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2007.2) A argüição de suspeição precederá a qualquer outra, salvo quando fundada em motivo superveniente. 591. (CESPE/Exame de Ordem 2007.1) A mera suposição de parcialidade do júri, sem nada que a demonstre, fundada tãosomente na circunstância de a irmã da vítima ser funcionária do juízo, é suficiente para decretação do desaforamento. 592. (CESPE/Exame de Ordem 2007.1) O desaforamento reveste-se do caráter de medida absolutamente excepcional. 593. (CESPE/Exame de Ordem 2007.1) A maior divulgação do fato e dos seus incidentes e conseqüências, pelos meios de comunicação social, não basta, só por si, para justificar o desaforamento. 594. (CESPE/Exame de Ordem 2007.1) Acerca do julgamento pelo Tribunal do Júri, a produção ou leitura de documento novo será comunicada à parte contrária com antecedência de, pelo menos, três dias. 1001 Questões Comentadas – Direito Processual Penal – CESPE Prof. Nourmirio Tesseroli Filho 142 595. (CESPE/Exame de Ordem 2007.1) É inepta a denúncia que, contendo narração incongruente dos fatos, impossibilita o exercício pleno do direito de defesa. 596. (CESPE/Juiz de Direito Substituto-TO/2007) Os crimes falimentares são processados perante o juízo da falência, mas julgados perante o juiz criminal comum. 597. (CESPE/Juiz de Direito Substituto-TO/2007) O procedimento dos crimes falimentares varia conforme o crime cometido pelo falido, seja aquele doloso ou culposo. 598. (CESPE/Juiz de Direito Substituto-TO/2007) A ausência de fundamentação do despacho de recebimento da denúncia por crime falimentar enseja nulidade processual, salvo se houver sentença condenatória. 599. (CESPE/Defensor Público da União/2007) No procedimento do júri, o desaforamento é cabível a qualquer momento, a partir do recebimento da denúncia. 600. (CESPE/Juiz Substituto-TJPI/2007) Segundo o STF, inquéritos policiais e ações penais em andamento não podem configurar maus antecedentes para efeito da fixação da pena-base, sob pena de ofensa ao princípio da presunção de não-culpabilidade. 601. (CESPE/Juiz Substituto-TJAC/2007) O procedimento dos crimes de responsabilidade dos funcionários públicos, previsto no CPP, será cabível para todos os crimes praticados por servidor público, desde que comprovada essa condição. 602. (CESPE/Juiz Substituto-TJAC/2007) No procedimento comum, as partes oferecerão documentos a qualquer momento, até o final da fase probatória, sendo vedado às partes oferecer documentos por ocasião das alegações finais. 603. (CESPE/Assistência Judiciária-DF/2007) No curso da instrução criminal, o interrogatório do acusado pode ser realizado de novo a qualquer tempo, de ofício ou a requerimento de qualquer das partes. 604. (CESPE/Procurador Municipal-Vitória-ES/2007) O despacho judicial que recebe a denúncia é uma decisão interlocutória simples, sem conteúdo decisório, que, na sistemática processual vigente, dispensa fundamentação por não gerar preclusão quanto à regularidade da peça vestibular da ação penal. Gabarito: 481 C 512 E 543 E 574 E 1001 Questões Comentadas – Direito Processual Penal – CESPE Prof. Nourmirio Tesseroli Filho 143 482 C 513 E 544 C 575 E 483 E 514 E 545 E 576 E 484 E 515 E 546 C 577 C 485 E 516 C 547 E 578 C 486 E 517 C 548 E 579 E 487 E 518 E 549 E 580 C 488 E 519 E 550 C 581 E 489 E 520 E 551 C 582 E 490 E 521 C 552 C 583 E 491 E 522 C 553 C 584 E 492 E 523 E 554 E 585 E 493 C 524 E 555 E 586 C 494 E 525 E 556 E 587 E 495 E 526 C 557 C 588 C 496 C 527 E 558 C 589 E 497 C 528 E 559 E 590 E 498 E 529 E 560 C 591 E 499 E 530 E 561 C 592 C 500 C 531 C 562 E 593 C 501 E 532 E 563 E 594 C 502 E 533 C 564 E 595 C 503 E 534 E 565 E 596 E 504 E 535 E 566 C 597 E 505 E 536 E 567 E 598 C 506 E 537 E 568 C 599 E 507 C 538 E 569 E 600 E 508 C 539 E 570 C 601 E 509 E 540 E 571 E 602 E 510 C 541 E 572 C 603 C 511 E 542 E 573 E 604 C Comentários: 1001 Questões Comentadas – Direito Processual Penal – CESPE Prof. Nourmirio Tesseroli Filho 144 481. Correto. Conforme prescreve o art. 418 do CPP (com redação dada pela Lei 11.689/2008), o juiz poderá dar ao fato definição jurídica diversa da constante da acusação, não obstante o acusado fique sujeito a pena mais grave. A pronúncia limita as teses acusatórias a serem apresentadas aos jurados! Ainda que tenha sido o réu denunciado por homicídio qualificado (por motivo fútil, por exemplo), caso venha a ser pronunciado por homicídio simples, em sessão de julgamento o representante do Ministério Público não poderá fazer menção à qualificadora afastada pelo juiz e tampouco poderá esta ser objeto de quesitação aos jurados. 482. Correto. Não obsta a concessão do “sursis” (suspensão condicional da pena) condenação anterior à pena de multa (Súmula 499 do STF). 483. Errado. Para ser jurado (espécie de agente honorífico), o cidadão (brasileiro nato ou naturalizado) precisa ter mais de 18 (dezoito) anos de idade e notória idoneidade, consoante estabelece o art. 436 do CPP, com redação dada pela Lei 11.689/2008. 484. Errado. Quando, no curso da execução da pena privativa de liberdade, sobrevier doença mental ou perturbação da saúde mental do sentenciado, o juiz, de ofício, a requerimento do representante do Ministério Público ou da autoridade administrativa, poderá determinar a substituição da pena por medida de segurança (art. 183 da Lei 7.210/1984). 485. Errado. Os membros do Ministério Público não funcionarão nos processos em que o juiz ou qualquer das partes for seu cônjuge, ou parente, consangüíneo ou afim, em linha reta ou colateral, até o terceiro grau, inclusive, e a eles se estendem no que lhes for aplicável, as prescrições concernentes à suspeição e aos impedimentos dos magistrados (CPP, art. 258). Se for argüida a suspeição do representante do Ministério Público, o juiz, depois de ouvi-lo, decidirá, sem recurso (decisão irrecorrível, portanto), podendo antes admitir a produção de provas no prazo de três dias (CPP, art. 104). De se notar que alguns estudiosos defendem a inconstitucionalidade do art. 104 do CPP, tendo em conta a autonomia do Ministério Público. Registre-se, ainda, que nada impede que o membro do Ministério Público, espontaneamente, decline sua intervenção nos autos, apresentando os motivos que o tornam impedido ou suspeito. 486. Errado. Trata-se de questão prejudicial prevista no art. 93 do CPP. Nesse caso, a suspensão do processo criminal não é obrigatória, podendo o magistrado optar entre suspendê-lo ou não. É mister ressaltar, porém, que a suspensão do processo, no caso em questão, só poderá ocorrer se já existir ação civil em andamento. Ademais, para que possa haver suspensão por prazo determinado, exige-se que a questão seja de difícil solução! 1001 Questões Comentadas – Direito Processual Penal – CESPE Prof. Nourmirio Tesseroli Filho 145 487. Errado. Conforme estabelece expressamente o art. 146 do CPP, a argüição de falsidade, realizada por procurador, exige poderes especiais. 488. Errado. O recebimento da denúncia precede à apresentação da defesa escrita do acusado. Não sendo caso de rejeição liminar, procederá o juiz ao recebimento da peça acusatória (CPP, art. 396). Uma vez recebida a denúncia, o julgador ordenará a citação pessoal do acusado para responder à acusação, por escrito, no prazo de dez dias. 489. Errado. Se o réu, citado por edital, não comparecer e tampouco constituir advogado, ficarão suspensos o processo e o curso do prazo prescricional (CPP, art. 366, com redação dada pela Lei 9.271/96). 490. Errado. Anteriormente à reforma parcial ocorrida em 2008, quando o réu se ocultava para não ser citado, procedia-se à citação por edital, com prazo de cinco dias. Atualmente, com