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Porifera

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PORIFERA
Universidade Estadual “ Júlio Mesquita Filho” 
Instituto de Biociências - Campus Rio Claro 
Disciplina: Invertebrados I 
Profa. Dra. Caroline Rodrigues de Souza Stencel
FILO PORIFERA
 Porifera = (Lat.: porus = poro + ferre =
portar) portador de poros
 São os metazoários mais antigos ainda
existentes, sendo que seus fósseis mais
antigos datam do Cambriano (cerca de 500
milhões de anos) (Steiner et al., 1993).
FILO PORIFERA
 São ditos “ Os animais mais primitivos da
escala Zoológica” - Mezosoa ?
 Grupo Parazoa ( gr. Para, “ao lado”/ Zoo,
animal)
 Organização celular> Parazoa; grupo
irmão dos Eumetazoa
 Ramo de metazoários que divergiu logo
na base, antes do surgimento dos tecidos
verdadeiros.
CARACTERÍSTICAS GERAIS
 Sistema aquífero: nutrição, circulação, eliminação de metabólitos
 Correntes unidirecionais de água; batimento dos flagelos dos coanócitos
 Seu tamanho varia de milímetros até cerca de 2 m, e constituem boa
parte da biomassa marinha bentônica.
 São sésseis; mas há espécies que possuem deslocamentos, que podem
chegar a 2 mm/h (Nickel e Brümmer, 2004).
 Não realizam fotossíntese
 Não atuam como decompositores
 Maioria são marinhas; poucas de água doce e nenhuma terrestre. ~ 8.000
espécies conhecidas; algumas possuem algas zooxantelas simbiontes.
 Elas estão presentes desde a zona entremarés até profundidades
abissais, nos polos e nos trópicos.
FILO PORIFERA
 Esponjas perfuradoras de substrato calcário (p.ex. corais)
 Outras são incrustrantes, crescendo e se espalhando sobre corais
 Outras tem formato tubular > tendem a ter uma leve simetria radial
 Muitas vezes são assimétricas.
 Organização celular: não possuem tecidos verdadeiros (sem lâmina
basal > apenas agrupamentos de células com funções pré-
determinadas.
 Células totipotentes: podem se transformar umas nas outras
 Alta capacidade de regeneração e reorganização
 Defesa: possuem diversos compostos químicos, alguns com
propriedades antitumorais, antinflamatórios e antibióticos (indústria
farmacêutica)
SINAPOMORFIAS
o As principais sinapomorfias do filo Porifera são:
o coanócitos
o sistema diferenciado de canais inalantes e exalantes e de poros externos (sistema 
aquífero)
o células com grande mobilidade e totipotência
o esqueleto formado por espículas na maioria das espécies.
SEMELHANÇAS COM OS ANIMAIS
 Apesar de a maioria das espécies de esponjas não compartilhar com os demais
animais a presença de tecidos com membrana basal, elas compartilham várias outras
características, tais como:
❑multicelularidade,
❑presença de colágeno,
❑junções septadas e divisão de trabalho entre as
células.
SISTEMA AQUÍFERO
 Canais que percorrem todo o
corpo.
 Canais apresentam células
que filtram a água do mar,
presentes nos canais ou em
câmaras específicas.
 Água é encaminhada para o
átrio (abertura central), e
eliminada através do ósculo
(abertura superior).
TIPOS MORFOLÓGICOS
Anatomia de Porifera.
Anatomia de uma esponja coralina.
PAREDE DO CORPO
 Entre a parte externa (pinacoderme) e a interna (coanócito) está o mesohilo, uma
matriz gelatinosa com um endoesqueleto formado por espículas calcárias ou
silicosas (esponjas de vidro), e fibras proteicas (colágeno, espongina)
Espículas: megascleras: maiores e mais robustas; grande importância estrutural (até 3m);
microscleras: menores, podem ser mais ramificadas, suportam a parede do corpo
Microscleras silicosas. MEV. A e B. Demospongiae. C e 
D. Hexactinellida. (Imagens de E. Hajdu.)
Espículas de Calcarea. 
A. Diactina.
B. Triactina.
C. Tetractina.
ASCON
 Ascon: tipo mais simples
 poros > átrio > revestido de coanócitos, que
fazem a filtração;
 apenas uma camada de coanócitos; tamanho
pequeno
PREGUEAMENTO DA PAREDE 
CORPORAL
 A Parede com dobras para fora e para dentro
possibilitou um aumento na quantidade de
coanócitos (coanoderme) em contato com a
água.
 O átrio ficou menor porque a parte do espaço
dele foi tomado pela parede.
LEUCON
 Leucon: canais se ramificam em pequenas câmaras
coanocíticas, forradas de coanócitos > água é
filtrada e passa de uma câmara pra outra > átrio
estreito (ou ausente) > ósculo.
 Mais câmaras de filtração > maior superfície de
coanócitos > maior aproveitamento da água >
maior complexidade (maciças
Tipos de sistemas aquíferos em Porifera. A. Asconoide. B.
Solenoide. C. Siconoide. D. Sileibide. E. Leuconoide.
(Adaptada de Cavalcanti e Klautau, 2011.)
ESTRUTURA DO CORPO: TIPOS CELULARES
 Pinacócitos: forra o corpo externa e internamente, são células achatadas, como azulejos justapostos.
 Sem lâmina basal desenvolvida
 Contato direto com o meio externo
ESTRUTURA DO CORPO:TIPOS CELULARES
 Amebócitos: células ameboides, que
se locomovem por movimentos
ameboides, por pseudópodes.. podem
ser de muitos tipos:
 Arqueócitos: responsáveis por digestão
 Colêncitos: secretam fibras
 Esclerócitos: secretam espículas
 Espongiócitos: secretam espongina
 Lofócitos: secretam fibras de colágeno
(como colêncito, mas maiores)
 Oócitos: dão origem a óvulos; localizam-
se no mesohilo (parte intermediária).
 Tipos principais de células de uma
esponja asconoide.
PAREDE DO CORPO
 parte externa: forrada pelos
pinacócitos > pinacoderme (não
é uma epiderme)
 parte interna: camada de
coanócitos > coanoderme (não
é uma epiderme)
COANODERME
 responsáveis por criar a corrente de água:
 porócitos > coanócitos > onde são retidas as
partículas de alimento
 o alimento é digerido pelo próprio coanócito ou
pelo arqueócito
 Alimentam-se de bactérias, dinoflagelados, outros
seres planctônicos e de microcrustáceos.
A digestão é exclusivamente INTRA celular (não existe câmara
onde haja secreção de enzimas digestivas)
Ascon: porócitos > átrio > ósculo;
CAMINHO DA DA ÁGUA
CAMINH
O DA 
ÁGUA
Sicon: poros inalantes ou poros dérmicos
> canal inalante > prosópila > canal radial
onde é filtrada > poro (apópila) > átrio >
eliminada pelo ósculo
CAMINHO DA DA ÁGUA
CAMINH
O DA 
ÁGUA
Leucon: ostíolos na superfície do corpo
ou poros inalantes > canais inalantes >
prosópilas > câmaras coanocíticas >
abandona as câmaras coanocíticas por
apópilas > pode ir para outra câmara e
assim por diante > canal exalante > átrio
(ou não, se este estiver ausente) > ósculo
CAMINHO DA DA ÁGUA
NUTRIÇÃO
Captura de alimento pelos colarinhos dos coanócitos
REPRODUÇÃO 
ASSEXUADA
Fragmentação : a esponja destaca um pedaço do seu corpo, que 
regenerae dá origem a uma nova esponja.
Corpos de redução: acúmulo de células totipotentes presentes nas 
cavidades basais do esqueleto de carbonato de cálcio ( somente em 
esponjas coralinas). Surgem em condições de baixa salinidade.
Gemulação
Brotamento
REPRODUÇÃO ASSEXUADA
 Gemulação (principalmente em água doce): em situações
adversas (congelamento, seca etc.) uma massa de arqueócitos é
revestida por espículas formando uma estrutura (gêmula) com
uma abertura na ponta onde esses arqueócitos ficarão em um
estado de latência.
 quando as condições voltarem ao normal, os arqueócitos
começam a sair por uma pequena abertura (micrópila) e
começam a dar origem a novas esponjas, geneticamente iguais à
parental.
A. Gêmula. MEV. B. Esquema de como ocorre a gemulação: 1 = arqueócitos se reúnem no coanossoma; 2 = recebem um
invólucro de espongina; 3 = recebem um revestimento externo de microscleras. (Imagem de De Vos et al., 1991.)
Brotamento em três espécies de demosponja da Nova Zelândia. A. Tethya
burtoni. B. Stelletta sp.C. Tethya bergquistae.
A. Tethya com brotos (seta). B. Esquema de como ocorre o brotamento: 1 = arqueócitos e outros tipos celulares se 
reúnem; 2 = as células recebem um invólucro de espongina; 3 = o broto começa a atravessar a superfície; 4 = o broto 
está pronto para ser liberado. (Imagem de E. Hajdu.)
B
REPRODUÇÃO SEXUADA
 são hermafroditas, produzem
espermatozoides através de
coanócitos, ou de arqueócitos
 Espermatozóides são liberados >
ao entrarem em outra esponja
estimulam- na a produzir óvulos >
fecundação interna
TIPOS DE LARVAS
 parenquímula: toda
revestida de cílios
 anfiblástula: cílios
somente na parte
anterior, com uma
cavidade interna.
DIVERSIDADE E CLASSIFICAÇÃO
 4 classes:
 Calcarea
 Hexactinellida
 Demospongiae
 Homoscleromorpha
CLASSE CALCAREA
 (L. calcis, calcário) (Calcispongiae)
 Única classe onde há formas asconóides, mas 
também pode haver siconóides e leuconóides
 Espículas de carbonato de cálcio (CaCo3), são 
retilíneas (monáxonas) ou têm três ou quatro 
raios. 
 Essas esponjas tendem a ser pequenas – 10 cm 
ou menos em altura – e tubulares ou vasiformes.
 Exclusivamente marinhas
 Exemplos: Sycon, Leucosolenia, Clathrina.
Clathrina canariensis (classe Calcarea) é comum nas cavernas e sob 
substratos nos recifes caribenhos.
CLASSE HEXACTINELLIDA
 (Gr. hex, seis, + aktis, raio, + L. -ellus, sufixo diminutivo)
(Hyalospongiae)
 Elas variam em tamanho desde 7,5 cm a mais de 1,3 m em
comprimento.
 Apresenta espículas silicosas de seis raios que se estendem em
ângulos retos de um ponto central;
 Espículas frequentemente unidas formando uma malha;
 Corpo frequentemente cilíndrico ou em forma de funil;
 Câmaras flageladas em arranjo siconoide simples ou leuconoide;
 Maioria com habitat de águas profundas; todas marinhas.
 Exemplos: a cesta-de-vênus (Euplectella), Hyalonema.
Diagrama de parte de uma câmara flagelada em uma esponja Hexactinellida. Os retículos primário e
secundário são ramos do retículo trabecular, que é sincicial. Os corpos celulares dos coanoblastos e seus
processos surgem do retículo primário e estão embebidos em um meso-hilo fino composto de colágeno. Os
processos dos coanoblastos terminam nos corpos do colarinho, e os colarinhos estendem-se através do
retículo secundário. A ação flagelar impele a água (setas) a ser filtrada através da malha de microvilosidades
do colarinho
HIPERSILICIFICAÇÃO
 A alta disponibilidade de
sílica ( no mar profundo)
leva as esponjas a terem seu
esqueleto hipersilicificado ou
fusionados.
 Os eixos das espículas se
fusionam, formando um
esqueleto único.
 ESPONJAS DEVIDRO
Esqueleto fusionado de Hexactinellida
CLASSE DEMOSPONGIAE
 (Gr. demos, povo, + spongos, esponja).
 Apresenta espículas silicosas que não têm seis
raios, ou espongina, ou ambos;
 Sistema de canais do tipo leuconoide; uma
família encontrada em água doce; todas as
outras marinhas.
 Única Classe que invadiu o ambiente
dulcícola.
 Exemplos: Amphimedon, Cliona, Spongilla, Myeni
a, Poterion, Callyspongia e todas as esponjas-de-
banho
CLASSE DEMOSPONGIAE
CLADORHIZIDAE : CARNÍVORAS
CLASSE HOMOSCLEROMORPHA
 (Gr. homos, igual, + skleros, duro, + morphe, forma).
 Previamente considerado como um subgrupo de Demospongiae;
 Espículas podem estar ausentes como em Oscarella; se presentes, as espículas são pequenas, simples em relação à
sua forma, e não se formam ao redor de um filamento axial;
Pinacoderme com uma clara
membrana basal.
Exemplos: Oscarella, Corticium.
RELACIONAMENTOS ECOLÓGICOS
 Relações de epibiose (cnidários, briozoários, tunicados e até mesmo esponjas)
 Relações de endobiose ( as esponjas podem abrigar desde bactérias, passando por algas, até pequenos
vertebrados, como certos peixes)
 A maioria dos simbiontes de esponjas parece utilizar o hospedeiro apenas como refúgio, outros são comensais
das partículas em suspensão na água que circula pelos poros e canais. Há o clássico exemplo do casal de camarão
do gênero Spongicola que vive em uma Hexactinellida do gênero Euplectella, mas também de certas espécies de
poliquetos e cracas encontrados apenas no interior de esponjas.
 Na Baía de Todos os Santos é comum a associação de Haplosylis spongicola, um poliqueto geralmente presente em
grande quantidade, com a esponja Ircinia felix, assim como de cracas, Membranobalanus declivis com a
esponja, Cliona varians.
INTERESSE 
APLICADO
INTERESSE 
APLICADO
INTERESSE 
APLICADO
INTERESSE 
APLICADO
PLACOZOA
PLACOZOA
 Uma espécie: Trichoplax adhaerens, descoberto em 1883 > aquário marinho europeu
 Metazoários achatados diminutos (2-3 mm de diâmetro)
 Formados por camadas superior e inferior de células ciliadas (camadas epiteliais?), com células fibrosas 
entre as duas; os adultos são assimétricos. 
 Pesquisadores identificaram apenas quatro tipos de células somáticas.
 As células têm conexões intercelulares por desmossomos.
 Têm esferas brilhantes singulares na camada de células superiores, possivelmente estruturas defensivas.
 Não têm sistema nervoso estruturado, músculos ou sistema digestivo.
 Bentônicos, rastejam no fundo com a superfície ventral ciliada
 Alimentam-se de protozoários e detritos orgânicos
 Reprodução assexuada por fissão ou brotamento
A. Trichoplax adhaerens é um animal marinho discoide de apenas 2 a 3 mm de diâmetro. B. Corte através de
Trichoplax adhaerens, mostrando sua estrutura histológica.

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