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RESUMO DE IMUNOLOGIA O que é Autoimunidade? - Condição onde o sistema de defesa (sistema imune) de uma pessoa (ou animal) reage “por engano” estruturas do corpo deste individuo, como faria com invasores. EX: Febre reumática; Diabetes mellitus 1; Vitiligo - Causadas por linfócitos. Autorreativos. Mutações devido a pressão para proliferar. Reação com células normais. - Quem poderia controlá-los? Seleção negativa pelo timo, múltiplos sinais coestimulatórios, cooperação linfocitária e atividade das populações de células regulatórias (Treg). Indução a autoimunidade - Desenvolvimento espontâneo. - 2 principais causas: 1. Resposta imune normal a um antígeno anormal ou incomum. 2. Autorreatividade de linfócitos T e B. ■ Antígenos Ocultos nas Células ou em Tecidos. ■ Tecidos. – Ex.: Testículos. – Injúria libração de células teciduais. ■ Interior das células. – Ex.: ataque cardíaco. – Produção de anticorpos. ■ Cães com hepatite crônica há desenvolvimento de anticorpos contra proteínas de membrana dos hepatócitos. ■ Antígenos Gerados por Alterações Moleculares – Produção de auto anticorpos desencadeados pelo desenvolvimento de antígenos novos em proteínas normais. – Ex.: Fatores reumatoides (RFs) e as imunoconglutininas (Iks). ■ RFs produzem anticorpos contra imunoglobulinas. – Artrite reumatoide, lúpus eritematoso sistêmico (SLE). ■ Antígenos Gerados por Alterações Moleculares – Produção de autoanticorpos desencadeados pelo desenvolvimento de antígenos novos em proteínas normais. – Ex.: Fatores reumatoides (RFs) e as imunoconglutininas (Iks). ■ Iks = autoanticorpos dirigidos contra componentes do sistema complemento. ■ Edição do Receptor – Os receptores de antígeno de células B e T são gerados por rearranjo gênico aleatório Respostas Imunológicas Anormais ■ Falha do Controle Regulador – Tolerância. ■ Autoimunidade Induzida por Infecção. – São os mais importantes causadores. ■ Mimetismo Molecular – Junção de antígenos entre um agente infeccioso ou parasitário e um auto antígeno. – Trypanosoma cruzi X musculatura cardíaca Fatores Predisponentes ■ Predisposição Genética. – Defeitos e mutações. – Mecanismos complexos. – MHC. – Ex.: Genes HLA-A1, -B8 e -DR3 estão associados a um maior risco para diabetes tipo 1. ■ Predisposição Racial. – Ligada a genética. – Formação de raças. – Falhas no MHC. DRB1*04 em Boxers. DRB1*2401 em Akitas. DRB1*01 West Highland White Terriers. DQA*0203 Dobermans. DQA*0102 em Chow-chows. ■ Cães. – Diabetes mellitus X DLA-A3, A7, A10 e DLA-B4. – Anticorpos antinucleares X DLA-12. – Lupus eritematoso sistêmico X DLA-7. – Poliartrite auto-imune X C4. Doenças Autoimunes Doenças Endócrinas Autoimunes ■ Tireoidite Linfocítica. – Tireoides. – Cães, homens e frangos. ■ Ocasionada pela produção de autoanticorpos contra tireoglobulina ou peroxidase tireoidiana (auto antígeno). ■ Tardias. – Quando descobertas mais de 75% da tireoide foi destruída. ■ Tireoidite Linfocítica. – Pelame seco, áspero e opaco. – Descamação. – Hipotricose. – Repilação lenta. ■ Hipertireoidismo. – Autoanticorpos contra a peroxidase tireoidiana. ■ Paratireoidite Linfocítica. – Hipocalcemia. ■ Diabetes Mellitus 1. – Autoanticorpos contra uma enzima encontrada nas células das ilhotas pancreáticas. Doenças Neurológicas Autoimunes ■ Polineurite Equina. – Neurite da cauda equina. – Nervos sacrais e coccígeos. ■ Polineurite Canina. – Paralisia do Coonhound. – Animais arranhados por Guaxinins. – Fraqueza e perda do tônus muscular. ■ Meningite-arterite – Inflamação estéril das artérias meníngeas e por meningite cervical. – Membranas que revestem o cérebro e a medula espinhal Doenças Oftalmológicas ■ Uveíte Recorrente Equina. – Oftalmia periódica. ■ Síndrome Uveodermatológica Doenças Reprodutivas ■ Antígenos ocultos = orquite. ■ Autoanticorpos antiespermatozoides. – Brucella canis. Doenças Dermatológicas ■ Afetam principalmente os folículos pilosos, os queratinócitos basais ou a membrana basal da pele. ■ Doenças do Folículo Piloso. – Perda inflamatória de pelos. ■ Doenças Bolhosas. – Bolhas. ■ Doenças da Membrana Basal da Pele. – Autoanticorpos contra componentes da membrana basal da pele. Anemia Hemolítica Imunomediada ■ Autoanticorpos contra antígenos de eritrócitos. – Anemia. – Perda de hemácias. Doenças Musculares Autoimunes ■ Miastenia Grave. – Fadiga anormal e fraqueza após a realização de exercícios. – Falhas na transmissão dos impulsos nervosos. – Anticorpos atuantes. ■ Polimiosite. – Fraqueza muscular progressiva, não associada a exercícios. – Localizada em alguns órgãos. – Anticorpos antinucleares. – Macrófagos e linfócitos CD4+ como principais atuantes. Hepatite Crônica Ativa ■ Sintomas – Fígado. – Anorexia, apatia, perda de peso, diarreia e etc... – Linfócitos, plasmócitos e macrófagos. Hipersensibilidades do Tipo I e II Hipersensibilidades imediatas - O que são Hipersensibilidades do tipo I? São uma forma de inflamação aguda que resulta da interação de antígenos com IgE ligadas a mastócitos. Desgranulação dos mastócitos. Inflamação aguda. - Desenvolvem dentro de segundos ou minutos após exposição ao antígeno Alergias - Anafilaxia alérgica: Quando é sistêmica e com risco de morte. - Anafilactoide. Similar à anafilaxia alérgica, mas não é mediada por mecanismos imunológicos. Indução - Alimento ou no ar inalado. Quantidades excessivas de anticorpos IgE. Atopia (hereditária). Genética. - Dermatite atópica. Terriers. Imunoglobulina E - Indivíduos atópicos são predispostos a gerar linfócitos Th2. – Produzem interleucinas: IL-4, IL-5 e IL-13. – Estimulam linfócitos B a produzirem IgE. Mastócitos - Imunidade Inata. - Superfícies corporais. - Liberação de moléculas pró-inflamatórias. Quimiotáticas. Vasoativas. *Via mais estudada: IgE e FcεRI (receptor) Derivados de Mastócitos - Moléculas mais importantes: Histamina, a serotonina, as prostaglandinas e os leucotrienos. Interleucina (IL - 33) - Ausência do antígeno. Estimula a desgranulação de mastócitos. - Choque anafilático e indivíduos atópicos. Elevados níveis de IL-33. Regulação da Desgranulação - α e β adrenoceptores. Basófilos - Granulócitos menos numerosos. - Comuns no sangue. - Ligam-se à IgE. - Anafilaxia sistêmica mediada por IgG. Eosinófilos - Células efetoras terminais da resposta alérgica. - Polimorfonucleares Doenças Alérgicas Específicas - Febre do feno. - Constrição traqueobrônquica (asma). - Algumas conjuntivites. - Urticariforme - Hipótese da Higiene. Falta de uma estimulação antigênica apropriada na infância. - Alergia ao Leite. Os bovinos da raça Jersey podem tornar-se alérgicos à α caseína do seu próprio leite. - Alergia Alimentar. Trato digestório quanto na pele. Diferente de intolerância alimentar. Diagnóstico da Hipersensibilidade do Tipo I - Quantificação do nível de IgE. RAST (radioallergosorbent test) , western blotting e ensaio imunossorbente enzimático (ELISA). Tratamento Hipersensibilidade do Tipo I - Evitar a exposição ao alérgeno. - Corticosteroides. Bloqueiam a produção de mediadores inflamatórios. Imunossupressores. - β estimulantes. Adrenalina, isoprenalina e salbutamol. - α antagonistas. Metoxamina e fenilefrina - Anti-histamínicos Hipersensibilidade do Tipo II Eritrócitos - O que são Eritrócitos? Chamados de glóbulos vermelhos ou hemácias. Podem atuar como antígenos. Glicoproteínas ou glicolipídios nas membranas. - Transfusão de sangue. - Hemólise intravascular. Sistema complemento entre outros. - Hipersensibilidade tipo II. Grupos Sanguíneos - Antígenos eritrocitários. - Origem Genética. Herdados. - Animais podem possuir anticorpos contra antígenos de grupos sanguíneos estranhos mesmo nunca tendo sido expostos a eritrócitos estranhos. Bovinos J negativos possuem anticorpos anti-J no soro. Transfusão sanguínea- Como proceder para ter sucesso? Eritrócitos do doador forem idênticos aos do receptor. - Problemas quando tiver anticorpos preexistentes. IgM (uma das principais). Mecanismos desencadeados: - Aglutinação, hemólise, opsonização e fagocitose. - Sintomas: Resposta febril leve ao óbito súbito. Eritrócitos lisados. Formação de coágulos e a coagulação intravascular. Choque circulatório com hipotensão, bradicardia e apneia. Sudorese, salivação, lacrimejamento, diarreia e êmese. Cuidado com os rins. Doença Hemolítica do Recém-nascido - Sensibilização (produção de AC). Placenta ou transfusão. - Anticorpos anti-eritrócitos no colostro. - Ingestão do colostro causa a: Doença hemolítica do recém-nascido (DHR) ou isoeritrólise neonatal 4 condições básicas. I. O animal jovem deve herdar um antígeno eritrocitário de seu pai que não esteja presente em sua mãe. II. A mãe deve estar sensibilizada ao antígeno do eritrócito. III. A resposta da mãe ao antígeno deve ser estimulada repetidamente por hemorragia transplacentária ou gestações repetidas. IV. Ingerir colostro contendo altos títulos de Igs. Hipersensibilidade Tipo II e Drogas - Hipersensibilidades a drogas. i. A droga e o anticorpo podem combinar-se diretamente e ativar o complemento. ii. Algumas drogas ligam-se a glicoproteínas de superfície celular (penicilina, quinina, L-dopa). iii. Drogas como cefalosporinas podem modificar a membrana dos eritrócitos. Hipersensibilidade Tipo II e doenças infec. - Antígenos adsorvidos pelos eritrócitos. Lipopolissacarídeos dos MOs, vírus da anemia infecciosa equina e da doença Aleutiana, bactérias como anaplasma e protozoários como tripanossomas e babésia. Hipersensibilidade do Tipo III Imunocomplexos - O que são Imunocomplexos? Combinação de anticorpos com os antígenos que ativam a via clássica do sistema complemento. - Nos tecidos produzem peptídeos quimiotáticos para neutrófilos. - Inflamação aguda e destruição tecidual. Hipersensibilidade tipo III. Reações de Hip. III - Quantidade e local deposição dos imunocomplexos. Reações locais. Corrente sanguínea. - Reação de Arthus Grande quantidade de anticorpos. Leve: Inchaço edematoso avermelhado, hemorragia local e trombose; Severa: destruição tecidual local. - Olho Azul. Vacinados com adenovírus canino vivo do tipo 1 Pneumonia. S. rectivirgula. Alimentação por longos períodos. Anticorpos dentro das paredes alveolares. - Alveolite aguda, vasculite e exsudação de fluido no espaço alveolar. Reações generalizadas de Hip. III - Remoção através da ligação com eritrócitos. Doença do Soro. Vasculite generalizada com eritema, edema e urticária cutânea, neutropenia, inchaço das articulações e proteinúria Glomerulonefrite. Deposição nos glomérulos. Estimula as células glomerulares a proliferarem. - Epiteliais, endoteliais e mesangiais. - Nefropatia por Imunoglobulina A. IgA sérica elevada. Insuficiência renal. - Púrpura Hemorrágica Equinos. Vasculite aguda. - Proteinúria e azotúria. - Hipersensibilidade Dietética. Proteína de soja para terneiros. Hipersensibilidade doTipo IV Tardia Reação com tuberculina - Tuberculina: extrato de micobactéria utilizado para identificação de animais tuberculosos. - Injetadas em animais normais não há nenhuma resposta aparente. - Animais tuberculosos: aumento de volume eritematoso e endurecido no local da injeção. Inflamação começa após 12 a 24 horas. Pico 24 a 72 horas. Reação de Hip. Tipo IV - Dermatite de Contato Alérgica. Possíveis antígenos - Inseticidas em coleiras para pulgas: Sprays. Gotas. - Conservantes de madeira. - Ceras para assoalhos. - Corantes de carpete. - Medicamentos dermatológicos (cremes, pomadas). - Produtos de couro. - Tintas. - Plantas domésticas. Mensuração - Técnicas In Vivo. Tuberculina. Pequeno aloenxerto. Dinitroclorobenzeno. - Técnicas In Vitro. Cultura celular.
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