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UNIVERSIDADE FEDERAL DOS VALES DO JEQUITINHONHA E MUCURI INSTITUTO DE CIÊNCIA, ENGENHARIA E TECNOLOGIA – ICET CURSO DE BACHARELADO EM CIÊNCIA E TECNOLOGIA Oscar Maurício Borborema Porto COMPÓSITO PLÁSTICO-MADEIRA: Uma solução sustentável. Teófilo Otoni – MG 2019 Oscar Maurício Borborema Porto COMPÓSITO PLÁSTICO-MADEIRA: Uma solução sustentável. Trabalho de Conclusão de Curso apresentado ao curso de Bacharelado em Ciência e Tecnologia como parte dos requisitos exigidos para a conclusão do curso. Orientador (a): Alessandra de Paula Carli. Coorientador (a): Flávio Alchaar Barbosa. Teófilo Otoni – MG 2019 Oscar Maurício Borborema Porto COMPÓSITO PLÁSTICO-MADEIRA: Uma solução sustentável. Trabalho de Conclusão de Curso apresentado ao curso de Bacharelado em Ciência e Tecnologia como parte dos requisitos exigidos para a conclusão do curso. Orientador (a): Alessandra de Paula Carli Coorientador (a): Flávio Alchaar Barbosa. Data da aprovação: …. /..... /..... ____________________________________________________ Profa. Dra. Alessandra de Paula Carli Instituto de Ciência, Engenharia e Tecnologia - ICET ____________________________________________________ Profa. Dra. Aruana Rocha Barros Lopes Instituto de Ciência, Engenharia e Tecnologia - ICET ____________________________________________________ Prof. Flávio Alchaar Barbosa Instituto de Ciência, Engenharia e Tecnologia - ICET Teófilo Otoni – MG 2019 “A persistência é o caminho do êxito.” Charles Chaplin. LISTA DE ABREVIATURAS Ed. – edição Ex. - exemplo p. - página LISTA DE SIGLAS ABIMAQ – Associação Brasileira da Indústria de Máquinas e Equipamentos ABNT – Associação Brasileira de Normas Técnicas ABRE – Associação Brasileira de Embalagem BR – Brasil CEMPRE – Compromisso Empresarial para Reciclagem FOFA – Forças, Oportunidades, Fraquezas e Ameaças INPI - Instituto Nacional de Propriedade industrial ISO – International Organization for Standardization NBR – Norma Brasileira ONU – Organização das Nações Unidas PE - Polietileno PEAD – Polietileno de Alta Densidade PEBD – Polietileno de Baixa Densidade PET – Politereftalato de Etileno PNUD – Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento PNUMA – Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente PP – Polipropileno PS – Poliestireno PVC – Policloreto de Vinila SBRT – Serviço Brasileiro de Resposta Técnicas SEBRAE – Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas SWOT – Strengths, Weaknesses, Opportunities and Threats WWF – World Wildlife Fund LISTA DE FIGURAS FIGURA 1 – Crescimento mundial da produção de plástico...................................................14 FIGURA 2 – Simbologia técnica para reciclagem para Polímeros..........................................15 FIGURA 3 – Reciclagem no Brasil ........................................................................................17 FIGURA 4 – Fluxograma da reciclagem mecânica.................................................................18 FIGURA 5 – Simbologia para identificação de materiais recicláveis.....................................20 FIGURA 6 – Municípios com coleta seletiva no Brasil..........................................................21 FIGURA 7 – Florestas Plantadas para o Uso Industrial..........................................................22 FIGURA 8 – Fluxograma do processo de produção da madeira plástica................................30 FIGURA 9 – Máquina extrusora mono rosca..........................................................................31 LISTA DE TABELAS TABELA 1 – Patentes relacionadas ao compósito plástico madeira........................................32 TABELA 2 – Análise SWOT da madeira plástica em relação a madeira comum....................34 RESUMO A degradação do meio ambiente tem gerado uma alta procura por soluções que incentivem o meio ambiente. As futuras gerações estão começando a se conscientizar sobre os benefícios dos ganhos ambientais. O compósito plástico madeira vem como uma opção sustentável para a substituição da madeira comum de forma muito similar, e este trabalho pretende demonstrar quais benefícios essa substituição pode gerar. Um material compósito é um material composto de um ou mais materiais, que possuem propriedades distintas. Ele possui a fase matriz, no nosso caso a matriz polimérica, composta por polímeros, é a fase que une e envolve os materiais reforços. O reforço é a fase, ou o material, disperso na matriz do material composto, ele representa um aumento de força e rigidez. Também são adicionados aditivos a fim de melhorar as suas propriedades físicas e químicas. A produção do compósito plástico-madeira é bem simples, começa com o recolhimento das matérias primas: matriz e o reforço. O plástico reciclado granulado é colocado no misturador, recebendo pigmentação e aditivos para melhorarem suas propriedades. Também é adicionado o material reforço que é aglutinado pelo plástico. A quantidade de material reforço utilizado varia de acordo com a aplicação do produto final, praticamente qualquer fibra vegetal pode ser utilizada no processo de produção. Assim, esse material é extrusado, moldado e resfriado, gerando o produto final. O trabalho realiza uma análise SWOT do material em comparação com a madeira convencional, determinando os fatores internos e externos que influenciam na comparação dos materiais. Apesar do custo inicial elevado, em longo prazo o compósito oferece maiores vantagens, pois não necessita da manutenção periódica que a madeira comum necessita, e a sua produção tem sido um indicador de desenvolvimento sustentável, da retirada dos lixos plásticos do meio ambiente, até a preservação florestal. Palavras-chave: Lixo plástico, Compósitos, Polímeros, Reciclagem. ABSTRACT The environment’s degradation has generated a high demand for solutions that encourage the environment. Future generations are beginning to become aware of the benefits of environmental gains. The plastic-wood composite comes as a sustainable option for the replacement of common wood in a very similar way, and this project intends to show what benefits this replacement can generate. A composite is a material made up by one or more materials, and each one has different properties. It has the matrix phase – the polymer matrix, composed by polymers and it’s the phase that binds and enfolds the reinforcement materials. The reinforcement is the phase or the material, dispersed into the matrix of the composite and it represents a increase in strength and stiffness. Additives are also added in order to improve physical and chemical properties. The production of the plastic wood composite is very simple; it begins with the gathering of raw materials: matrix and reinforcement. The granulated recycled plastic is placed in the mixer, receiving pigmentation and additives to improve its own properties. Is also added the reinforcement material wich is bonded by the plastic. The amount of reinforcing material used changes according to the application of the final product; practically any vegetable fiber can be used in the production process. Thus, this material is extruded, shaped and cooled, generating the final product. The project shows the SWOT analysis of the material in comparison with the conventional wood, determining the internal and external factors that influence in the comparison of the materials. Despite the high initial cost, in the long term the composite offers greater advantages, as it does not require the periodic maintenance that the common wood needs, and its production has been an indicator of sustainable development, the removal of the plastic waste from the environment and even preservation of forests. Key words: Plastic trash, Composite, Polymers, Recycling. SUMÁRIO 1 INTRODUÇÃO ............................................................................................................... 11 1.1 OBJETIVOS................................................................................................................. 12 1.1.1 Objetivo Geral ........................................................................................................... 12 1.1.2 Objetivos Específicos ................................................................................................. 12 2 REFERENCIAL TEÓRICO .......................................................................................... 13 2.1 INOVAÇÃO E TECNOLOGIA .................................................................................. 13 2.2 LIXOS PLÁSTICOS .................................................................................................... 13 2.3 DESENVOLVIMENTO SUSTENTÁVEL ................................................................. 15 2.4 RECICLAGEM ............................................................................................................ 16 2.5 COLETA SELETIVA .................................................................................................. 19 2.6 DESMATAMENTO ..................................................................................................... 21 2.7 COMPÓSITOS ............................................................................................................ 23 2.7.1 Matriz ........................................................................................................................ 23 2.7.2 Reforços e aditivos ..................................................................................................... 25 2.8 MADEIRA PLÁSTICA ............................................................................................... 27 2.8.1 Aplicações .................................................................................................................. 27 2.8.2 Pontos positivos e pontos negativos .......................................................................... 27 2.8.3 Produção .................................................................................................................... 29 2.8.4 Leis, normas e patentes ............................................................................................. 31 3 METODOLOGIA ........................................................................................................... 32 4 RESULTADOS E DISCUSSÕES ................................................................................... 33 5 CONSIDERAÇÕES FINAIS .......................................................................................... 35 6 PERSPECTIVAS FUTURAS ......................................................................................... 36 REFERÊNCIAS ................................................................................................................. 37 ANEXO 1 - AUTORIZAÇÃO ........................................................................................... 42 11 1 INTRODUÇÃO A atual degradação do meio ambiente tem gerado a procura por soluções que incentivem à industrialização sem prejudicar a natureza. As futuras gerações estão começando a se conscientizar nos benefícios dos ganhos ambientais. Para Cheung e Cheng (2008), os requisitos para projetos sustentáveis são sustentabilidade econômica e ambiental. Atualmente a madeira é um dos principais materiais utilizados na construção civil, sendo difícil a sua não utilização por arquitetos e engenheiros. Ela sempre fez parte da nossa vida, é aplicada em diversos lugares do cotidiano. Sendo cada vez mais necessário o aperfeiçoamento desse material para sua utilização, ou substituição por materiais que resultem com as mesma propriedades e características da madeira comum. Esta matéria-prima não é escolhida apenas pela sua beleza, mas sim por ser isolante térmico e acústico, além da sua resistência. “Os processos de fabricação podem chegar a 60% do custo total de um compósito e por isso recebem uma atenção maior, na intenção de aperfeiçoar as etapas e causar menor impacto no preço final do produto.” (Serviço Brasileiro de Respostas Técnicas, p. 11, 2013). Além da retirada dos lixos plásticos do meio ambiente, a utilização desse compósito diminui a taxa de desmatamentos, substituindo a madeira convencional. De acordo com o SEBRAE - Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (2015), o uso da madeira não é tão constante, pois faltam muitas informações a respeito do compósito. A falta de reciclagem e coleta seletiva é outra desvantagem para o processo. De acordo com o Pensamento Verde (2013), a cada 700 kg de madeira plástica produzidas, cerca de 180 mil sacos plásticos são retirados da natureza. Além da retirada dos lixos plásticos, a produção da madeira plástica tem gerado uma diminuição no desmatamento, além do aproveitamento dos resíduos de madeira. Devido à estética e propriedades da madeira, ela tem sido bastante procurada. Conforme o CEMPRE - Compromisso Empresarial para Reciclagem (2015), 31,9% da composição dos resíduos urbanos coletados no Brasil é reciclável e 13,5% dessa parte reciclável é plástico. Ainda de acordo com a mesma empresa a população brasileira atendida pelo serviço de coleta seletiva é de apenas 13%. Segundo Silva e Carmo (2009), a análise SWOT (Strengths, Weaknesses, Opportunities e Threats) do ambiente é o processo que monitora o ambiente em análise, 12 identificando os riscos e as oportunidades atuais e futuras. Tem o propósito de avaliar o ambiente de estudo. Segundo Cheung e Cheng (2008), embora a noção de sustentabilidade ainda não ser algo propriamente definido, em quase todas as áreas do conhecimento, eles obrigatoriamente têm suas raízes nas reflexões consideradas científicas: ecológico, econômico e social. Com o objetivo de evidenciar economicamente e ambientalmente a madeira plástica na construção civil e no urbanismo, o trabalho propõe uma análise SWOT do compósito em relação a madeira comum. 1.1 Objetivos 1.1.1 Objetivo Geral Evidenciar o compósito plástico-madeira como alternativa de substituição da madeira comum. 1.1.2 Objetivos Específicos Mostra os benefícios em do compósito em relação a madeira comum. Apresentar uma análise SWOT do uso da madeira plástica em relação à madeira comum para a construção civil e o urbanismo. 13 2 REFERENCIAL TEÓRICO 2.1 Inovação e Tecnologia A inovação combina necessidade social e demanda com proposta tecnológica e científica, transformando produto, processo e serviço para o mercado. Assim inovação envolve funções novas com a evolução que altera métodos de produção, desenvolvendo uma organização de trabalho contemporânea que produz novas mercadorias, abrindo campo para consumos e criação de usos (DAMASCENO et al, 2011). “Tecnologia é o conjunto de conhecimentos científicos e empíricos, de habilidades, experiências e organização requeridos para produzir, distribuir, comercializar – nos casos em que se aplique – e utilizar bens e serviços. Inclui tanto conhecimentos teóricos como práticos.” (SÁNCHEZ e PAULA, p. 43, 2001). Em termos industriais, a tecnologia se define como conhecimento tecnocientífico que se organiza e sistematiza a atividade industrial. Dentro do processo tecnológico de inovação, o agente protagonista pela alteração da atualidade é a inovação tecnológica, que se define tecnicamente como uma ideia que desenvolve um momento prático provocando o sucesso (REIS, 2004). Na concepção de Damasceno et al (2011), quando a empresa assume inovar atinge um momento determinante. Percebe-se que inovar não depende apenas de corporativismo ou pontualidade, reconhecem que inovar envolve valores, comportamentos, sistemas de gestão, estrutura organizacional dentre outros, e de fato entende que a inovação funciona se for sustentável devendo ser sistêmica e ampla em sua capacidade. Segundo Reis (2013), existem diversas formas e projetos para resolver os problemas do planeta, e no ponto de vista ambiental e econômico tem a ideia do reaproveitamento de materiais, contribuindo para economia ecológica e para o desenvolvimento sustentável. 2.2 Lixos plásticos Os plásticos usados no dia a dia fazem parte da classe mais popular dos polímeros, e representam grande parte do lixo produzido atualmente. De acordo com Zanin e Mancini 14 (2015), a sua alta resistência à biodegradação e a sua alta descartabilidade, tornam esse resíduo abundantemente presentes, gerando diversas consequências. Na Figura 1 é ilustrado um gráfico que mostra o crescimento mundial da produção de plástico. Figura 1: Crescimento mundial da produção de plástico (anos por milhões de toneladas). Fonte: WWF- Brasil – Projeto Plástico Vale Ouro, (2016). O aumento na produção dos plásticos, como mostrado na Figura 1 feita pelo Projeto Plástico Vale Ouro (2016), ocorre devido às diversas vantagens desse material, sendo hoje quase impossível imaginar o mundo sem o seu uso. “Os plásticos, que tem seu nome originário do grego “plásticos” que significa – capaz de ser moldado, são materias sintéticos ou derivados de substâncias naturais, geralmente orgânicas, obtidas, atualmente, em sua maioria, a partir dos derivados de petróleo.” (PASSATORE, p. 73, 2013). Os plásticos são materiais com grandes cadeias de moléculas, formadas por monômeros, moléculas menores. As cadeias são chamadas de polímeros. Os monômeros que a constituem que definem as suas características físicas e químicas. Ao utilizar o plástico como produto base ocorre diversas vantagens como: utilização de recicláveis, menor custo de coleta, menor consumo de energia na produção, economia no transporte, suas propriedades, sua versatilidade, entre outras. No Brasil a norma técnica dos plásticos utilizada pela ABNT – Associação Brasileira de Normas Técnicas para a classificação dos plásticos recicláveis é a NBR 13.230 (2008), ao serem classificados são identificados de acordo com a simbologia na Figura 2. 15 Figura 2 – Simbologia técnica para reciclagem para Polímeros. Fonte: ABRE – Associação Brasileira de Embalagem, (2013). Legenda: PET - Politereftalato de Etileno. PEAD - Polietileno de Alta Densidade. PVC - Policloreto de Vinila. PEBD - Polietileno de Baixa Densidade. PP - Polipropileno. PS – Poliestireno. Outros - a partir de combinações de plásticos. Os símbolos técnicos de reciclagem são de extrema importância, como é mostrado na NBR – 16182 (2013). De acordo com a ABRE - Associação Brasileira de Embalagens (2013), eles auxiliam os consumidores a identificarem quais são os tipos de plásticos recicláveis, e na etapa de triagem dos resíduos que vão para a reciclagem. 2.3 Desenvolvimento sustentável As características necessárias para que a sustentabilidade aconteça são: ser ecologicamente correto, ser economicamente viável, ser socialmente justo e ser culturalmente aceito. Segundo Nascimento (2012), a ideia de sustentabilidade ganhou corpo e expressão política na adjetivação do termo desenvolvimento por volta da década de 1950, quando a humanidade percebeu a existência de um risco ambiental global devido à poluição nuclear. Com o passar dos anos e depois de mudanças no pensamento mundial sobre temas como economia, desenvolvimento e ecologia, o termo desenvolvimento sustentável surgiu. De acordo com Lenzi (2006), o desenvolvimento sustentável é o desenvolvimento que satisfaz as necessidades do presente sem comprometer a capacidade das gerações futuras em satisfazer suas próprias necessidades. Para os programas da ONU - Organização das Nações Unidas, PNUD - Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento e PNUMA - Programa das Nações Unidas para o 16 Meio Ambiente, o desenvolvimento sustentável consiste na modificação da biosfera e na aplicação de seus recursos para atender às necessidades humanas e aumentar a sua qualidade de vida (IUCN et al, 1980). A sustentabilidade do desenvolvimento deve considerar o fator social, econômico e ecológico, de curto à longo prazo. Conforme Nascimento (2012), o desenvolvimento sustentável social segue o conceito de que uma sociedade sustentável supõe que todos os cidadãos tenham o mínimo necessário para uma vida digna e que ninguém absorva bens, recursos naturais e energéticos que sejam prejudiciais a outros. Isso significa erradicar a pobreza e definir o padrão de desigualdade aceitável, delimitando limites mínimos e máximos de acesso a bens materiais. Uma grande dificuldade é estabelecer um caminho viável entre o desenvolvimento e a sustentabilidade, sendo que o desenvolvimento prejudica diretamente o meio ambiente. E o lixo é um dos problemas mais sérios quando se fala em desenvolvimento sustentável, ele está diretamente ligado ao avanço industrial. 2.4 Reciclagem Reciclar é transformar materiais como forma de recuperação, é o processo que transforma materiais já usados em novos, através de modificações químicas, físicas e/ou biológicas do material. Mesmo a reciclagem sendo vista de uma forma econômica, as razões ambientais para que esse processo realize são maiores. A reciclagem é uma das principais maneiras de diminuir a quantidade de lixos indo diariamente para os aterros ou sendo jogados no meio ambiente. Para gerar um desenvolvimento sustentável saudável a reciclagem tem sido um dos meios mais procurados para a redução desse problema, mas para que ocorra a reciclagem deve haver o descarte adequado do lixo, e posteriormente a coleta dos resíduos previamente separados por tipo. “Os centros urbanos têm dificuldades em conseguir locais para depositar o lixo, fazendo a reciclagem se apresentar como uma solução economicamente viável e ambientalmente correta.” (CEMPRE, 2014). Ainda segundo o CEMPRE (2014), o ciclo da reciclagem passa por três processos: a coleta e separação, que consistem em separar os materiais pelo seu tipo; a revalorização, fazendo o material voltar a ser matéria prima; a transformação utiliza a matéria prima gerada a 17 partir da revalorização para obter um novo produto final. Na Figura 3 ilustra a porcentagem de reciclagem no Brasil. Figura 3 – Porcentagem de reciclagem no Brasil. Fonte: CEMPRE, CicloSoft, (2016). De acordo com o CEMPRE – Pesquisa CicloSoft (2016), em que mostra a situação atual da reciclagem no Brasil. A pesquisa consiste no levantamento de dados através do envio de questionário às prefeituras e visitas técnicas. A capital que apresenta maior índice de reciclagem é Curitiba, com 16% e a que apresenta menor índice é Salvador, com média de 1,5%. Analisando os dados da Figura 3, pode-se perceber que a reciclagem no Brasil ainda é algo que está engatinhando, o que é um grande empecilho para o desenvolvimento de atividades e produtos que têm como fonte de matéria prima a reciclagem. Além de ser um entrave ecológico e sustentável, a falta de reciclagem também é sentida na economia, segundo a Associação Brasileira da Indústria de Máquinas e Equipamentos (Abimaq), a economia brasileira perde cerca de R$ 120 bilhões em produtos que poderiam ser reciclados, mas são deixados no lixo. Conforme Passatore (2013), ao se fazer a reciclagem são reduzidos os problemas ambientais e de saúde pública, assim como os socioeconômicos decorrentes do descarte inadequado dos resíduos sólidos. Segundo o Instituto do Brasileiro do PVC (2016), dependendo qual será a finalidade do processo de reciclagem dos plásticos, eles podem ser classificados em três tipos de 18 processos: reciclagem mecânica, reciclagem química e reciclagem energética. Esses processos são classificados nas classes primária (reciclagem mecânica de resíduos pós-industrial), secundária (reciclagem mecânica de resíduos pós-consumo), terciária (reciclagem química) e quaternária (reciclagem energética). A reciclagem primária ou secundária também são chamadas de reciclagem mecânica ou física. O que as diferenciam são que em uma é utilizada polímeros pós-industrial e na outra é utilizado polímeros pós-consumo respectivamente como na Figura 4. Figura 4 – Fluxograma da reciclagem mecânica Fonte: Instituto brasileiro do PVC, (2016). Como ilustrado na Figura 4, a reciclagem mecânica consiste inicialmente na transformação dos resíduos pós-industrial e pós-consumo em grânulos através do processo de moagem. Esse granulado pode ser usado como matéria prima de outros produtos, a maioria dos produtos que usam o plástico são recicláveis ou podem ser reciclados. As etapas de lavagem e secagem muitas vezes são eliminadas quando é um processo de reciclagem primária, quando são usados resíduos pós-industriais, ao usar resíduos pós-consumo essas etapas são necessárias para que não ocorra de outros materiais misturados aos resíduos danifiquem os equipamentos durante os próximos processos. No processo de extrusão o material é moldado, é nesse processo onde são adicionados aditivos e corantes para alteração das características finais. O produto final é obtido a partir da granulação do material moldado, segundo o Instituto Brasileiro do PVC (2016), esse granulado é enviado para utilização como matéria prima para a fabricação de diversos produtos, como a madeira plástica. 19 Segundo o CEMPRE (2015), a reciclagem terciária, ou também chamada de reciclagem química é um processo tecnológico a partir de resíduos poliméricos que tem a intenção de produzir substancias combustíveis e produtos químicos para produção do mesmo polímero. A reciclagem quaternária é também chamada de reciclagem energética. Em que segundo o CEMPRE (2015), ela é formada pela energia resultante da queima de lixo, e se difere da incineração devido a produção de um produto que é, a energia que pode ser aproveitada e vendida. Realizada através da compactação do lixo e da sua queima, gera energia e resíduos sólidos e gasosos. Utiliza de uma propriedade do plástico, o seu alto poder calorifico. 2.5 Coleta Seletiva De acordo com a CEMPRE (2014), o sistema de coleta seletiva do lixo é um sistema de recolhimento de materiais recicláveis previamente separados na fonte geradora. Os materiais recicláveis são: vidros, papéis, metais, materiais orgânicos e plásticos. Ainda sobre o mesmo autor essa coleta pode ser de vários modelos como: a coleta seletiva porta a porta, que é semelhante à coleta normal do lixo, os moradores separam o lixo em materiais orgânicos e materiais inorgânicos, colocando-os em suas calçadas para a coleta; a coleta seletiva voluntária baseada em locais onde os cidadãos podem depositar os seus recicláveis por vontade própria, os materiais são separados e classificados por cores para o deposito, sendo o verde para vidro, o azul para papel, o vermelho para plástico e o amarelo para metal; os postos de recebimento ou troca, que são parecidos com a coleta seletiva voluntária, mas como estimulo os resíduos são trocados por alimentos, vales transporte, vales alimentação entre outros benefícios; os catadores de lixo podem ser autônomos ou formarem cooperativas, e são os responsáveis pela coleta de vários tipos de materiais urbanos. A identificação dos materiais que podem ser descartados é de imensa importância, alguns símbolos muito usados para caracterização dos materiais para a coleta são ilustrados na Figura 5. 20 Figura 5 – Simbologia para identificação de materiais recicláveis. Fonte: CEMPRE, (2014). Depois da coleta seletiva e após passar por um beneficiamento, o material é encaminhado para as indústrias de reciclagem. Nesse beneficiamento ocorre a separação do material de acordo com o seu tipo, cor, tamanho, densidade, entre outras características, depois ocorre a lavagem, a secagem, a prensagem, a moagem e o empacotamento do material. “A coleta seletiva é parte integrante de um projeto de reciclagem, e quando bem gerenciada contribuirá decisivamente para aumentar a sua eficiência.” (CEMPRE, 2014). Segundo o CEMPRE (2014), um passo importante para a reciclagem dos plásticos, é um meio ecológico para separar os materiais já utilizados que podem ser reaproveitados. É o processo responsável pela tentativa de conservação dos solos, diminuindo os lixos nos aterros sanitários, e colaborando para uma diminuição nas poluições das águas, dos solos e dos ares. Infelizmente atualmente não conseguimos não produzir lixos, mas podemos colaborar para que o lixo produzido siga o melhor caminho possível, podendo ser reutilizado ou reciclado. O número de municípios brasileiros onde acontece a coleta seletiva para a reciclagem tem aumentado nas últimas duas décadas. De acordo com o CicloSoft (2016), pesquisa de coleta de dados realizada bianualmente pelo CEMPRE, 18% dos municípios brasileiros operam programas de coleta seletiva do lixo, o equivalente a 1055 municípios (Figura 6). 21 Figura 6 - Municípios com coleta seletiva no Brasil. Fonte: CEMPRE, Ciclosoft, (2016). Mesmo com o aumento do número de municípios que adotam a coleta seletiva, ainda de acordo com o CicloSoft (2016), apenas 15% da população tem acesso a programas de coleta seletiva. A coleta seletiva movimenta uma grande economia para pessoas e empresas, além de ser um programa a favor do meio ambiente. Ela é muito importante para o crescimento sustentável do país, sendo ecologicamente correta e economicamente viável. 2.6 Desmatamento Conforme Margulis (2003), a extração da madeira é a principal fonte dos desmatamentos. Em que os custos ambientais relacionados são tão elevados que tornam irracionais quaisquer atividades causadoras de desmatamento. Segundo Fearnside (2005), o desmatamento tem como impacto a erosão e a compactação do solo, junto com a exaustão dos nutrientes no mesmo. Além disso, gera inúmeros impactos ambientais diretos e indiretos. “O principal problema para o controle do desmatamento é que muito do que precisa ser feito está fora do alcance das agências responsáveis pelos assuntos ambientais.” (FEARNSIDE, 2005). A madeira ilegal tem sido o maior problema em relação ao desmatamento, segundo Dermazo e Porto (2007), a utilização da madeira de reflorestamento na construção civil tem encontrado pela frente obstáculo e preconceitos maiores do que a madeira comum. 22 De acordo com o Juvenal e Mattos (2002), a ausência de um mercado florestal que desvincule a produção de florestas da transformação industrial da madeira impede de que os produtores rurais e investidores em geral vislumbrem as possibilidades de retorno da aplicação de recursos no plantio de florestas. Portanto o mercado de madeira de reflorestamento acabada sofrendo um preconceito de que a indústria florestal não visa a qualidade tanto quanto ao volume de produção. A Figura 7 ilustra as porcentagens por país para a quantidade de florestas plantadas para o uso industrial. Figura 7 – Florestas Plantadas para o Uso Industrial. Fonte: CEMPRE, Ciclosoft, (2016). Apesar do potencial de produção do Brasil na produção de madeira, o país sofre com a ilegalidade e falta de ter um mercado de madeira de reflorestamento dominante. Segundo o Pensamento Verde (2013), a produção da madeira plástica tem gerado uma diminuição no desmatamento, além do aproveitamento dos resíduos de madeira. Devido à estética e propriedades da madeira, ela é bastante procurada. 23 2.7 Compósitos 2.7.1 Matriz Os plásticos podem ser classificados de acordo com a solubilidade e/ou fusibilidade do polímero: sendo divididos em termoplásticos e termorrígidos. Estão sempre presentes no nosso dia a dia. Conforma Passatore (2013), os termoplásticos têm como característica alterar a sua estrutura quando submetido ao calor, com uma estrutura mais simples e flexível ele pode ser reciclado. Segundo Cestari (2010), tanto os polímeros termoplásticos quanto os termorrígidos funcionam para matrizes de compósitos. Ainda sobre o mesmo autor, os compósitos utilizando polímeros como matriz vêm substituindo os materiais tradicionais, pois proporcionam a incorporação de suas propriedades. Conforme Passatore (2013), eles são aplicados onde suas propriedades físicas e químicas forem mais bem aproveitadas, sendo utilizados para a produção de compósitos agregando suas propriedades ao material. Os plásticos mais utilizados no compósitos são os reciclados, como: o PVC, PEAD, PEBD, PET, PP e o PS. O PVC é um material reciclado e reciclável, sendo fabricado com um baixo consumo de energia. De acordo com Instituto Brasileiro do PVC (2016), após o uso desse material a reciclagem mecânica e energética são duas maneiras eficientes para reaproveitá-lo. O PVC está presente em tubos e conexões hidráulicas, cabos elétricos, revestimentos, esquadrias calçados, equipamentos médicos, embalagens para remédios, bolsas de sangue, mangueiras, brinquedos, portas sanfonadas, cortinas, embalagens de água mineral, de óleos, de maionese, entre outros. Conforme Passatore (2013), o PEAD é bastante utilizado devido as grandes possibilidades de seu uso, sendo ele rígido ou flexível, transparente ou translucido, natural ou pigmentado, não toxico, não higroscópico e com um baixo valor. “O PEAD apresenta estrutura praticamente isenta de ramificações. É um plástico rígido, resistente à tração, com moderada resistência ao impacto.” (PASSATORE, 2013). Ainda sobre o mesmo autor, ele está presente em embalagens de detergentes, recipientes de óleos automotivos, tubos para distribuição de água e gás, sacolas de supermercado, tampas, baldes, garrafas de álcool, potes de utilidades domésticas, filmes, matérias hospitalares, embalagens de cosméticos, tanques de combustíveis automotivos, entre 24 outros. Sendo como suas principais características ele ser leve, inquebrável, impermeável, rígido e resistente a baixas temperaturas e a produtos químicos. “Como um material flexível, de boa dureza, elevada resistência química, boas propriedades elétricas, facilmente processável, atóxico e inerte, o PEBD encontra um bom campo de atuação pelo processo de sopro. Apresenta moléculas com alto grau de ramificações e com baixa cristalinidade. É a versão mais leve e flexível do PE”. (PASSATORE, 2013, p. 43). Segundo Passatore (2013), o PEBD está presente em sacos industriais, sacos para lixo, lonas agrícolas, sacolas de supermercados e lojas, sacos de leite, bolsas de soro medicinal, rótulos de brinquedos, entre outros. Sendo como suas principais características ele ser flexível, leve, transparente e impermeável. “O PEBD trata-se de um polímero de engenharia que, graças ao continuo aperfeiçoamento de seu processo de fabricação e à enorme aceitação na fabricação de garrafas de refrigerante, acabou mudando de status: passou de plástico de engenharia para commodity.” (PASSATORE, 2013). Conforme Passatore (2013), o PET está presente em cosméticos, bandejas, filmes para áudio e vídeo, garrafas de refrigerantes e sucos, produtos de limpeza, mantas de impermeabilização, entre outros. Ele possui uma alta densidade e é bastante resistente. Ele amolece por volte dos 80ºC. Sendo suas características ele ser transparente, inquebrável e leve. “O polipropileno é uma resina termoplástica, pertencente ao grupo das poliolefinas que inclui os polietilenos e os polibutenos, com ampla faixa de propriedades e grande facilidade de processamento. Estas características têm permitido o crescimento contínuo no consumo mundial deste material, sendo um dos plásticos de maior venda e que mostra a maior taxa de crescimento anual no mundo, devido às suas excepcionais propriedades e versatilidade de aplicação e uso.” (PASSATORE, 2013, p. 43). Segundo Passatore (2013), o PP está presente nas embalagens de massas e biscoitos, embalagens industriais, potes de manteiga, equipamentos medico-cirúrgicos, seringas descartáveis, peças de automóveis, fraldas, tubos para água quente, entre outros. Sendo ele transparente, brilhante, rígido, inquebrável, resistente a mudanças de temperatura e conserva os aromas. 25 De acordo com Passatore (2013), o PS está presente em copos descartáveis, potes de iogurtes, potes de sorvete, brinquedos, materiais escolares, revestimentos de geladeira, gabinetes de aparelhos de TV e som, tampas, isopor, barbeador descartável, placas isolantes, entre outros. Ainda sobre o mesmo autor, o poliestireno é de alta densidade é bastante quebradiço e amolece na faixa de temperatura de 80 a 100ºC, queimando com facilidade. Ele tem como características ser transparente, leve, rígido, brilhante, inquebrável e impermeável. 2.7.2 Reforços e aditivos Os reforços são materiais com formato granulado, em fibras ou em folhas e estão espalhados pela matriz, formando o compósito. Eles têm a função de gerar rigidez e força para o compósito. De acordo com Amaral e Santana (2009), os reforços são adicionados aos polímeros com a intenção de reduzir custos e alterar as suas propriedades físicas. Quando reforçados com cargas naturais se tornam economicamente e eticamente viáveis. Como exemplo de reforços para o compósito plástico-madeira tem-se as fibras vegetais, resíduos de algodão, casca de arroz, fibras de coco, bagaço de cana-de-açúcar, resíduos de sisal, resíduos de papel, pó de serragem, fibra de vidro, resto de pneus, resíduos de mineração Gonçalves (2010), diz que as fibras vegetais oferecem diversas vantagens em relação às fibras sintéticas. Quando utilizado as fibras vegetais com material de reforço, ocorre um aumento na resistência mecânica. Junto com o reforço são adicionados aditivos que também ajudam na caracterização do compósito. Os aditivos são substâncias adicionados à mistura junto com a matriz e o reforço, com o objetivo de alterar as suas características. “Dependendo da finalidade para qual o produto é desenvolvido, são empregados determinados aditivos.” (PASSATORE, 2013). Esses aditivos podem caracterizar-se como plastificantes, retardante de chamas, lubrificantes, estabilizadores, corantes e agentes antiestáticos. De acordo com Passatore (2013), o plastificante tem as funções de diminuir a temperatura de processamento do polímero, adicionar flexibilidade às propriedades do produto e alterar as propriedades de processamento. “Os plastificantes são compostos, não voláteis, de alto ponto de fusão e de moderado a baixo peso molecular, que aumentam a flexibilidade e o escoamento e, consequentemente, a processabilidade dos polímeros.” (PASSATORE, 2013). 26 O retardante de chamas é um aditivo usado nos compósitos poliméricos, para em caso de exposto, as chamas não propagarem. Esse aditivo está sendo muito usado devido a questões de segurança, prevenindo os efeitos de um possível incêndio. É muito usado em materiais utilizados em áreas onde os incêndios podem gerar grandes estragos. Conforme Passatore (2013), os aditivos usados como retardante de chamas alteram o comportamento dos termoplásticos e dos termorrígidos quando eles são expostos ao fogo. “Esses aditivos atuam evitando que o material se inflame ou que propague a chama, que haja a formação de fumaça ou que o polímero pingue quando estiver queimando.” (PASSATORE, pg. 74, 2013). Segundo Rodrigues (2014), um dos maiores problemas ao se usar o retardante de chamas como aditivo são os gases tóxicos provenientes da queima dos materiais poliméricos com aditivos. Sendo cada vez mais importante a pesquisa atrás de novas formulações de aditivos retardantes de chamas para tentar minimizar ou acabar com a emissão desses gases, levando em conta o desenvolvimento sustentável. De acordo com Mondardo (2006), os lubrificantes atuam de forma interna ou externa. Os lubrificantes internos atuam na fase polimérica, diminuindo a viscosidade e aumento o índice de fluidez, e melhorando a dissipação de calor. Quando agem de forma externa, eles estão atuando nas interfaces do material, reduzindo a fricção e melhorando a incorporação e dispersão de cargas. “Os lubrificantes são aditivos utilizados para auxiliar o processamento de dos plásticos, melhorando as propriedades de escoamento, além de reduzir a aderência do material.” (PASSATORE, 2013). Também de acordo com Passatore (2013), os estabilizadores são compostos químicos que interferem nos processos físicos e químicos de degradação por luz ultravioleta. E as cores do compósito são adquiridas através de corantes, escolhidos de acordo com estética final buscada no produto. Com a intenção de impedir a criação ou o armazenamento de eletricidade estática em produtos feitos de termoplásticos, podem ser adicionados os agentes antiestáticos. 27 2.8 Madeira plástica 2.8.1 Aplicações Atualmente a madeira é um dos principais materiais utilizados na construção civil, sendo difícil a sua não utilização por arquitetos e engenheiros. Ela sempre fez parte da nossa vida e é aplicada em diversos lugares do nosso cotidiano. É cada vez mais necessário o aperfeiçoamento desse material para sua utilização, a ou substituição por materiais que resultem nas mesmas propriedades e características da madeira comum. A madeira não é escolhida apenas pela sua beleza, mas sim por ser um material isolante térmico e acústico, além da sua resistência e o bem estar. A madeira plástica é um material ainda não muito utilizado mesmo sendo um investimento maior, é mais vantajoso que a madeira comum. É um material compósito obtido a partir da reciclagem dos plásticos, a classe mais popular dos polímeros. Ele mostra diversas vantagens em sua utilização. A madeira plástica podendo utilizada em todos os lugares que se utiliza a madeira comum, sendo vista em diversos formatos e cores. “A aplicabilidade da madeira plástica é bastante rica, podendo substituir a madeira natural de forma bastante similar. Tem ganhado espaço na arquitetura, na construção civil e também na decoração de áreas externas.” (SERVIÇO BRASILEIRO DE RESPOSTAS TÉCNICAS - SBRT, 2013). De acordo com o SEBRAE (2015), 35% dos pátios e varandas dos Estados Unidos já utilizam a madeira plástica, mesmo com os projetos custando aproximadamente três vezes o valor em relação à madeira comum. Ela não exige os mesmos gastos de manutenção que a madeira comum precisa, se tornando uma opção bastante viável no país. Esse compósito já pode ser visto em pisos fixos ou removíveis, rodapés de parede, sacadas, portões, cercas, currais, tábuas, postes, cruzetas de postes, linha ferroviária, revestimentos em geral, e em áreas molhadas, como saunas, decks de piscinas, ofurôs, spas, ancoradouros, píers e duchas. São diversas as aplicações do compósito plástico madeira, como em bancos de praças, rampas para acessibilidade, playgrounds, móveis, paisagismo e contenções de jardins, paredes vivas e hortas residenciais. 28 2.8.2 Pontos positivos e pontos negativos Segundo o SEBRAE (2015), os pontos positivos a respeito da madeira plástica são: Totalmente reciclado e reciclável. Não agride o meio ambiente. Remover resíduos sólidos descartados inadequadamente. Reduz o desmatamento. Sem gastos com manutenção. Sem gastos com verniz. Investimento viável a longo prazo. Não empena. Não racha. Não trinca. Não solta farpas. Fácil manejo. Utiliza as mesmas ferramentas que a madeira comum. Pode ser parafusada. Pode ser pregada. Pode ser cortada. Pode ser furada. Pode ser pintada. Resistente a corrosões Resistente a impactos. Não absorve umidade. Absorve pouco calor. Possui baixa dilatação térmica. Não propaga chamas. Não é tóxico. Não apodrece. É imune a pragas e insetos. Fácil limpeza, apenas água e sabão. 29 Aparentemente semelhante a madeira comum. Pode ser produzida em diversos perfis. Ainda segundo o SEBRAE (2015), os pontos negativos a respeito da madeira plástica são: Falta acentuar no mercado brasileiro. Falta de informações sobre seus benefícios e vantagens. Carência de coleta seletiva. Falta de matéria prima reciclada. Alto investimento de produção. Alto investimento inicial de compra. O governo deve começar a investir em uma responsabilidade ambiental, gerando um desenvolvimento sustentável. 2.8.3 Produção A produção de madeira plástica tem sido um indicador de desenvolvimento sustentável, da retirada dos lixos plásticos do meio ambiente, até a preservação florestal. Os processos produtivos ainda precisam de aperfeiçoamentos e pesquisas nas áreas de misturas poliméricas e extrusão de polímeros, podendo avançar muito. A sua produção necessita de toda uma cadeia de reciclagem de polímeros presente, desde a coleta, até o processamento do plástico. “Os processos de fabricação podem chegar a 60% do custo total de um compósito e por isso recebem uma atenção maior, na intenção de aperfeiçoar as etapas e causar menor impacto no preço final do produto.” (SBRT, 2013). A definição da composição do compósito e o recolhimento das matérias primas vêm em uma fase preliminar a fase de produção. Nessa fase preliminar também é realizada a preparação das matérias primas, como a moagem, lavagem e secagem dos materiais. A Figura 8 mostra o fluxograma de produção do compósito plástico madeira. 30 Figura 8 –Fluxograma do processo de produção da madeira plástica. Fonte: Paula e Costa, (2008). De acordo com Mondardo (2006), o processo de produção consiste em duas fases, a mistura dos componentes do compósito e a moldagem do produto final. Durante a fase de mistura são adicionados os polímeros, com a função de agir como aglutinante para o reforço e os aditivos. É quando são definidas as futuras características do compósito. Posteriormente o processo de extrusão, em que consiste no reprocessamento dos plásticos, em alta temperatura, os grânulos plásticos são colocados na extrusora e, passam pelo processo de fundição e homogeneização dos plásticos. Durante esse processo são adicionados os materiais reforços e os aditivos. Após a extrusão o material irá abaixar sua temperatura e ganhar sua forma final. O material extrusado passa por uma forma, originando o seu perfil final, e depois por um tanque de resfriamento com água, quando ele passa da alta temperatura, para a baixa temperatura, o compósito ganha a firmeza. A Figura 9 ilustra uma extrusora mono rosca da empresa Megalux Logismarket. 31 Figura 9 – Extrusora mono rosca. Fonte: MEGALUX Logismarket, (2018). 2.8.4 Leis, normas e patentes Existem diversas legislações e normas que cercam o processo da coleta dos lixos plásticos até a fabricação da madeira plástica. O Governo brasileiro criou a Política Nacional de Resíduos Sólidos, constituída pela Lei nº 12.305/2010, ela regulamenta a coleta e o tratamento de resíduos industriais, urbanos e perigosos, determinando o destino final para os mesmos. De acordo com a ABNT as normas bases para a orientação do mercado sobre o meio ambiente são as ISO 14000. Sendo a ISO 14001 relacionada ao sistema de gestão ambiental que uma organização utiliza, ela é destinada para uma organização manejar as suas responsabilidades ambientais no intuito de gerar um desenvolvimento sustentável. A norma sobre a simbologia de reciclagem é a NBR 13.230 (2008), ela padroniza os símbolos de identificação de diversos plásticos, sendo a ABRE o órgão regulador. A lei das patentes é a Lei nº 9.279/1997, aprovada pelo Congresso Nacional, ela trata da proteção à propriedade Industrial, sendo o registro das patentes regulamentado pela Lei nº 5772/1971. Segundo o Instituto Nacional de Propriedade Industrial – INPI (2014), a patente é o registro de propriedade de uma invenção ou modelo apresentado, o Estado dá para o criador ou inventor os direitos sobre a sua criação ou invenção. Com esse direito ele pode impedir terceiros de utilizar ou comercializar a sua criação, mas para que isso aconteça ele deve mostra detalhadamente o conteúdo da sua criação. Ainda segundo o INPI, em 2001 ocorreu uma alteração na Lei nº 9.279/1997 pela Lei nº 10.196/2001, regulamentando os direitos e obrigações relacionados à propriedade industrial. A Tabela 1 mostra algumas das patentes relacionadas ao compósito plástico madeira. 32 Tabela 1 – Patentes relacionadas ao compósito plástico madeira. Processo Depósito Título PI7606227-9 17/09/1976 Aperfeiçoamento nas máquinas seccionadas de painéis de madeira e/ou de material plástico ou de outro material. PI9601009-6 08/03/1996 Madeira plástica. PI0314345-7 29/08/2003 Lubrificante antimicrobiano para compósitos de madeira fibra- plástica. PI0304023-2 17/10/2003 Método de obtenção de peças plásticas imitando madeira. PI0313909-3 09/12/2003 Pallete de madeira revestido de polietileno de alta densidade. PI0800755-1 26/03/2008 Formulação de material e processo para a fabricação de artefatos de madeira plástica. PI1002123-0 21/05/2010 Aplicação de compósito madeira/plástico em eletrodomésticos linha branca. Fonte: INPI - Instituto Nacional de Propriedade Industrial, (2014). 3 METODOLOGIA Esse trabalho foi de caráter exploratório, envolvendo levantamentos bibliográficos e analisando exemplos para melhor compreensão do assunto estudado. Buscando proporcionar um maior conhecimento, a fim de formular ideias e criar hipóteses que possam ser utilizadas em estudos posteriores. A madeira plástica se comporta em prol do meio ambiente e do desenvolvimento sustentável. Esse trabalho constitui-se de uma revisão narrativa do compósito plástico- madeira no qual se realizou uma consulta qualitativa a artigos, revistas e livros que descrevem e dissertam sobre a madeira plástica. A metodologia desse estudo analisa a substituição da madeira comum em diversas áreas por um material compósito, de acordo com Lakatos (2003). Seguindo critérios de análise e coerência entre os dados e fatos observados, as fontes de estudo foram selecionadas e revisadas com foco em criar uma descrição do processo de fabricação do compósito, 33 apresentar as suas características, formas de aplicações, vantagens e desvantagens, com finalidade de mostrar a madeira plástica como um produto que pode substituir a madeira comum e contribuir para o desenvolvimento com a consciência sustentável. O uso da ferramenta análise SWOT é simples, o mais difícil se torna identificar os fatores. Ela é muito útil pois se torna fácil fazer uma análise objetiva de diferentes perspectivas. A análise SWOT mostra os fatores internos e externos da madeira plástica em relação à madeira comum, mostrando os fatores internos (forças e fraquezas), que são os fatores controláveis. Foi realizado um estudo do material impondo seus pontos fortes e fracos em relação aos seus concorrentes, no caso a madeira comum. Os fatores externos determinados (oportunidades e ameaças), analisou-se os fatores que não são controlados. Foi feito um levantamento das tendências do mercado, da economia sustentável e da sociedade atual e futura, determinando as oportunidades e as ameaças presentes no mercado. 4 RESULTADOS E DISCUSSÕES A análise SWOT, ou como tradução a análise FOFA (forças, oportunidades, fraquezas e ameaças), foi uma estratégia utilizada para determinar os fatores que influenciam no compósito plástico madeira em relação a madeira comum. Os fatores internos, são os fatores controlados, que relacionam sobre o material analisado. Como as forças, sendo os pontos positivos sobre o material, foi possível determinar que é um material sustentável, é reciclado e reciclável, e tem um baixo custo de manutenção. A sua utilização mostra benefícios com a redução de lixos plásticos, resíduos e de desmatamentos. Outro ponto positivo é o material ser uma inovação no mercado atual. Como as fraquezas, sendo os pontos negativos sobre o material, são determinadas: a falta de divulgação sobre o material; a baixa produção, devido à falta de matérias primas; custos de investimento inicial e de produção elevados; a necessidade de buscar fornecedores informais de matéria prima. Os fatores externos, são os fatores incontroláveis, que relacionam sobre o ambiente que cerca o material. Como as oportunidades, sendo os pontos positivos que cercam o material, são determinadas: a coleta seletiva e o plano nacional de resíduos sólidos; as 34 campanhas de conscientização sustentável; possíveis parcerias com o governo municipal ou estadual. Como as ameaças, sendo os pontos negativos que cercam o material, foram determinadas: a necessidade de um maior investimento para sua aquisição; a falta de matérias primas para a sua produção; a deficiência nas legislações brasileiras sobre o material; e as vendas ilegais de madeira comum, que diferenciam ainda mais os seus valores. Na Tabela 4 é mostrado as análises SWOT da madeira plástica em relação à madeira comum, mostrando os fatores internos e externos, positivos e negativos. Tabela 2 – Análise SWOT da madeira plástica em relação à madeira comum. Fatores Internos (Controláveis) Fatores Externos (Incontroláveis) Forças: Reciclado e reciclável. Custo de manutenção baixo. Redução do desmatamento. Redução dos lixos plásticos. Geração de empregos. Inovação no mercado. Material sustentável. Oportunidades: Sustentável. Coleta seletiva. Plano Nacional do Resíduo Sólido. Campanhas de conscientização sustentável dos clientes. Desconto do imposto de renda para empresas de reciclagem. Possíveis parcerias com prefeituras. Logística reversa. Fraquezas: Falta de conhecimento dos clientes sobre o produto. Fornecedores informais de matéria prima. Baixa produção Poucos estudos na área. Custos de produção elevados. Investimento inicial elevado. Ameaças: Orçamento de 25 a 35% mais elevado. Vendas ilegais de madeira comum. Fornecedores não regularizados. Falta de matéria prima. Falta de legislações brasileiras a respeito do material. 35 Como apresentado, a sustentabilidade é embasada em 3 pilares – sustentabilidade econômica, ecológica e social. No âmbito da sustentabilidade econômica a madeira-plástica se prova viável e mais vantajosa do que a madeira convencional considerando um investimento a longo prazo. O compósito madeira-plástico é ecologicamente sustentável pois além de ter na sua composição resíduos da indústria madeireira, fibras vegetais e agregados ela é na sua maioria composta de plástico reciclado, ou seja, além de tirar resíduos sólidos industriais e residenciais cujo o destino seria a natureza, a madeira plástica é capaz de diminuir e controlar o problema do desmatamento. Finalmente na sustentabilidade social é possível perceber que essa é uma nova forma de se relacionar com o meio ambiente, consequência de uma mente sustentável, com cidades que desenvolvam sistemas de coleta seletiva eficientes, diminuindo o dano que o desenvolvimento causa à natureza, de forma que a humanidade possa crescer de forma sustentável. É alto o investimento inicial de um projeto com madeira plástica se comparado com a madeira comum, mas isso ainda ocorre devido ao baixo índice de produção. Quando as pessoas se conscientizarem nas vantagens financeiras e ambientais desse material, a sua produção aumentara, gerando uma queda nos seus preços. Outra desvantagem relacionada à produção do compósito é alto gasto de água e energia, e devem ser feitos estudos para minimizá-los. Mesmo a sua produção gerando um baixo consumo energético. Em relação à água utilizada na lavagem dos plásticos, ela pode ser reutilizada para economizar no processo. As organizações devem redimensionar os equipamentos para consumirem o mínimo possível de energia, além de utilizarem fontes renováveis de energia, como o sol e o vento. 5 CONSIDERAÇÕES FINAIS Como definido inicialmente o objetivo principal do trabalho é evidenciar o compósito plástico-madeira com alternativa de substituição da madeira comum, apresentando um análise SWOT dessa relação. De acordo com a análise bibliográfica, pode-se afirmar que a madeira plástica além de usar uma porcentagem menor de madeira do que de plástico reciclado, ainda pode ser reciclada após o seu uso, ou seja, a madeira plástica é 100% sustentável. 36 A madeira plástica é um compósito que resulta basicamente na combinação de plásticos reciclados, posteriormente lavados, secos e isentos de partículas metálicas, os quais são aglomerados, extrusados ou introduzidos em um molde. Estima-se uma durabilidade de cerca de 100 anos para o compósito plástico madeira, com a ausência de manutenção. As hipóteses relacionadas no trabalho são no quesito de economia no uso do material em longo prazo, considerando os gastos futuros com manutenção. A madeira plástica, além de retirar os lixos plásticos do meio ambiente, diminui a quantidade de desmatamentos, substituindo a madeira convencional. Ela aceita pregos e parafusos, e pode ser trabalhada com as mesmas ferramentas que a madeira comum. Além de não ser tóxica, pois possui toxicidade equivalente à dos plásticos usados como matéria prima. Ela pode ser pintada, mesmo não precisando, pois já possui pigmentação do processo de produção, mas se houver interesse ela aceita diversos tipos de tintas e vernizes. Espera-se que este trabalho possa estimular futuros profissionais na utilização de materiais reciclados, contribuindo para um mundo mais sustentável. Ele mostra procedimentos no ensino e na pesquisa científica e tecnológica. Como requisitos para conclusão do curso de Bacharelado em Ciência e Tecnologia da Universidade Federal dos Vales do Jequitinhonha e Mucuri – UFVJM. 6 PERSPECTIVAS FUTURAS Produção do compósito plástico-madeira com a utilização de resíduos de mineração. Projeto de formas para a construção civil com a utilização do compósito plástico-madeira. Métodos de produção do compósito plástico-madeira e suas finalidades. Utilização do bagaço-de-cana como reforço para produção do compósito plástico-madeira. Caracterização de diferentes reforços para a produção do compósito plástico- madeira e suas finalidades adequadas. 37 REFERÊNCIAS ABIMAQ - Associação Brasileira da Indústria de Máquinas e Equipamentos. Disponível em <http://www.abimaq.org.br//>. Acessado em dezembro de 2018. ABNT - Associação Brasileira de Normas Técnicas. Disponível em: <http://www.abnt.org.br>. Acessado em Junho de 2018. ABNT - Associação Brasileira de Normas Técnicas. 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