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ENSINO DE MATEMÁTICA PARA ALUNOS SURDOS

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UNIVERSIDADE ESTADUAL DO MARANHÃO – UEMA
CENTRO DE ESTUDOS SUPERIORES DE BALSAS – CESBA
DEPARTAMENTO DE MATEMÁTICA
PROGRAMA DE EXTENSÃO – PIBEX
Área Temática: Matemática
Equipe Executora: 
Dr. Sérgio Nolêto Turibus (orientador, UEMA/CESBA)
Esp. Rennan Alberto dos Santos Barroso (colaborador, SEDUC/MA)
Wemerson Pimentel Saraiva (bolsista, UEMA/CESBA)
ENSINO DE MATEMÁTICA PARA ALUNOS SURDOS DO CENTRO DE ENSINO PROFESSOR LUÍS REGO
BALSAS
2017/2018
Projeto PIBEX: Programa de extensão
Área Temática: Matemática
ENSINO DE MATEMÁTICA PARA ALUNOS SURDOS DO CENTRO DE ENSINO POFESSOR LUÍS RÊGO
Relatório final apresentado à Universidade Estadual do Maranhão (UEMA) como requisito pré-estabelecido no Programa de Extensão: PIBEX
__________________________________________________________________________
Orientador: Prof. Dr. Sérgio Nolêto Turibus
_________________________________________________________________________
Bolsista: Wemerson Pimentel Saraiva
Balsas – MA
2017/2018
RESUMO
Desde a antiguidade a matemática é utilizada por toda a humanidade nos mais diversos campos, desde a resolução de problemas simples presentes em nosso cotidiano até outras situações mais complexas. Essa matemática básica é necessária a qualquer cidadão e por isso deve ser entendida como um processo de socialização do conhecimento universal. Em vista disso, qualquer projeto educativo precisa atender igualmente a todos, seja qual for sua condição social e econômica, seu pertencimento étnico e cultural e as possíveis necessidades educacionais especiais, sendo os alunos surdos nosso foco de atenção. Esses alunos aprendem de maneira diferente dos demais por possuírem um déficit linguístico que acaba dificultando a leitura e interpretação em língua portuguesa, o que dificulta a aprendizagem de qualquer disciplina. Muitos deles apresentam uma dificuldade ainda maior nas aulas que envolvem cálculo, devido essas apresentarem muitos sinais, símbolos, números e uma linguagem própria, os quais as tornam de difícil interpretação e tradução para eles. As estratégias a serem utilizadas para ministrar aulas de Matemática para pessoas com esse tipo de necessidade especial devem ser diferenciadas para que os mesmos possam compreender e aprender, desenvolvendo assim seu o raciocínio lógico. O Centro de Ensino Professor Luís Rego na cidade de Balsas, atende alguns alunos surdos, os quais são acompanhados por professores de Libras para fazer compreensão do conteúdo ministrado. Esses alunos são aten Assim, esse projeto visa ministrar as aulas de Matemática nessa instituição com estratégias diferenciadas, utilizando metodologias adequadas para que os alunos possam apender os conteúdos, e se tornem capazes, ao final da execução desse projeto, de desenvolver seu raciocínio lógico.
1. INTRODUÇÃO
Diante da necessidade de buscar superar os diversos problemas que envolvem a educação brasileira, principalmente no que tange a esfera da educação inclusiva, o presente estudo pode contribuir com informações acerca desse assunto. Tem-se por protagonista deste trabalho de extensão a comunidade surda, que se mostra cada vez mais capaz de superar demasiados desafios com relação a sua educação.
Partiu-se do princípio da inclusão, considerando que todos tem os mesmos direitos a educação de qualidade, tendo em mente que a plena socialização só é possível através disso. É importante levar em conta que desde a antiguidade a matemática é utilizada por toda a humanidade nos mais diversos campos, desde a resolução de problemas simples presentes em nosso cotidiano até outras situações mais complexas. Essa matemática básica é necessária a qualquer cidadão e por isso deve ser entendida como um processo de socialização do conhecimento universal. Em vista disso, qualquer projeto educativo precisa atender igualmente a todos, seja qual for sua condição social e econômica, seu pertencimento étnico e cultural e as possíveis necessidades educacionais especiais, sendo os alunos surdos nosso foco de atenção.
Nesse sentido, objetiva-se investigar recursos no ensino da matemática, aplicadas em sala no AEE (Atendimento Educacional Especializado), que possam servir para melhorar a aprendizagem dos alunos surdos em relação aos conteúdos da matemática. Assim, procura-se contribuir para que estes alunos tenham melhores condições de educação. Sabendo disso, investigamos as possibilidades em trabalhar os conteúdos da matemática com os alunos surdos como forma de motivá-los e colaborar para a devida inclusão dos mesmos.
Esses alunos aprendem de maneira diferente dos demais por possuírem um déficit linguístico que acaba dificultando a leitura e interpretação em língua portuguesa, o que dificulta a aprendizagem de qualquer disciplina. Muitos deles apresentam uma dificuldade ainda maior nas aulas que envolvem cálculo, devido essas apresentarem muitos sinais, símbolos, números e uma linguagem própria, os quais as tornam de difícil interpretação e tradução para eles.
Crianças surdas e ouvintes aprendem a língua de forma semelhante e num mesmo espaço de tempo. No entanto, é certo que há diferenças individuais encontradas nos tipos de palavras que as crianças pronunciam ou sinalizam (Souza, 2014). As crianças surdas procuram criar e desenvolver alguma forma de linguagem, mesmo quando não tenham contato com a língua de sinais. Essas crianças desenvolvem espontaneamente um sistema de gesticulação manual (Damázio, 2007).
Sendo assim, crianças surdas não desenvolvem a língua oral-auditiva justamente por não estarem em contato com ela naturalmente, por causa da surdez (Silva, 2015). Em um ambiente familiar onde só há pessoas surdas, certamente a criança não conseguirá desenvolver a linguagem oral, ainda que ela não apresente nenhum problema fonológico (Honora, 2015).
Segundo Milanez et al. (2013), a educação para surdos se caracteriza a partir de dois sistemas simbólicos distintos (língua de sinais e língua portuguesa). Contudo, a língua de sinais, como sistema simbólico, é considerado específico ao indivíduo surdo, que, por signos de natureza gestual, espacial e visual, traduz os processos de percepção e apreensão da experiência do mundo vivido pela criança surda, desprovida da capacidade auditiva e, portanto, não tem como apreendê-la naturalmente (Silva, 2013).
	De acordo com Fiorentini (1995), a Matemática não pode ser concebida com um conhecimento pronto a acabado, mas ao contrário, com um saber vivo, dinâmico e que, historicamente vem sendo construído, atendendo a estímulos externos (necessidades sociais) e internos (necessidades teóricas de ampliação de conceitos).
	As estratégias a serem utilizadas para ministrar aulas de Matemática para pessoas com esse tipo de necessidade especial devem ser diferenciadas para que os mesmos possam compreender e aprender, desenvolvendo assim seu o raciocínio lógico. O Centro de Ensino Professor Luís Rego na cidade de Balsas, atende alguns alunos surdos, os quais são acompanhados por professores de Libras para fazer compreensão do conteúdo ministrado. Assim, esse projeto visa ministrar as aulas de Matemática nessa instituição com estratégias diferenciadas, utilizando metodologias adequadas para que os alunos possam apender os conteúdos, e se tornem capazes, ao final da execução desse projeto, de desenvolver seu raciocínio lógico.
2. REVISÃO DE LITERATURA
Não importa qual seja o idioma, a Matemática apresenta características próprias e comuns, uma linguagem universal em que todos os pontos são lidos e interpretados por vários povos. Essa linguagem é vista para alguns grupos de pessoas como algo diferente e difícil de compreender. A Matemática para muitos alunos é tida como algo complicado, difícil e distorcido da realidade. São poucos os que amam a Matemática, a maioria dos alunos a odeiam, e isso deve ser mudado, pois a Matemática é uma disciplina muito importante na transformação domundo.
 Muitas pessoas têm dificuldades na aprendizagem da Matemática e isso ocorre com muita gente, as pessoas com surdez sentem mais dificuldades para compreender essa matéria, pois a linguagem deve ser diferenciada. As dificuldades aumentam para esse grupo (deficientes auditivos) de pessoas, pois como nas escolas as informações são repassadas para eles através de um interprete de libras o qual ouve o que o professor de Matemática fala e depois transmiti para o aluno.
 No Brasil, em 2002, a língua de sinais adquire status linguístico com a sanção da Leinº 10.436. “É reconhecida como um meio legal de comunicação e expressão a Língua Brasileira de Sinais – LIBRAS”. Como a Matemática é disciplina complexa que requer atenção, concentração e dedicação. Seu ensino não deve pautado em atividades comuns e distantes da realidade desses alunos.
 Uma das alternativas para o professor trabalhar com alunos com necessidades especiais (surdez) nas escolas públicas é os usos de materiais concretos, atividades lúdicas, e o uso de programas de computador. Muitas Escolas na região de Balsas e de outros municípios do Maranhão e do Brasil têm recebidos alunos com deficiências. Para que um aluno com surdez aprenda em escola, é preciso ter um professor de Libras que seja elo entre o professor da matéria e aluno. Nas escolas do Município de Balsas, hoje já tem vários profissionais formados na área de Libras os quais atuam continuamente em sala de aula fazendo com que os alunos possam compreender o que o professor de Matemática ensina.
 O despertar do raciocínio lógico de um jovem está associado ao prazer em resolver ou solucionar algo novo, e a Matemática por se só, não desperta o interesse de jovens. Como isso, deve-se dispor de atividades diferenciadas suando o lúdico, programas computacionais e estratégias variadas para despertar o interesse dos jovens pelo ensino da Matemática.
2.1 Sobre o Surdo
O ouvido é o órgão que capta os sons – que são vibrações no ar – e transforma em impulsos nervosos para o cérebro. É dividido em três partes: ouvido externo, ouvido médio e ouvido interno, sendo que a função de cada um é diferente, mas um depende do bom funcionamento do outro (RINALDI, 1997). O aparelho auditivo é um sistema complexo e muito importante, que requer muito cuidado.
De acordo com o decreto nº 5626, de dezembro de 2005, considera-se deficiência auditiva “a perda bilateral, parcial ou total, de quarenta e um decibéis (dB) ou mais, aferida por audiograma nas frequências de 500Hz, 1.000Hz, 2.000Hz e 3.000Hz.”
Do ponto de vista clínico, o que difere surdez de deficiência auditiva é a profundidade da perda auditiva. As pessoas que têm perda profunda, e não escutam nada, são surdas. Já as que sofreram uma perda leve ou moderada, e têm parte da audição, são consideradas deficientes auditivas.
2.2 Escola e Inclusão
A escola desde tempos antigos cumpria a tarefa de fazer com que as pessoas estivessem preparadas para estar em sociedade. Nesse momento de constante mudança que o mundo vive, não caberia outra à escola, se não tentar acompanhar esse movimento. Mas como aponta Martins (2013), mudou-se tudo, desde os estudantes até o mercado de trabalho, passando por toda a sociedade, mas a escola não tem conseguido acompanhar tais mudanças. 
Nesse sentido, ao observar essas mudanças, Libâneo (2004, p. 44) esclarece que 
o novo paradigma econômico, os avanços científicos e tecnológicos, a reestruturação do sistema de produção e as mudanças no mundo do conhecimento afetam a organização do trabalho e o perfil dos trabalhadores, repercutindo na qualificação profissional e, por consequência, nos sistemas de ensino e nas escolas.
2.3 Metodologias no Ensino de Matemática para Surdos
3. MATERIAIS E MÉTODOS
	O projeto teve como foco principal o auxílio aos estudantes em suas atividades feitas em sala de aula. Por terem um déficit em relação aos demais colegas, muitas vezes estes não conseguem resolver as questões que são passadas e por isso acabam tendo um atraso de aprendizagem, o que acaba refletindo no seu desempenho nas avaliações. Em vista disso, os alunos necessitam do AEE, pois, nesse momento o professor/intérprete de Libras atua com um reforço escolar, onde é explicado novamente o conteúdo, as atividades são corrigidas e eventualmente são passados outros trabalhos que tem por objetivo a compreensão do conteúdo e a aprendizagem contínua da Língua Brasileira de Sinais (LIBRAS). As aulas do AEE fornecida aos estudantes da primeira e segunda série do ensino médio do Centro de Ensino Professor Luís Rêgo foram utilizadas para a realização de todo o projeto, que contou com a participação indispensável do intérprete de LIBRAS da escola, o qual também é colaborador do projeto. 
3.1 Infraestrutura utilizada nas aulas do AEE
	As aulas acontecem no contraturno escolar (matutino), três vezes por semana, onde são atendidos dois alunos com surdez total. O espaço utilizado é a sala multifuncional da escola, espaço este que durante grande parte do projeto não pode ser utilizado pois estava servindo como depósito de livros. A sala é pequena com uma mesa grande, algumas carteiras e um quadro branco. Também existe na sala um aparelho televisor, o qual não é utilizado sumariamente pelo professor. Pode-se ressaltar também, mediante tais observações, que o ambiente não é muito favorável à aprendizagem dos alunos, pois este não tem muita ventilação, o que torna o clima, na maior parte do tempo, muito quente.
3.2 Metodologia utilizada nas aulas
	Visando diminuir o atraso dos estudantes participantes do projeto em relação aos demais alunos da escola, foi necessário utilizar estratégias diferenciadas para facilitar a compreensão dos conteúdos estudados. Para isso foram utilizados jogos lúdicos, materiais concretos e atividades que relacionaram os conteúdos estudados com situações do dia a dia. Usou-se de pesquisa bibliográfica em diversos materiais já publicados, como artigos e dissertações, com o objetivo de encontrar atividades adequadas para o público envolvido no projeto, como jogos envolvendo matrizes, funções e determinantes. Tais atividades foram muitas vezes adaptadas para se adequar à realidade dos alunos e aos conhecimentos já adquiridos por eles.
3.3 Cronograma das aulas
	As aulas do projeto eram realizadas nos respectivos dias das aulas do AEE, no contraturno escolar. Eram reservados cerca de 45 minutos de cada momento para o estudo de matemática (bem como especificado nos resultados). Nesses encontros os alunos quase sempre retornavam para casa com atividades, que deviam ser respondidas por eles e eram corrigidas no encontro seguinte. Quando necessário, as aulas eram remanejadas para outra data em decorrência de feriados ou eventos escolares que impossibilitavam a sua realização, nesses casos os alunos recebiam atividades impressas que deviam ser respondidas por eles em casa durante esse período. Sempre que necessário eram dedicadas aulas para também ajudar os alunos a responder suas atividades escolares de matemática.
4. RESULTADOS
	Nos momentos iniciais o objetivo foi conhecer os estudantes bem como suas principais limitações e dificuldades na disciplina de matemática. Para isso foi realizada uma pesquisa de observação durante uma aula do AEE. Também foi feita uma pesquisa através de uma entrevista com o professor/intérprete de LIBRAS, onde este destacou algumas das limitações dos alunos e sua rotina de aulas bem como a assiduidade dos mesmos no AEE, definida pelo professor como “irregular” e “relaxada”.
	Nesse primeiro momento de observação foi possível perceber que os alunos gostavam das aulas e do professor, demonstrando uma grande intimidade com este. No entanto, ficou claro que os mesmos tinham um claro atraso na aprendizagem em comparação com demais alunos de suas respectivas séries, pois eram necessárias muitas explicações por parte do intérprete para que houvesse o real entendimento deles. Foi também notado pelo aluno extensionista algumaslimitações que os alunos surdos tinham em Matemática: a primeira foi o tempo que os mesmos levavam para responder atividades simples da sua faixa etária escolar os pois eles não conseguiam realizar operações simples mentalmente, como multiplicação, adição ou subtração, e para isso, contavam usando os dedos como unidades. Os alunos também confundiam muitos sinais e símbolos próprios da matemática, demonstrando grande dificuldade de fazer distinção entre, por exemplo, o sinal de multiplicação e o “x” usado como incógnita, o sinal de maior que (>) e menor que (<), o sinal da subtração (-) e o sinal da igualdade (=), entre outros.
	Logo após este momento de pesquisa foi elaborada uma atividade inicial de reação, onde o objetivo era constatar, por meio dos resultados, as limitações (ou não limitações) nos estudantes envolvidos no projeto. Tal atividade utilizou questões simples do conteúdo que estava sendo visto pelos alunos em sala de aula: função afim.
Imagem 1: Atividade diagnóstica desenvolvida com os alunos.
Fonte: Elaborada pelos autores.
	
Os resultados dos estudantes em tais atividades permitiram perceber que os alunos não sabiam nada sobre o conteúdo que estava sendo estudado em sala de aula e por isso não conseguiram responde corretamente ao que foi proposto. Ficou claro também que os alunos têm uma dificuldade muito grande na interpretação correta dos enunciados, pois em questões onde era pedido que os alunos resolvessem a função e marcassem a alternativa correta, os alunos acabaram somando todos os valores das alternativas. E em outras questões os mesmos não conseguiram responder de nenhuma forma.
	Em vista do resultado do questionário, tornou-se necessário buscar atividades lúdicas, materiais concretos, didáticos e pedagógicos que conseguissem suprir esse atraso em relação aos demais alunos. Foi proposta uma nova atividade com um perfil pedagógico diferente da primeira, intitulada máquina de função e tinha como objetivo ensinar o conceito básico de função afim, o que envolve determinar o valor de uma determinada grandeza depois desta ter sofrido alteração em decorrência de uma determinada lei matemática.
Imagem 2: Atividade elaborada com o objetivo de ensinar o conceito de função
 
Fonte: Elaborada pelos autores.
Os alunos receberam folhas individuais e instruções para realizar a atividade. Como resultado, os alunos se sentiram muito mais motivados a responder e chegaram a consultar várias vezes o intérprete em busca de soluções para suas dúvidas, coisa esta que não tinha acontecido na primeira atividade. Na aula seguinte a atividade foi repetida com operações diferentes e maiores, por isso os alunos gastaram mais tempo realizando as operações manualmente, o que significou uma maior vivência e aprendizagem a estes.
	Depois disso pode-se constatar que os alunos realmente haviam aprendido o conceito de função afim. Isso implicava trabalhar com questões mais rebuscadas presentes no livro didático de matemática dos alunos, para isso foi necessário muita paciência e dedicação por parte do bolsista e do intérprete ali envolvidos, pois era muito difícil para os alunos interpretarem os enunciados das questões. Por isso, era necessário explicar de forma sucinta e detalhada e às vezes mostrar através de figuras e desenhos o problema em questão.
	Foram dedicadas várias semanas a esse estudo, que envolveu também funções quadráticas, polinomiais e exponenciais, sendo desenvolvidas também nesse período diversas atividades lúdicas que contribuíram para o entendimento do conteúdo. Durante esse período foram resolvidas muitas atividades do livro didático dos estudantes, bem como trabalhos escolares que lhes eram passados pelo professor.
	Um outro assunto bastante abrangido nesse período foi o de matrizes e determinantes. Para isso foram utilizados jogos lúdicos onde o objetivo era encontrar a linha e a coluna da respectiva letra, contribuindo assim para a compreensão do conceito de Matriz bem como da realização de algumas atividades envolvendo determinantes. 
Imagem 3: Atividade sobre matriz através de uma tabela com as notas dos alunos
Fonte: Elaborado pelos autores.	
Imagem 4: Jogo da Matriz
Fonte: Elaborado pelos autores
O projeto também teve como ponto central o auxílio ao estudante individualmente, ajudando-o em seus deveres escolares, na medida do possível, auxiliando assim o mesmo a conseguir acompanhar seus colegas. Isso envolveu diversos outros conteúdos estudados no segundo semestre do primeiro ano do ensino médio e no primeiro semestre do segundo ano do ensino médio. 
Durante esse tempo foi possível perceber uma clara melhora na compreensão dos assuntos matemáticos em sala de aula bem como uma melhora considerável nas notas desta disciplina. Os alunos passaram a conseguir diferenciar os símbolos matemáticos utilizados nos principais conteúdos ensinados. Também foi possível perceber que os estudantes desenvolveram maior facilidade em interpretar o enunciado das questões, desenvolvendo também apreço pela disciplina, o que influiu também na assiduidade dos estudantes que diminuíram radicalmente o número de faltas nas aulas do AEE.
4. CONCLUSÕES
A matemática é uma disciplina complexa que requer atenção, concentração e dedicação. Seu ensino não deve ser pautado em atividades comuns e distantes da realidade dos alunos. Quando se trata do ensino de surdos algumas alternativas devem ser usadas pelo professor como materiais concretas, atividades lúdicas e o uso de programas de computador.
	É bem nítido que muitas escolas na região de Balsas e de outros municípios do Maranhão e do Brasil têm recebido alunos surdos, no entanto falta profissionais adequados para trabalhar com tais estudantes para que estes possam adquirir o apreço adequado pela Matemática e dessa forma possam alcançar a formação acadêmica.
5.REFERÊNCIAS
FIORENTINI, D. Alguns modos de ver e conceber o ensino de matemática no Brasil. Zetetiké, n. 4, p.1-37, 1995.
6. AGRADECIMENTOS
	A Deus, pela vida e pela incrível oportunidade de vivenciar a academia e participar de projetos como esse que só me enriquecem a cada dia. 
Ao meu orientador Prof. Dr. Sérgio Nolêto Turibus pelo convite e ajuda durante essa jornada.
 Ao colaborador deste projeto Rennan Alberto dos Santos Barroso, o qual foi minha maior ajuda e fonte de inspiração nesta caminhada. 
Agradeço também a meus amigos e “irmãos” de turma Ana Letícia e Cleiton, que mesmo não fazendo parte do projeto, me ajudaram de forma indireta inúmeras vezes na execução deste trabalho. 
Finalmente agradeço à Universidade Estadual do Maranhão pelo fomento financeiro e por toda a ajuda fornecida pela PROEXAE.

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