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Proj de Interv Eliane

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UNIVERSIDADE FEDERAL DA PARAÍBA CENTRO DE CIÊNCIAS APLICADAS E EDUCAÇÃO DEPARTAMENTO DE EDUCAÇÃO
ESPECIALIZAÇÃO EM DOCÊNCIA NOS ANOS INICIAIS DO ENSINO FUNDAMENTAL
ELIANE DE OLIVEIRA TEIXEIRA
AS DIFICULDADES NA LEITURA E ESCRITA DOS ALUNOS NOS ANOSS INICIAIS DO ENSINO FUNDAMENTAL
MAMANGUAPE-PB
2019
ELIANE DE OLIVEIRA TEIXEIRA
AS DIFICULDADES NA LEITURA E ESCRITA DOS ALUNOS NOS ANOSS INICIAIS DO ENSINO FUNDAMENTAL
Projeto de Intervenção apresentado ao Programa de Pós-Graduação, UFPB, como requisito para obtenção do título de Especialização em Docência nos anos iniciais do Ensino Fundamental.
Orientadora: Profª. Francisca Terezinha Oliveira Alves
MAMANGUAPE-PB
2019
SUMÁRIO
INTRODUÇÃO
JUSTIFICATIVA
PRESSUPOSTOS TEÓRICOS
PRESSUPOSTOS METODOLÓGICOS
 SISTEMÁTICA DE AVALIAÇÃO DAS AÇÕES PROPOSTAS
RECURSOS HUMANOS E MATERIAIS
CRONOGRAMA
REFERÊNCIAS
APÊNDICES
ANEXOS
Introdução
Objetivos Geral: Estimular o prazer pela leitura, considerando a interdisciplinaridade e a atuação de toda a escola nesse processo.
Objetivos específicos: 
• Trabalhar com gêneros literários diversos, possibilitando ao alunado a aquisição de competências leitoras.
• Construir o hábito de ouvir histórias e sentir prazer nas situações que envolvem leitura de história.
• Aproximar-se do universo escrito e dos portadores de escrita (livros e revistas), manuseando-os e reparando na beleza das imagens.
• Relacionar textos e ilustração, manifestando sentimentos, experiências, ideias e opiniões, definindo preferência e construindo critérios próprios para selecionar o que vão ler.
• Vivenciar situações de leitura compartilhada e uso do cantinho de leitura da classe.
Justificativa
As elevadas taxas de fracasso escolar, reprovação, distorção idade série sempre presentes no cenário educacional brasileiro, têm colocado em evidência, ao longo de nossa história, a preocupação dos profissionais que trabalham na pesquisa e intervenção. 
Para reduzir dados tão catastróficos como o apresentado durante anos de escolarização brasileira, é necessário um sistemático monitoramento, desde as séries iniciais. De acordo como Plano Nacional de Educação, toda criança deve ser alfabetizada até os oito anos de idade. De acordo com o que está estabelecido em Plano de Metas, devemos alfabetizar 96% das crianças dos Anos Iniciais do Ensino Fundamental. No entanto, ao final do primeiro semestre, constatamos que 17% dos alunos do 3º ano (Anos Iniciais) apresentam deficiências quanto ao processo de alfabetização. Tal situação nos levou a elaborar e desenvolver este projeto de intervenção, que objetiva promover atividades para que as crianças desenvolvam as competências necessárias no processo de alfabetização. 
A alfabetização é uma das etapas que contribui para que a evolução intelectual do aluno, pois ao aprender a ler, a criança adquire autonomia. Esse processo ocorre gradativamente, na qual a criança vai superando as dificuldades e avançando para fases posteriores. Aqui destacamos a importância do grande promotor desse processo: o professor, pois a ele cabe possibilitar oportunidades para a promoção da efetiva aprendizagem da criança, respeitando sua individualidade e incentivando suas potencialidades, encorajando o aluno a criar suas próprias hipóteses em relação ao objeto de conhecimento. 
Alfabetizar não requer apenas a codificação e decodificação dos códigos escritos, mas sim, proporcionar atividades que exijam da criança a interpretação e compreensão, que sejam contextualizadas para que efetivamente promovam o desenvolvimento da aprendizagem da leitura e escrita. Alfabetizar é, portanto, possibilitar que o aluno tenha conhecimento não só das letras, mas, sobretudo, do significado, a fim de compreender o que está escrito. Nesse processo professor e aluno ocupam papel de destaque, caminhando juntos na construção do conhecimento e é imprescindível jamais desacreditar que a criança é capaz, independente das dificuldades apresentadas durante o processo. 
Sendo assim, este projeto justifica-se pela necessidade de estarmos revertendo os dados que nos foram apresentados pelo diagnóstico desenvolvido na escola, ou seja, das dificuldades que alguns alunos do 3º ano, estavam enfrentando com o processo de alfabetização. Ele visa desenvolver atividades que promovam uma maior aprendizagem na alfabetização e no letramento de maneira significativa e lúdica.
Pressupostos Teóricos (fundamentação teórica)
A definição do tema desse projeto para ser desenvolvido na Escola, se apoia nas teorias e conhecimento de dois teóricos conceituados dentro da literatura direcionada ao infanto-juvenil. Conhecimento este que contribui para o desenvolvimento cognitivo das crianças, ajudando a formar leitores.
Dessa forma, ao elaborar este trabalho voltado para a leitura e escrita nas turmas de 4º Ano, apoiei-me também nas concepções destes estudiosos que afirmam que o trabalho com a Literatura Infantil pode certamente ajudar na valorização da criatividade, da independência e da emoção infantil. 
Os estudos de Emília Ferreiro indicam que existem vários estágios de desenvolvimento da capacidade de leitura e escrita entre as crianças. Estes estágios vão do mais simples, no qual a criança relaciona as palavras às figuras (e não aos sons) aos mais complexos, em que a criança já reconhece sílabas, letras, sons e padrões de formação de palavras.
Segundo Paulo Freire “Ler é tomar consciência. A leitura é antes de tudo uma interpretação do mundo em que se vive. Mas não só ler. É também representá-lo pela linguagem escrita. Falar sobre ele, interpretá-lo, escrevê-lo. Ler e escrever, dentro desta perspectiva, é também libertar-se. Leitura e escrita como prática de liberdade. A escrita é também objeto do pensamento e da vida. O mundo ao sul da linha do Equador é marcado pela oralidade; aqui, a escrita e a leitura são um distintivo de poder. Portanto, a criação de uma política de desenvolvimento de participação do mundo da leitura e da escrita significa redimir as massas excluídas de 500 anos de história”.
Desde os primórdios da civilização o homem busca habilidades que lhe tornem mais útil a vida em sociedade e que lhe possam tornar mais feliz. A criação de mecanismos que possibilitassem a disseminação de seu conhecimento tornava-se um imperativo de saber/poder, que ensejava respeito e admiração pelos companheiros de tribo. 
Daí o surgimento das inscrições rupestres, simbologia, posteriormente e num estágio mais avançado das civilizações, os hieróglifos e as esculturas que denotavam sua própria e mais nobre conquista: a conquista de ser. Nesse contexto surge a escrita e a leitura como imanentes à própria história da civilização. 
A criação dessa disponibilidade, que chamamos escrita e leitura, cria outras disponibilidades, pois ela é a básica, dela provém as demais. Através da leitura e da escrita o homem conseguiu estreitar os laços de afetividade com seus semelhantes, harmonizar os interesses, resolver os seus conflitos e se organizar num estágio atual da civilização, com a abstração a que nominamos “Estado”. O homem se organizou politicamente. 
Mas voltando-nos ao campo do conhecimento humano, que é o que por ora nos interessa, o mito poético que sempre embalou o homem, a fantasia dos deuses, descortinaram as portas do saber, originando a busca da informação, do saber humano, do seu prazer. 
Com o desenvolvimento da linguagem, a força das mensagens humanas aperfeiçoou-se a tal ponto ser imprescindível à sua própria existência. A busca do conhecimento tornou-se imperativa para novas conquistas e para o estabelecimento do homem como ser social, como centro de convergência de todos os outros interesses. 
Na busca desse conhecimento, que se perpetua ao longo da história da civilização, percebe-se que quanto mais cedo o homem iniciar, mais cedo germinará bonsresultados. Ou seja, a infância como uma fase especial de evolução e formação do ser, deve despertar-lhe para este mundo, o mundo da simbologia, o mundo da leitura. 
A leitura funciona, em certa medida, um meio e não um fim em si mesma. Daí a importância do papel da escola em relação à leitura, que é o de oferecer aos alunos mecanismos e situações em que eles “aprendam a ler e, lendo, aprendam algo”. Oportuna a citação:
A escola precisa ser um espaço mais amplamente aberto a todos os aspectos culturais do povo, e ir além do ensinar a ler e a fazer as quatro operações. Precisa investir em bons livros, considerando que a cultura de um povo se fortalece muito pelo prazer da leitura; e a escola representa a única oportunidade de ler que muitas crianças têm. É necessário propiciar nas salas de aula e na biblioteca a dinamização da cultura viva, diversificada e criativa, que representa o conjunto de formas de pensar, agir e sentir do povo brasileiro (BRAGA,1985,P.7).
O conceito básico de leitura, nesse contexto, passa ser então a “produção de sentido”. Essa produção de sentido, por conseguinte, é determinada pelas condições socioculturais do leitor, com os seus objetivos, seus conhecimentos de mundo e de língua, que lhe possibilitarão a leitura. 
Nesse sentido, a construção do conhecimento, segundo entendimento de alguns autores como elemento principal, se efetivará pelo hábito da leitura, uma vez inserida e enfatizada no contexto escolar. Afinal, é principalmente através da leitura que os alunos poderão encontrar respostas aos seus questionamentos, dúvidas e indagações, sobretudo no que concerne aos caminhos por onde penetram na construção do seu conhecimento, e não apenas vinculados e dependentes de uma metodologia tradicional. 
Para muitos adultos alfabetizados, a aquisição da escrita parece ser uma tarefa simples. Uma vez dominada a sequência de letras, seu traçado e nomeação, bastaria apenas o conhecimento do som que corresponde a cada uma destas letras para que, depois, combinando-as, pudessem ser formadas palavras e frases. A própria origem da palavra analfabeto, aquele que não domina o alfa ou o beta, ou seja, aquele que não domina sequer as duas primeiras letras do alfabeto, traz consigo esta ideia. Esta concepção, que reduz a escrita a um mero código de transcrição gráfica, não resiste, no entanto, a um exame mais detalhado, do ponto de vista psicológico. Sendo a linguagem escrita um sistema simbólico, sua aprendizagem vai requerer um aprendiz que reconstrua as relações entre as representações fonológicas e as representações ortográficas da língua. Esta é uma tarefa complexa. Dada a sua natureza social, as convenções da escrita não são evidentes por si mesmas. 
O processo inicial de aquisição da escrita está intimamente relacionado à escolaridade, embora com ela não possa ser confundido. As práticas sociais relativas à leitura e escrita transcendem não só os limites da escola como, também, precedem a matrícula da criança no sistema formal de ensino. 
Segundo as reflexões expostas por CAGLIARI (1993) a escrita é algo que o ser humano se envolve desde cedo em sua vida, e de acordo com o contexto sócio – cultural que homem vive o aprendizado da escrita se efetiva segundo determinados padrões, assim, a sociedade letrada que vivemos exige o domínio da escrita e alguma atividades no cotidiano ela é necessária, sendo que a escola é o local onde é mais expresso sua presença.
Visite: https://pedagogiaaopedaletra.com/projeto-de-intervencao-pedagogica-nas-series-iniciais/
Pressupostos Metodológicos
Será utilizada a abordagem sócio interacionista, permitindo que a criança tenha oportunidade de construir sua aprendizagem com as intervenções pertinentes. Portanto, será aplicada uma metodologia que favoreça o desenvolvimento da criança na fase da alfabetização, respeitando suas características individuais e necessidades pessoais. Também serão valorizadas as diversas contribuições que os diferentes métodos de alfabetização oferecem. Através do resultado do diagnóstico da turma foi definido um plano de trabalho com metas a serem desenvolvidas no dia-a-dia na sala de aula. 
Nos 1º anos os professores trabalharão reforço com aqueles alunos que tem dificuldades com as letras do alfabeto. 	Comment by Usuário do Windows: Depende da turma q fará a intervenção
Nos 2º anos haverá um reagrupamento, os alunos já alfabetizados ficarão com uma professora, enquanto os não alfabetizados ficarão em outra sala com outra professora, para que as mesmas possam fazer um trabalho mais intensificado com os alunos, suprindo as reais necessidades dos mesmos. 
Nos 3º, 4º e 5º anos, de certa forma, também haverá um reagrupamento, só que apenas num período da aula (antes ou depois do recreio), assim os alunos que estão com as mesmas dificuldades são alfabetizados por monitores ou estagiários. 
Estarão sendo desenvolvidas atividades diariamente na sala de aula com materiais concretos como: alfabeto móvel, fantoches, jogos de rimas, jogos de memória com escrita/desenho entre outros. Empréstimos de livros, onde o aluno leva para casa e determina o dia de entrega. Piquenique da leitura, onde os alunos vão à Praça, à quadra de esportes ou em outro lugar e levam lanches e livros de história infantis. 
Estaremos trabalhando atividades diversificadas visando a participação de todos os alunos no processo de ensino aprendizagem, priorizando a leitura e a escrita.
Apresentação do projeto aos professores e Direção da Escola para articulação de ideias e ações.
Apresentação e abertura do projeto com os alunos de todas as turmas do 4º Ano do Ensino Fundamental.
Leitura e Criação de historias por professores e alunos.
Relato Oral de histórias por pessoas da comunidade local.
Leituras orais de contos de fadas pelos professores.
Leituras de orais e silenciosas de contos e prosas pelos alunos.
Pesquisa e leitura de histórias na internet.
Interpretações orais e escritas de histórias lidas pelos professores.
Interpretações orais e escritas de histórias lidas pelos alunos
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Sistemática de avaliação das ações propostas
A avaliação do projeto de intervenção na LEITURA E ESCRITA ocorrerá durante os dez dias de seu desenvolvimento, envolvendo a observação da atuação dos monitores, as atividades de produção escrita e oral, confecção de murais ilustrados, atividades de interpretação e outras atividades escritas (contos e recontos) desenvolvidas pelos alunos bem como a atuação de pessoas da comunidade local, considerando-se ainda os avanços obtidos e demonstrados pelos alunos no do inicio ao final do projeto.
A avaliação em leitura transcorreu em três instâncias: identificação das letras, leitura de palavras e de textos. Nessas atividades, dois estágios foram avaliados: i) leitura inicial, baseada na busca de inferências, por meio de pistas gráficas oferecidas pelo texto e na decodificação e preocupação com a qualidade da correspondência grafo- fonêmica e ii) leitura fluente, típica de leitores mais experientes, após automatização das correspondências fonográficas e maior familiaridade com o mundo da escrita. Objetivava- se, nesse nível, a compreensão do conteúdo textual e postura crítica em relação à leitura realizada. Em termos de escrita, a avaliação concentrou-se em dois momentos: i) escrita de palavras e ii) escrita de textos.
“Identificação das Letras do Alfabeto”
Na avaliação dos saberes infantis acerca do conhecimento dos signos mínimos constituintes da escrita, as crianças deveriam dizer o nome das letras apontadas de forma seqüencial e também desordenada, com o intuito de se verificar se as respostas corretas decorriam da musicalidade advinda da memorização ou se resultavam de conhecimento concreto (APÊNDICE A).
Tabela 3 - Avaliação da atividade: “Identificação das letras do alfabeto”
	Conceito
	Desempenho
	Excelente
	Acerto de todas as letras em ordem e fora da ordem alfabética
	Ótimo
	Acerto de todas as letras em ordem e fora da ordem com pouca dificuldade
	Muito Bom
	Acerto de todasas letras em ordem e muitas fora da ordem
	Bom
	Acerto de algumas letras em ordem
	Regular
	Reconhecimento apenas das vogais
	Insatisfatório
	Nenhuma letra identificada
	
	
“Leitura de Palavras”
Os alunos, nesse momento, foram incitados à leitura individual de três listas de palavras, cujo critério de seleção adveio da concepção de se partir da realidade próxima da criança para a distante, das palavras conhecidas, trabalhadas pela professora, para as desconhecidas.
A primeira lista, apresentada no apêndice E, compôs-se por palavras simples, monossílabas e dissílabas, comuns às crianças: boi, uva, bola, casa, gato, roda, bode, sapo, vaca, e chapéu. A segunda, por palavras trissílabas e polissílabas, também corriqueiras: arara, apito, peteca, telefone e pirulito. E, por fim, palavras desconhecidas ao léxico empregado nas aulas da professora: rúcula, violeta, lasanha, beterraba e condimento, totalizando 20 itens avaliativos (APÊNDICE B). A tabela 4 mostra a categorização adotada para o teste “Leitura de palavras”, conforme apresentado no apêndice B.
Tabela 4 - Avaliação da atividade: “Leitura de palavras”
	Conceito
	Desempenho
	Excelente
	Leitura de 16 a 20 palavras
	Ótimo
	Leitura de 12 a 15 palavras
	Muito Bom
	Leitura de 8 a 11 palavras
	Bom
	Leitura de 4 a 7 palavras
	Regular
	Leitura de 1 a 3 palavras
	Insatisfatório
	Nenhuma palavra lida
“Leitura de Textos”
Dois foram os critérios de seleção dos textos para leitura individual: i) a semelhança com o tipo de material comumente utilizado em sala de aula – na intenção de oportunizar às crianças familiaridade com o material apresentado à realização de inferências – viabilizando-lhes maiores chances de resultados satisfatórios (uma música de São João ritmada “Cai, cai, balão”, e uma cantiga de roda popular também com rimas, “A canoa virou”); ii) de modo adverso, gêneros textuais incomuns se apresentaram como critério importante para a avaliação de possíveis generalizações realizadas pelas crianças: uma história em quadrinhos e uma receita de pé-de-moleque (APÊNDICE C).
Tabela 5 - Avaliação da atividade: “Leitura de textos”
	Conceito
	Desempenho
	Excelente
	Leitura e compreensão de um texto com rara intervenção
	Ótimo
	Leitura e compreensão de um texto com intervenção
	Muito Bom
	Leitura e compreensão de um texto com muita intervenção
	Bom
	Leitura de um texto destituída de compreensão leitora, com muita intervenção
	Regular
	Tentativa de leitura de um texto, destituída de sucesso
	Insatisfatório
	Nenhuma leitura realizada
A seguir, apresentam-se exemplos das atividades desenvolvidas.
 Nomes dos alunos: “Quem é você?”
Os alunos receberam uma placa de cartolina com seu nome escrito em três formas diferentes: letra de imprensa, cursiva e bastão. Com isso, deveriam ler seus nomes e, se possível, dos colegas; depois, através de desenhos e palavras, conforme preferência ou competência, responder à pergunta: “Quem é você?”. As crianças descreveriam a si próprias, apontando aspectos físicos e comportamentais.
 Manipulação de letras e sílabas
A tarefa consistiu, portanto, na alteração deliberada de unidades silábicas ou fonêmicas de palavras: atividades de rima e aliteração; eliminação ou inclusão de sílabas ou fonemas; inversão das sílabas de palavras dissílaba; e identificação de palavras dentro de outras palavras (APÊNDICE D).
 Formação de palavras
Jogando com as letras: cada criança recebeu um envelope contendo todas as letras do alfabeto, com algumas repetições, sobretudo das vogais. A atividade se resumia em formar palavras livremente: “Vamos brincar de formar palavras?” Normalmente, o trabalho se realizava em duplas ou trios (APÊNDICE E).
Jogando com as sílabas: todos os alunos receberam um envelope contendo várias combinações silábicas, com a finalidade de formarem palavras (APÊNDICE E).
Autoditado: as crianças deveriam escrever as palavras que representavam as gravuras impressas (APÊNDICE E).
 Bingo
A atividade consistia na leitura de palavras – nomes de material escolar: giz, caderno, cola, livro, régua, lápis, caneta, lousa, cadeira, carteira, borracha, apontador –, seguido de sua análise minuciosa: formação, sons das letras, quantidade de sílabas e de letras, as dificuldades encontradas (a exemplo dos dígrafos). Por fim, realizar-se-ia um bingo com essas palavras: as crianças deveriam encontrar as palavras sorteadas, dentre as trabalhadas naquele dia, circulando-as, para depois copiá-las (APÊNDICE F).
Ditado
Essa atividade teve como finalidade o exercício da reflexão deliberada do número e qualidade das letras utilizadas (com ou destituída de correspondência fonográfica) à escrita das palavras ditadas; bem como avaliação processual da competência infantil em escrita.
O ditado se realizaria de três maneiras: i) através da brincadeira “O que é, o que é?”, na qual as crianças deveriam descobrir a resposta das charadas para, depois, escreverem as respostas; ii) mediante a escrita de palavras contextualizadas em frases e, por fim; iii) por meio de palavras, pronunciadas em voz alta, sugeridas pela pesquisadora e crianças”.
Textos poéticos rítmicos
Objetivou-se com esse gênero textual mostrar que: um texto literário, no caso do poema, tem uma forma específica de apresentação; os poemas podem conduzir o leitor ao mundo da fantasia e da imaginação; numa produção poética, tem-se a liberdade de se transgredir intencionalmente as lógicas conceituais convencionais; um verso não contém idéias completas, evidenciando-se que a segmentação de idéias num texto poético é distinta de outros; a musicalidade e o ritmo do poema, obtidos através da repetição intencional de palavras, proporcionam uma fácil memorização; o papel das rimas na construção desse tipo de texto.“A casa” de Vinícius de Moraes incita a imaginação infantil porque se mostra engraçado, arteiro e diferente (APÊNDICE G).
Leitura de trava-línguas, ditos populares e adivinhas
Os trava-línguas consiste em textos que brincam com as palavras, dificultando a livre leitura: “O tempo perguntou ao tempo quanto tempo o tempo tem. O tempo respondeu ao tempo que o tempo não tem tempo nem o tempo o tempo tem.”; “Achei um ninho de mafagafo com sete mafagafinhos. Quando o mafagafo guinfa, os mafagafinhos fungam” (APÊNDICE H).
 Produção textual
Às crianças, ofertaram-se gravuras com temáticas diversas para o incentivo à imaginação, ao diálogo e à produção textual: brincadeiras infantis (bola, bicicleta, balanço, areia, futebol), passeios, animal diferente (o hipopótamo), festa de São João, dentre outras (APÊNDICE I). Solicitou-se que as crianças analisassem as cenas e produzissem textos, da forma como sabiam. A avaliação dessa atividade ocorreu mediante os critérios estabelecidos na tabela 7.
Recursos Humanos e Materiais
Diretora, a coordenadora pedagógica, as auxiliares de secretaria, uma auxiliar de serviços complementares e a professora responsável pela biblioteca da escola e os responsáveis pelas crianças (família).
Livros literários e informativos, álbuns de figurinhas, cartazes, desenhos, filmes, folders, gráficos, revistas de histórias em quadrinhos, ilustrações, jornais, quadro de giz, revistas, televisão, vários gêneros textuais, varal didático, etc.
Cronograma
ATIVIDADES
Elaboração da Proposta do Projeto de Intervenção Reunião com a equipe pedagógica da escola
Primeira etapa: Diagnóstico dos alunos 
Segunda etapa: preparação de material didático (jogos, atividades, cartazes, textos, etc.) Terceira etapa: reagrupamento dos alunos 
Quarta etapa: execução do projeto de intervenção
Visite: https://pedagogiaaopedaletra.com/projeto-de-intervencao-pedagogica-nas-series-iniciais/
Apêndice
APÊNDICE A – Ficha do item avaliativo “Identificação das Letras do Alfabeto” (avaliação diagnóstica, intermediária e final)
H
Q
G
P Z
F
O
X
E
N
V
C
D
L
M T
U
B
J
S
A
I R
APÊNDICE B – Ficha do item avaliativo“Leitura de Palavras” (1ª, 2ª e 3ª listas) (1ª lista de palavras da avaliação diagnóstica)
BOI UVA BOLA CASA GATO RODA BODE SAPO VACA
CHAPÉU
(2ª lista de palavras de palavras da avaliação diagnóstica)
ARARA APITO PETECA TELEFONE
PIRULITO
(3ª lista de palavras da avaliação diagnóstica)
RÚCULA VIOLETA LASANHA BETERRABA
CONDIMENTO
APÊNDICE C – Fichas do item avaliativo “Leitura de Textos”
TEXTO 1:
TEXTO 2:
TEXTO 3:
TEXTO 4:
APÊNDICE D - Manipulação de Letras e Sílabas
APÊNDICE E – Formação de Palavras:
Jogando com as letras
Jogando com as letras
Jogando com as sílabas
Autoditado
APÊNDICE F - Bingo
	
APÊNDICE G – Textos Poéticos Rítmicos
APÊNDICE H – Leitura de Trava-Línguas e Trocadilhos
APÊNDICE I - Produção Textual
 
Roteiro para uma sequência didática
	Momentos
	O que é
	1. Identificação
	Identificação	da	escola	(Nome;	Endereço; Bairro;)
Identificação da turma (Ano; Turno; Número de alunos)
	2. Tema
	O que será objeto do trabalho a ser realizado.
	3. Objetivos
	O que se espera alcançar com a sequência proposta. Descreva nesse item o que você pretende alcançar nas aulas, ou seja, onde você pretende chegar com o trabalho que será desenvolvido. Não esqueça que os seus objetivos devem ser
claros (para que não deixem dúvidas) e viáveis (possíveis de serem realizados).
	4. Conteúdos a serem trabalhados
	Indicação dos conteúdos que serão trabalhados na sequência nas diversas áreas de conhecimento.
	5. Desenvolvimento das atividades
	Nesse item você irá descrever todas as etapas das aulas, detalhando a forma como irá trabalhar, os recursos didáticos que auxiliarão a promover o aprendizado e a circulação do conhecimento no plano da sala de aula.
Qual o grupo de aluno que a sequência é proposta;
Duração da sequência em aulas;
Descrição das etapas que serão realizadas com seus respectivos procedimentos;
Como será a estruturação da sala de aula, os materiais a serem utilizados, etc.;
	6. Avaliação
	Descreva a forma como irá avaliar os alunos nas aulas, citando os instrumentos de avaliação (prova escrita, participação do aluno, trabalhos, pesquisas, tarefas de casa, etc.), e os critérios propostos.
	7. Referenciais utilizados
	Todos os materiais a serem utilizados na sequência, como sites, vídeos, textos, jogos, músicas, livros, etc.;
	8. Apêndices/Anexos
	Incorporação dos materiais que foram utilizados.
Roteiro para uma sequência didática
	Momentos
	O que é
	1. Identificação
	Identificação	da	escola	(Nome;	Endereço; Bairro;)
Identificação da turma (Ano; Turno; Número de alunos)
	2. Tema
	O que será objeto do trabalho a ser realizado.
	3. Objetivos
	O que se espera alcançar com a sequência proposta. Descreva nesse item o que você pretende alcançar nas aulas, ou seja, onde você pretende chegar com o trabalho que será desenvolvido. Não esqueça que os seus objetivos devem ser
claros (para que não deixem dúvidas) e viáveis (possíveis de serem realizados).
	4. Conteúdos a serem trabalhados
	Indicação dos conteúdos que serão trabalhados na sequência nas diversas áreas de conhecimento.
	5. Desenvolvimento das atividades
	Nesse item você irá descrever todas as etapas das aulas, detalhando a forma como irá trabalhar, os recursos didáticos que auxiliarão a promover o aprendizado e a circulação do conhecimento no plano da sala de aula.
Qual o grupo de aluno que a sequência é proposta;
Duração da sequência em aulas;
Descrição das etapas que serão realizadas com seus respectivos procedimentos;
Como será a estruturação da sala de aula, os materiais a serem utilizados, etc.;
	6. Avaliação
	Descreva a forma como irá avaliar os alunos nas aulas, citando os instrumentos de avaliação (prova escrita, participação do aluno, trabalhos, pesquisas, tarefas de casa, etc.), e os critérios propostos.
	7. Referenciais utilizados
	Todos os materiais a serem utilizados na sequência, como sites, vídeos, textos, jogos, músicas, livros, etc.;
	8. Apêndices/Anexos
	Incorporação dos materiais que foram utilizados.
Anexos
Neste item você poderá inserir outros documentos (fotos, declarações, autorizações) que se relacionam com o seu Projeto de Intervenção. A enumeração dos anexos deve ser em letras maiúsculas (ex.: Anexo A), seguido de travessão e pelo respectivo título.
Referências	Comment by Usuário do Windows: Estas foram as referencias utilizadas até agora
FREIRE, Paulo. Comunicação ou extensão. Paz e Terra, São Paulo, 1970
FERREIRO, Emília. Alfabetização e Cultura Escrita. Revista Escola. (Fala Mestre -Entrevista), Maio de 2003.P. 28-30.
BRAGA, Maria. Leitura no cotidiano escolar. 2. ed. São Paulo: Brasiliense,1985.
BRASIL. Plano Nacional de Educação - PNE/Ministério da Educação. Brasília, DF: INEP, 2001.
CAGLIARI, Luiz Carlos. Alfabetização e Linguística. São Paulo: Scipione, 1993.
	SEQUÊNCIA DIDÁTICA
	TEXTO ORGANIZADO PARA FINS DE ESTUDO
O planejamento das ações educativas se constitui em um momento privilegiado e necessário para a atividade docente. Através dele é possível fazer certa previsão do que precisa e o que poderá ser trabalhado para que possa acontecer uma aprendizagem efetiva por parte dos alunos. Dentro dessa perspectiva, uma característica importante do planejamento diz respeito ao seu caráter processual, pois esta ação é vista não apenas como elaboração de planos, projetos e atividades, mas como uma constante reflexão do que é necessário rever, retomar e aprimorar. Sacristán e Gómez (1998) apontam que um planejamento bem pensado e conscientemente desenvolvido será uma reflexão e uma elaboração de um curso de ação a ser realizado dentro de um determinado tempo, o que se torna essencial para o desenvolvimento do trabalho educativo.
A compreensão do planejamento como uma ação intencional e necessária para o trabalho docente nos impulsiona a pensar caminhos e possibilidades de organizar o que se deve trabalhar com os alunos e o como trabalhar. Ao se pensar o como trabalhar, as sequências didáticas surgem como uma possibilidade organizativa do trabalho docente extremamente rica e estruturante, que poderão auxiliar em demasia o trato que é dado aos conteúdos, aos procedimentos e a avaliação. Segundo Zabala (1998) as sequências didáticas permitem a organização sob uma perspectiva processual, incluindo as fases de planejamento, aplicação e avaliação do trabalho docente.
Uma sequência didática se constitui numa série de atividades planejadas e orientadas com a finalidade de proporcionar uma aprendizagem específica e definida de acordo com os objetivos propostos. São sequenciadas, etapa por etapa, para oferecer desafios com graus diferentes de complexidade visando que os alunos cheguem a resolver o que é proposto, a partir de diferentes perspectivas.
A expressão “situações didáticas” surgiu na França, em meados dos anos 1980, nos programas escolares oficiais de todos os níveis e séries. A sequência didática seria um procedimento que permitiria ensinar todos os conteúdos de forma integrada para atingir um objetivo único, ou seja, um produto final que pudesse ser a síntese de todo o trabalho realizado.
As sequências didáticas podem ser usadas em todas as áreas de conhecimento e com os diversos tipos de conteúdo, pois visam à organização destes de forma a melhorar a aprendizagem dos alunos eauxiliam ao professor na estruturação do trabalho da sala de
aula de forma gradual, partindo de níveis de conhecimento que os alunos já dominam para chegar aos níveis que eles ainda precisam dominar. Para a organização de uma sequência didática pode-se fazer uso do roteiro proposto a seguir.
Roteiro para uma sequência didática
	Momentos
	O que é
	1. Identificação
	Identificação	da	escola	(Nome;	Endereço; Bairro;)
Identificação da turma (Ano; Turno; Número de alunos)
	2. Tema
	O que será objeto do trabalho a ser realizado.
	3. Objetivos
	O que se espera alcançar com a sequência proposta. Descreva nesse item o que você pretende alcançar nas aulas, ou seja, onde você pretende chegar com o trabalho que será desenvolvido. Não esqueça que os seus objetivos devem ser
claros (para que não deixem dúvidas) e viáveis (possíveis de serem realizados).
	4. Conteúdos a serem trabalhados
	Indicação dos conteúdos que serão trabalhados na sequência nas diversas áreas de conhecimento.
	5. Desenvolvimento das atividades
	Nesse item você irá descrever todas as etapas das aulas, detalhando a forma como irá trabalhar, os recursos didáticos que auxiliarão a promover o aprendizado e a circulação do conhecimento no plano da sala de aula.
Qual o grupo de aluno que a sequência é proposta;
Duração da sequência em aulas;
Descrição das etapas que serão realizadas com seus respectivos procedimentos;
Como será a estruturação da sala de aula, os materiais a serem utilizados, etc.;
	6. Avaliação
	Descreva a forma como irá avaliar os alunos nas aulas, citando os instrumentos de avaliação (prova escrita, participação do aluno, trabalhos, pesquisas, tarefas de casa, etc.), e os critérios propostos.
	7. Referenciais utilizados
	Todos os materiais a serem utilizados na sequência, como sites, vídeos, textos, jogos, músicas, livros, etc.;
	8. Apêndices/Anexos
	Incorporação dos materiais que foram utilizados.
Referências
SACRISTÁN, J. Gimeno.; GÓMEZ, A. I. Perez. Compreender e Transformar o Ensino. 4 ed. Porto Alegre: Artmed, 1998.
ZABALA, Antoni. A prática educativa: como ensinar. Porto Alegre: Artmed, 1998
SEQUÊNCIA DE ORGANIZAÇÃO DO PROJETO DE INTERVENÇÃO
CAPA - contém os elementos básicos de identificação do trabalho: autor (a), instituição, local e ano. Elemento obrigatório.
FOLHA DE ROSTO - contém os elementos básicos identificação do trabalho: autor (a), título, nota sobre o trabalho, instituição, local e ano. Elemento obrigatório.
FOLHA DE APROVAÇÃO - elemento obrigatório.
MENSAGEM – opcional. DEDICATÓRIA– opcional. AGRADECIMENTO – opcional LISTA DE QUADROS – caso tenha.
LISTA DE FIGURAS – caso tenha (fotos, gráficos, imagens).
LISTA DE SIGLAS – caso utilizem.
SUMÁRIO - Elemento obrigatório.
INTRODUÇÃO
JUSTIFICATIVA
PRESSUPOSTOS TEÓRICOS
PRESSUPOSTOS METODOLÓGICOS
SISTEMÁTICA DE AVALIAÇÃO DAS AÇÕES PROPOSTAS
RECURSOS HUMANOS E MATERIAIS
CRONOGRAMA
REFERÊNCIAS APÊNDICES ANEXOS
Observação:
O projeto deverá ser digitado em fonte 12 – Arial ou Times New Roman;
O espacejamento deve ser 1,5 entre linhas;
As citações até três linhas devem ficar dentro do próprio texto entre aspas, as com mais de três linhas devem ser destacadas do texto com recuo de 4 centímetros da margem esquerda; as citações destacadas devem ser escritas com letra de tamanho menor que a do texto, ou seja, 10 ou 11.
As margens devem ser: superior e esquerda 3 cm – inferior e direita 2,5 cm A referência deve obedecer a ordem: Autor – Título – Local – Editora – Ano.
Roteiro para uma sequência didática
	Momentos
	O que é
	1. Identificação
	Identificação	da	escola	(Nome;	Endereço; Bairro;)
Identificação da turma (Ano; Turno; Número de alunos)
	2. Tema
	O que será objeto do trabalho a ser realizado.
	3. Objetivos
	O que se espera alcançar com a sequência proposta. Descreva nesse item o que você pretende alcançar nas aulas, ou seja, onde você pretende chegar com o trabalho que será desenvolvido. Não esqueça que os seus objetivos devem ser
claros (para que não deixem dúvidas) e viáveis (possíveis de serem realizados).
	4. Conteúdos a serem trabalhados
	Indicação dos conteúdos que serão trabalhados na sequência nas diversas áreas de conhecimento.
	5. Desenvolvimento das atividades
	Nesse item você irá descrever todas as etapas das aulas, detalhando a forma como irá trabalhar, os recursos didáticos que auxiliarão a promover o aprendizado e a circulação do conhecimento no plano da sala de aula.
Qual o grupo de aluno que a sequência é proposta;
Duração da sequência em aulas;
Descrição das etapas que serão realizadas com seus respectivos procedimentos;
Como será a estruturação da sala de aula, os materiais a serem utilizados, etc.;
	6. Avaliação
	Descreva a forma como irá avaliar os alunos nas aulas, citando os instrumentos de avaliação (prova escrita, participação do aluno, trabalhos, pesquisas, tarefas de casa, etc.), e os critérios propostos.
	7. Referenciais utilizados
	Todos os materiais a serem utilizados na sequência, como sites, vídeos, textos, jogos, músicas, livros, etc.;
	8. Apêndices/Anexos
	Incorporação dos materiais que foram utilizados.

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