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03_Informatica (1)

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UFPB 
 
1. Conceitos e fundamentos básicos.................................................................................................... 1 
2. Conhecimento e utilização dos principais softwares utilitários (compactadores de arquivos, chat, 
clientes de e-mails, reprodutores de vídeo, visualizadores de imagem, antivírus). ................................... 8 
3. Identificação e manipulação de arquivos........................................................................................ 15 
4. Backup de arquivos. ...................................................................................................................... 30 
5. Conceitos básicos de Hardware (Placa mãe, memórias, processadores (CPU) e disco de 
armazenamento HDs, CDs e DVDs). ..................................................................................................... 42 
6. Periféricos de computadores. ......................................................................................................... 61 
7. Ambientes operacionais: utilização dos sistemas operacionais Windows 7 e Windows 10. ........... 80 
8. Conceitos básicos sobre Linux e Software Livre. ......................................................................... 154 
9. Utilização de ferramentas de texto, planilha e apresentação do pacote Microsoft Office (Word, Excel 
e PowerPoint) – versões 2010, 2013 e 2016. ....................................................................................... 178 
10. Utilização de ferramentas de texto, planilha e apresentação do pacote LibreOffice (Writer, Calc e 
Impress) - versões 5 e 6. ...................................................................................................................... 408 
11. Utilização e configuração de e-mail no Microsoft Outlook. ......................................................... 503 
12. Conceitos de tecnologias relacionadas à Internet e Intranet, busca e pesquisa na Web, mecanismos 
de busca na Web. ................................................................................................................................ 535 
13. Navegadores de internet: Internet Explorer, Mozilla Firefox, Google Chrome. ........................... 554 
14. Segurança na internet; vírus de computadores; Spyware; Malware; Phishing e Spam. ............. 593 
15. Transferência de arquivos pela internet. .................................................................................... 625 
 
 
Candidatos ao Concurso Público, 
O Instituto Maximize Educação disponibiliza o e-mail professores@maxieduca.com.br para dúvidas 
relacionadas ao conteúdo desta apostila como forma de auxiliá-los nos estudos para um bom 
desempenho na prova. 
As dúvidas serão encaminhadas para os professores responsáveis pela matéria, portanto, ao entrar 
em contato, informe: 
- Apostila (concurso e cargo); 
- Disciplina (matéria); 
- Número da página onde se encontra a dúvida; e 
- Qual a dúvida. 
Caso existam dúvidas em disciplinas diferentes, por favor, encaminhá-las em e-mails separados. O 
professor terá até cinco dias úteis para respondê-la. 
Bons estudos! 
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Caro(a) candidato(a), antes de iniciar nosso estudo, queremos nos colocar à sua disposição, durante 
todo o prazo do concurso para auxiliá-lo em suas dúvidas e receber suas sugestões. Muito zelo e técnica 
foram empregados na edição desta obra. No entanto, podem ocorrer erros de digitação ou dúvida 
conceitual. Em qualquer situação, solicitamos a comunicação ao nosso serviço de atendimento ao cliente 
para que possamos esclarecê-lo. Entre em contato conosco pelo e-mail: professores@maxieduca.com.br 
 
INFORMÁTICA – CONCEITOS BÁSICOS 
 
A palavra informática é derivada do francês informatique1, a partir do radical do verbo francês informer, 
por analogia com mathématique, électronique, etc. 
Em português, podemos considerar a união das palavras informação + automática, ou seja, a 
informação sendo processada de forma automática. 
Existem ainda pontos de vista que consideram "informática" união dos conceitos "informação" e 
"matemática". 
O conceito de Informática, apesar de ser amplo, em termos gerais, pode ser definido como a ciência 
cujo objetivo é o tratamento da informação, estudando seus meios de armazenamento, transmissão e 
processamento em meios digitais, tendo como seu principal instrumento realizador, o equipamento 
eletrônico chamado computador, dispositivo que trata estas informações de maneira automática, que 
armazena e processa essas informações. 
O termo computação tem origem no vocábulo latim computatio, que permite abordar a noção de 
cômputo enquanto conta, mas é geralmente usada como sinónimo de informática. Sendo assim, podemos 
dizer que a computação reúne os saberes científicos e os métodos. 
A informática hoje em dia se aplica a diversas áreas de atividade social, como por exemplo, aplicações 
multimídia, jogos, investigação, telecomunicações, robótica de fabricação, controle de processos 
industriais, gestão de negócios, etc., além de produzir um custo mais baixo nos setores de produção e o 
incremento da produção de mercadorias nas grandes indústrias. 
Com o surgimento das redes mundiais (internet - a rede das redes), a informação é vista cada vez 
mais como um elemento de criação e de intercâmbio cultural altamente participativo. 
 
Os Componentes Básicos de um Computador2 
 
A função de um computador é processar dados. Para processá-los é preciso movê-los até a unidade 
central de processamento, armazenar resultados intermediários e finais em locais onde eles possam ser 
encontrados mais tarde para controlar estas funções de transporte, armazenamento e processamento. 
Portanto, tudo que um computador faz pode ser classificado como uma destas quatro ações elementares: 
mover dados, processar, armazenar, e controlar estas atividades. Por mais complexas que pareçam as 
ações executadas por um computador, elas nada mais são que combinações destas quatro funções 
básicas: 
 
- Mover dados: é executada através do fluxo da corrente elétrica ao longo de condutores que ligam 
os pontos de origem e destino e não depende de elementos ativos. 
- Controle: são igualmente executadas através de pulsos de corrente, ou "sinais", propagados em 
condutores elétricos (estes pulsos são interpretados pelos componentes ativos, fazendo-os atuar ou não 
dependendo da presença ou ausência dos sinais). 
Portanto estas duas funções, transporte e controle, para serem executadas só dependem da existência 
de condutores elétricos (fios, cabos, filetes metálicos nas placas de circuito impresso, etc.) e não exigem 
o concurso de componentes ativos. 
- Processar: consiste basicamente em tomar decisões lógicas do tipo "faça isso em função daquilo". 
Por exemplo: "compare dois valores e tome um curso de ação se o primeiro for maior, um curso diferente 
se ambos forem iguais ou ainda um terceiro curso se o primeiro for menor". Todo e qualquer 
processamento de dados, por mais complexo que seja, nada mais é que uma combinação de ações 
 
1 Philippe Dreyfus (1962) 
2 Fonte Análise De Sistemas Vol. 3 Por Flavia Reisswitz 
 
1. Conceitos e fundamentos básicos. 
 
1532948 E-book gerado especialmente para JOAO MONTEIRO DOS SANTOS JUNIOR
 
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elementares baseadas neste tipo de tomada de decisões simples. O circuito eletrônico elementar capaz 
de tomar decisões é denominado "porta lógica" (logical gate), ou simplesmente "porta". 
- Armazenar: consiste em manter um dado em um certo local enquanto ele for necessário, de tal 
forma que ele possa ser recuperado quando o sistema precisar dele. O circuito lógico elementar capaz 
de armazenar umdado (expresso sob a forma do elemento mínimo de informação, o "bit", que pode 
exprimir apenas os valores numéricos "um" ou "zero" ou ainda os valores lógicos equivalentes, 
"verdadeiro" ou "falso") é a célula de memória – um dispositivo capaz de assumir um dentre dois estados 
possíveis e manter-se nesse estado até que alguma ação externa venha a alterá-lo (dispositivo "bi-
estável"). 
 
Tendo isto em vista, pode-se concluir que todo computador digital, por mais complexo que seja, pode 
ser concebido como uma combinação de um número finito de apenas dois dispositivos básicos, portas 
lógicas e células de memória, interligados por condutores elétricos. 
Resta ver como é possível implementar estes dispositivos usando componentes eletrônicos. 
 
Sistema Binário 
 
Os computadores utilizam internamente o sistema binário (sistema numérico posicional de base 2). A 
característica mais notável deste sistema numérico é a utilização exclusiva dos algarismos "1" e "0", os 
chamados "dígitos binários". 
Através do sistema binário, todos os valores de quaisquer variáveis poderão ser expressos usando 
uma combinação de um determinado número de dígitos binários, ou seja, usando apenas os algarismos 
"1" e "0". 
O uso do sistema binário pelos computadores decorre do fato dessas máquinas se basearem em 
circuitos elétricos ou eletrônicos. Isto porque a grande maioria dos componentes de circuitos elétricos 
podem assumir apenas um dentre dois estados. Por exemplo: interruptores podem estar fechados ou 
abertos, capacitores carregados ou descarregados, lâmpadas acesas ou apagadas, circuitos energizados 
ou desenergizados e assim por diante. Isto facilita extremamente a representação de grandezas 
expressas no sistema binário usando estes componentes. 
Toda e qualquer grandeza do mundo real, desde as cores e posições dos pontos que formam a imagem 
da Mona Lisa, os compassos, timbres e notas musicais que compõem a Aria da Quarta Corda, o conjunto 
de caracteres que consubstanciam a Divina Comédia até a sucessão ordenada de aminoácidos que 
formam o DNA dos seres vivos, em suma: toda e qualquer criação humana ou da natureza, seja ela qual 
for, pode ser codificada e representada (com maior ou menor precisão) sob a forma de um conjunto de 
números. E estes números podem ser expressos no sistema binário. É por isso que o computador é uma 
máquina tão versátil e se presta a atividades tão disparatadas como calcular, escrever, desenhar, 
reproduzir músicas ou vídeo. 
 
Medição de Volume de Dados por Bits e Bytes 
 
Os computadores interpretam impulsos elétricos, que recebem o nome de bit (binary digit), cujo 
conjunto de 8 deles reunidos formam um byte. Estes impulsos podem ser positivos ou negativos, 
representados por 0 e 1. 
Sendo o bit representado por dois tipos de valores e o byte representando 8 bits, dois (bit) elevado a 
8 (byte) = 256 números binários, número suficiente para que possamos lidar com a máquina. 
Os bytes representam letras, acentos, caracteres, comandos enviados por dispositivos de entrada de 
dados, instruções, etc. 
A tabela ASCII - American Standard Code for Information Interchange (Código Americano Padrão para 
o Intercâmbio de Informações) abrange um conjunto de valores que representam caracteres e códigos de 
controle armazenados ou utilizados em computadores. 
No que se refere aos bits e bytes, tem-se as seguintes medidas: 
 
1 Byte = 8 bits 
1 kilobyte (KB ou Kbytes) = 1024 bytes 
1 megabyte (MB ou Mbytes) = 1024 kilobytes 
1 gigabyte (GB ou Gbytes) = 1024 megabytes 
1 terabyte (TB ou Tbytes) = 1024 gigabytes 
1 petabyte (PB ou Pbytes) = 1024 terabytes 
1 exabyte (EB ou Ebytes) = 1024 petabytes 
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1 zettabyte (ZB ou Zbytes) = 1024 exabytes 
1 yottabyte (YB ou Ybytes) = 1024 zettabytes 
 
É também por meio dos bytes que se determina o comprimento da palavra de um computador, ou seja, 
a quantidade de bits que o dispositivo utiliza na composição das instruções internas, exemplo: 
 
8 bits => palavra de 1 byte 
16 bits => palavra de 2 bytes 
32 bits => palavra de 4 bytes 
 
Quando é feita entre dispositivos, a transmissão de dados geralmente usa medições relacionadas a 
bits e não a bytes, também existindo os seguintes termos: 
 
1 kilobit (Kb ou Kbit) = 1024 bits 
1 megabit (Mb ou Mbit) = 1024 Kilobits 
1 gigabit (Gb ou Gbit) = 1024 Megabits 
1 terabit (Tb ou Tbit) = 1024 Gigabits 
 
Em relação às transmissões, a medição mais comum é dada em bits por segundo (Kb/s, Mb/s) 
 
1 Kb/s = 1 kilobit por segundo 
1 Mb/s = 1 megabit por segundo 
1 Gb/s = 1 gigabit por segundo 
 
Também é comum o uso de Kbps, Mbps ou Gbps para expressar a quantidade de bits transferidos, 
com a terminação "ps" se referindo a "per second (por segundo)". No entanto, "ps" é uma sigla para 
picossegundo, de acordo com o Sistema Internacional de Unidades, assim, o uso de "/s" é mais adequado 
para expressar bits transferidos por segundo. 
 
Sistema Computacional3 
 
Um sistema computacional consiste num conjunto de dispositivos eletrônicos (hardware) capazes de 
processar informações de acordo com um programa (software). O software mais importante é o sistema 
operacional, porque ele fornece as bases para a execução das aplicações, às quais o usuário deseja 
executar. Exemplos de sistemas operacionais são o Windows, o Macintosh e o Linux, dentre outros. Um 
dos mais utilizados por usuários domésticos é o Windows, produzido pela Microsoft. 
Pode ser composto de rede de computadores, servidores e cluster, dependendo da situação e das 
necessidades. 
Sistema computacional é aquele que automatiza ou apoia a realização de atividades humanas através 
do processamento de informações. 
Um sistema baseado em computador é caracterizado por alguns elementos fundamentais. 
 
- Hardware; 
- Software; 
- Informações; 
- Usuários; 
- Procedimentos ou Tarefas; 
- Documentação. 
 
Classificação dos Computadores 
 
Quanto aos tipos de computadores podemos classifica-los em: 
 
Grande Porte – Mainframes 
Os mainframes são responsáveis por processar um volume gigantesco de informações, possuem 
grande poder de processamento, podendo oferecer serviços a milhares de usuários por rede ou terminais 
conectados diretamente. O nome remete ao gabinete principal que abrigava a unidade central de 
 
3 Fonte: análise de sistemas vol. 3 por Flavia Reisswitz 
 
1532948 E-book gerado especialmente para JOAO MONTEIRO DOS SANTOS JUNIOR
 
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processamento dos primeiros computadores. São utilizados em ambientes comerciais e grandes 
empresas, como bancos, operadoras de energia e telefonia, empresas de aviação, etc. 
 
Necessitam de ambiente especial, tanto pelo tamanho quanto pela necessidade de refrigeração 
especial. 
 
Médio Porte – Minicomputador/Workstation/Servidor 
Minicomputadores apresentam porte intermediário entre o mainframe e um microcomputador 
Direcionado à empresas de médio porte, ainda são utilizados principalmente em servidores e workstations 
mas, com a evolução dos microcomputadores, estão perdendo espaço cada vez mais. 
 
Workstation 
Estação de trabalho (do inglês Workstation) são os computadores situados entre o computador pessoal 
e o computador de grande porte. Algumas destas máquinas eram vocacionadas para aplicações com 
requisitos gráficos acima da média, podendo então ser referidas como Estação gráfica ou Estação gráfica 
de trabalho (Graphical workstation). Destinados principalmente a usos profissionais específicos, tais como 
arquitetura, desenho industrial, criação de filmes 3D, laboratórios de física etc. 
 
Servidor 
Consiste em um sistema de computação centralizado fornecedor de serviços a uma rede de 
computadores, serviços estes que podem ser de armazenamento de arquivos,de páginas de um 
determinado site, de envio e de recebimento de correio eletrônico, de controle de fila de impressão, de 
manipulações de informações em um banco de dados, etc. 
Chamam-se Clientes os computadores que acessam este serviço e as redes que os utilizam são do 
tipo Cliente-Servidor. 
Um servidor não precisa necessariamente ser um computador completo, pode se resumir a uma 
máquina que não seja necessariamente um computador, ou então a um software, etc. 
Assim como em relação a computadores interligados em rede, a comunicação entre clientes e 
servidores é feita através de protocolos, ou seja, regras do modo como se dará a comunicação entre as 
partes. 
Conceitualmente todos eles realizam funções internas idênticas, mas em escalas diferentes. 
 
Pequeno Porte: Microcomputadores 
Os microcomputadores de pequeno porte são destinados ao uso pessoal ou a pequenos grupos 
denominados de (PC - Personal Computer ou computador pessoal). Podemos dividi-lo em Desktops 
(computadores de mesa) ou portáteis, como notebooks ou laptops, tablets, smartphones, PDAs, etc. 
Estas maquinas utilizam os mais variados sistemas operacionais, em relação aos Desktops, os principais 
deles são o Microsoft Windows, as distribuições baseadas em Linux (Debian, Ubuntu, Fedora) e o MacOs 
X e em relação aos portáteis, os mais utilizados são o Google Android, o IOS e o MSWindows. 
A arquitetura dos microcomputadores é baseada em processadores x86 (32 bits), X64 (64 bits) e Power 
PCs. No qual os mais utilizados serão abordados abaixo: 
 
Desktops 
Os microcomputadores mais utilizados ainda são os desktops, pois atendem a várias aplicações. São 
eles o PC – Personal Computer ou computador pessoal e o Macintosh, da Apple, em diversos modelos, 
com diferentes configurações. 
Na maioria das vezes, é composto por: Gabinete, Monitor, Mouse, Teclado. 
Todos os componentes são interligados por cabo ou ainda por transmissão via ondas de rádio (RF- 
Radiofrequência) e bluetooth, no caso dos periféricos sem fio, que possuem seus respectivos receptores 
normalmente no padrão USB. 
 
All in one 
São microcomputadores semelhantes a desktops, só que sem gabinete, com placas, processador, 
drives, portas de comunicação todos embutidos no monitor. Estruturalmente a disposição das peças se 
assemelha mais a um notebook, com tudo embutido em uma única estrutura, só que, ao contrário dos 
portáteis, teclado e mouse são conectados externamente. 
 
 
 
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Nettop 
São desktops em miniatura, muito compactos, que executam tarefas mais simples, que não exigem 
muito processamento, como navegar na internet, executar mídias, etc. Possuem baixo consumo de 
energia e são mais baratos que um desktop convencional. 
 
NUCS 
Os NUCs da Intel são igualmente compactos, mas possuem processamento superior, semelhante aos 
mais avançados processadores de desktops, como os mais recentes da 5ª geração do processador Intel 
Core i5-5250U. 
 
Computadores Portáteis 
Computador portátil é todo aquele que é facilmente transportado, possuindo todo o conjunto de 
periféricos padrão necessários para seu funcionamento integrados ao equipamento e possui uma fonte 
de energia, como uma bateria que necessita periodicamente ser recarregada. 
Sua principal vantagem perante os outros tipos de computadores é em relação à sua mobilidade, 
acompanhando o usuário em qualquer lugar. 
As desvantagens em relação aos desktops são o custo elevado em relação à desempenhos inferiores 
e a pouca flexibilidade em relação ao hardware do equipamento, exceto pelos periféricos, onde não 
podemos fazer muitos “upgrades” (atualizações), como podemos fazer em um desktop, por exemplo uma 
placa gráfica de um notebook é embutida na placa mãe ou no processador (APU - Accelerated Processing 
Unit), não sendo possível altera-la. Sendo assim, usuários de aplicações gráficas, tanto para manipulação 
de vídeos quanto jogos, para citar alguns exemplos, devem escolher notebooks já com placa gráfica 
dedicada. Apesar de limitado também em relação a seu monitor embutido, os portáteis em geral tem 
saídas para conexão em televisores e monitores diversos, podendo utilizar o mesmo como monitor 
principal, extensão do monitor, etc. 
O recurso Wireless ou Wi-Fi, presente em praticamente todos os portáteis, torna simples o acesso à 
internet em diversos ambientes, como aeroportos, restaurantes, etc., além de interligar diversos 
dispositivos diferentes em um mesmo ambiente. 
Um portátil deve ser pensado, principalmente, por pessoas que precisam de espaço ou mobilidade. 
 
Notebook 
O notebook, também denominado laptop ou computador portátil, é projetado para ser facilmente 
transportado para diferentes lugares. Geralmente, é composto por uma tela de cristal líquido (LED), 
teclado, um touchpad, dispositivo sensível ao toque que faz o papel de mouse, drive gravador de cd/dvd, 
disco rígido/HD (em alguns casos até com SSD-Solid State Disk, muito mais rápidos que os HDs 
convencionais), portas para conectividade via rede local e portas USB, além de conectores VGA (RGB) 
e/ou HDMI para conectar-se monitores e/ou tvs. 
 
Netbooks 
São versões menores e mais baratas dos notebooks convencionais, com hardware limitado e baixa 
performance. Não possuíam drive de cd/dvd em contrapartida eram mais leves e tinham maior autonomia 
em relação à bateria, além de possuírem as mesmas funcionalidades padrão de um notebook. 
Começaram a perder mercado com a popularização dos Tablets e o surgimento dos ultrabooks. 
 
Tablet 
Dispositivo portátil, fino, em forma de prancheta com uma tela sensível ao toque como dispositivo de 
entrada (touchscreen), possuindo as mesmas funcionalidades de outros portáteis, guardadas as devidas 
proporções. Podemos citar como exemplo o Ipad, da Apple, que utiliza o sistema operacional IOS e o 
Samsung Galaxy Tab que, como a grande maioria dos dispositivos, utiliza o sistema operacional do 
Google, o Android. 
 
Smartphones 
Etimologicamente, “smart” do inglês “esperto” e phone, telefone, consiste em um celular com funções 
avançadas, graças a seus sistemas operacionais completos que possuem aplicativos (APPs), que 
executam as mais diversas funcionalidades. Podem possuir hardware mais básico, com redes de dados 
para acesso à internet e intercomunicação com computadores pessoais. Podem também possuir 
hardware avançado, com processamento 3d para jogos avançados e possibilidade de filmar em 4k, telas 
2k e até mesmo sensores de batimentos cardíacos. Os principais sistemas operacionais presentes nos 
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smartphones são o IOS da Apple (IPhone), o Android da Google (Samsung Galaxy S9) e o Windows 
(Lumia). 
 
PDA – Personal Digital Assistant 
 
O Personal Digital Assistant ou assistente pessoal digital pode ser considerado um pequeno 
computador, que cumpre as funções de agenda e instrumento complementar de informática, com 
interconexão a computadores e acesso a rede sem fios. 
A maioria utiliza o sistema operacional Windows Mobile (baseado no Windows CE da Microsoft). 
 
Hardware 
 
O hardware abrange a parte física, ou seja, todos os componentes presentes em um computador, 
sejam eles internos (placas, drives) ou externos (periféricos). De forma geral, um microcomputador é 
composto por: 
- Gabinete; 
- Fonte de Energia; 
- Placa Mãe; 
- Disco Rígido (HD - Hard Drive ou Winchester); 
- Drive CD/DVD; 
- Periféricos. 
 
Software 
 
Software é todo programa instalado no computador, inclusive o sistema operacional, que é o principal 
programa instalado no computador, é ele que controla todas as funções e processos dos outros 
programas que foram instalados após ele. 
Podemos citar como exemplo de software: sistemaoperacional Windows, processador de texto (Word), 
software para elaboração de planilhas eletrônicas (Excel), software para elaboração de slides e 
apresentações (PowerPoint), software para gerenciamento de banco de dados (Access), software para 
edição e tratamento de imagens (Photoshop), software antivírus etc. 
Um software pode ser desenvolvido ou personalizado sob demanda, visando atender as necessidades 
e particularidades de uma empresa ou instituição, por exemplo. 
Existem diversas nomenclaturas utilizadas para caracterizar um software: programa, sistema, 
aplicação, entre outros. 
Consiste, portanto, em um agrupamento de comandos escritos em uma linguagem de programação. 
Estes comandos, ou instruções, criam as ações dentro do programa, e permitem seu funcionamento. 
 
Questões 
 
01. (Prefeitura de Itapema/SC - Técnico Contábil - MS CONCURSOS/2016) O computador é uma 
máquina com uma grande capacidade para processamento de informações, tanto em volume de dados 
quanto na velocidade das operações que realiza sobre esses dados. Basicamente, o computador é 
organizado em três funções, as quais são: entrada de dados, processamento de dados e saída de dados. 
De acordo com o texto, marque a alternativa que preenche as lacunas corretamente. 
____________ é o nome que se dá para a parte física do computador. É tudo que você pode tocar 
(mouse, teclado, componentes em geral). 
____________ é o nome que se dá a toda parte lógica do computador. 
 
(A) Software - Programas 
(B) Hardware - Drivers 
(C) Hardware – Software 
(D) Software - Hardware 
 
02. (TER/GO - Técnico Judiciário - CESPE) Com relação a conceitos de informática, assinale a opção 
correta. 
 
(A) A memória ROM permite leitura e escrita de informações. 
(B) As impressoras jato de tinta são classificadas como unidade de entrada. 
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(C) O pen drive é um tipo de memória de massa que permite que os dados sejam lidos, gravados e 
regravados. 
(D) A memória RAM permite apenas leitura das informações. 
 
03. (FUNPRESP-EXE - Nível Superior – IADES) Em relação aos conceitos de informática básica, 
assinale a alternativa correta. 
 
(A) Uma memória de 1 megabyte possui 1.000.000 bytes. 
(B) O barramento de endereço é responsável pelo transporte de dados. 
(C) Um monitor com tela touch é considerado dispositivo de saída de dados. 
(D) A memória cache é a principal memória de um computador. 
(E) Para conectar o computador a uma rede de dados, deve-se utilizar uma placa de rede, podendo 
ser sem fio ou por cabo. 
 
04. (BRDE - Analista de Sistemas – AOCP) Sobre Processadores, analise as assertivas e assinale 
a alternativa que aponta a(s) correta(s). 
I. A CPU é o 'cérebro' do computador, sua função é executar programas armazenados na memória 
principal, buscando suas instruções, examinando-as e então executando-as uma após a outra. 
II. Barramentos podem ser externos à CPU, conectando-a à memória e aos dispositivos E/S, mas 
também podem ser internos à CPU. 
III. A CPU é composta por várias partes distintas. A unidade de controle é responsável por buscar 
instruções na memória principal e determinar seu tipo. 
IV. A unidade de aritmética e lógica efetua operações como adição AND (E) booleano para executar 
as instruções. 
 
(A) Apenas I. 
(B) Apenas I, II e III. 
(C) Apenas I, III e IV. 
(D) Apenas II, III e IV. 
(E) I, II, III e IV. 
 
05. (SEFAZ/PB - Auditor Fiscal de Tributos Estaduais – FCC) O BIOS de um microcomputador é 
basicamente: 
 
(A) um sistema de controle de rotinas de entrada e saída. 
(B) uma memória de massa. 
(C) um slot de memória regravável. 
(D) um chip de memória de acesso randômico. 
(E) um sistema operacional de interface gráfica. 
 
Gabarito 
 
01. C / 02. C / 03. E / 04. E / 05. A 
 
 
Comentários 
 
01. Resposta: C 
Hardware – é o nome que se dá para a parte FISICA do computador. É tudo que você pode tocar 
(mouse, teclado, componentes em geral). 
Software - é o nome que se dá a toda parte LÓGICA do computador. 
 
02. Resposta: C 
(A) Errada. Memória ROM é somente leitura, portanto não permite a escrita de novos dados. 
(B) Errada. A impressora jato de tinta é um periférico de saída de dados. 
(C) Correta. O pen drive é uma memória de armazenamento removível, do tipo FlashRAM, que pode 
guardar informações sem 'bateria' por um determinado tempo, permitem gravações, exclusões e 
regravações, até o limite de sua vida útil. A vida útil é determinada pela quantidade de escritas na 
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memória. OFF Por isto que um pen drive velho pode ser usado para ouvir música no USB do carro. Feita 
a gravação, a leitura não vai 'gastar' as células de memória. 
(D) Errada. A memória RAM permite a leitura e escrita de novos dados. 
 
03. Resposta: E 
(A) Megabyte (MB) = 1024 (milhão de bytes) 
(B) Barramento (BUS) é a "estrada" por onde trafegam os dados e não o "barramento de endereço". 
(C) Um monitor com tela touch é considerado dispositivo de entrada e saída de dados. 
(D) A memória RAM (DRAM) é a principal memória de um computador. 
 
04. Resposta: E 
A CPU (Central Processing Unit), também conhecido como processador, é a parte de um sistema 
computacional, que realiza as instruções de um programa de computador, para executar a aritmética 
básica, lógica, e a entradas e saída de dados. A CPU tem um papel parecido ao do cérebro no 
computador. A CPU é composta de duas partes: UAL - Unidade Aritmética e Lógica - tem por função a 
efetiva execução das instruções. UC - Unidade de Controle - tem por funções a busca, interpretação e 
controle de execução das instruções, e o controle dos demais componentes do computador. 
 
05. Resposta: A 
BIOS (Basic Input-Output System). Além do microprocessador e da memória, o computador precisa 
de algumas instruções que lhe indiquem o que fazer. Essas instruções estão gravadas em um chip de 
memória ROM especial chamado BIOS. 
 
 
 
COMPACTADORES DE ARQUIVOS 
 
São softwares especializados em gerar uma representação mais eficiente de vários arquivos dentro 
de um único arquivo de modo que ocupem menos espaço na mídia de armazenamento ou o tempo de 
transferência deles sobre uma rede seja reduzido. 
Os compactadores foram muito utilizados no passado quando as mídias de armazenamento tinham 
preços elevados e era necessário economizar espaço para armazenamento. Atualmente o uso deles é 
mais voltado a transferência de arquivos pela Internet para reduzir a massa de dados a ser transferida 
pela rede. 
Os compactadores de arquivo utilizam algoritmos de compressão de dados sem perdas para gerar a 
representação mais eficiente combinando diversas técnicas conhecidas para um melhor desempenho. 
Uma das técnicas usadas por estes algoritmos é reduzir a redundância de sequências de bits recorrentes 
contidas nos arquivos gerando uma representação que utiliza menos bits para representar estas 
sequências. Um exemplo de processo para reduzir a redundância é a Codificação de Huffman. 
Alguns formatos de arquivo incluem esquemas de compressão com perda de dados como os vídeos 
em DVD e as músicas armazenadas no formato MP3. Porém os esquemas utilizados nestes casos são 
diferentes dos compactadores de arquivos pois possibilitam perdas que se refletem na redução da 
qualidade da imagem ou do som. Esquemas com perdas não podem ser utilizados pelos compactadores 
pois provocariam a corrupção dos dados. 
 
Formatos 
Cada esquema de compressão gera um formato próprio de arquivo compactado que só pode ser 
descompactado pelo mesmo compactador que o gerou ou por outro compactador que também seja capaz 
de compreender o mesmo esquema. Atualmente existem compactadores suportando uma grande 
variedade de esquemas de compressãodisponíveis para todos os sistemas operacionais. 
Exemplos de compactadores: 
 
 ARJ 
 7zip 
 B1 Free Archiver 
2. Conhecimento e utilização dos principais softwares utilitários (compactadores 
de arquivos, chat, clientes de e-mails, reprodutores de vídeo, visualizadores de 
imagem, antivírus). 
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. 9 
 gzip 
 tar 
 Winrar 
 Winzip 
 
CHAT 
 
Um chat (abreviatura de “chatroom”, ou “sala de conversação”, em português) é um local online 
destinado a juntar várias pessoas para conversarem. Este local pode ser de índole generalista, ou pode 
destinar-se à discussão de um tema em particular (por exemplo, um chat sobre ecologia). 
Os chatrooms permitem que várias pessoas troquem opiniões por escrito em simultâneo, em tempo 
real. Quando um utilizador escreve algo no chatroom, as suas palavras ficam disponíveis no painel para 
todos lerem, dando assim oportunidade aos restantes elementos presentes de responder da mesma 
forma. 
 
O que é um IM? 
Um IM (ou “Instant Messaging”, ou “mensagens instantâneas”, em português) é uma forma fácil de 
manter contato com alguém sem ter que esperar por um e-mail. Alguns exemplos de IMs são o MSN 
Messenger, o Google Talk, o Yahoo! Messenger e o Skype, sendo que este último privilegia a utilização 
da voz como meio de comunicação. 
Os IMs são muito utilizados para manter contatos lúdicos e informais, sendo também uma plataforma 
comum para a troca de informação por funcionários de empresas, enquanto ferramenta de trabalho. Para 
tal, basta que as pessoas envolvidas se encontrem online. 
Este método de conversação via Internet é cada vez mais utilizada por jovens para conversar com os 
seus pares ou conhecer gente nova. Dadas as suas características (ser uma forma de contato que não 
decorre frente-a-frente), muitos jovens sentem-se protegidos e, confiando em desconhecidos, podem 
discutir assuntos ou partilhar informação com mais à-vontade do que se fosse “ao vivo”. 
 
Como funciona um Chat? 
Cada chat tem o seu conjunto de regras particulares, as quais se espera que sejam respeitadas (por 
exemplo, não ser permitido falar de música nos tópicos de ecologia). Para assegurar que tal acontece, 
alguns chats têm a presença de um moderador, que é uma pessoa responsável pelas 
atividades/temas/utilizadores que se encontram nesse local cibernético. Cabe ao moderador manter o 
bom funcionamento da “sala de conversa”, podendo expulsar aqueles que considere estarem a agir de 
modo impróprio. É ao moderador que deve reportar alguma ocorrência que sinta ser incorreta. 
Um dado importante a reter é que, apesar de, nestes chats, as conversas serem públicas, há também 
a possibilidade de se conversar em privado (“private chats”) com terceiros. Estas conversas já não são 
moderadas e, consequentemente, podem apresentar alguns perigos, sobretudo para os cibernautas mais 
jovens (por exemplo, um menor pode, inadvertidamente, conversar com um pedófilo, ou com alguém que 
se queira apropriar da sua identidade ou da dos seus familiares, ou até obter informações que lhe 
permitam planear um roubo). 
 
Como funciona um IM? 
O sistema de mensagens instantâneas junta as funcionalidades do chat, dos telefones e do e-mail e 
permite a troca de informação e dados de forma quase imediata, a todos os utilizadores na lista de amigos 
desse utilizador que se encontrem online. 
Para tal, basta que escrevamos a mensagem, cliquemos em “enviar” e a mensagem é recebida quase 
instantaneamente pelo destinatário, onde quer que se encontre. É possível trocar mensagens 
instantâneas por computador, smartphone ou por outro meio que possua ligação à Internet. Um telemóvel 
pode receber uma mensagem instantânea vinda de um computador e vice-versa. 
Há programas de IM que permitem ao cibernauta comunicar além da forma escrita, recorrendo à voz, 
ao vídeo ou às imagens, desde que possua as ferramentas necessárias (um microfone, ou uma webcam, 
por exemplo). 
 
Software e protocolos 
- Internet Relay Chat (IRC) 
- AOL Instant Messenger (AIM) 
- Chatroulette 
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. 10 
- Gadu-Gadu 
- Google Talk 
- Grunhido 
- ICQ (OSCAR) 
- Jabber (XMPP) 
- MUD 
- Pichat 
- SILC 
- Skype 
- TeamSpeak (TS) 
- Wikia 
- Windows Live Messenger 
- Yahoo! Messenger 
- Terrachat (JAVA/FLASH) 
- xat (xat.com) 
- ChatPoint (www.chatpoint.tv) 
 
CLIENTES DE E-MAILS 
 
Quando falamos em clientes de e-mail, logo o Outlook nos vem à cabeça, por se tratar do aplicativo 
mais famoso do gênero, já que é o padrão em muitas versões do Windows. A função de aplicativos desta 
categoria é agrupar os e-mails do usuário, facilitando sua organização. 
A integração é feita diretamente com suas contas de correio eletrônico, colocando tudo de forma 
organizada e em um mesmo local. Para quem lida com diversos endereços simultaneamente, fazer uso 
de um cliente de e-mail é altamente recomendado. 
 
eM Client 
 
Esta é uma nova alternativa para você ter todas as possibilidades de um bom cliente de e-mail em seu 
computador, sem pagar um centavo por isso. O programa é muito leve e funcional, além de inserir suas 
contas de uma forma muito automatizada, ideal para quem não domina o uso de aplicativos deste tipo. 
Além das funções de envio e recebimento de e-mails, ele também conta com um calendário completo, 
com a possibilidade de inclusão de tarefas e eventos, além de um mensageiro instantâneo, como ocorre 
no e-mail do Google. 
Sua versão gratuita suporta até duas contas e pode ser utilizada apenas para fins pessoais. O 
aplicativo oferece suporte a 18 idiomas, incluindo o português do Brasil (inclusive no corretor ortográfico). 
Ele pode também ser uma ótima alternativa ao Mozilla Thunderbird, por exemplo, principalmente 
porque conta com recursos que este último não possui, pelo menos não nativamente (como calendário e 
tarefas, por exemplo). O eM Client também conta com suporte ao Gmail e ao iCloud, além do Microsoft 
Exchange. 
Um prático wizard no momento da instalação detecta rapidamente todas as configurações da conta de 
e-mail. Detalhes como por exemplo servidores POP, SMTP e IMAP, além das portas, são descobertos 
automaticamente, bastando ao usuário inserir os dados de login (o programa inclusive realiza testes para 
se certificar de que está tudo certinho). 
 
 
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. 11 
Inseridos os dados iniciais a sincronização já é iniciada, incluindo sincronização com o Google 
Calendar, com o Google Tasks e com Google Contacts. Contas IMAP são sincronizadas rapidamente, 
também, e para usuários de dispositivos da Apple, é possível até mesmo trabalhar com o iCloud, sendo 
que também neste caso tudo é sincronizado perfeitamente. 
 
 
 
Há uma sidebar bastante útil no eM Client, a qual tem sua função alterada e adequada de acordo com 
o que o usuário está fazendo no momento (agenda, e-mail, contatos etc). É possível obter rapidamente 
detalhes a respeito dos contatos que estão ligados a um e-mail recém aberto, por exemplo, e até mesmo 
consultar possíveis entradas na agenda que estejam relacionadas com a mensagem. Os compromissos 
mais urgentes e/ou os próximos também aparecem nesta útil barra lateral, a qual também oferece acesso 
a bate-papo (Facebook, Google, etc). 
Usuários de outros clientes de e-mail podem também ficar despreocupados. O eM Client é capaz de 
importar dados de programas como, por exemplo, Mozilla Thunderbird, Outlook, Outlook Express, 
Windows Live Mail, e outros. 
Também podemos definir alertas pop-up e sons diferentes para uma série de eventos, incluindo 
recebimento de e-mails, mensagens de bate-papo, recebimento de e-mailscom anexos, feriados, 
lembretes (tanto da agenda quanto da listagem de tarefas), etc. 
O software também permite a criação de filtros, para o devido tratamento de cada mensagem recebida, 
caso o usuário deseje (por exemplo, mensagem recebida do cliente “X” deve ser sempre encaminhada à 
pasta “Y” e marcada como lida). 
Assinaturas personalizadas, inclusive com a utilização de imagens, podem ser criadas e já atribuídas 
às suas respectivas contas. Assim, quando o usuário enviar uma mensagem à partir de seu e-mail 
profissional, digamos, a assinatura correta será automaticamente escolhida e aplicada. 
 
 
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. 12 
O eM Client é um software leve e extremamente amigável, além de tudo. Quem já trabalhou com 
algum cliente de e-mail se adaptará a ele facilmente. Quem deixou de usar este tipo de aplicativo deve 
pelo menos dar uma olhadinha na solução da eM Client, INC, devido principalmente a seus “extras”: 
calendário, contatos, tarefas e chat, lembrando mais uma vez que estes recursos todos podem trabalhar 
de forma integrada ao envio e recebimento de e-mails. Trata-se também de uma maneira muito boa de 
organizarmos nossos compromissos. 
E-mails recebidos podem ser facilmente transformados em compromissos na agenda (ou em simples 
tarefas), e eles também podem ser transformados em uma nova entrada na lista de contatos 
(automaticamente ou não). E-mails, contatos e diversos tipos de dados no eM Client também podem ser 
exportados, para diversos formatos: .eml, .vcf, .ics, .xml, etc. Também podem ser criadas listas de 
distribuição, com a respectiva seleção de vários destinatários. 
O software é bastante versátil, sendo também capaz de se adaptar aos mais diversos estilos e gostos. 
O usuário pode alterar diversos elementos de seu layout, e também escolher várias opções de 
visualização para o calendário, por exemplo (modos “dia”, “semana”, “mês”). 
 
 
 
Eventos recorrentes, percentual de conclusão, busca rápida e poderosa, compartilhamento de tarefas 
e calendários com outras pessoas e backup das informações inclusive com possibilidade de 
agendamento: estas são algumas outras características bastante interessantes do eM Client. 
 
APLICATIVOS DE ÁUDIO, VÍDEO E MULTIMÍDIA 
 
Aplicativos para Criação 
 
Os principais aplicativos para criação de conteúdo multimídia são o Microsoft PowerPoint, do pacote 
Microsoft Office e o Impress, do pacote LibreOffice. Esse conteúdo, normalmente no formato de slides, 
pode conter texto, áudio e vídeo4. 
 
 
 
Aplicativos para Execução 
 
Os principais aplicativos para execução de conteúdo multimídia são: 
 
 
4 HUNECKE, Márcio. 
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. 13 
Windows Media Player 
É um programa reprodutor de mídia digital, ou seja, áudio e vídeo em computadores pessoais. 
Produzido pela Microsoft, está disponível gratuitamente para o Microsoft Windows, além de outras 
plataformas, como o Mac OS. 
 
 
 
Windows Media Center 
É um aplicativo feita pela Microsoft projetado para servir como um centro de entretenimento doméstico, 
incluído no Windows XP Media Center Edition, nas versões Home Premium e Ultimate do Windows Vista, 
Home Premium, Professional e Ultimate do Windows 7. 
 
 
 
RealPlayer 
É um tocador de mídia de código fechado desenvolvido pela RealNetworks destinado à execução de 
vídeos, músicas e programas de rádio via Internet. Ele reproduz uma série de formatos multimídia, 
incluindo MP3, MPEG 4, QuickTime, Windows Media e várias versões de codecs. 
 
 
 
QuickTime 
É uma estrutura de suporte (framework) multimídia, marca registrada, desenvolvida pela Apple, capaz 
de executar formatos de vídeo digital, mídia clips, som, texto, animação, música e vários tipos de imagens 
panorâmicas interativas. 
 
 
 
Principais Extensões de Arquivos 
 
Imagens/Fotos/Figuras: BMP, PNG, JPG, JPEG GIF. 
Apresentações: PPT E PPTX (Microsoft PowerPoint) e ODP (LibreOffice Impress). 
Somente áudio: WMA (Windows Media Audio) e MP3 (MPEG layer 3). 
Vídeo: WMV (Windows Media Video), MP4 (MPEG layer 4), AVI, MPEG, MOV (QuickTime). 
Animações Flash: SWF (Shockwave Flash). 
 
Tipos de Mídias 
 
Mídias Discretas (ou estáticas) 
Os tipos de mídia estáticos, também chamados de discretos ou espaciais, são constituídos por 
elementos de informação independentes do tempo, que apenas variam na sua dimensão espacial5. 
 
5 http://multimediaolpat.blogspot.com 
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. 14 
Por exemplo: texto e imagens, que não dependem do tempo, mas variam no espaço (mudam de 
dimensão e/ou localização). Isto significa que qualquer um destes elementos pode ser apresentado 
independentemente do tempo, sem perder o seu significado. 
 
Mídias Contínuas (ou dinâmicas) 
Os tipos de mídia dinâmicos, também designados de temporais ou contínuos, dependem do tempo. A 
sua apresentação exige uma reprodução contínua, à medida que o tempo passa. Por outras palavras, o 
tempo, ou mais exatamente as dependências temporais entre os elementos que constituem a informação, 
faz parte do próprio conteúdo. 
Por exemplo, as animações, os vídeos e os sons. Estes tem de ser vistos do início até o fim para não 
perder o seu significado. 
 
Mídias Capturadas 
Os áudios, vídeos e fotografias retirados diretamente do mundo real. 
 
Mídias Sintetizadas 
São representações baseadas em informações do mundo real, como textos, gráficos e animações. 
 
Conceitos Importantes 
 
Codec 
São dispositivos de software ou hardware capazes de codificar e/ou decodificar dados e sinais digitais. 
A sigla nada mais é do que a junção das palavras em inglês coder e decoder (codificador e decodificador). 
A sigla nada mais é do que a junção das palavras em inglês coder e decoder (codificador e decodificador). 
Estes dispositivos são usados em programas que gravam e reproduzem vídeos, sons e imagens. Imagine 
uma carta escrita em português. Para alguém entender esta carta em qualquer outro lugar do mundo, é 
necessário que a pessoa entenda português. Quem não sabe ler neste idioma, precisará encontrar uma 
pessoa que traduza o que está escrito. É assim que os codecs funcionam, eles são os responsáveis pela 
tradução do conteúdo. 
 
Setraming 
É uma tecnologia que envia informações multimídia, através da transferência de dados, utilizando 
redes de computadores, especialmente a Internet, e foi criada para tornar as conexões mais rápidas. Um 
grande exemplo de streaming é o site Youtube, que utiliza essa tecnologia para transmitir vídeos em 
tempo real. 
 
Questões 
 
01. (STJ - Técnico Judiciário - CESPE/2018) No que diz respeito aos vários formatos de gravação 
de áudio e vídeo, julgue o item que se segue. 
 
Formato de áudio mais popular, o MP3 é compatível com a maioria dos software e players de mídia e 
sua principal característica é minimizar as perdas de qualidade em músicas e arquivos de áudio. Esse 
formato utiliza a codificação perceptual, que codifica somente as frequências sonoras captadas pelo 
ouvido humano. 
 
( ) Certo ( ) Errado 
 
02. (UFG - Técnico em Telecomunicações - CS-UFG/2017) Na comunicação multimídia pode-se 
classificar as mídias como estáticas e dinâmicas. São exemplo dessas mídias, respectivamente: 
 
(A) fotografia e texto. 
(B) áudio e vídeo. 
(C) texto e gráfico. 
(D) fotografia e vídeo. 
 
03. (Banco do Brasil - Escriturário – CESGRANRIO) Um software de reprodução de áudio e vídeo, 
como o Windows Media Center, utiliza outros programas de computador para traduzir o vídeo e o áudio 
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. 15 
empacotados dentro de um arquivo multimídia, permitindo que sejam apresentados na tela e no 
dispositivo de áudio. Normalmente, cada formato exige um programa específico. 
Como é conhecido esse tipo de programa de computador? 
 
(A) reader 
(B) modem 
(C) burner 
(D) codec 
(E) driver 
 
Gabarito 
 
01. Certo / 02. D / 03. D 
 
Comentários 
 
01. Resposta: Certo 
A sigla MP3 vem de MPEG Audio Layer-3, um formato de arquivo que permite ouvir músicas no 
computador com ótima qualidade. 
A grosso modo, pode-se dizer que o MP3 corta as partes inúteis da música, deixando apenas as 
frequências perceptíveis pelo ouvido humano. Isto permitiu que os arquivos ficassem menores, pois não 
há “excesso de informações”, apenas o que realmente interessa. 
 
02. Resposta: D 
(A) fotografia e texto. (ambos estáticos) 
(B) áudio e vídeo. (ambos dinâmicos) 
(C) texto e gráfico. (ambos estáticos) 
(D) fotografia e vídeo. (estático e dinâmico, respectivamente) 
 
03. Resposta: D 
Codec é um acrônimo para codificador/decodificador. Eles são um dispositivo de hardware ou software 
que codifica e decodifica sinais. Existem codecs sem perdas, que comprimem o arquivo original 
garantindo que o processo de descompressão reproduz o som ou imagem originais, e temos os codecs 
com perdas, que quando codificam o arquivo geram certa perda de qualidade com finalidade de alcançar 
maiores taxas de compressão. 
 
 
 
GERENCIAMENTO DE ARQUIVOS E PASTAS 
 
Representação e armazenamento de informação. Organização lógica e física de arquivos. 
Métodos de acesso6 
 
Arquivos 
 
Desde os primórdios da computação, percebeu-se a necessidade de armazenar informações para uso 
posterior, como programas e dados. Hoje, parte importante do uso de um computador consiste em 
recuperar e apresentar informações previamente armazenadas, como documentos, fotografias, músicas 
e vídeos. O próprio sistema operacional também precisa manter informações armazenadas para uso 
posterior, como programas, bibliotecas e configurações. Geralmente essas informações devem ser 
armazenadas em um dispositivo não-volátil, que preserve seu conteúdo mesmo quando o computador 
estiver desligado. Para simplificar o armazenamento e busca de informações, surgiu o conceito de 
arquivo, que será discutido a seguir. 
 
 
6 Fonte: http://dainf.ct.utfpr.edu.br/~maziero/lib/exe/fetch.php/ 
3. Identificação e manipulação de arquivos. 
 
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. 16 
O conceito de arquivo 
 
Um arquivo é basicamente um conjunto de dados armazenados em um dispositivo físico não-volátil, 
com um nome ou outra referência que permita sua localização posterior. Do ponto de vista do usuário e 
das aplicações, o arquivo é a unidade básica de armazenamento de informação em um dispositivo não-
volátil, pois para eles não há forma mais simples de armazenamento persistente de dados. Arquivos são 
extremamente versáteis em conteúdo e capacidade: podem conter desde um texto ASCII com alguns 
bytes até sequências de vídeo com dezenas de gigabytes, ou mesmo mais. 
Como um dispositivo de armazenamento pode conter milhões de arquivos, estes são organizados em 
estruturas hierárquicas denominadas diretórios (conforme ilustrado na Figura 1 e discutido mais 
detalhadamente na Seção 3.1). A organização física e lógica dos arquivos e diretórios dentro de um 
dispositivo é denominada sistema de arquivos. Um sistema de arquivos pode ser visto como uma imensa 
estrutura de dados armazenada de forma persistente em um dispositivo físico. Existe um grande número 
de sistemas de arquivos, dentre os quais podem ser citados o NTFS (nos sistemas Windows), 
Ext2/Ext3/Ext4 (Linux), HPFS (MacOS), FFS (Solaris) e FAT (usado em pen drives USB, máquinas 
fotográficas digitais e leitores MP3). A organização dos sistemas de arquivos será discutida na Seção 4. 
 
Atributos 
 
Conforme apresentado, um arquivo é uma unidade de armazenamento de informações que podem ser 
dados, código executável, etc. Cada arquivo é caracterizado por um conjunto de atributos, que podem 
variar de acordo com o sistema de arquivos utilizado. Os atributos mais usuais são: 
 
 
 
Figura 1: Arquivos organizados em diretórios dentro de um dispositivo. 
 
Nome: string de caracteres que identifica o arquivo para o usuário, como “foto1.jpg”, “relatório.pdf”, 
“hello.c”, etc.; 
Tipo: indicação do formato dos dados contidos no arquivo, como áudio, vídeo, imagem, texto, etc. 
Muitos sistemas operacionais usam parte do nome do arquivo para identificar o tipo de seu conteúdo, na 
forma de uma extensão: “.doc”, “.jpg”, “.mp3”, etc.; 
Tamanho: indicação do tamanho do conteúdo do arquivo, em bytes ou registros; 
Datas: para fins de gerência, é importante manter as datas mais importantes relacionadas ao arquivo, 
como suas datas de criação, de último acesso e de última modificação do conteúdo; 
Proprietário: em sistemas multiusuários, cada arquivo tem um proprietário, que deve estar 
corretamente identificado; 
Permissões de acesso: indicam que usuários têm acesso àquele arquivo e que formas de acesso são 
permitidas (leitura, escrita, remoção, etc.); 
Localização: indicação do dispositivo físico onde o arquivo se encontra e da posição do arquivo dentro 
do mesmo; 
Outros atributos: vários outros atributos podem ser associados a um arquivo, por exemplo para indicar 
se é um arquivo de sistema, se está visível aos usuários, se tem conteúdo binário ou textual, etc. Cada 
sistema de arquivos normalmente define seus próprios atributos específicos, além dos atributos usuais. 
Nem sempre os atributos oferecidos por um sistema de arquivos são suficientes para exprimir todas 
as informações a respeito de um arquivo. Nesse caso, a “solução” encontrada pelos usuários é usar o 
1532948 E-book gerado especialmente para JOAO MONTEIRO DOS SANTOS JUNIOR
 
. 17 
nome do arquivo para exprimir a informação desejada. Por exemplo, em muitos sistemas a parte final do 
nome do arquivo (sua extensão) é usada para identificar o formato de seu conteúdo. Outra situação 
frequente é usar parte do nome do arquivo para identificar diferentes versões do mesmo conteúdo: relat-
v1.txt, relat-v2.txt, etc. 
 
Operações. 
As aplicações e o sistema operacional usam arquivos para armazenar e recuperar dados. O uso dos 
arquivos é feito através de um conjunto de operações, geralmente implementadas sob a forma de 
chamadas de sistema e funções de bibliotecas. As operações básicas envolvendo arquivos são: 
Criar: a criação de um novo arquivo implica em alocar espaço para ele no dispositivo de 
armazenamento e definir seus atributos (nome, localização, proprietário, permissões de acesso, etc.); 
Abrir: antes que uma aplicação possa ler ou escrever dados em um arquivo, ela deve solicitar ao 
sistema operacional a “abertura” desse arquivo. O sistema irá então verificar se o arquivo existe, verificar 
se as permissões associadas ao arquivo permitem aquele acesso, localizar seu conteúdo no dispositivo 
de armazenamento e criar uma referência para ele na memória da aplicação; 
Ler: permite transferir dados presentes no arquivo para uma área de memória da aplicação; 
Escrever: permite transferir dados na memória da aplicação para o arquivo no dispositivo físico; os 
novos dados podem ser adicionados no final do arquivo ou sobrescrever dados já existentes; 
Mudar atributos: para modificar outras características do arquivo, como nome, localização, proprietário, 
permissões, etc. 
Fechar: ao concluir o uso do arquivo, a aplicação deve informar ao sistema operacional que o mesmo 
não é mais necessário, a fim de liberar as estruturas de gerência do arquivo na memória do núcleo; 
Remover: para eliminar o arquivo do dispositivo, descartando seusdados e liberando o espaço 
ocupado por ele. 
Além dessas operações básicas, outras operações podem ser definidas, como truncar, copiar, mover 
ou renomear arquivos. Todavia, essas operações geralmente podem ser construídas usando as 
operações básicas. 
 
Formatos. 
Em sua forma mais simples, um arquivo contém basicamente uma sequência de bytes, que pode estar 
estruturada de diversas formas para representar diferentes tipos de informação. O formato ou estrutura 
interna de um arquivo pode ser definido – e reconhecido – pelo núcleo do sistema operacional ou somente 
pelas aplicações. O núcleo do sistema geralmente reconhece apenas alguns poucos formatos de 
arquivos, como binários executáveis e bibliotecas. Os demais formatos de arquivos são vistos pelo núcleo 
apenas como sequências de bytes sem um significado específico, cabendo às aplicações interpretá-los. 
Os arquivos de dados convencionais são estruturados pelas aplicações para armazenar os mais 
diversos tipos de informações, como imagens, sons e documentos. Uma aplicação pode definir um 
formato próprio de armazenamento ou seguir formatos padronizados. Por exemplo, há um grande número 
de formatos públicos padronizados para o armazenamento de imagens, como JPEG, GIF, PNG e TIFF, 
mas também existem formatos de arquivos proprietários, definidos por algumas aplicações específicas, 
como o formato PSD (do editor Adobe Photoshop) e o formato XCF (do editor gráfico GIMP). A adoção 
de um formato proprietário ou exclusivo dificulta a ampla utilização das informações armazenadas, pois 
somente aplicações que reconheçam aquele formato conseguem ler corretamente as informações 
contidas no arquivo. 
 
Arquivos de registros 
Alguns núcleos de sistemas operacionais oferecem arquivos com estruturas internas que vão além da 
simples sequência de bytes. Por exemplo, o sistema OpenVMS [Rice, 2000] proporciona arquivos 
baseados em registros, cujo conteúdo é visto pelas aplicações como uma sequência linear de registros 
de tamanho fixo ou variável, e também arquivos indexados, nos quais podem ser armazenados pares 
{chave/valor}, de forma similar a um banco de dados relacional. A Figura 2 ilustra a estrutura interna 
desses dois tipos de arquivos. 
 
Figura 2: Arquivos estruturados: registros em sequência e registros indexados. 
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. 18 
Nos sistemas operacionais cujo núcleo não suporta arquivos estruturados como registros, essa 
funcionalidade pode ser facilmente obtida através de bibliotecas específicas ou do suporte de execução 
de algumas linguagens de programação. Por exemplo, a biblioteca Berkeley DB disponível em 
plataformas UNIX oferece suporte à indexação de registros sobre arquivos UNIX convencionais. 
 
Arquivos de texto 
Um tipo de arquivo de uso muito frequente é o arquivo de texto puro (ou plain text). Esse tipo de arquivo 
é muito usado para armazenar informações textuais simples, como códigos-fonte de programas, arquivos 
de configuração, páginas HTML, dados em XML, etc. Um arquivo de texto é formado por linhas de 
caracteres ASCII de tamanho variável, separadas por caracteres de controle. Nos sistemas UNIX, as 
linhas são separadas por um caractere New Line (ASCII 10 ou “\n”). Já nos sistemas DOS/Windows, as 
linhas de um arquivo de texto são separadas por dois caracteres: o caractere Carriage Return (ASCII 13 
ou “\r”) seguido do caractere New Line. Por exemplo, considere o seguinte programa em C armazenado 
em um arquivo hello.c (os caracteres “” indicam espaços em branco): 
 
 
 
O arquivo de texto hello.c seria armazenado da seguinte forma em um ambiente UNIX: 
 
 
 
Por outro lado, o mesmo arquivo hello.c seria armazenado da seguinte forma em um sistema 
DOS/Windows: 
 
 
 
Essa diferença na forma de representação da separação entre linhas pode provocar problemas em 
arquivos de texto transferidos entre sistemas Windows e UNIX, caso não seja feita a devida conversão. 
 
Arquivos executáveis 
Um arquivo executável é dividido internamente em várias seções, para conter código, tabelas de 
símbolos (variáveis e funções), listas de dependências (bibliotecas necessárias) e outras informações de 
configuração. A organização interna de um arquivo executável ou biblioteca depende do sistema 
operacional para o qual foi definido. Os formatos de executáveis mais populares atualmente são [Levine, 
2000]: 
ELF (Executable and Linking Format): formato de arquivo usado para programas executáveis e 
bibliotecas na maior parte das plataformas UNIX modernas. É composto por um cabeçalho e várias 
seções de dados, contendo código executável, tabelas de símbolos e informações de relocação de 
código. 
PE (Portable Executable): é o formato usado para executáveis e bibliotecas na plataforma Windows. 
Consiste basicamente em uma adaptação do antigo formato COFF usado em plataformas UNIX. 
A Figura 3 ilustra a estrutura interna de um arquivo executável no formato ELF, usado tipicamente em 
sistemas UNIX (Linux, Solaris, etc.). Esse arquivo é dividido em seções, que representam trechos de 
código e dados sujeitos a ligação dinâmica e relocação; as seções são agrupadas em segmentos, de 
forma a facilitar a carga em memória do código e o lançamento do processo. 
 
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. 19 
 
 
Figura 3: Estrutura interna de um arquivo executável em formato ELF [Levine, 2000]. 
 
Além de executáveis e bibliotecas, o núcleo de um sistema operacional costuma reconhecer alguns 
tipos de arquivos não convencionais, como diretórios, atalhos (links), dispositivos físicos e estruturas de 
comunicação do núcleo, como sockets, pipes e filas de mensagens (vide Seção 1.5). 
 
Identificação de conteúdo 
 
Um problema importante relacionado aos formatos de arquivos é a correta identificação de seu 
conteúdo pelos usuários e aplicações. Já que um arquivo de dados pode ser visto como uma simples 
sequência de bytes, como é possível saber que tipo de informação essa sequência representa? Uma 
solução simples para esse problema consiste em indicar o tipo do conteúdo como parte do nome do 
arquivo: um arquivo “praia.jpg” provavelmente contém uma imagem em formato JPEG, enquanto um 
arquivo “entrevista.mp3” contém áudio em formato MP3. Essa estratégia, amplamente utilizada em muitos 
sistemas operacionais, foi introduzida nos anos 1980 pelo sistema operacional DOS. Naquele sistema, 
os arquivos eram nomeados segundo uma abordagem denominada “8.3”, ou seja, 8 caracteres seguidos 
de um ponto (“.”) e mais 3 caracteres de extensão, para definir o tipo do arquivo. 
Outra abordagem, frequentemente usada em sistemas UNIX, é o uso de alguns bytes no início de cada 
arquivo para a definição de seu tipo. Esses bytes iniciais são denominados “números mágicos” (magic 
numbers), e são usados em muitos tipos de arquivos, como exemplificado na Tabela 1: 
 
 
 
Nos sistema UNIX, o utilitário file permite identificar o tipo de arquivo através da análise de seus bytes 
iniciais e do restante de sua estrutura interna, sem levar em conta o nome do arquivo. Por isso, constitui 
uma ferramenta importante para identificar arquivos desconhecidos ou com extensão errada. 
Além do uso de extensões no nome do arquivo e de números mágicos, alguns sistemas operacionais 
definem atributos adicionais no sistema de arquivos para indicar o conteúdo de cada arquivo. Por 
exemplo, o sistema operacional MacOS 9 definia um atributo com 4 bytes para identificar o tipo de cada 
arquivo (file type), e outro atributo com 4 bytes para indicar a aplicação que o criou (creator application). 
Os tipos de arquivos e aplicações são definidos em uma tabela mantida pelo fabricante do sistema. Assim, 
quando o usuário solicitar a abertura de um determinado arquivo, o sistema irá escolher a aplicaçãoque 
o criou, se ela estiver presente. Caso contrário, pode indicar ao usuário uma relação de aplicações aptas 
a abrir aquele tipo de arquivo. 
Recentemente, a necessidade de transferir arquivos através de e-mail e de páginas Web levou à 
definição de um padrão de tipagem de arquivos conhecido como Tipos MIME (da sigla Multipurpose 
Internet Mail Extensions) [Freed and Borenstein, 1996]. O padrão MIME define tipos de arquivos através 
de uma notação uniformizada na forma “tipo/subtipo”. Alguns exemplos de tipos de arquivos definidos 
segundo o padrão MIME são apresentados na Tabela 2. 
O padrão MIME é usado para identificar arquivos transferidos como anexos de e-mail e conteúdos 
recuperados de páginas Web. Alguns sistemas operacionais, como o BeOS e o MacOS X, definem 
atributos de acordo com esse padrão para identificar o conteúdo de cada arquivo dentro do sistema de 
arquivos. 
 
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Arquivos especiais 
 
O conceito de arquivo é ao mesmo tempo simples e poderoso, o que motivou sua utilização de forma 
quase universal. Além do armazenamento de código e dados, arquivos também podem ser usados como: 
Abstração de dispositivos de baixo nível: os sistemas UNIX costumam mapear as interfaces de acesso 
de vários dispositivos físicos em arquivos dentro do diretório /dev (de devices), como por exemplo: 
/dev/ttyS0: porta de comunicação serial COM1; 
/dev/audio: placa de som; 
/dev/sda1: primeira partição do primeiro disco SCSI (ou SATA). 
Abstração de interfaces do núcleo: em sistemas UNIX, os diretórios /proc e /sys permitem consultar 
e/ou modificar informações internas do núcleo do sistema operacional, dos processos em execução e dos 
drivers de dispositivos. Por exemplo, alguns arquivos oferecidos pelo Linux: 
/proc/cpuinfo: informações sobre os processadores disponíveis no sistema; 
/proc/3754/maps: disposição das áreas de memória alocadas para o processo cujo identificador (PID) 
é 3754 ; 
/sys/block/sda/queue/scheduler: definição da política de escalonamento de disco (vide Seção ??) a ser 
usada no acesso ao disco /dev/sda. 
Canais de comunicação: na família de protocolos de rede TCP/IP, a metáfora de arquivo é usada como 
interface para os canais de comunicação: uma conexão TCP é apresentada aos dois processos 
envolvidos como um arquivo, sobre o qual eles podem escrever (enviar) e ler (receber) dados entre si. 
Vários mecanismos de comunicação local entre processos de um sistema também usam a metáfora do 
arquivo, como é o caso dos pipes em UNIX. 
Em alguns sistemas operacionais experimentais, como o Plan 9 [Pike et al., 1993, Pike et al., 1995] e 
o Inferno [Dorward et al., 1997], todos os recursos e entidades físicas e lógicas do sistema são mapeadas 
sob a forma de arquivos: processos, threads, conexões de rede, usuários, sessões de usuários, janelas 
gráficas, áreas de memória alocadas, etc. Assim, para finalizar um determinado processo, encerrar uma 
conexão de rede ou desconectar um usuário, basta remover o arquivo correspondente. 
Embora o foco deste texto esteja concentrado em arquivos convencionais, que visam o 
armazenamento de informações (bytes ou registros), muitos dos conceitos aqui expostos são igualmente 
aplicáveis aos arquivos não-convencionais descritos nesta seção. 
 
Uso de arquivos 
 
Arquivos são usados por processos para ler e escrever dados de forma não-volátil. Para usar arquivos, 
um processo tem à sua disposição uma interface de acesso, que depende da linguagem utilizada e do 
sistema operacional subjacente. Essa interface normalmente é composta por uma representação lógica 
de cada arquivo usado pelo processo (uma referência ao arquivo) e por um conjunto de funções (ou 
métodos) para realizar operações sobre esses arquivos. Através dessa interface, os processos podem 
localizar arquivos no disco, ler e modificar seu conteúdo, entre outras operações. 
Na sequência desta seção serão discutidos aspectos relativos ao uso de arquivos, como a abertura do 
arquivo, as formas de acesso aos seus dados, o controle de acesso e problemas associados ao 
compartilhamento de arquivos entre vários processos. 
 
Abertura de um arquivo 
 
Para poder ler ou escrever dados em um arquivo, cada aplicação precisa antes “abri-lo”. A abertura de 
um arquivo consiste basicamente em preparar as estruturas de memória necessárias para acessar os 
dados do arquivo em questão. Assim, para abrir um arquivo, o núcleo do sistema operacional deve realizar 
as seguintes operações: 
1. Localizar o arquivo no dispositivo físico, usando seu nome e caminho de acesso (vide Seção 3.2); 
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. 21 
2. Verificar se a aplicação tem permissão para usar aquele arquivo da forma desejada (leitura e/ou 
escrita); 
3. Criar uma estrutura na memória do núcleo para representar o arquivo aberto; 
4. Inserir uma referência a essa estrutura na lista de arquivos abertos mantida pelo sistema, para 
fins de gerência; 
Devolver à aplicação uma referência a essa estrutura, para ser usada nos acessos subsequentes ao 
arquivo recém-aberto. 
Concluída a abertura do arquivo, o processo solicitante recebe do núcleo uma referência para o arquivo 
recém-aberto, que deve ser informada pelo processo em suas operações subsequentes envolvendo 
aquele arquivo. Assim que o processo tiver terminado de usar um arquivo, ele deve solicitar ao núcleo o 
fechamento do arquivo, que implica em concluir as operações de escrita eventualmente pendentes e 
remover da memória do núcleo as estruturas de gerência criadas durante sua abertura. Normalmente, os 
arquivos abertos são automaticamente fechados quando do encerramento do processo, mas pode ser 
necessário fechá-los antes disso, caso seja um processo com vida longa, como um daemon servidor de 
páginas Web, ou que abra muitos arquivos, como um compilador. 
As referências a arquivos abertos usadas pelas aplicações dependem da linguagem de programação 
utilizada para construí-las. Por exemplo, em um programa escrito na linguagem C, cada arquivo aberto é 
representado por uma variável dinâmica do tipo FILE*, que é denominada um ponteiro de arquivo (file 
pointer). Essa variável dinâmica é alocada no momento da abertura do arquivo e serve como uma 
referência ao mesmo nas operações de acesso subsequentes. Já em Java, as referências a arquivos 
abertos são objetos instanciados a partir da classe File. Na linguagem Python existem os file objects, 
criados a partir da chamada open. 
Por outro lado, cada sistema operacional tem sua própria convenção para a representação de arquivos 
abertos. Por exemplo, em sistemas Windows os arquivos abertos por um processo são representados 
pelo núcleo por referências de arquivos (filehandles), que são estruturas de dados criadas pelo núcleo 
para representar cada arquivo aberto. Por outro lado, em sistemas UNIX os arquivos abertos por um 
processo são representados por descritores de arquivos (file descriptors). Um descritor de arquivo aberto 
é um número inteiro não-negativo, usado como índice em uma tabela que relaciona os arquivos abertos 
por aquele processo, mantida pelo núcleo. Dessa forma, cabe às bibliotecas e ao suporte de execução 
de cada linguagem de programação mapear a representação de arquivo aberto fornecida pelo núcleo do 
sistema operacional subjacente na referência de arquivo aberto usada por aquela linguagem. Esse 
mapeamento é necessário para garantir que as aplicações que usam arquivos (ou seja, quase todas elas) 
sejam portáveis entre sistemas operacionais distintos. 
 
Formas de acesso 
 
Uma vez aberto um arquivo, a aplicação pode ler os dados contidos nele, modificá-los ou escrever 
novos dados. Há várias formas de se ler ou escrever dados em um arquivo, que dependem da estrutura 
interna do mesmo. Considerandoapenas arquivos simples, vistos como uma sequência de bytes, duas 
formas de acesso são usuais: o acesso sequencial e o acesso direto (ou acesso aleatório). 
No acesso sequencial, os dados são sempre lidos e/ou escritos em sequência, do início ao final do 
arquivo. Para cada arquivo aberto por uma aplicação é definido um ponteiro de acesso, que inicialmente 
aponta para a primeira posição do arquivo. A cada leitura ou escrita, esse ponteiro é incrementado e 
passa a indicar a posição da próxima leitura ou escrita. Quando esse ponteiro atinge o final do arquivo, 
as leituras não são mais permitidas, mas as escritas ainda o são, permitindo acrescentar dados ao final 
do mesmo. A chegada do ponteiro ao final do arquivo é normalmente sinalizada ao processo através de 
um flag de fim de arquivo (EoF - End-of-File). 
A Figura 4 traz um exemplo de acesso sequencial em leitura a um arquivo, mostrando a evolução do 
ponteiro do arquivo durante uma sequência de leituras. A primeira leitura no arquivo traz a string “Qui 
scribit bis”, a segunda leitura traz “legit”, e assim sucessivamente. O acesso sequencial é implementado 
em praticamente todos os sistemas operacionais de mercado e constitui a forma mais usual de acesso a 
arquivos, usada pela maioria das aplicações. 
 
 
 
Figura 4: Leituras sequenciais em um arquivo de texto. 
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Por outro lado, no método de acesso direto (ou aleatório), pode-se indicar a posição no arquivo onde 
cada leitura ou escrita deve ocorrer, sem a necessidade de um ponteiro. Assim, caso se conheça 
previamente a posição de um determinado dado no arquivo, não há necessidade de percorrê-lo 
sequencialmente até encontrar o dado desejado. Essa forma de acesso é muito importante em 
gerenciadores de bancos de dados e aplicações congêneres, que precisam acessar rapidamente as 
posições do arquivo correspondentes ao registros desejados em uma operação. 
Na prática, a maioria dos sistemas operacionais usa o acesso sequencial como modo básico de 
operação, mas oferece operações para mudar a posição do ponteiro do arquivo caso necessário, o que 
permite então o acesso direto a qualquer registro do arquivo. Nos sistemas POSIX, o reposicionamento 
do ponteiro do arquivo é efetuado através das chamadas lseek e fseek. 
Uma forma particular de acesso direto ao conteúdo de um arquivo é o mapeamento em memória do 
mesmo, que faz uso dos mecanismos de memória virtual (paginação). Nessa modalidade de acesso, um 
arquivo é associado a um vetor de bytes (ou de registros) de mesmo tamanho na memória principal, de 
forma que cada posição do vetor corresponda à sua posição equivalente no arquivo. Quando uma posição 
específica do vetor ainda não acessada é lida, é gerada uma falta de página. Nesse momento, o 
mecanismo de paginação da memória virtual intercepta o acesso à memória, lê o conteúdo 
correspondente no arquivo e o deposita no vetor, de forma transparente à aplicação. Escritas no vetor 
são transferidas para o arquivo por um procedimento similar. Caso o arquivo seja muito grande, pode-se 
mapear em memória apenas partes dele. A Figura 5 ilustra essa forma de acesso. 
Finalmente, alguns sistemas operacionais oferecem também a possibilidade de acesso indexado aos 
dados de um arquivo, como é o caso do OpenVMS [Rice, 2000]. Esse sistema implementa arquivos cuja 
estrutura interna pode ser vista como um conjunto de pares chave/valor. Os dados do arquivo são 
armazenados e recuperados de acordo com suas chaves correspondentes, como em um banco de dados 
relacional. Como o próprio núcleo do sistema implementa os mecanismos de acesso e indexação do 
arquivo, o armazenamento e busca de dados nesse tipo de arquivo costuma ser muito rápido, 
dispensando bancos de dados para a construção de aplicações mais simples. 
 
 
 
Figura 5: Arquivo mapeado em memória. 
 
Controle de acesso 
 
Como arquivos são entidades que sobrevivem à existência do processo que as criou, é importante 
definir claramente o proprietário de cada arquivo e que operações ele e outros usuários do sistema podem 
efetuar sobre o mesmo. A forma mais usual de controle de acesso a arquivos consiste em associar os 
seguintes atributos a cada arquivo e diretório do sistema de arquivos: 
Proprietário: identifica o usuário dono do arquivo, geralmente aquele que o criou; muitos sistemas 
permitem definir também um grupo proprietário do arquivo, ou seja, um grupo de usuários com acesso 
diferenciado sobre o mesmo; 
Permissões de acesso: define que operações cada usuário do sistema pode efetuar sobre o arquivo. 
Existem muitas formas de se definir permissões de acesso a recursos em um sistema computacional; 
no caso de arquivos, a mais difundida emprega listas de controle de acesso (ACL - Access Control Lists) 
associadas a cada arquivo. Uma lista de controle de acesso é basicamente uma lista indicando que 
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usuários estão autorizados a acessar o arquivo, e como cada um pode acessá-lo. Um exemplo conceitual 
de listas de controle de acesso a arquivos seria: 
 
 
 
No entanto, essa abordagem se mostra pouco prática caso o sistema tenha muitos usuários e/ou 
arquivos, pois as listas podem ficar muito extensas e difíceis de gerenciar. O UNIX usa uma abordagem 
bem mais simplificada para controle de acesso, que considera basicamente três tipos de usuários e três 
tipos de permissões: 
Usuários: o proprietário do arquivo (User), um grupo de usuários associado ao arquivo (Group) e os 
demais usuários (Others). 
Permissões: ler (Read), escrever (Write) e executar (eXecute). 
Dessa forma, no UNIX são necessários apenas 9 bits para definir as permissões de acesso a cada 
arquivo ou diretório. Por exemplo, considerando a seguinte listagem de diretório em um sistema UNIX 
(editada para facilitar sua leitura): 
 
 
 
Nessa listagem, o arquivo hello-unix.c (linha 4) pode ser acessado em leitura e escrita por seu 
proprietário (o usuário maziero, com permissões rw-), em leitura pelos usuários do grupo prof (permissões 
r--) e em leitura pelos demais usuários do sistema (permissões r--). Já o arquivo hello-unix (linha 3) pode 
ser acessado em leitura, escrita e execução por seu proprietário (permissões rwx), em leitura e execução 
pelos usuários do grupo prof (permissões r-x) e não pode ser acessado pelos demais usuários 
(permissões ---). No caso de diretórios, a permissão de leitura autoriza a listagem do diretório, a permissão 
de escrita autoriza sua modificação (criação, remoção ou renomeação de arquivos ou sub-diretórios) e a 
permissão de execução autoriza usar aquele diretório como diretório de trabalho ou parte de um caminho. 
No mundo Windows, o sistema de arquivos NTFS implementa um controle de acesso bem mais flexível 
que o do UNIX, que define permissões aos proprietários de forma similar, mas no qual permissões 
complementares a usuários individuais podem ser associadas a qualquer arquivo. 
É importante destacar que o controle de acesso é normalmente realizado somente durante a abertura 
do arquivo, para a criação de sua referência em memória. Isso significa que, uma vez aberto um arquivo 
por um processo, este terá acesso ao arquivo enquanto o mantiver aberto, mesmo que as permissões do 
arquivo sejam alteradas para impedir esse acesso. O controle contínuo de acesso aos arquivos é pouco 
frequentemente implementado em sistemas operacionais, porque verificar as permissões de acesso a 
cada operação de leitura ou escrita em um arquivo teria um impacto negativo significativo sobre o 
desempenho do sistema. 
 
Gerenciamento de Pastas e Arquivos 
 
Um arquivo é um item que contém informações, por exemplo, texto, imagens ou música. Quando 
aberto, um arquivo pode ser muito parecido com um documento de texto

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