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Fisiologia da Reprodução (Veterinária) Bem completo

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Fisiologia da Reprodução
Pensando na fisiologia da reprodução, machos e fêmeas desenvolvem mecanismos específicos de regulação que estão envolvidos com o sistema endócrino e o sistema nervoso. As diferenças no comportamento e fisiologia entre machos e fêmeas são estabelecidas no período pré-natal e permanece toda a vida, sendo que o hipotálamo é inerentemente feminino! No hipotálamo existem aglomerados de neurônios responsáveis por sintetizar neurohormônios, e esses hormônios são os reguladores reprodutivos máximos em questão. 
Se for o feto de um macho, por ter cromossomos XY, inicia-se o desenvolvimento das gônadas masculinas, tendo um testículo fetal. Esse testículo começa a sintetizar testosterona dentro da mãe, e ela tem a capacidade de ultrapassar a barreira hematoencefálica e entra no ambiente cerebral e é convertida em estradiol por uma enzima chamada aromatase, e esse estradiol que masculiniza o cérebro desse embrião e a partir daí ocorrerá a ativação e inativação de centros cerebrais diferentes em cada sexo. 
Se for fêmea, XX, ela vai desenvolver o útero e ovários (lembrando que o ovário fetal sintetiza estradiol). Apesar de o estradiol masculinizar o cérebro, na corrente sanguínea da fêmea ele se liga com uma proteína chamada alfa-feto-proteína e não consegue passar a barreira hematoencefálica, assim o cérebro continua feminino. Isso ocorre em todas as espécies, e esse processo é determinante para dizer ao cérebro os mecanismos fisiológicos correspondentes. 
Núcleos hipotalâmicos 
Existem 3 núcleos hipotalâmicos principais: Pulsátil, tônico e paraventricular. A fêmea tem todos os núcleos operantes, o macho tem o pulsátil inoperante. Esses núcleos trabalham sempre se relacionando com a hipófise, ela tem uma porção chamada adenohipófise (anterior) e a porção chamada neurohipófise (posterior). Os núcleos pulsátil e tônico vão produzir neurohormônios que vão atuar somente na adenohipófise através do sistema porta hipotalâmico hipofisário através de uma comunicação de veias e artérias. O núcleo paraventricular se relaciona com a neurohipófise se dá pelo alongamento dos neurônios e o que é sintetizado por eles estendem-se diretamente para o lobo posterior da hipófise, onde o neuro-hormônio vem direto para a região. Cada um desses núcleos tem uma característica de liberação de hormônio, o pulsátil libera de maneira pulsátil, o tônico libera constantemente em baixas quantidades. 
Os núcleos pulsátil e tônico (hipotalâmicos) são responsáveis por liberar GNRH (hormônio liberador de gonadotrofinas). Quando machos ou fêmeas atingem a maturidade reprodutiva, esse GNHR atinge a quantidade suficiente para liberar as gonadotrofinas (da hipófise), e são elas as responsáveis pela puberdade. As gonadotrofinas são responsáveis por transformar as células primordiais em gametas propriamente ditas, oócitos ou espermatozoides. As gonadotrofinas também vão converter as moléculas de colesterol nos hormônios esteroides, como (estradiol, testosterona, progesterona). Esses hormônios terminam a maturação de ovos. Então eles: Produzem gametas, produzem hormônios esteroides e atuam no trato reprodutor tornando-o maduro. 
Na fêmea: O núcleo tônico fica produzindo GNRH. Quando ela começa a chegar na idade de puberdade, o GNRH produzido, passa pelo sistema porta hp, chega na hipófise anterior e estimula as células da hipófise a liberarem as gonadotrofinas, as principais são FSH: Hormônio folículo estimulante, ele atua aumentando o número de células foliculares estimulando-as a fazerem mitose, só que elas vão produzindo estradiol esse estradiol fica dentro do folículo, chamado de líquido folicular. A medida que ele vai crescendo, atinge o tamanho pré-ovulatório, e como ele está repleto de líquido, ele vai pra corrente sanguínea que sinaliza para o cérebro da fêmea que tem um folículo dominante ali. O estradiol faz essa sinalização no núcleo pulsátil. Lembrando que o núcleo pulsátil libera o GNRH, indo pra corrente sanguínea, sistema porta hp, chega na hipófise e estimula as células a liberarem um pico de LH hormônio luteinizante, e esse hormônio induz a ovulação daquele folículo dominante. Depois disso, as células que sobram se organizam formando o corpo lúteo, que produz testosterona. Esse ciclo acontece sempre nas fêmeas. 
Alta produção de FSH pela hipófise, o folículo cresce, vai produzir uma alta concentração de estradiol, ele vai liberar um pico de LH por causa do pico de GNRH, o LH induz a ovulação, essa ovulação forma o corpo lúteo, o corpo lúteo produz progesterona, que inicialmente tem papel de manter a gestação. Se não houver fecundação, o corpo lúteo para de produzir progesterona e forma uma cicatriz na superfície do ovário, chamado de corpo albics. Assim inicia-se outro ciclo.
No macho: O GNRH é produzido pelo núcleo tônico, vai para a hipófise anterior, estimula a síntese de FSH e LH. O FSH no macho estimula a diferenciação das células basais do túbulo seminífero e o LF faz com que essas células se transformem em espermatozoides, processos chamados de espermatocitogênese e espermiogenese. 
Os espermatozoides são produzidos no testículo, ele progride pelos túbulos pelo epidídimo e fica armazenado na cauda do epidídimo, no momento da cópula tem-se um processo de contração da cauda do epidídimo, os espermatozoides passam pela uretra por esse sistema onde estão as glândulas acessórias onde é adicionado o plasma seminal, forma-se o sêmen que vai para o pênis. O testículo tem vários microtúbulos chamados de túbulo seminífero e cada um deles tem células basais, que vão sofrendo diferenciação e na luz do tubo são produzidos os espermatozoides. Essas células basais são chamadas de espermatogônias e a medida que vão caminhando vão sendo modificadas: Espermatócitos, espermátides, espermatozoides. Essas células ficam apoiadas em outras células, chamadas de células de Selfil que tem o formato de uma pirâmide. A produção de espermatozoides é constante, para uma espermatogonia virar um espermatozoide leva-se alguns dias que são variados de acordo com a espécie. As espermatogonias precisam estar sempre dentro do túbulo seminífero e para isso estimula-se mitose, elas fica com constantemente para substituir células basais, com a ação do FSH acontece a meiose, uma célula 2n é reduzida para N, processo chamado de espermatocitogenese. Depois que esse material genético está reduzido, essa célula precisa ter ramificações para se tornar espermatozoide, processo chamado de espermiogenese. Em um determinado momento, essa espermatogonia vira espermatogonia tipo B e ela sofre a ação do folículo estimulante. Como ocorre a meiose? A espermatogonia do tipo B, aumenta de tamanho e dá origem ao espermatócito primário. Ele passa pelo processo de meiose (prófase, anáfase, metáfase, telófase). 
~~~ parte que n entendi ~~~
Ciclos reprodutivos nas fêmeas
O ciclo estral é compreendido entre dois estros. O estro é o período onde a fêmea está receptiva ao macho (em alguns animais), fora desse período ela não aceita a monta. A cópula geralmente ocorre no início do ciclo estral, antes da ovulação. As éguas por exemplo aumentam a ciclicidade delas nos períodos onde a quantidade de luz aumenta (primavera e verão), são fêmeas poliestricas estacionais. As cadelas entram no cio a cada 6 ou 5 meses, algumas fêmeas anualmente, e são chamadas de monoéstricas. 
A primeira fase o ciclo estral é a fase folicular, onde o folículo está crescendo. Tem uma fase inicial chamada pró-estro, o que determinada basicamente é a formação e crescimento dos folículos e o aumento da secreção de estradiol. No final da fase folicular é o estro propriamente dito, o famoso cio, momento propício para o manejo reprodutivo. Nessa fase, o GNRH está sendo sintetizado pelo núcleo hipotalâmico tônico, ele vai lá na hipófise anterior, estimula a liberação de FSH e tenho o crescimento do folículo e a medida que vai aumentando, vai aumentando a secreção de estradiol. Normalmente são recrutados vários folículos e eles vão crescendo, e uma parte deles atinge o estágio de seleção,outros entram em atresia (aqueles que não vão continuar o crescimento). Desses que foram selecionados, um deles vai atingir o tamanho de dominância (nas fêmeas que tem uma ovulação por ciclo, por exemplo vacas e éguas.) Já no caso de porcas, gatas e cadelas, vários folículos atingem o estágio de dominância, porque ela tem ovulação de vários folículos por ciclo estral, sendo assim são vários filhotes. 
O estradiol sintetizado pelos folículos tem várias funções, uma delas é fazer o feedback lá no hipotálamo para a liberação de LH para promover a ovulação, e também é responsável por toda sintomatologia de cio da fêmea, por exemplo aumento de fluxo sanguíneo, edema da vulva, leucocitose (aumento no número de leucócitos), o estradiol alto prepara para possíveis contaminações e agentes patológicos que podem vir do macho. As cadelas que entram no cio tem suscetibilidade à piometra. Além disso, o estradiol aumenta as glândulas do útero, aumenta o tônus do endométrio e a fêmea vai ter comportamentos típicos do cio, por exemplo a lordose. Algumas fêmeas também aumentam a atividade física. 
Temos então o oócito pronto para ser ovulado, e será ovulado depois da secreção de GNRH pelo núcleo pulsátil e a liberação do pico de LH pela hipófise anterior. O LH então vai no folículo e promove a ovulação. Com o pico de LH temos a liberação de prostaglandina E, no ambiente ovariano. Ela aumenta o fluxo de sangue dentro do ovário e dentro do folículo, e começa a aumentar a quantidade de líquidos lá dentro, o que causa um edema e consequentemente começa a aumentar a pressão dentro desse espaço. No ovário acontece a liberação de prostaglandina F2A, e ela faz com que o ovário que estava cheio de líquido, e rompe-se os folículos promovendo a contração. Junto com isso ocorrem importantes transformações no oócito, chamado de retomada da meiose, ele precisa ter a redução do seu material genético e quem faz isso é a meiose. 
O corpúsculo polar é o restante do material genético (2n) que sobra da duplicação do material. Ele fica entre a zona pelúcida e a membrana do oócito, no espaço Peri vitelínico. E ele não serve pra nada kkk
Depois da ovulação entra em uma fase chamada fase luteal. Está em relação com o ciclo estral. Essa fase é dividida em duas fases, o metaestro que consiste no início da secreção de progesterona pelo corpo lúteo e no final temos o diestro, onde tem-se a manutenção da progesterona em níveis altos, caso a fêmea seja fecundada isso vai manter por toda a gestação. Se não for fecundada ocorre um processo para a progesterona cair. O folículo ovulou, forma o corpo hemorrágico e o corpo lúteo, que produz progesterona, e ela tem algumas funções, como por exemplo promover o desenvolvimento da glândula mamária, promover o desenvolvimento das glândulas uterinas (no endométrio algumas glândulas secretam o leite uterino, que serve para implantação do blastocisto e desenvolvimento embrionário propriamente dito). Além disso a progesterona bloqueia a liberação de GNRH no hipotálamo porque ele que faz o crescimento folicular e uma nova ovulação. Se não acontece tudo isso, preciso que volte a liberação dos núcleos hipotalâmicos, etc. Quem mantem a ativação da glândula e útero preparado etc é a progesterona, e quem promove isso é o corpo lúteo, por isso ele precisa ser destruído: processo chamado de luteólise. Ela acontece no final da fase luteal. Hormônios envolvidos nesse processo são: Ocitocina e prostaglandinas F2a.
O corpo lúteo produz progesterona e ocitocina, e essa ocitocina é responsável por destruí-lo caso não age fecundação. Ela se liga em alguns receptores que estarão no endométrio e induz essas células a produzir prostaglandinas. A prostaglandinas F2a chega no ovário, e no corpo lúteo tem receptores pra ela, promovendo a degradação do corpo lúteo, apoptose. Assim acaba a fase luteal. Com isso cai a progesterona, os núcleos hipotalâmicos liberam GNRH, estimula o crescimento do folículo pelo FSH, estradiol, feedback positivo. Hipófise libera LH, ovulação. Ovulou, corpo lúteo novamente, progesterona, isso se chama ciclo estral. Essa prostaglandina passa por um sistema chamado útero-ovariano, o que foi produzido vai direto pra veia e passa direto pra artéria sem precisar passar antes para o pulmão, assim não preciso de uma grande quantidade de progesterona para promover a luteólise, é um mecanismo de economia. Isso não acontece nas éguas. 
Algumas espécies como as cadelas, além da passar pelas fases de estro, pro-estro, passam por um período chamado de quiescente, sem atividade ovariana nenhuma e nem produção de hormônio basal. É chamado de anestro, onde não estão ciclando, não tem ovulação etc.
Muitos fatores influenciam nessa ciclicidade, por exemplo: 
Estações do ano: Éguas tem ciclicidade em maior luminosidade do dia. Isso porque a radiação ultravioleta vai ativar na retina e envia um sinal na glândula pineal para sintetizar um hormônio chamado melatonina, que influencia os núcleos hipotalâmicos. A égua, quando dias são longos (maior luminosidade) tem maior incidência de raios ultravioletas na retina e essa incidência atua na glândula pineal diminuindo a liberação de melatonina, e para ela é um sinal para ela ciclar. No caso da ovelha acontece o contrário, ela cicla quando a quantidade de luminosidade do dia for menor, em dias curtos, menor incidência que vai para a retina, sinaliza para a glândula pineal que produz melatonina, e essa melatonina na corrente sanguínea sinaliza para o hipotálamo para a gêmea liberar GNRH. 
- Fatores sociais e stress também estimulam. Por exemplo passear com os machos na frente das fêmeas, isso faz com que elas entrem no cio mais rapidamente.
-Nutrição, fêmeas muito gordas ou muito magras tem dificuldade de ciclar. A ingestão de aminoácidos/gorduras em excesso libera um hormônio chamado leptina. 
Temperatura e umidade. Por exemplo, linhagem de bovinos acostumados com a temperatura. 
A fêmeas tem um período certo para a cópula.
A cópula envolve o sistema nervoso e endócrino. A intromissão do pênis na vagina da fêmea faz com que o estímulo sensorial na glândula sinalize para o sistema nervoso e esse reflexo vai até a medula espinhal. Os nervos sinalizam para a medula-coluna, lá ocorre a sinalização de um neurotransmissor que vai até a região das glândulas anexas do macho. Tem a liberação e promove contração dessas glândulas e da cauda do epidídimo, e esse processo termina com a ejaculação. Ou seja, não é um processo que envolve comando central, a intromissão do pênis estimula os receptores. No momento em que o espermatozoide entra no oócito é o final da meiose.
Processos de reconhecimento da gestação 
Para que o embrião implante dentro do útero algumas coisas são importantes, como o desenvolvimento dentro dos limites da zona pelúcida, inclusão dos blastócitos e reconhecimento materno da gestação.. Esse reconhecimento está intimamente ligado com a ciclicidade reprodutiva. 
O único jeito de acontecer esse reconhecimento materno da gestação é fazer com que o corpo lúteo fique funcional. Para ele produzir progesterona, não pode acontecer a luteólise. Três mecanismos principais que bloqueiam a luteólise são: 
Acontece em ruminantes. O embrião quando chega no útero produz um hormônio que chama _______ bloqueia a síntese de receptor de ocitocina. Sem o receptor, a ocitocina não se liga e não tem produção de prostaglandinas F2alfa. 
Acontece em suínos. Quando tem 4 embriões dentro da porquinha, eles produzem estradiol. Lembrando que a prostaglandinas, produzida no endométrio ao invés de ir para a veia uterina ela vai para a luz do útero, e ali não tem receptor para prostaglandinas e o que acontece é que ela acaba sendo degradada porque não tem receptor pra ela, não chega em ambiente ovariano e o corpo lúteo vai continua produzindo progesterona.
Nas éguas, o embrião secreta proteína uteroferrina, ela vai para a corrente sanguínea e se liga no ovário onde a prostaglandina deveria se ligar (no corpo lúteo), assim ela não se liga e é degradada. Além disso,o embrião é grande e o blastocisto se movimenta dentro da égua e esse movimento também sinaliza para ela que ela está gestante. 
Então houve reconhecimento materno da gestação. A primeira coisa que acontece na gestação é o desenvolvimento das membranas extra embrionárias (saco vitelínico, córeo, amnio e alancoide). O blastocisto que chegou lá no útero é uma célula. ~~~~~~~~ Pulei uma parte ~~~~
Placentação 
Órgão metabólico transitório, componente fetal (córneo) e componente materno (endométrio), precisa da interação feto-mãe. Se relaciona através de vilos coriônicos. Regiões de contato: entre córion e endométrio formam zonas específicas de trocas metabólicas. Tenho o útero, camada que está em intimo contato com o feto. A superfície coriônica vai se relacionar com a superfície do endométrio para que o nutriente seja passado de mãe para filho. Existem vários tipos de placenta: 
Em relação a distribuição dos vilos corionicos: Se as projeções principais acontecerem ao redor de toda a placenta. Pode ser difusa (suínos e equinos, é difuso, distribuído completamente na superfície), zonaria (carnívoros, organizados em uma ampla faixa estendida ao redor do eixo longitudinal do embrião), discoide (dois ou três discos que contem vilos que se relacionam com o endométrio - nutrientes, roedores e primatas), cotiledonária (organizada em vilos coriônicos arborizados que parecem tufos, formam placentonicos, em ruminantes).
Em relação a barreira placentária: Baseada no num de camadas teciduais que separam a circulação fetal e materna. Epiliocorial (suínos, equinos e ruminantes), endoteliocorial (carnívoros), hemocorial (primatas e roedores). 
Aderência entre os componentes fetais e maternos: Deciduada: No momento do parto parte dos componentes são perdidos, porções do endométrio. (carnívoros, roedores e humanos). Adeciduada: a placenta sai inteira mas não perde o epitélio endometrial (Ruminantes, suínos e equinos). 
A placenta: Imunoglobulinas, minerais, esteroides, síntese de novos lipídeos, transfere tóxicos, vírus, bactérias, transfere e facilita passagem de coisas ruins. Por isso é tão importante mamar após o nascimento.
Hormônios: Produz progesterona (para manter a gestação) e ela estimula o crescimento mamário (somastrotofina também). Produz estradiol para fazer relaxamento dos ligamentos pélvicos no final da gestação, junto com a relaxina (também ajuda na flexibilidade no parto) que abre a pelve para facilitar a saída do feto. 
O corpo lúteo produz progesterona durante toda a gestação. Para algumas espécies, em uma determinada idade gestacional, quem começa a produzir a progesterona é a placenta e ela produz mais do que o corpo lúteo, por exemplo, a vaca a partir de 6 meses. (A principal manutenção de cadelas, porcas e gatas é o corpo lúteo.) Nas mulheres (até 60 dias) é a placenta. 
Modificações físicas na gestante 
Balanço hidroeletrolítico (necessidade hídrica por retenção de NA e K, diurese), modificações metabólicas (Aumento da necessidade de energia e nutrientes, diminuição da atv física), modificações hemodinâmicas (aumento do débito cardíaco, fluxo uterino aumentado), alterações anatômicas (cérvix fechada, leite uterino, quiescencia do miométrio), secreta prolactina (responsáveis pelo comportamento materno). 
Parto 
Eutocina = parto normal, sem complicação. O final da gestação causa a limitação do espaço causando stress no feto e ele libera ACTH pela hipófise anterior fetal, esse ACTH estimula adrenal do feto a liberar cortisol indo para o sangue da fêmea. Esse cortisol é o responsável por causar alterações endócrinas na mãe. A condição principal é tirar o bloqueio de contração miometrial, que é a progesterona. O útero precisa expulsar o feto e precisa contrair. O cortisol pega então a progesterona e ativa umas enzimas chamadas 17ahidroxilase, 17,20 desmolase e aromatase e a progesterona começa a ser convertida em estradiol. Com menos progesterona as ações dela diminuem (uma das funções dela era não deixar o útero contrair). 
Com isso a placenta se descola: 
Deslocamento da placenta
 Produz prostaglandinas (luteólise) 
Relaxamento e dilatação cervical
 Sensibilização do miométrio à ação de ocitocina 
Primeiro – Pródomos
- Relaxamento e dilatação da cérvix, o feto fica na posição de nascimento, contrações uterinas são iniciadas, o corioalantóide entra na vacina
Segundo – Expulsão do feto
- Contrações uterinas continuam, o feto entra no canal do parto, começam as contrações abdominais, o âmnio entra na vacina, o feto é expelido
Terceiro – Expulsão da placenta
- Perda da circulação placentária, ocorre deiscência e separação placentárias, contrações uterinas e abdominais continuam, a placenta é expelida.
Resumex
Diferenças entre machos e fêmeas em relação a comportamento reprodutivo:
Feto macho: Gônada fetal sintetiza testosterona, que ultrapassa a barreira hematoencefálica, entra no ambiente cerebral e é convertida em estradiol pela enzima aromatase. Testosterona masculiniza o cérebro através do estrógeno (estradiol).
Feto fêmea: O ovário sintetiza estradiol. Ao invés de passar a barreira ele se liga a fetoproteínas. 
Núcleos hipotalâmicos 
Macho – Tônico e Paraventricular Fêmea – Pulsátil, Tônico e Paraventricular 
Hipotalâmicos: Pulsátil e tônico – Hipófise anterior (adenohipófise), sistema porta hipotalâmico hipofisário através de veias e artérias. Liberam GNRH (servem para liberar gonadotrofinas). 
Paraventricular – Hipófise posterior (neurohipófise), alongamento dos neurônios 
As gonadotrofinas são responsáveis pela puberdade (GNRH suficiente). Ela produz gametas, produz hormônios esteroides (estradiol, progesterona e testosterona) e atua no trato reprodutor deixando ele maduro. 
Fêmea: Núcleo tônico produz GNRH, na puberdade tem muito, ele vai pro sistema porta hp, estimula das células a liberarem gonadotrofinas, que são: FSH: Aumenta o numero de células foliculares estimulando a fazerem mitose, elas produzem estradiol que dentro do folículo se chama líquido folicular e quando cresce esse líquido vai pra corrente sanguínea, o estradiol sinaliza para o núcleo pulsátil da fêmea que tem um folículo dominante ali. Libera-se também um pico de LH (hormônio luteinizante) que induz a ovulação daquele folículo dominante, aí as células que sobram formam o corpo lúteo que produz testosterona. 
No macho: GNRH produzido pelo núcleo tónico, estimula a síntese de que FSH no macho estimula a diferenciação das células basais do túbulo seminífero e o LH faz com que as células se transformam no espermatozoide. A produção de espermatozoides acontece nos túbulos seminíferos. 
Ciclo estral
Poliéstricas: De acordo com a quantidade de luz, exemplo éguas.
Monoéstricas: Em determinado período de tempo. Exemplo cadelas a cada 5 ou 6 meses entram no cio.
Fase folicular: Pró-estro = formação de folículos ovulatórios + secreção de E2; 
Estro: O cio. Momento para reprodução. GNRH sintetizado pelo núcleo tônico, vai na hipófise anterior, estimula a liberação de FSH, crescimento do folículo, + estradiol. Estágio de seleção ou atresia. (Um ou mais folículos atingem o tamanho de dominância). Esse estradiol tem função de fazer o feedback para a liberação de LH para promover a ovulação e responsável pelo cio da fêmea. 
- Processo de ovulação: Oócito pronto depois de secretar GNRH pelo núcleo pulsátil e liberação de LH pela hipófise anterior. O LH libera prostaglandina E > + sangue + líquidos > Edema, + pressão > Libera prostaglandinas F2A e contrai > Promove a ovulação. Retomada da primeira meiose do oócito.
Égua: maior luz, menos melatonina, mais ciclagem. Ovelhas: Menor luz, mais melatonina produzida mais ciclagem. 
Fase Luteal: Metaestro: Início da secreção de progesterona pelo corpo lúteo
Diestro: Se não for fecundada, Progesterona sobe e estradiol cai (porque não tem mais folículo sintetizando e sim o corpo lúteo).
Luteolise: Degradação do corpo lúteo.Ocorpo lúteo produz ocitocina que é quem faz a degradação através da prostaglandina F2a.
Anestro: Período estacionário de tempo variável, órgãos reprodutivos "quiescentes". 
Influenciadores da ciclicidade
Estações do ano: A melatonina é o neurotransmissor responsável por mediar as informações diárias do ciclo de luz/escuridão.
Fatores sociais; Nutrição: ingestão de aminoácidos /gorduras em ecesso libera a leptina. 
A cópula envolve o sistema nervoso e endócrino. Não envolve comando central, a intromissão do pênis na vagina estimula receptores.
Parto
Estresse fetal – ACTH fetal – Cortisol fetal – Redução da progesterona (ativa as enzimas) que removem o bloqueio – Progesterona > estradiol causa o descolamento da placenta, produz prostaglandinas, relaxamento e dilatação cervical, sensibilidade do miométrio à ocitocina. 
Para produzir estrógeno e progesterona, precisa de uma sinalização do hipotálamo. Se tiverem baixos níveis de estrógeno e progesterona ativa-se o hipotálamo que produz e secreta o GNRH: FSH e LH. 
Esses dois hormônios promovem uma resposta positiva no ovário para iniciar a síntese de estrógeno e progesterona. Enquanto o FSH e LH estiverem sinalizando vai continuar sendo produzido, para parar, altos níveis de estrógeno e progesterona inibem o FSH e LH na hipófise anterior. 
Hormônios 
GNRH: Libera FSH e LH. 
FSH: Formação de folículos na fêmea e espermatogênese no macho.
LH: Ovulação na fêmea e testosterona no macho.
Testosterona: Produzida nos testículos no macho, estimulado pelo LH. Comportamento masculino, responsável também pelo desenvolvimento dos órgãos genitais.
Estrógeno: Produzido pelo ovário. Estimula o desenvolvimento mamário e prepara o corpo para a gestação. Influencia também no comportamento feminino. Estimula a síntese de prostaglandinas. 
Estradiol: (Um tipo de estrógeno) Relacionado ao cio das fêmeas, induz atividade sexual.
Progesterona: Inibe a liberação de prostaglandinas. Pouco estrógeno e pouca progesterona = Produção de FSH e LH. Altos níveis inibem a produção. Produzida pelo ovário nas fêmeas então promove o desenvolvimento das glândulas mamárias na fêmea. 
Prostaglandina: Fazem função de hormônios, mas não são jogados na corrente sanguínea, produzida por várias células. Ela destrói o corpo lúteo.
Prostaglandina F2ALFA: Em fêmeas de grande porte é produzida pela porção endometrial do útero, é o grande agente responsável pela regressão do corpo lúteo, tal regressão estimula o crescimento folicular por causa dos níveis de FSH e LH que estão aumentados. Contrai o útero e induz o parto.

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