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3P Constitucional CONTROLE DE CONSTITUCIONALIDADE

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CONTROLE DE CONSTITUCIONALIDADE
Pressupostos: Constituição formal: segurança jurídica, formalidade que se reveste tal texto e a instrumentalização jurídica. / Constituição que seja compreendida como norma jurídica fundamental: a supremacia constitucional tem dois aspectos: o material e o formal. A material dizendo respeito ao seu conteúdo e a formal consubstanciada em relação à organicidade, aos procedimentos e competências pelos quais seus preceitos se inter-relacionam com os demais, indicando relação de hierarquia. A CF origina do Poder Constituinte Originário (PCO). / Órgão de controle: Este órgão pode ser de natureza política ou jurídica. O Poder Judiciário é o guardião da Carta Magna. 
Presunção da Constitucionalidade das Leis: por este princípio entende-se que todo ato normativo – oriundo em geral, do Poder Legislativo – presume-se constitucional até prova em contrário. Uma vez promulgada e sancionada uma lei, passa ela a desfrutar de presunção relativa (ou iuris tantum) de constitucionalidade. Em sua dimensão prática, o princípio se traduz em duas regras de observância necessária pelo intérprete e aplicador do direito: a) não sendo evidente a inconstitucionalidade, deve o órgão competente abster-se da declaração; b) havendo alguma interpretação possível que permita afirmação deve o intérprete optar pela interpretação legitimadora, mantendo o preceito em vigor. 
Tipos de inconstitucionalidade: 
Por ação: Se apresenta por meio de uma conduta positiva do Poder Público. Ocorre com a edição de uma lei ou resolução, por exemplo, que afrontem a sistemática constitucional. 
Por omissão: Esta advém de uma abstenção. O Poder Público, no momento em que deveria agir, silencia. Ocorre em face das normas de eficácia limitada, ou seja, aquelas cuja força normativa depende da edição de ato infraconstitucional. Para sanar tal inconstitucionalidade há a Ação Direta de Inconstitucionalidade por Omissão. 
Inconstitucionalidade formal x material: A material se apresenta quando a violação é ao conteúdo da Constituição. Uma norma que, por exemplo, permitisse a exploração do trabalho em condições próximas à degradante seria materialmente inconstitucional – norma estabelecida. A formal se configura quando algum dos requisitos procedimentais da elaboração normativa é desrespeitado, seja a competência, seja o quórum, pressuposto. Um exemplo disso é o pressuposto da relevância e urgência de Medida Provisória. OBS: olhar art. 62 CF/88. 
Sistemas de Controle: * Político – órgão administrativo (França). * Jurídico – Poder Judiciário (Brasil). * Misto – mescla os dois (Suíça). 
Momentos de Controle: preventivo e repressivo. O primeiro é o controle realizado durante o processo de formação do ato normativo. No momento em que um projeto de lei é apresentado, a quem der início do processo legislativo, deve verificar a regularidade material do projeto de lei ou PEC. O segundo o controle é realizado sobre a lei, e não sobre o projeto de lei, ou seja, a lei publicada e em vigência. OBS: art. 102 e 103, CF/88.
Critérios ou vias de controle: Judicial – difuso (in concreto/ de execução/ incidental): fatos comuns, ações judiciais comuns, qualquer juiz ou tribunal (inclusive o STF). A decisão é inter partes. / Concentrado (in abstrato/ via de ação): ações especiais, as quais não há fatos. Só o STF. Erga omnes e vinculante, ou seja, atinge o judiciário e o executivo, se atingir o legislativo, o PJ está limitando o Legislativo a legislar. 
Controle preventivo: projeto de lei ou PEC. 
Poder Legislativo: função típica – elaborar normas. Deliberações: CCJ conta com 50 deputados. Plenário: deliberação com 3/5 em 2 turnos (CF rígida). 
Poder executivo: controle fraco. Veto jurídico (art. 66 §1º): 15 dias úteis, passou disso, há sanção tácita; este não ocorre com todos os tipos normativos (LO e LC), e além disso pode não ser a última palavra, uma vez que se vetado (total ou parcial) algo o presidente deve explicar ao presidente do senado, e este pode derrubar o veto por maioria absoluta. 
Poder Judiciário: PEC ou PL que flagrantemente ofende a CF/88. Parlamentar impetra mandato de segurança no STF contra ato do legislativo que deliberou positivamente. Qualquer parlamentar pode impetrar no PJ (na prática é jogo político). Nunca é impetrado contra ALGUÉM e sim contra um ATO. Deve ser jeito por autoridade, órgão público ou privado em função pública.
Controle repressivo:
Poder Legislativo: Congresso Nacional. Sobre atos normativos elaborados pelo executivo – medida provisória, lei delegada, decreto regulamentar (norma secundária). Há três hipóteses: Medida Provisória (art. 62): esta deve ser relevante e urgente e tem vida curta, são 120 no total (60+60). Se o Congresso rejeita, ele diz o que acontece com os direitos. Se aprovada, vira lei. Se há alteração, vira PL. Lei delegada (art. 49, V): o PL delega função ao PE. PL manda um script para o presidente. Se ele exorbitar (ir além), o PL susta (controla) o texto normativo. Elemento raro no Brasil. Decreto regulamentar (art. 49, V): é um decreto que regulamenta uma lei. Art. 84 – fiel execução de uma lei. 
Poder Executivo: Se existisse, haveria muita insegurança jurídica; é possível diante de uma lei válida e inconstitucional; impossibilidade de controle; quase ninguém admite. STF – ADIn 221/93. 
Poder Judiciário: 90% dos controles. 
Difuso: caso concreto. Origem: EUA. Sistema de antecedentes; Efeito interpartes, ou seja, quem válido para as partes no processo/ação. Qualquer pessoa, qualquer órgão, qualquer ação. Reserva de plenário art. 97, com exceção se o STF já tiver julgado). Atuação anacrônica do Senado (1934): art. 52, X. Somente controle difuso. Faculdade do Senado. Irretratável (resolução). Adstrição ao conteúdo da decisão do STF – limitação à decisão. 
Súmula vinculante: Só o STF. EC 45/05 e art. 103-A (norma de eficácia contida). É diferente de súmula, uma vez que súmula não obriga, ela “dá um recado”. Sua finalidade é diminuir os processos ou recursos idênticos. Requisitos: 2/3 dos membros do STF. Reiteradas decisões. Efeitos vinculantes (não atinge o PL, obriga o PE -fed,est,mun- e PJ -organograma). Objetivo: validade, interpretação e eficácia.

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