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Lista 1 de exercícios Neste capítulo de balanços microscópicos, sempre que for possível, são analisados problemas desde o início do processo, passando pelo regime transiente, até chegar ao estado estacionário ou regime permanente. Uma das vantagens deste procedimento é que resulta fácil analisar qualquer processo em estado estacionário, partindo do processo em regime transiente. Por outro lado, se começamos nossa análise pelo estado estacionário, resulta muito difícil compreender que o processo pode ou poderia ter sido transiente. As equações para fluidos puros podem ser usadas para calcular perfil de velocidade, queda de pressão etc. Servem como base para a obtenção de solução de problema para fluido contendo vários componentes, por exemplo, para analisar a influência do tipo de fluido na queda de pressão em um reator, resolvendo a equação correspondente para a mistura reativa. Dependendo do tipo de fluido e da queda de pressão resultante, se obtém uma potência para a movimentação do fluido ou da mistura reativa fluida na tubulação. As equações para vários componentes estão baseadas nas equações para um fluido puro, com as devidas adaptações. Para um problema com reação química, por exemplo, do tipo A B, o citado perfil de velocidade influencia no perfil de concentração e, portanto, na transformação do componente (A) em (B), em função da posição radial e axial, porque a reação depende do tempo que cada componente permanece dentro do reator. Além disto, o perfil de velocidade pode influenciar no perfil de temperatura. E se em vez de um fluido puro, estiver se movendo uma mistura reativa ou não, o perfil de velocidade pode influenciar no perfil de temperatura e no perfil de concentração. Teoricamente, em algumas situações, pode existir interação do perfil de temperatura no de concentração e vice-versa. 1) Equações básicas para fluido puro. Referências: Bird et al, 1960, cap. 3, 4, 10 e 11, Bird et al, 2002, cap. 3, 4, 11 e 12, Welty et al, 1969, cap. 8, 9, 16, 17 e 18. Obtenha a para um fluido puro, a equação microscópica da: a) Continuidade. b) Quantidade de movimento. c) Energia. Solução: Existem várias maneiras de obter as equações microscópicas de transporte, tais como a partir de balanços intuitivos ou selecionando um elemento de volume genérico a partir das equações macroscópicas integradas no volume e obtendo cada equação microscópica. Para iniciar a análise podemos visualizar as conexões entre balanços microscópicos e macroscópicos, como apresentado a seguir. Fig.1. Volumes de controle usados em balanços microscópicos e macroscópicos. a) Equação microscópica da continuidade para um fluido puro. Seja a obtenção da equação unidimensional em (x) da continuidade para um fluido puro, partindo de um balanço intuitivo, dado por: (1) Considerando um elemento de volume dV = dxdydz, com fluxo em (x), perpendicular às áreas dydz em x = x e em x = x + dx, resultando após dividir por dxdydz: (2) Considerando que pode existir fluxo nas três dimensões (x), (y) e (z), e que a velocidade genericamente é dada por v = vxi + vyj + vzk, resulta na equação tridimensional da continuidade para um fluido puro: (3) Podemos realizar as diferenciações da Eq.(3) e reorganizá-la, para obter: (4) Na Tabela (B.4) de Bird et al (2006) são apresentadas as equações da continuidade em coordenadas cartesianas retangulares, cilíndricas e esféricas; correspondentes à Eq.(4). b) Equação microscópica da quantidade de movimento para um fluido puro. Para obter o primeiro membro da equação da quantidade de movimento, por analogia com a equação da continuidade podemos substituir a concentração mássica ou densidade (kg/m3) por v = [mv/Volume] que é a quantidade de movimento por unidade de volume: (5) A partir da equa o da continuidade para um fluido puro ∂ /∂t + ∙( v) = 0, podemos escrever dois termos da equação da quantidade de movimento: (6) (7) Nas Eqs.(6) e (7), respectivamente, v[kg/(m2s)] representa um fluxo de matéria e vv[kg(m/s)/(m2s)] representa um fluxo de quantidade de movimento. Substituindo os dois termos da equação da quantidade de movimento das Eqs.(6) e (7), resultam várias formas da da segunda lei de Newton do movimento para um fluido puro (Bird et al., 1960, 2002, Welty et al., 1969): – (8) A equação de quantidade de movimento pode ser usada de várias maneiras, por exemplo, empregando o primeiro e segundo membros, ou o primeiro e terceiro membros, ou o segundo e terceiro membros. Na última forma da equação macroscópica da quantidade de movimento foram usadas como ∑f, as forças de pressão, a gravitacional e a de cisalhamento τ; que depende do modelo de fluido escolhido; tais como Newtoniano e pseudoplástico (Bird et al., 1960, 2002). Desenvolvendo o segundo membro da Eq.(8) e substituindo a equação da continuidade Eq.(3), resulta: (9) Para fluido Newtoniano com densidade ( ) e viscosidade (μ) constantes, considerando v = 0 para fluido incompressível, obtemos a conhecida como equação de Navier-Stokes: (10) A componente(x) da Eq.(10) em coordenadas retangulares é dada por: μ (11) Na Tabela (B.5) de Bird et al (2006) é apresentada a Eq.(9) em função da tensão de cisalhamento ( ), em coordenadas cartesianas retangulares, cilíndricas e esféricas. Na Tabela (B.6) de Bird et al (2006) é apresentada a Eq.(10) em função da velocidade, gradiente e Laplaciano de velocidade, em coordenadas cartesianas retangulares, cilíndricas e esféricas. c) Equação microscópica da energia para um fluido puro. Para obter o primeiro membro da equação da equação da energia, por analogia com o primeiro membro da equação da continuidade, podemos substituir a concentração m ssica ou densidade (kg/m3) por (kg/m3)E(J/kg) = [Energia/Volume] que é energia por unidade de volume; tendo sido usada a energia específica E(J/kg), obtendo o primeiro membro da equação da energia, que são equações similares às Eqs.(6) e (7). A partir da primeira lei da termodinâmica, podemos obter uma forma da equação da energia, usando como energia específica E(J/kg), para um fluido puro (Bird et al., 1960, 2002, Welty et al., 1969), que após substituir, no primeiro membro, equações similares às Eqs.(6) e (7), ∂( E)/∂t e ( vE), resulta em uma forma da equação da energia, por unidade de volume: – (12) – (13) (14) (15) A energia potencial gravitacional pode ser incluída no termo de energia específica como (gy), com foi apresentada na Eq.(15) ou do lado direito da Eq.(15) como ( g∙v). Na Eq.(15) estão presentes tanto a energia mecânica assim como a energia calorífica. A Eq.(15) pode ser usada, pelo menos, de duas maneiras: i) Eliminando ou desprezando os termos que influenciam na transferência de energia. Em cada processo podem ser analisados, por exemplo, a importância ou não da energia cinética, da potencial etc., obtendo a equação simplificada para cada situação. ii) Se da Eq.(15) for subtraída a equação da energia mecânica ou equação isotérmica da energia, obtemos somente os efeitos caloríficos, que são responsáveis pelas modificações de temperatura no fluido. Podemos obter a equação da energia mecânica a partir da equação da quantidade de movimento, fazendo o produto escalar do vetor velocidade (v) pela equação da quantidade de movimento. As dimensões e unidades resultantes são de energia/(tempo.volume): (16) Multiplicando escalarmente a equação da quantidade de movimento Eq.(8) pelo vetor velocidade (v), resulta: – – (17) Subtraindo da Eq.(15) a Eq.(17), são eliminados, além de outros termos, o termo de energia cinética e potencial gravitacional, resultando em: – (18) A Eq.(18) escrita em função da temperatura é adequada para uso em engenharia. Por exemplo, para um fluido puro Fourieriano q = -kT, o termo de dissipação viscosa τ:v depende do modelo de fluido, tal como Newtoniano ou pseudoplástico e o termo P∙v depende da equação para pressão do fluido (P) assim como da equação da continuidade para o fluido, que contém o termo ∙v. Para um para um fluido de Fourier q = -kT, Newtoniano, com densidade constante ( ), ou seja, ∙v = 0, resulta da Eq.(18): – (19) Reescrevendo a Eq.(19) em coordenadas cartesianas retangulares, resulta: μ (20) Para um fluido Fourieriano q = -kT com condutividade térmica constante (k), fluido Newtoniano com densidade constante ( ), ou seja, ∙v = 0, resulta da Eq.(20): μ (21) A Eq.(B.9-1) de Bird et al (2002) é similar à Eq.(21), mas não inclui o termo de geração de potência por radiação eletromagnética (GE). O termo da dissipação viscosa para fluido Newtoniano (μviscosa), em coordenadas cartesianas retangulares, é dado pela Eq.(B.7-1) de Bird et al (2002). Na Tabela (B.9) de Bird et al (2002) é apresentada a Eq.(21), sem o termo de geração (GE), mas em função da temperatura, de gradiente e Laplaciano da temperatura; al m do termo (μviscosa), em função de velocidade e gradientes de velocidade; dependendo do sistema de coordenadas. Na Tabela (B.8) de Bird et al (2002) é apresentada uma equação da energia em função do fluxo de energia (q), e da temperatura, de gradiente da temperatura etc. 6) Perfil transiente de velocidade vz(r,t) em um fluido Newtoniano que se move em um tubo devido a um gradiente de pressão. Um fluido está inicialmente em repouso, a uma temperatura constante, mas começa a se mover em um tubo longo e horizontal, de raio R e comprimento L, devido a uma queda de pressão P = PL – P0, sendo P0 e PL as pressões na entrada e na saída da tubulação, respectivamente, com P0 > PL. O regime é transiente, o fluxo é laminar, ou seja, o número de Reynolds Re = <v>D/ < 2.100, o fluido é Newtoniano,com propriedades constantes , k e . a) Como é o perfil transiente de velocidade do fluido dentro do tubo vz = f(r,t). Esta solução é apresentada no Exemplo (4.1-2) de Bird et al. (1960) ou no problema (4D.2) de Bird et al. (2002). b) Obtenha uma solução numérica para o perfil transiente de velocidade vz = f(r,t), desenvolva um programa computacional e realize algumas simulações para comparar os resultados obtidos com a solução analítica e a numérica. c) A partir do perfil transiente vz = f(r, t), obtenha o perfil de velocidade em estado estacionário vz = f(r); que é a equação conhecida como de Hagen-Poiseuille, para o escoamento laminar de um fluido em um tubo. Solução: a) Como é o perfil transiente de velocidade do fluido dentro do tubo vz = f(r, t). Esta solução é apresentada no Exemplo (4.1-2) de Bird et al. (1960) ou no problema (4D.2) de Bird et al. (2002). A equação básica para densidade constante do fluido é a componente (z) da equação da quantidade de movimento em um tubo, com propriedades constantes, com a condição inicial e as condições de contorno: μ (1) (2) (3) (4) (5) μ (6) A solução da Eq.(4) usando as condições de contorno Eqs.(2) a (6) (Bird et al, 1960, 2002), está dada pela Eq.(7), na qual as funções de Bessel do primeiro tipo, de ordem zero e um, são, respectivamente, J0 e J1 e os autovalores s o βn, obtidos da equação de autovalores J0(βn) = 0, Eq.(8): – μ – μ β β β β μ (7) β β β β (Equação de autovalores) (8) β β β β β (9) Alguns autovalores da função de Bessel de ordem zero da Eq.(8), J0(βn) = 0, são (Crank, 1976) β1 = 2,4048, β2 = 5,5201, β3 = 8,6537, β4 = 11,7915, β5 = 14,9309 e β6 = 18,0711. A função de Bessel de ordem um, para os autovalores anterior, vale J1(β1) = J1(2,4048) 0,5192, J1(5,5201) -0,3403, J1(8,6537) 0,2714, J1(11,7915) -0,2325, J1(14,9309) 0,2065 e J1(18,0711) -0,1877. Estes valores podem ser calculados pelo Excel; e alguns destes valores podem ser obtidos no livro de Spiegel et al. (Mathematical handbook of formulas and tables, 2009). b) Obtenha uma solução numérica para o perfil transiente de velocidade vz = f(r,t), desenvolva um programa computacional e realize algumas simulações para comparar os resultados obtidos com a solução analítica e a numérica. c) A partir do perfil transiente vz = f(r, t), obtenha o perfil de velocidade em estado estacionário vz = f(r); que é a equação conhecida como de Hagen– Poiseuille, para o escoamento laminar de um fluido em um tubo. A partir da Eq.(7) com t , resulta: – μ (10) Se r = R, obtemos da Eq.(10) que vz = 0 m/s; recuperando uma condição de contorno. Se r = 0 m, da Eq.(10), obtemos que vz = vzmáx; recuperando outra condição de contorno. 7) Perfil de velocidade no estado estacionário e em regime laminar para fluido Newtoniano em um tubo devido a uma queda de pressão. Em vários livros (Bird et al, 1960, 2002, Walas, p. 254 a 255, 1995) é apresentada a seguinte equação para o perfil de velocidade em um tubo de raio R(m), devido a uma diferença de pressão, em função da posição radial (r), para um fluido Newtoniano, que se move em regime laminar: – μ (1) A velocidade máxima, vmáx, ocorre equidistante das paredes do tubo, em r = 0 m. a) Obtenha a velocidade média vméd e a relacione com a vazão Q(m 3 /s). b) Discuta influência do perfil de velocidade no projeto de um reator homogêneo. Solução: a) Obtenha a velocidade média vméd e a relacione com a vazão Q(m 3 /s). A velocidade média, vmédia, é obtida integrando a o perfil de velocidade vz(r) no elemento de área perpendicular ao fluxo dA = rdrd e dividindo pela área perpendicular Atransv = R 2 . Para uma propriedade genérica P = vz(r), podemos obter o valor médio de uma propriedade Pm = vmédia, sendo Pm uma constante para a faixa de integração considerada e, portanto, pode sair do sinal de integração: – μ (2) A vazão pode ser obtida multiplicando a velocidade média pela área transversal: – μ (3) Experimentalmente a velocidade média, vméd., pode ser obtida como a quantidade de l quido ∆V(m3) em dado tempo ∆t(s), que é coletada em um recipiente na saída da tubulação: (4) Um valor similar ao obtido pela Eq.(2) ou (3) ou (4) é obtido experimentalmente, medindo a velocidade em um número muito grande de pontos (n), somando estas (n) velocidades radiais e dividindo pelo número (n). (5) Quando este número (n) a velocidade m dia experimental pode coincidir ou ser similar à obtida pela Eq.(2) ou (3) ou (4); por exemplo, dependendo dos erros em cada um dos experimentos citados, assim como da concordância ou não do modelo de perfil parabólico comparado com os dados experimentais etc. A vazão também pode ser obtida pela integral da velocidade no elemento de área perpendicular ao fluxo dA = rdrd: – μ (6) b) Discuta influência do perfil de velocidade no projeto de um reator homogêneo. Aqui estamos analisando um fluido puro, mas também em um sistema reativo existe um perfil parabólico de velocidade em um tubo quando o regime é laminar, com queda de pressão similar à Eq.(1). Por exemplo, para uma reação do tipo A B, o citado perfil de velocidade influencia no perfil de concentração e, portanto, na transformação do componente (A) em (B), em função da posição radial e axial, que está relacionado ao tempo que cada componente permanece dentro do reator. 8) Perfil de velocidade no estado estacionário e em regime laminar para fluido não Newtoniano do tipo Ostwald-De Waele, em um tubo devido a uma queda de pressão. (O fluido em análise neste problema pode ser um polímero líquido, uma solução aquosa etc., mas a maneira de realizar o desenvolvimento teórico e a solução do problema é parecida à realizada para um fluido puro ou para uma solução.) No livro de Bird et al (cap.1, 1960) é apresentada a seguinte equação para a tensão de cisalhamento rz em um tubo, para um fluido com modelo de Ostwald-De Waele: (1) De acordo com Bird et al (1960) esta equaçãotambém é conhecida como lei da potência ou modelo de Ostwald-De Waele. Se m = μ e n = 1, ela se transforma na lei ou equação da viscosidade de Newton. Se n < 1, o fluido é denominado pseudoplástico e se n > 1 é chamado dilatante. a) Obtenha o perfil de velocidade em função do raio para um fluido de Ostwald-De Waele. b) Obtenha a velocidade média vméd e a relacione com a vazão Q(m 3 /s). c) Discuta influência do perfil de velocidade no projeto de um reator homogêneo. Solução: a) Obtenha o perfil de velocidade em função do raio para um fluido de Ostwald- De Waele. A equação básica para densidade constante do fluido é a componente (z) da equação da quantidade de movimento em um tubo, com propriedades constantes, com as condições de contorno, no estado estacionário: (2) (3) (4) (5) (6) Bird et al. (p. 242, 2002) considera que no fluido dentro do tubo dvz/dr < 0 e da Eq.(1), resulta: (7) Substituindo a Eq.(7) na Eq.(2) é integrando de z = 0 até z = L, e usando as condições de contorno das Eqs.(3) e (4), obtemos: (8) Integrando a Eq.(8) e usando a Eq.(6) em r = 0, resulta: (9) Como C1 = 0, tirando a raiz n-ésima de ambos lados da equação resultante, integrando novamente a Eq.(9) e usando a condição de contorno da Eq.(5) em r = R: (10) Substituindo C2 na Eq.(10), resulta: (11) Se r = R, obtemos da Eq.(11) que vz = 0, recuperando a condição de contorno da Eq.(5). Se derivarmos a Eq.(11) em relação a (r) e fizermos r = 0, recuperamos a condição de contorno da Eq.(6). A Eq.(11) coincide com a Eq.(8.3-8) apresentada por Bird et al (2002); que é a equação do perfil de velocidade para um fluido de Ostwald-De Waele. Se r = 0 na Eq.(11) obtemos a velocidade máxima: (12) b) Obtenha a velocidade média vméd e a relacione com a vazão Q(m 3 /s). A velocidade média para um fluido de Ostwald-De Waele é obtida integrando a Eq.(11): (13) Dividindo a Eq.(13) pela (12): (14) Relacionando a vméd com a vazão Q, usando a área transversal A = R 2 e a Eq.(13), obtemos: (15) Considerando n = 1 e m = μ na Eq.(11), recuperamos a equação para a velocidade para um fluido Newtoniano: – – (16) Se n = 1, da Eq.(14) recuperamos relação de velocidades para um fluido Newtoniano: (17) c) Discuta influência do perfil de velocidade no projeto de um reator homogêneo. Também em um sistema reativo existe um perfil parabólico de velocidade em um tubo, em regime laminar, com queda de pressão similar à Eq.(11). Por exemplo, para uma reação do tipo A B, o citado perfil de velocidade influencia no perfil de concentração e, portanto, na transformação do componente (A) em (B), em função da posição radial e axial, que está relacionado ao tempo que cada componente permanece dentro do reator. 9) Comparação de fluxos em tubos em regime laminar para fluido Newtoniano e de Ostwald-Waele. Seja um fluido que se move em um tubo de comprimento L = 0,3048 m e diâmetro interno R = 0,00127 m, devido a uma diferença de pressão -∆P = (P0 – PL) = 40(6,8947.10 3 ) N/m 2 , à temperatura de T = 26,5 o C. a) Calcule a vazão e o número de Reynolds para o fluido Newtoniano. Se o fluido é a glicerina, admitido como Newtoniano, a T = 26,5 o C, com densidade = 1.261 kg/m3, viscosidade μ = 492 cP = 4,92 g/(cm.s) = 0,492 kg/(m.s), calcule a vazão com a Eq.(1) e o número de Reynolds com as Eqs.(2) e (3). Considere que vmédia = Q/Atransv – μ – μ (1) μ μ – μ – μ (2) μ μ μ (3) b) Calcule a vazão para o fluido de Ostwald-Waele. Se o fluido é uma solução a 1,0 % de óxido de polietileno a T = 26,5 o C = 299,65 K, admitido de Ostwald-Waele, com parâmetro de viscosidade m = 0,898 Pa.s n = 0,898 (N/m 2 )s n = 0,898 kg/(m.s 2-n ), parâmetro n = 0,536 e calcule a vazão pela equação a seguir. Estes dados foram interpolados da Tabela (8.3-1) de Bird et al (2002, p.241); que foram retiradas do trabalho de Turian, R. M. Ph. D. Thesis, University of Wisconsin, Madison (1964, p.142 a 148). (3) c) Calcule relação entre a vazão para um fluido Newtoniano e a de Ostwald-Waele. 10) Comparação entre o torque para mover um fluido Newtoniano e o para movimentar um fluido de Ostwald-Waele, contidos entre dois tubos. a) Compare a equação do torque para um fluido Newtoniano contido em uma região anular entre dois tubos, com a para um fluido de Ostwald-Waele. Estas equações são apresentadas no Exemplo (3.6-3) e Exemplo (8.3-3) de Bird et al. (p. 104 e 244, 2002), respectivamente. b) Calcule o torque para cada fluido, usando os valores de (m), (n) e (μ) para os fluidos do problema anterior. Além disto, considere que o comprimento dos tubos, que formam a espéciede viscosímetro, L = 0,5 m, velocidade angular do tubo externo Ω0 = 50 rpm, raio interno do tubo externo R2 = R = 0,30 m, raio externo do tubo interno R1 = kR = 0,06 m. c) Nas condições citadas, qual dos dois fluidos necessita de maior potência para ser movido entre os dois cilindros, com o cilindro externo se movendo a Ω0 = 50 rpm? 11) Perfil transiente de velocidade vz(r,t) e temperatura T(r,t) em um fluido que se move em um tubo devido a um gradiente de pressão. Um fluido a uma temperatura constante circula num tubo longo e horizontal, de raio R e comprimento L, devido a uma queda de pressão P = PL – P0, sendo P0 e PL as pressões na entrada e na saída da tubulação, respectivamente. O fluido está em t = 0 s à temperatura T0( o C) e velocidade v(r, t = 0 s) = 0 m/s. Subitamente a superfície do tubo em r = R(m) é mantida à temperatura T1( o C), sendo T1 > T0. O regime é transiente, o fluxo é laminar, ou seja, o número de Reynolds Re = <v>D/ < 2.100, o fluido é Newtoniano, com propriedades constantes , k e . a) Obtenha a perfil transiente de velocidade do fluido dentro do tubo vz = f(r,t). b) Compare a solução obtida no item anterior com a solução analítica fornecida no Exemplo (4.1-2) de Bird et al. (1960) ou no problema (4D.2) de Bird et al. (2002). c) Obtenha uma solução numérica para o perfil transiente de velocidade vz = f(r,t), desenvolva um programa computacional e realize algumas simulações para comparar os resultados obtidos com a solução analítica e a numérica. d) A partir do perfil transiente vz = f(r,t), obtenha o perfil de velocidade em estado estacionário vz = f(r); que é a equação conhecida como de Hagen–Poiseuille, para o escoamento laminar de um fluido em um tubo. e) O perfil transiente de temperatura T = g(r,t). [Existem dificuldades matemáticas para resolver analiticamente este problema? Poderia ser substituída a solução do perfil analítico de velocidade vz = f(r,t), na equação da energia para T = g(r,t), e resolver o problema combinando a solução numérica para T = g(r,t) com a analítica para vz = f(r,t). Ou, então, uma solução simplificada para vz = f(r,t) usando só um ou dois termos da série infinita e combinando com a solução para T = g(r,t) etc.] f) O perfil de temperatura no estado estacionário T = g(r). g) Existem locais (r), onde a temperatura é máxima, no fluido dentro do tubo? Estes máximos podem se deslocar versus (t)? 12) Trocador genérico de tubos concêntricos. (Este é um problema aberto, ou seja, que pode ser modelado genericamente.) Referências: Bird et al, 1960, 2002, Carslaw e Jaeger, 1980, Franks, 1972 - Neste livro é apresentada modelagem e simulação numérica de trocadores, Seborg et al, 1989, Silebi e Schiesser, 1992. Admita que para cada fluido de um trocador de calor bitubular, existe dada queda de pressão Pi = -(PL - P0)i, sendo P0 e PL as pressões na entrada e na saída da tubulação, respectivamente, para cada um dos fluidos considerados. O fluxo é transiente, os fluidos são Newtonianos, com propriedades k, , Cp e μ. a) Analise as equações microscópicas da continuidade, quantidade de movimento e energia, para cada fluido puro, elimine os termos que considerados desprezíveis e obtenha equações gerais para obtenção da temperatura de cada fluido em regime transiente, dentro do trocador de calor. Estude a possibilidade de substituir o termo de condição radial de calor pelo termo contendo um coeficiente global de transferência de calor Ui[W/(m 2o C)]; sendo que este coeficiente é um coeficiente local e teoricamente pode ser função da temperatura, da geometria e das condições de fluxo. (Podem ser consideradas diferenças de pressão entre entrada e saída do trocador etc. Este é um problema aberto, ou seja, que pode ser modelado genericamente e, posteriormente, ser simplificado de acordo com cada situação particular, por exemplo, se o trocador está no estado estacionário.) b) Proponha metodologias de solução do problema, dependendo das simplificações que você admitir para o problema. c) A equação da entropia pode ter um papel importante no projeto e/ou na otimização de um trocador de calor bitubular? Discuta. 13) Trocador transiente de tubos concêntricos com fluxo concorrente e em contracorrente. Referências: Bird et al, 1960, 2002, Carslaw e Jaeger, 1980, Franks, 1972 - Neste livro é apresentada modelagem e simulação numérica de trocadores, Seborg et al, 1989, Silebi e Schiesser, 1992. Admita que, para cada fluido de um trocador de calor bitubular, o fluxo de calor é transiente, os fluidos são Newtonianos, com propriedades médias k, , Cp e μ. Empregue a nomenclatura TQ, TF, vzQ, vzF, assim como os subíndices necessários para outras propriedades, tais como Q, F, CpQ, CpF etc. a) Considere fluxo concorrente dos dois fluidos. Parta do apêndice (B) de Bird et al (2002), Eq.(B.9-2) para coordenadas cilíndricas, com movimento dos fluidos em (z); elimine os termos que considerados desprezíveis e obtenha equações gerais para obtenção da temperatura de cada fluido em regime transiente, dentro do trocador de calor, ou seja, TQ e TF. Substituir o termo de condição radial de calor pelo termo contendo um coeficiente global de transferência de calor Ui[W/(m 2o C)], sendo este termo similar ao que já foi usado para trocador no estado estacionário. Pode ser adicionado um termo do tipo UidALateral∆TAdequada, notando que este termo tem unidades de (W); mas os outros termos da equação diferencial Eq.(B.9-2) tem unidades de (W/m 3 ). Portanto, deve ser dividido o primeiro termo pelo volume diferencial do trocador de calor, de raio (Ri) e espessura (dz), para obter o termo contendo (Ui). Reveja as dimensões de cada termo, para que todos tenham as mesmas dimensões, ou seja, o de acumulação, o convectivo e o de condução de calor pela parede. b) Simplifique as duas equações anteriores, para obter as equações no estado estacionário. Use os dados seguintes de um trocador concorrente, para analisar se tem sentido físico os valores das temperaturas que são calculadas para cada fluido, a partir das equações obtidas por você, no estado estacionário. Ou seja, tomando (z) como positivo para a direita, supondo que os dois fluidos se movam para a direita, então o fluido quente deve diminuir sua temperatura de TQ1 em z = 0 m até TQ2 em z = L(m). Assim como o fluido frio deve aumentar sua temperatura na mesma faixa de (z). O tubo interno do trocador concorrente tem Di = 0,025 m, wF = 0,694 kg/s, CpF = 4.184 J/(kg o C), wQ = 1,389 kg/s, CpQ = 2.508,59 J/(kg o C), Ui = 1.162 W/(m 2o C), TQ1 = 95 o C, TF1 = 15 o C, TQ2 = 38 o C, TF2 = 83,4 o C, L = 130,67 m e PF = 198.612,8 W. c) Considere fluxo em contracorrente dos dois fluidos e obtenha as duas equações transientes correspondentes. d) Simplifique as duas equações anteriores, para obter as equações no estado estacionário. Use os dados seguintes de um trocador em contracorrente, para analisar se tem sentido físico os valores das temperaturas que são calculadas para cada fluido, a partir das equações obtidas por você, no estado estacionário. O tubo interno do trocador em contracorrente tem Di = 0,025 m, wF = 0,694 kg/s, CpF = 4.184 J/(kg o C), wQ = 1,389 kg/s, CpQ = 2.508,59 J/(kg o C), Ui = 1.162 W/(m 2o C), TQ1 = 95 o C, TF1 =83,4 o C, TQ2 = 38 o C, TF2 = 15 o C, L = 130,67 m e PF = 198.612,8 W. Tomando (z) como positivo para a direita, supondo que o fluido quente se mova para a direita e o fluido frio para a esquerda, então o fluido quente deve diminuir sua temperatura de TQ1 em z = 0 m até TQ2 em z = L(m). Assim como o fluido frio deve aumentar sua temperatura de TF2 em z = L(m)até TQ1 em z = 0 m.
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