (OAB/PE 28.791), que assinou digitalmente a petição inicial do presente Mandado de Segurança (Id. num. F2fd0b2), não demonstrou a outorga, pelos impetrantes, de poderes de representação processual específica para o ajuizamento da ação mandamental. Assim, com base no § 1º do artigo 155 do Regimento Interno deste E. Regional, reconsidero a decisão “Id. num. 09c3a84”, e passo, de logo, à análise do pedido de liminar. Com efeito, o presente mandamus encontra óbice ao seu regular processamento, porquanto os impetrantes não juntaram aos autos o instrumento de procuração do advogado subscritor da petição inicial. Logo, a peça de ingresso não atende o disposto no art. 320 do CPC/2015, aplicável ao caso por força do art. 6º da Lei n. 12.016/2009. Registre-se que, em se tratando de ação mandamental, não se admite emenda à petição inicial para sanar vício relacionado à prova pré-constituída, nos termos do artigo 10 da Lei nº. 12.016/90, in verbis: “Art. 10. A inicial será desde logo indeferida, pordecisão motivada, quando não for o caso de mandado de segurança ou lhe faltar Código para aferir autenticidade deste caderno: 165952 3212/2021 Tribunal Regional do Trabalho da 6ª Região 10 Data da Disponibilização: Quinta-feira, 29 de Abril de 2021 algum dos requisitos legais ou quando decorrido o prazo legal para a impetração.” Cabe salientar que a regular representação da parte Impetrante deve ser demonstrada quando da impetração do Mandado de Segurança, entendimento ainda vigente com o advento do novo Código de Processo Civil, não se aplicando os artigos 317 e 321 do mesmo diploma processual, de concessão de prazo para a correção do vício, conforme o entendimento cristalizado na Súmula nº 415, do C. TST, in verbis: MANDADO DE SEGURANÇA. PETIÇÃO INICIAL. ART. 321 DO CPC DE 2015. ART. 284 DO CPC DE 1973. INAPLICABILIDADE. (atualizada em decorrência do CPC de 2015) – Res. 208/2016, DEJT divulgado em 22, 25 e 26.04.2016. Exigindo o mandado de segurança prova documental pré-constituída, inaplicável o art. 321 do CPC de 2015 (art. 284 do CPC de 1973) quando verificada, na petição inicial do "mandamus", a ausência de documento indispensável ou de sua autenticação. (ex-OJ nº 52 da SBDI-2 - inserida em 20.09.2000). Configuradas, destarte, as hipóteses previstas nos incisos I e IV do artigo 485 CPC, o que determina a denegação do mandamus, na forma de Lei n.º 12.016/09, art. 6º, § 5º, a saber: “§ 5o Denega-se o mandado de segurança nos casos previstos pelo art. 267 da Lei da Lei nº 5.869, de 11 de janeiro de 1973 – Código de Processo Civil.“ Desse modo, torno sem efeito a liminar anteriormente concedida no presente mandado de segurança. Custas pelos impetrantes, no importe de R$ 20,00 (vinte reais), calculadas sobre R$ R$ 1.000,00 (um mil reais), valor atribuído à causa na petição inicial (fl. 154), porém dispensadas, em razão dos benefícios da Justiça Gratuita requeridos, e que ora se deferem. Notifiquem-se os impetrantes do teor da presente decisão. Determino, ainda, que seja cientificada, de imediato, a autoridade apontada como coatora, bem como os litisconsortes passivos. À Secretaria da SDI-1, para cumprimento. Após o decurso do prazo recursal, inexistindo pendências, arquivem -se os autos. RECIFE/PE, 29 de abril de 2021. MARIA CLARA SABOYA ALBUQUERQUE BERNARDINO Desembargadora do Trabalho da 6ª Região Gabinete Desembargadora Maria do Socorro Silva Emerenciano Notificação Processo Nº MSCiv-0000293-45.2021.5.06.0000 Relator MARIA DO SOCORRO SILVA EMERENCIANO IMPETRANTE BANCO ITAUCARD S.A. ADVOGADO ANTONIO BRAZ DA SILVA(OAB: 12450/PE) IMPETRANTE ITAU UNIBANCO S.A. ADVOGADO ANTONIO BRAZ DA SILVA(OAB: 12450/PE) IMPETRADO JUÍZO DA 16ª VARA DO TRABALHO DO RECIFE TERCEIRO INTERESSADO JOSIANE VICENTE PIMENTEL CUSTOS LEGIS MINISTÉRIO PÚBLICO DO TRABALHO Intimado(s)/Citado(s): - BANCO ITAUCARD S.A. - ITAU UNIBANCO S.A. PODER JUDICIÁRIO JUSTIÇA DO INTIMAÇÃO Fica V. Sa. intimado para tomar ciência da Decisão ID 1963b99 proferida nos autos. D E C I S à O M O N O C R Á T I C A Vistos, etc. Trata-se de Mandado de Segurança, com pedido de liminar, impetrado por ITAÚ UNIBANCO S.A. e BANCO ITAUCARD S.A.contra ato praticado pelo MM. Juízo da 16ª Vara do Trabalho do Recife/PE nos autos da reclamação trabalhista nº 0000189- 49.2014.5.06.0016. Em suas razões de ID. 0b2fb8e, alegam os impetrantes inicialmente ser cabível a medida, nos termos dos artigos 1º, da Lei nº 12.016/2009, e 5º, inciso LXIX, da Constituição Federal. Em seguida, afirmam que o Processo principal (RT nº 0000189- 49.2014.5.06.0016) encontra-se em fase final de execução, tendo sido identificada a existência da transferência de valores do Processo nº 0000435-45.2014.5.06.0016 para o principal (nº 0000189-49.2014.5.06.0016), e assim existem valores a serem restituídos aos impetrantes. Esclarecem que requereram à autoridade coatora a concessão de prazo para providenciar a respectiva substituição da garantia do Juízo, de forma que “o valor sobejante da ação 0000435-45.2014.5.06.0016 retorne ao Impetrante e ao mesmo tempo o mesmo valor seja depositado nos Código para aferir autenticidade deste caderno: 165952 3212/2021 Tribunal Regional do Trabalho da 6ª Região 11 Data da Disponibilização: Quinta-feira, 29 de Abril de 2021 autos ora impetrado de nº 0000189-49.2014.5.06.0016, evitando-se percalços processuais e possibilitando uma maior objetividade e celeridade nas baixas contábeis dos processos envolvidos”, o que foi indeferido com o fundamento no Ato Conjunto CSJT 01/2019 “determinando que o saldo sobejante - destaque-se, de propriedade do impetrante -, servisse para a garantia do processo ora impetrado em que esta empresa figura como reclamada”. Defendem a ilegalidade material das obrigações previstas no Ato Conjunto 1/2019 TST, e ainda destacam a sua duvidosa constitucionalidade, uma vez que nem a Presidência do Conselho Superior da Justiça do Trabalho tampouco a Corregedoria-Geral da Justiça do Trabalho possuem competência normativa, seja isolada ou conjuntamente, para legislar sobre a matéria. Afirmam que a decisão em exame foi proferida ao arrepio da Constituição Federal de 1988, além de violar princípios constitucionais, dispositivos infraconstitucionais, e até mesmo Orientação Jurisprudencial emanada pelo TST. Ressaltam que são empresas com grande capacidade econômica e notórias condições financeiras de assegurar o pagamento das eventuais execuções, não se justificando a retenção do numerário. Apontam a presença do fumus boni iuris, face à evidente ilegalidade e arbitrariedade do ato impugnado, e do periculum in mora,visto que arcará com prejuízo empresarial e financeiro decorrente da determinação ilegal. Requer a concessão de liminar para que seja revogada a decisão ora impugnada, que indeferiu a transferência do saldo sobejante em favor dos impetrantes motivado por Ato Conjunto 1/2019 TST, e ainda que a vara se abstenha de realizar qualquer transferência de valores para o reclamante, devendo o saldo sobejante ser devolvido aos impetrantes, mediante transferência para a conta já indicada no processo principal. Ao final, pedem a confirmação da concessão da segurança. Com a in i c ia l , os impet ran tes jun ta ram procuração , substabelecimento e cópias de diversos documentos dos autos da ação trabalhista, inclusive do ato coator. É o breve relatório. DECIDO: Do cabimento do Mandado de Segurança. O art. 5º, inciso LXIX, da Constituição Federal, dispõe que cabe Mandado de Segurança como medida de urgência para proteger direito líquido e certo, não amparado por habeas corpus ou habeas data. E a Lei nº 12.016/2009 (que sucedeu a Lei nº 1.533/51) disciplina essa ação especial e, em seu art. 5º, inciso II, dispõe que não comporta Mandado de Segurança em face de decisão judicial da qual caiba recurso com efeito suspensivo. No caso vertente, muito embora seja possível a impugnação ao ato coator por Recurso próprio da execução (Agravo de Petição), o Sexto Regional tem admitido a possibilidade que seja impetrado Mandado de Segurança em casos análogos, mesmo quando a hipótese comportar impugnação por instrumento processual específico previsto em lei, quando vislumbrar um potencial gravame para a parte em decorrência do ato coator, bem como inexistir Recurso eficaz de modo a coibir de imediato os efeitos do ato impugnado, justificando, assim, a impetração excepcional do mandamus, como decidiu o Pleno deste Regional no Processo nº 0000719-28.2019.5.06.0000 (AGR em MS), na sessão de julgamento do dia 04/11/2019, cuja ementa é a seguinte: “AGRAVO REGIMENTAL EM AÇÃO MANDAMENTAL. INDEFERIMENTO LIMINAR. DECISÃO MODIFICADA. CABIMENTO DO REMÉDIO JURÍDICO. PROBABILIDADE DO DIREITO NÃO EVIDENCIADA. LIMINAR INDEFERIDA. I- Inexistindo remédio processual hábil a evitar o prejuízo imediato apontado, sobretudo considerando a alegação da impetrante de tratar-se de ato ilegal, cabível aação mandamental. A probabilidade do direito e o perigo de dano, necessários ao deferimento da medida, são pressupostos a serem analisados em momento posterior ao conhecimento da ação. II- (...). Agravo Regimental a que se dá provimento para, conhecendo do Mandado de Segurança, indeferir a liminar postulada.” (TRT6- Processo: AgRT - 0000719-28.2019.5.06.0000, Redator: Milton Gouveia, Data de julgamento: 04/11/2019, Tribunal Pleno, Data da assinatura: 19/11/2019). Da liminar postulada. Oart. 7º, inciso III, da Lei n. 12.016/09, dispõe que o juiz, ao despachar a inicial do Mandado de Segurança pode ordenar a suspensão do ato que deu motivo ao pedido, quando “(...) houver fundamento relevante e do ato impugnado puder resultar a ineficácia da medida, caso seja finalmente deferida (...)”. Conforme leciona Hely Lopes Meirelles ( in, "Mandado de Segurança", 26ª edição. São Paulo, Malheiros, 2003, p. 76) que "para a concessão da liminar devem concorrer os dois requisitos legais, ou seja, a relevância dos motivos em que se assenta o pedido da inicial e a possibilidade da ocorrência de lesão irreparável ao direito do impetrante se vier a ser reconhecido na decisão de mérito". JáManoel Antônio Teixeira Filho, em sua obra “Mandado de Segurança na Justiça do Trabalho”, 3ª edição, São Paulo, Editora LTR, 2010, p. 234/235, leciona que a relevância do fundamento do pedido para suspensão do ato questionado “(...), decorre não da eventual excelência do direito que se procura proteger e sim das conseqüências oriundas da lesão causada ao direito pelo ato da autoridade, ou das conseqüências que advirão na hipótese de a ameaça de violação consumar-se”. No caso vertente, a decisão impugnada, que transcrita nas razões Código para aferir autenticidade deste caderno: 165952 3212/2021 Tribunal Regional do Trabalho da 6ª Região 12 Data da Disponibilização: Quinta-feira, 29 de Abril de 2021 da exordial (ID. 0b2fb8e - Pág. 5) e constantes do ID. 08e3070 - Pág. 2, foi proferida nos autos do Processonº 0000189- 49.2014.5.06.0016 e tem a seguinte fundamentação: “DESPACHO Requer a reclamada (ITAÚ UNIBANCO S/A.,), id ea8b31b, id ee231d0 e id c302304, a substituição dos depósitos existentes nos autos, provenientes de transferências de outros juízos, por seguro garantia. Argumenta que é fato público e notório que o Banco reclamado é uma empresa economicamente sólida, que jamais deixou de cumprir com suas obrigações perante o Poder Judiciário, não havendo qualquer notícia de inadimplência nas execuções que tramitam nesta Justiça Especializada em desfavor do Executado. Analiso. Esclarece esta Juíza que a opção por essa espécie de garantia que requer a reclamada limita a ação do Poder Judiciário, que não pode, em caso de valores incontroversos, determinar o levantamento pelo exequente. A execução, nesses casos, fica paralisada, aguardando o deslinde final do processo, que muitas vezes se arrasta por anos. Assim, nada a deferir. Dê-se ciência.” Da análise da petição inicial do presente Mandado de Segurança, em confronto com a decisão atacada, não se constata, desde logo, que há “(...) fundamento relevante e do ato impugnado puder resultar a ineficácia da medida, caso seja finalmente deferida (...)”, requisitos previstos no art. 7º, inciso III, da Lei n. 12.016/09, para se ordenar a suspensão do ato coator. Em sede de cognição sumária, verifica-seque nos autos do Processonº 0000435-45.2014.5.06.0016 foi determinada a transferência de crédito sobejante no valor de R$ 8.183,06 (comprovante de depósito deID. 003a227 - Pág. 2) para o processo principal(nº 0000189-49.2014.5.06.0016), conforme despacho deID. 815657d - Pág. 3, o que em atendimento ao Ato Conjunto CSJT/GP/CGJT 01/2019, o qual estabelece regras a serem observadas quanto aos depósitos judiciais realizados em Processos em vias de arquivamento, prevendo em seu art. 2.º, §§ 1.º e 2.º o seguinte: “Art. 2º Satisfeitos os créditos dos processos, a disponibilização de qualquer saldo existente em conta judicial ao devedor de créditos trabalhistas deve ser precedida de ampla pesquisa no Setor de Distribuição de Feitos, nos sistemas de gestão de processos judiciais anteriores ao PJe de cada Tribunal Regional do Trabalho e no sistema do Banco Nacional de Débitos Trabalhistas (BNDT), a fim de identificar processos que tramitem em face do mesmo devedor. § 1º Havendo processos ativos pendentes na mesma unidade judiciária, o magistrado poderá remanejar os recursos para quitação das dívidas. Feito isso, procederá ao arquivamento definitivo do processo já quitado, desvinculando-o da conta judicial ativa. § 2º Constatada a existência de processos pendentes em outras unidades judiciárias, os juízos respectivos deverão ser informados, por meio eletrônico, a respeito da existência de numerário disponível, a fim de que adotem as providências necessárias, no prazo de 10 (dez) dias, sem prejuízo de outras medidas estabelecidas em acordos de cooperação existentes entre os Tribunais Regionais do Trabalho e outros órgãos do Poder Judiciário. § 3º Decorrido o prazo previsto no parágrafo anterior, sem qualquer manifestação dos juízos eventualmente interessados, os valores deverão ser disponibilizados ao devedor, com previsão de prazo não inferior a 30 (trinta) dias para saque.”. De acordo com a certidão deID. 815657d - Pág. 2, a execução definitiva que se processa nos autos principais(nº 0000189- 49.2014.5.06.0016), e objeto do mandamus, tem umsaldo devedor no montante de R$ 229.751,55 (duzentos e vinte e nove mil, setecentos e cinquenta e um reais e cinquenta e cinco centavos), e não há qualquer comprovação de garantia do Juízo, razão pela qual houve a determinação de transferência de crédito sobejante do Processonº 0000435-45.2014.5.06.0016 para o processo principal(nº 0000189-49.2014.5.06.0016). E assim, nos presentes autos consta unicamente o comprovante de depósito deID. 003a227 - Pág. 2 no valor de R$ 8.183,06 (oito mil, cento e oitenta e três reais e seis centavos). Por certo que não se vislumbra qualquer i legalidade no procedimento adotado pela autoridade coatora ( ID. 08e3070 - Pág. 2), ao indeferir a substituição desse crédito depositado por seguro garantia, porquanto é prioritária a garantia da execução em dinheiro, e obedece à gradação prevista no art. 835 do CPC/2015. Cabe destacar que a medida adotada pela autoridade coatora objetiva dar maior efetividade à execução (definitiva), estando em consonância com as diretrizes contidas no art. 835, inciso I e § 1.º, do CPC/2015, o que também de conformidade com o art. 882 da CLT, no qual coloca o dinheiro (em espécie) na ordem preferencial de penhora. Por outro lado, nenhuma comprovação fizeram os impetrantes de que o dinheiro depositado esteja na iminência de ser liberado à reclamante, ora litisconsorte passiva. Nesse contexto, forçoso concluir que não restaram cabalmente demonstrados os requisitos legais para a concessão da liminar em Mandado de Segurança, na forma exigida peloart. 7º, inciso III, da Lei nº. 12.016/09, como a relevância dos motivos em que se assenta o pedido da inicial e a possibilidade da ocorrência de lesão Código para aferir autenticidade deste caderno: 165952 3212/2021 Tribunal Regional do Trabalho da 6ª Região 13 Data da Disponibilização: Quinta-feira, 29 de Abril de 2021 irreparável ao direito do impetrante, caso ao final venha a ser concedida a segurança. Logo, em juízo de cognição sumária, próprio das medidas liminares, INDEFIROa liminar postulada. Por conseguinte, determino as seguintes providências: 1) Dê-se ciência aos impetrantes do inteiro teor desta decisão; 2) Expeça-se ofício ao MM. Juízo da 16ª Vara do Trabalho do Recife, dando-lhe conhecimento desta decisão e que preste as informações necessárias, no prazo de 10 (dez) dias, sob pena de responsabilidade, conforme art. 116 do Regimento Interno do Regional e do art. 26 da Lei nº 12.016/2009. 3) Cite-se também a litisconsorte passiva,Sra. JOSIANE VICENTE PIMENTEL. para, querendo, integrar a ação, no prazo de 10 (dez) dias. RECIFE/PE, 28 de abril de 2021. MARIA DO SOCORRO SILVA EMERENCIANO Desembargadora do Trabalho da 6ª Região Processo Nº MSCiv-0000295-15.2021.5.06.0000 Relator MARIA DO SOCORRO SILVA EMERENCIANO IMPETRANTE CICERO VICENTE ROSA ADVOGADO CLAUDIO ROBERTO DA SILVA MACHADO(OAB: 39653/PE) IMPETRADO JUÍZO DA 3ª VARA DO TRABALHO DE CARUARU TERCEIRO INTERESSADO MATHEUS DA SILVA DA COSTA CUSTOS LEGIS MINISTÉRIO PÚBLICO DO TRABALHO Intimado(s)/Citado(s): - CICERO VICENTE ROSA PODER JUDICIÁRIO JUSTIÇA DO INTIMAÇÃO Fica V. Sa. intimado para tomar ciência da Decisão ID 62e5490 proferida nos autos. PROC. TRT – (MSCiv) 0000295-15.2021.5.06.0000. ORGÃO JULGADOR: 1ª SEÇÃO ESPECIALIZADA EM DISSÍDIO INDIVIDUAL. IMPETRANTE : CÍCERO VICENTE ROSA. ADVOGADO : CLÁUDIO ROBERTO DA SILVA MACHADO. AUTORIDADE COATORA : JUÍZO DA 3ª VARA DO TRABALHO DE CARUARU/PE LITISCONSORTE PASSIVO : MATHEUS DA SILVA DA COSTA. D E C I S à O M O N O C R Á T I C A Vistos, etc. Trata-se de Mandado de Segurança, com pedido de liminar, impetrado por CÍCERO VICENTE ROSA contra ato praticado pelo MM. Juiz da 3ª Vara do Trabalho de Caruaru/PE nos autos da reclamação trabalhista nº0000259-72.2019.5.06.0313. Em suas razões de ID. 1b2522a, o impetrante, inicialmente, requer a concessão dos benefícios da justiça gratuita, aduzindo não dispor de recursos financeiros suficientes para arcar com o pagamento de eventuais custas, sem prejuízo do próprio sustento e de sua família. No mais, investe contra ato coator que determinou a inclusão no polo passivo da empresa Cícero Vicente Rosa (Nome de Fantasia: RVC Tecidos), ora impetrante, bem como a realização de consultas Bacenjud e Renajud em face desta. Afirma que foi efetivado “bloqueio cautelar de ativos financeiros antes de oportunizar ao Impetrante a possibilidade de se defender sobre a execução contra sua pessoa jurídica, após ter real izado o incidente de desconsideração inversa da personalidade jurídica”.Diz que não foi citado ou intimado da sua inclusão no processo de origem, visto que o procedimento da desconsideração inversa da personalidade jurídica exige. Salienta que não poderia ser executado sem que todos os meios de execução contra os reclamados originais não estivessem esgotados, assim como não poderia ter bloqueado valores sem o devido processo legal. Aduz que, segundo o art. 135 do CPC, instaurado o incidente, o sócio ou a pessoa jurídica será citado para manifestar-se e requerer as provas cabíveis no prazo de 15 (quinze) dias. Entende que a decisão guerreada é ilegal ao determinar o bloqueio das contas do impetrante sem o devido processo legal, violando o art. 5º, LIV, da Constituição Federal e art. 135 do CPC. Pugna seja concedida medida liminar para que “suspenda imediatamente qualquer tipo de bloqueio judicial em face do Impetrante” e “libere de imediato os valores bloqueados na conta do banco Santander o valor de R$ 17.853,48 (dezessete mil, oitocentos e cinquenta e três reais e quarenta e oito centavos), bem como na conta do banco Bradesco o valor de R$ 6.698,70 (seis mil, seiscentos e noventa e oito reais e setenta centavos),realizados por meio do processo de nº. 0000259-72.2019.5.06.031”. Com a inicial, a impetrante juntou procuração e cópias de diversos documentos dos autos da ação trabalhista, inclusive do ato coator. É o breve relatório. DECIDO: Do cabimento do Mandado de Segurança. Conheço da ação mandamental em presença, porquanto reunidos os pressupostos gerais de admissibilidade. A impetrante é parte legítima, encontra-se bem representada e os requisitos do art. 6º da Código para aferir autenticidade deste caderno: 165952 3212/2021 Tribunal Regional do Trabalho da 6ª Região 14 Data da Disponibilização: Quinta-feira, 29 de Abril de 2021 Lei n. 12.016/2009 foram obedecidos. Quanto ao cabimento do Mandado de Segurança, frise-se que o art. 5º, inciso LXIX, da Constituição Federal garante o manejo do mandado de segurança como medida de urgência para proteger direito líquido e certo, não amparado por habeas corpus ou habeas data. E a Lei nº 12.016/2009 (que sucedeu a Lei nº 1.533/51) disciplina essa ação especial e, em seu art. 5º, inciso II, dispõe que não comporta mandado de segurança em face de decisão judicial da qual caiba recurso com efeito suspensivo. Entretanto, a jurisprudência trabalhista vem admitindo a possibilidade de manejo do Mandado de Segurança, mesmo quando a hipótese comportar impugnação por instrumento processual específico previsto em lei, quando vislumbrar um potencial gravame para a parte em decorrência do ato coator, bem como inexistir recurso eficaz de modo a coibir de imediato os efeitos do ato impugnado, justificando, assim, a impetração excepcional do mandamus. Feito o registro, passo a apreciar o pedido liminar formulado no presente Mandado de Segurança. Da liminar postulada. Oart. 7º, inciso III, da Lei n. 12.016/09, dispõe que o juiz, ao despachar a inicial do Mandado de Segurança pode ordenar a suspensão do ato que deu motivo ao pedido, quando “(...) houver fundamento relevante e do ato impugnado puder resultar a ineficácia da medida, caso seja finalmente deferida (...)”. Conforme leciona Hely Lopes Meirelles ( in, "Mandado de Segurança", 26ª edição. São Paulo, Malheiros, 2003, p. 76) que "para a concessão da liminar devem concorrer os dois requisitos legais, ou seja, a relevância dos motivos em que se assenta o pedido da inicial e a possibilidade da ocorrência de lesão irreparável ao direito do impetrante se vier a ser reconhecido na decisão de mérito". JáManoel Antônio Teixeira Filho, em sua obra “Mandado de Segurança na Justiça do Trabalho”, 3ª edição, São Paulo, Editora LTR, 2010, p. 234/235, leciona que a relevância do fundamento do pedido para suspensão do ato questionado “(...), decorre não da eventual excelência do direito que se procura proteger e sim das conseqüências oriundas da lesão causada ao direito pelo ato da autoridade, ou das conseqüências que advirão na hipótese de a ameaça de violação consumar-se”. De logo, destaco que o mandamusfoi impetrado em face de ato da autoridade dita coatora, que determinou a inclusão no polo passivo da empresa Cícero Vicente Rosa (Nome de Fantasia: RVC Tecidos), ora impetrante, bem como a realização de consulas Bacenjud e Renajud em face desta. O impetrante afirma que foi efetivado “bloqueio cautelar de ativos financeiros antes de oportunizar ao Impetrante a possibilidade de se defender sobre a execução contra sua pessoa jurídica, após ter realizado o incidente de desconsideração inversa da personalidade jurídica” Esclarece que não foi citado ou intimado da sua inclusão no Processo de origem, visto que o procedimento da desconsideração inversa da personalidade jurídica exige. Salienta que não poderia ser executado sem que todos os meios de execução contra os reclamados originais não estivessem esgotados, assim como não poderia ter bloqueado valores sem o devido processo legal. Aduz que, segundo o art. 135 do CPC, instaurado o incidente, o sócio ou a pessoa jurídica será citado para manifestar-se e requerer as provas cabíveis no prazo de 15 (quinze) dias. Entende que a decisão guerreada é ilegal ao determinar o bloqueio das contas do impetrante sem o devido processo legal, violando o art. 5º, LIV, da Constituição Federal e art. 135 do CPC. Pugna seja concedida medida liminar para que “suspenda imediatamente qualquer tipo de bloqueio judicial em face do Impetrante” e “libere de imediato os valores bloqueados na conta do banco Santander o valor de R$ 17.853,48 (dezessete mil, oitocentos e cinquenta e três reais e quarenta e oito centavos), bem como na conta do banco Bradesco o valor de R$ 6.698,70 (seis mil, seiscentos e noventa e oito reais e setenta centavos),realizados por meio do processo de nº. 0000259-72.2019.5.06.031”. Pois bem. Oato atacado está assim vazado (ID. f1d61a1): “VISTOS, Inicialmente, retire-se o sigilo do documento de #id: c329721, haja vista que a parte não apresentou justificativa para manter tal documento em sigilo. Na petição de #id:c329721, o exequente requer que seja redirecionada execução em face da empresa CÍCERO VICENTE ROSA (NOME DE FANTASIA: RVC TECIDOS),inscrita no CNPJ n.00.804.176/0001-04, de titularidade da executada CÍCERO VICENTE ROSA. A consulta à Receita Federal #id:75388b6 demonstra que a empresa indicada é individual e pertence ao executada CÍCERO VICENTE ROSA. O instituto da desconsideração inversa da personalidade jurídica é aplicado quando, restando infrutífera a execução contra a devedora principal e seu sócio ou proprietário, é constatado que o mesmo esvaziou seu patrimônio e integra o quadro societário de empresa diversa. Analisando os autos, verifico que a suscitada é empresa individual. Conforme entendimento da doutrina e jurisprudência, não há necess idade de ins tauração do proced imento de desconsideração da pessoa jurídica do empresário individual, posto Código para aferir autenticidade deste caderno: 165952 3212/2021 Tribunal Regional do Trabalho da 6ª Região 15 Data da Disponibilização: Quinta-feira, 29 de Abril de 2021 que a personalidade jurídica, nesse caso, é apenas uma ficção jurídica. Na verdade, o patrimônio do empresário individual e da pessoa física titular se confundem. Assim, determino: 1. Inclua-se no polo passivo a empresa CÍCERO VICENTE ROSA (NOME DE FANTASIA: RVC TECIDOS), inscrita no CNPJ n. 00.804.176/0001-04, uma vez que o patrimônio da empresa individual e da pessoa física titular se confundem. 2. Proceda com as consultas Bacenjud e Renajud em face da empresa CÍCERO VICENTE ROSA (NOME DE FANTASIA: RVC TECIDOS), inscrita no CNPJ n. 00.804.176/0001-04. CARUARU/PE, 08 de abril de 2021. KATIA KEITIANE DA ROCHA PORTER Juíza do Trabalho Titular” Compulsando os documentos que acompanham a petição inicial do presentemandamus, verifica-se que o devedor principal é a pessoa física Cícero Vicente Rosa, proprietário da Chácara Concheira das Rosas, sendo que, após sucessivas medidas executivas se mostrarem infrutíferas em face deste, a dita autoridade coatora, acolhendo pedido do exequente, determinou a inclusão no polo passivo da empresa individual CÍCERO VICENTE ROSA (NOME DE FANTASIA: RVC TECIDOS), inscr i ta no CNPJ n. 00.804.176/0001-04. Nesse caso, como bem pontuou a dita autoridade coatora, o patrimônio do empresário individual e da pessoa física se confundem, uma vez que não há personalidade jurídica distinta e independente, mas mera ficção jurídica para fins tributários. Por tal motivo, é plenamente possível a realização dos atos expropriatórios em face do empresário individual ou da pessoa física, sem que seja necessária a instauração de incidente de desconsideração da personalidade jurídica. Nesse sentido, cito as seguintes jurisprudenciais: AGRAVO DE PETIÇÃO DO EXEQUENTE. EXECUÇÃO CONTRA PESSOA FÍSICA. REDIRECIONAMENTO DA EXECUÇÃO A EMPRESA INDIVIDUAL. POSSIBILIDADE. A empresa individual se confunde patrimonialmente com a própria pessoa física do empresário individual, sendo que a sua inscrição no CNPJ se dá somente para fins tributários. Embora normalmente a execução seja redirecionada da empresa individual para a pessoa física titular, não há impedimento para que isso ocorra no caminho inverso, na medida em que os patrimônios de ambos se confundem, sendo, a inda, desnecessár ia a ins tauração de inc idente de desconsideração da personalidade jurídica. Agravo de petição do exequente a que se dá provimento para determinar o redirecionamento da execução às empresas individuais de titularidade dos executados. (TRT-4 - AP: 01043001320015040302, Data de Julgamento: 12/03/2021, Seção Especializada em Execução) EXECUÇÃO. EMPRESA INDIVIDUAL. DESCONSIDERAÇÃO DA PERSONALIDADE JURÍDICA. DESNECESSIDADE .O empresário individual é a pessoa física que exerce atividade empresarial em nome próprio. Nessa situação, não há separação entre o patrimônio pessoal do empresário e o da empresa. Há, de fato, verdadeira confusão patrimonial entre o patrimônio da pessoa física e o da firma individual, conforme fora muito bem ponderado pela origem. Assim sendo, despiciendo se torna o procedimento de desconsideração da personalidade jurídica das empresas executadas, as quais, em verdade, se confundem com a pessoa física das respectivas empresárias, ora agravantes. Recurso desprovido.(TRT-15 - AP: 00113526720175150049 0011352-67.2017.5.15.0049, Relator: OLGA AIDA JOAQUIM GOMIERI, 1ª Câmara, Data de Publicação: 05/06/2020) AGRAVO DE PETIÇÃO - DESCRIÇÃO DA NATUREZA JURÍDICA COMO EMPRESÁRIO (INDIVIDUAL) - DESNECESSÁRIA A INSTAURAÇÃO DO DESCONSIDERAÇÃO DA PERSONALIDADE JURÍDICA. Em razão da EVIDENTE CONFUSÃO PATRIMONIAL entre a pessoa física e o "EMPRESÁRIO (INDIVIDUAL)", entendo que plenamente possível o direcionamento da execução em face da pessoa física, que responde com o seu patrimônio pessoal pelas obrigações assumidas em nome da "EMPRESA", não havendo, na HIPÓTESE, a necessidade da instauração do INCIDENTE DE DESCONSIDERAÇÃO DA PERSONALIDADE JURÍDICA, em atenção ao disposto no artigo 855-A da CLT (caput acrescentado pela Lei nº 13.467, de 13-7- 2017).(TRT-1 - AP: 01004836420185010451 RJ, Relator: VALMIR DE ARAUJO CARVALHO, Data de Julgamento: 27/11/2019, Segunda Turma, Data de Publicação: 17/12/2019) Registre-se, por oportuno, que, em que pese normalmente a execução seja redirecionada da empresa individual para a pessoa física titular, não há impedimento para que isso ocorra no sentido inverso, uma vez que, como dito, os patrimônios de ambos se confundem. Por fim, em relação à ausência de citação, verifico que o reclamado Cícero Vicente Rosa foi citado, em 11 de novembro de 2020, para pagar a dívida ou indicar bens passíveis de penhora, no prazo de 10 (dez) dias, sob pena de responder com os seus próprios bens (documento de ID. e6ca19d - pág. 146). Nesse contexto, entendo que não restou comprovado, de plano, a existência dos requisitos previstos no art. 300 do CPC/2015 para a concessão da tutela provisória. Logo, em juízo de cognição sumária típico das tutelas urgentes, Código para aferir autenticidade deste caderno: 165952 3212/2021 Tribunal Regional do Trabalho da 6ª Região 16 Data da Disponibilização: Quinta-feira, 29 de Abril de 2021 entendo que não restou cabalmente demonstrada a existência dos requisitos legais para a concessão da liminar em Mandado de Segurança, na forma exigida peloart. 7º, inciso III, da Lei nº. 12.016/09. E assim, em juízo de cognição sumária, próprio das medidas liminares, INDEFIROa liminar postulada. Por conseguinte, determino as seguintes providências: 1) Dê-se ciência ao impetrante do inteiro teor desta decisão. 2) Oficie-se a autoridade coatora (MM. Juízo da 3ª Vara do Trabalho de Caruaru/PE), dando-lhe conhecimento desta decisão e que preste as informações necessárias, no prazo de 10 (dez) dias, sob pena de responsabilidade, conforme art. 116 do Regimento Interno do Regional e do art. 26 da Lei nº 12.016/2009. 3) Cite-se o litisconsorte passivo no endereço fornecido na petição inicial dos presentes autos, dando-lhe ciência da presente decisão e, querendo, passe a integrar o writ, no prazo de 10 (dez) dias. RECIFE/PE, 29 de abril de 2021. MARIA DO SOCORRO SILVA EMERENCIANO Desembargadora do Trabalho da 6ª Região Gabinete Desembargadora Nise Pedroso Lins de Sousa Notificação Processo Nº MSCiv-0000989-18.2020.5.06.0000 Relator NISE PEDROSO LINS DE SOUSA IMPETRANTE EMERSON DA CONCEICAO XAVIER ADVOGADO ERICK BATISTA MARQUES DA COSTA(OAB: 22807-D/PE) IMPETRADO JUÍZO DA 19ª VARA DO TRABALHO DO RECIFE CUSTOS LEGIS MINISTÉRIO PÚBLICO DO TRABALHO TERCEIRO INTERESSADO BORBOREMA IMPERIAL TRANSPORTES LTDA ADVOGADO Jairo Cavalcanti de Aquino(OAB: 1623/PE) Intimado(s)/Citado(s): - EMERSON DA CONCEICAOXAVIER PODER JUDICIÁRIO JUSTIÇA DO INTIMAÇÃO Fica V. Sa. intimado para tomar ciência do Despacho ID 5cc8a5f proferido nos autos. DESPACHO Defiro a gratuidade da justiça pleiteada e, por consequência, dispenso o trabalhador do pagamento das custas processuais a que foi condenado, no importe de R$20,00. Arquivem-se os autos. Recife, 28 de abril de 2021 NISE PEDROSO LINS DE SOUSA Desembargadora Relatora RECIFE/PE, 29 de abril de 2021. NISE PEDROSO LINS DE SOUSA Desembargadora do Trabalho da 6ª Região Processo Nº MSCiv-0000931-15.2020.5.06.0000 Relator NISE PEDROSO LINS DE SOUSA IMPETRANTE EMPRESA BRASILEIRA DE CORREIOS E TELEGRAFOS IMPETRADO JUÍZO DA 21ª VARA DO TRABALHO DO RECIFE TERCEIRO INTERESSADO TARCIANO FRANCA DA SILVA ADVOGADO JOSE LIVONILSON DE SIQUEIRA(OAB: 22443/PE) CUSTOS LEGIS MINISTÉRIO PÚBLICO DO TRABALHO Intimado(s)/Citado(s): - TARCIANO FRANCA DA SILVA PODER JUDICIÁRIO JUSTIÇA DO INTIMAÇÃO Fica V. Sa. intimado para tomar ciência do Despacho ID 7b4ed53 proferido nos autos. DESPACHO Intime-se o litisconsorte passivo para, no prazo de cinco dias, comprovar o pagamento das custas processuais a que foi condenado. Recife, 28 de abril de 2021. NISE PEDROSO LINS DE SOUSA Desembargadora Relatora RECIFE/PE, 29 de abril de 2021. NISE PEDROSO LINS DE SOUSA Desembargadora do Trabalho da 6ª Região Gabinete Desembargador Ruy Salathiel de Albuquerque e Mello Ventura Código para aferir autenticidade deste caderno: 165952 3212/2021 Tribunal Regional do Trabalho da 6ª Região 17 Data da Disponibilização: Quinta-feira, 29 de Abril de 2021 Notificação Processo Nº MSCiv-0000168-77.2021.5.06.0000 Relator RUY SALATHIEL DE ALBUQUERQUE E MELLO VENTURA IMPETRANTE INSTITUTO DE MEDICINA INTEGRAL PROFESSOR FERNANDO FIGUEIRA - IMIP ADVOGADO FELLIPE SAVIO ARAUJO DE MAGALHAES(OAB: 21382/PE) IMPETRADO JUÍZO DA 18ª VARA DO TRABALHO DO RECIFE CUSTOS LEGIS MINISTÉRIO PÚBLICO DO TRABALHO TERCEIRO INTERESSADO JHONAS HENRIQUE DIAS DA NOBREGA ADVOGADO JOAO VITOR DOS SANTOS GOMES(OAB: 45128/PE) Intimado(s)/Citado(s): - INSTITUTO DE MEDICINA INTEGRAL PROFESSOR FERNANDO FIGUEIRA - IMIP PODER JUDICIÁRIO JUSTIÇA DO INTIMAÇÃO Fica V. Sa. intimado para tomar ciência do Despacho ID 725fc56 proferido nos autos. PROC. Nº. TRT – 0000168-77.2021.5.06.0000 (MS) D E S P A C H O Remetam-se os presentes autos à Procuradoria Regional do Trabalho para emissão de parecer, no prazo de 10 dias, em conformidade com o disposto no inciso IV do artigo 50 e no § 6º do art. 116 ambos do Regimento Interno desta Corte. Após, voltem os autos conclusos. RECIFE/PE, 29 de abril de 2021. RUY SALATHIEL DE ALBUQUERQUE E MELLO VENTURA Desembargador do Trabalho da 6ª Região Gabinete Desembargadora Virgínia Canavarro Notificação Processo Nº ROT-0000427-94.2020.5.06.0004 Relator VIRGINIA MALTA CANAVARRO RECORRENTE LELECO'S COMIDAS LTDA - EPP ADVOGADO JOSIAS DE HOLLANDA CALDAS FILHO(OAB: 21745/PE) RECORRIDO PAULO CESAR DA SILVA ADVOGADO EDVALDO CASSIMIRO CAVALCANTI(OAB: 27763/PE) Intimado(s)/Citado(s): - LELECO'S COMIDAS LTDA - EPP PODER JUDICIÁRIO JUSTIÇA DO INTIMAÇÃO Fica V. Sa. intimado para tomar ciência da Decisão ID 2bb25cc proferida nos autos. DECISÃO Trata-se de embargos de declaração opostos por LELECO'S COMIDAS LTDA – EPP (Restaurante “Divino Fogão” do Shopping Recife) em face da decisão de ID 3499396, que indeferiu o pedido de concessão dos benefícios da justiça gratuita e concedeu prazo para que a parte procedesse à regularização do preparo, na forma do que determina o art. 99, §7º do CPC/2015. Em suas razões de ID 6d829f5, a embargante sustenta que a Decisão de ID 3499396 encontra-se equivocada, pois, nos termos do art. 99, §2º do Novo CPC, deveria ter sido previamente intimada para apresentar provas de sua miserabilidade. Na sequência, aduz que “permanece em flagrante crise e fragilidade financeira”, o que prova por meio dos extratos bancários e “e-mails remetidos ao Shopping Center Recife, solicitando a redução da locação”. Acrescenta que, por meio dos citados extratos, faz prova de que contraiu empréstimos, a fim de evitar o encerramento de suas atividades. Pois bem. Na Decisão embargada, esta Relatora indeferiu o pedido relativo à assistência judiciária gratuita, por entender que a reclamada, empresa de pequeno porte, não fez prova da alegada insuficiência financeira. Vejamos os seus fundamentos: “A concessão da justiça gratuita, em âmbito trabalhista, sempre esteve vinculada ao "trabalhador", pessoa natural, em vista de sua condição de hipossuficiente, havendo certo distanciamento da figura do empregador (mormente na qualidade de pessoa jurídica), o que acabava por restringir, em dado grau, o direito de acesso à justiça pelo mesmo. Com o tempo, a interpretação do tema sofreu alterações, passando- se a estender a possibilidade de concessão do benefício ao empregador, inclusive pessoa jurídica, de maneira excepcional, caso cabalmente demonstrada a ausência de condições financeiras para o custeio do processo. A nova interpretação ganhou reforço a partir da vigência do Código de Processo Civil de 2015 (Lei nº 13.105/2015), que regulou a possibilidade de concessão do benefício da gratuidade da justiça Código para aferir autenticidade deste caderno: 165952 3212/2021 Tribunal Regional do Trabalho da 6ª Região 18 Data da Disponibilização: Quinta-feira, 29 de Abril de 2021 tanto a pessoas naturais como a pessoas jurídicas (art. 98), trazendo apenas, como traço distintivo primário, a necessidade de demonstração cabal de insuficiência financeira por pessoas jurídicas, o que ganhou realce com a Súmula nº 463 do C. TST. Por último, a Lei nº 13.467/2017 previu, expressamente, no art. 790, §§ 3º e 4º da CLT a possibilidade de concessão da gratuidade da justiça, em qualquer instância, de requerimento ou de ofício, a qualquer das partes, desde que: i) percebam salário igual ou inferior a 40% (quarenta por cento) do limite máximo dos benefícios do Regime Geral de Previdência Social; ii) comprovem insuficiência de recursos para o pagamento das custas do processo, presumindo-se a veracidade da alegação de insuficiência deduzida por pessoa natural (art. 99 do CPC/2015 c/c art. 769 da CLT) – cuja presunção de veracidade fica afastada, no entanto, se houver impugnação pela parte contrária à hipossuficiência financeira alegada, passando a ser ônus do interessado na gratuidade da justiça provar que não possui recursos para suportar as despesas processuais sem prejuízo do próprio sustento e de sua família – e exigindo-se da pessoa jurídica, ao reverso, prova inequívoca de tal condição, conforme Súmula nº 463 do TST. Destaque-se que esta Egrégia Terceira Turma firmou entendimento no sentido de equiparar à pessoa natural, quanto aos requisitos para concessão da benesse da justiça gratuita, o empregador individual, ainda que pessoa jurídica, ou microempresa. Nesse sentido, cito o AIRO nº 0000817-61.2018.5.06.0351, de redatoria da Des.ª Maria Clara Saboya Albuquerque Bernardino e o AIRO nº 0000665-49.2018.5.06.0242, relator Des. Ruy Salathiel de A. M. Ventura. Ocorre que a reclamada é uma empresa de pequeno porte, que não trouxe qualquer documentação apta a demonstrar a suposta insuficiência financeira que a impossibilite de arcar com o preparo necessário ao conhecimento do seu apelo. Note-se que os únicos documentos acastelados aos autos não se prestam à tal finalidade (v. Guias de Previdência Social, Relação de Trabalhadores Constantes no Arquivo SEFIP, Relatório Analítico de GPS, Declaração das Contribuições a Recolher à Previdenciária Social e Confissão de Não Recolhimento de Valores de FGTS - IDs 28e162b e 657b4f5) Sendo assim, à míngua de prova da alegada insuficiência econômica, indefiro a concessão dos benefícios da justiça gratuita. Em consequência e com base no art. 99, §7º do
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